segunda-feira, 5 de maio de 2025


Exegese bíblica da doutrina da Perseverança dos Santos. 

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"E o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao Senhor teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas." (Deuteronômio 30:6 - ACF).

Segundo a doutrina da Perseverança dos Santos, uma vez que alguém é verdadeiramente salvo, essa pessoa não pode perder sua salvação. Essa doutrina é baseada em passagens das Escrituras como Romanos 8:38-39 e João 10:28-29.

No entanto, um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano; interpretaria Deuteronômio 30:6 de maneira mais profunda e enfática do que outros cristãos. Essa passagem fala sobre a circuncisão do coração, que representa a obra de Deus em transformar o coração humano para amá-lo profundamente.

A palavra "circuncidará" vem do hebraico "מָלַתָּה" (malat), que significa "cortar". Isso significa que Deus cortará o coração da pessoa de tal forma que ela será capaz de amá-lo verdadeiramente com todo o seu ser. Esse processo é um ato soberano de Deus e não pode ser realizado por qualquer esforço humano.

O posicionamento Supralapsariano enfatiza ainda mais que essa obra de Deus é parte do seu plano eterno de salvação. Deus decidiu quem seria salvo antes mesmo da queda da humanidade (lapsus). Ele escolheu aqueles que seriam salvos e os predestinou para a vida eterna. A circuncisão do coração é uma manifestação dessa eleição divina.

Portanto, para um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, Deuteronômio 30:6 é uma indicação clara da intervenção soberana de Deus na vida daqueles que foram escolhidos para a salvação. Essa circuncisão do coração garante que essas pessoas perseverem na fé até o fim, porque é um ato divino irrevogável e não algo dependente de sua própria vontade ou esforço humano.

"E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.” (Ezequiel 36:27 - ACF).

A interpretação deste versículo, à luz da doutrina da Perseverança dos Santos, deve ser feita de acordo com a perspectiva de um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a expressão "perseverança dos santos" se refere à crença de que aqueles que são verdadeiramente salvos por Deus em Jesus Cristo nunca perderão sua salvação.

Nesse sentido, a citação de Ezequiel 36:27 indica uma promessa divina de que o Espírito Santo será colocado dentro dos crentes para capacitá-los a obedecer aos mandamentos de Deus. Isso significa que os santos não perseveram por seus próprios méritos ou capacidades, mas sim pela graça e pelo poder do Espírito Santo.

Além disso, é importante entender o contexto histórico, gramatical e literário do livro de Ezequiel para compreender completamente o significado desta passagem. O profeta Ezequiel estava falando ao povo judeu exilado na Babilônia sobre a restauração futura de Israel. O versículo em questão é parte da promessa divina de que Deus traria seu povo de  volta à sua terra e transformaria seus corações para que O seguissem fielmente.

O termo "estatutos" usado neste versículo refere-se às leis e mandamentos dados por Deus aos israelitas, enquanto "juízos" diz respeito às decisões judiciais baseadas nessas leis. A promessa aqui é que o Espírito Santo capacitaria os crentes a obedecerem plenamente a esses mandamentos e decisões judiciais.

Ao olharmos para as palavras originais em grego e hebraico, podemos ver que o verbo utilizado para "colocar" o Espírito Santo dentro dos crentes tem uma conotação forte de estabelecer ou firmar algo. Isso sugere que Deus está fazendo mais do que simplesmente conceder um presente; Ele está transformando profundamente aqueles a quem Ele capacita.

Em resumo, à luz da doutrina bíblica da Perseverança dos Santos, podemos interpretar Ezequiel 36:27 como uma promessa divina de transformação interior e empoderamento sobrenatural para obedecer fielmente aos mandamentos de Deus através do poder do Espírito Santo. Essa transformação não é realizada pelos méritos ou capacidades dos crentes, mas sim pela graça divina e é um sinal seguro da perseverança final dos santos até o fim.

“E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim.” (Jeremias 32:40 – ACF).

De acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos, uma vez que alguém é verdadeiramente salvo, essa pessoa nunca perderá sua salvação. Isso porque a salvação não é obra do homem, mas sim da graça de Deus. Aqueles que foram escolhidos por Deus desde antes da fundação do mundo (Efésios 1:4) foram predestinados para a salvação e serão guardados até o fim.

Como um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, creio que essa promessa em Jeremias 32:40 é uma confirmação dessa doutrina. O Senhor promete fazer uma aliança eterna com Seu povo, garantindo que nunca se desviará de fazer-lhes o bem. Observamos aqui a ênfase na soberania de Deus em manter Seus eleitos firmes na fé.

Além disso, o texto diz que o Senhor colocará Seu temor nos corações de Seu povo, a fim de que nunca se afastem Dele. Isso destaca a obra do Espírito Santo em preservar os santos. É importante notar também a expressão "nunca se apartem", que enfatiza a permanência daqueles que estão em Cristo.

As palavras "aliança eterna" mostram que essa promessa não é temporária ou condicional. Não há nada que o indivíduo possa fazer para perder sua salvação, pois ela foi assegurada pelo próprio Deus. Dessa forma, podemos afirmar com segurança e convicção que aqueles que são salvos pela graça de Deus perseverarão até o fim.

O hebraico original do texto reforça esse entendimento ao usar a palavra "olam", traduzida como "eterno". Essa palavra aparece várias vezes na Bíblia para descrever algo sem fim ou sem começo. Portanto, podemos entender essa aliança como sendo inabalável e duradoura.

Em resumo, Jeremias 32:40 confirma a doutrina da Perseverança dos Santos ao destacar a soberania de Deus na salvação e na preservação dos santos. A promessa de uma aliança eterna mostra claramente que aqueles escolhidos por Deus serão guardados por Ele até o fim.

"Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida."(João 5:24 - ACF).

Segundo a doutrina da Perseverança dos Santos, uma vez que alguém é salvo por meio da fé em Cristo, essa pessoa permanecerá salva e não perderá sua salvação. Isso se dá pelo fato de que a salvação é um ato soberano de Deus e não depende das obras ou méritos humanos. Como Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, entendo que a graça salvadora de Deus é irresistível e infalível. Portanto, aquele que crê em Cristo para a salvação tem a vida eterna garantida. O termo "crê" neste versículo significa ter fé plena e verdadeira em Jesus como o filho de Deus enviado para salvar os eleitos e leitas de DEUS.

A expressão "tem a vida eterna" deve ser entendida como uma posse atual do eleito, ou seja, ele já desfruta da vida eterna desde o momento em que crê em Jesus. Além disso, esta vida eterna é irrevogável e eternamente segura. O termo grego original usado para "condenação" é κρίσις (krisis), que se refere ao julgamento final divino. Portanto, aquele que crê em Jesus não será condenado naquele dia, pois já passou da morte para a vida e das trevas para a luz.

Por fim, é importante destacar que esse texto reforça a doutrina da Perseverança dos Santos ao enfatizar que aquele que crê em Jesus passou da morte para a vida - uma mudança radical e permanente de estado espiritual. Isso significa que a pessoa já não está mais sujeita à morte espiritual e à condenação eterna; ela foi transformada pela graça salvadora de Deus.

"E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia." (João 6:39,40 - ACF).

De acordo com a doutrina 100% bíblica da Perseverança dos Santos, aqueles que são verdadeiramente regenerados são predestinados à salvação e perseverarão até o fim. Isso significa que nenhuma pessoa que foi genuinamente salva se perderá, pois Deus os manterá seguros em sua graça até o fim.

No versículo citado de João 6:39-40, Jesus está falando sobre a vontade do Pai em relação aos seus eleitos. Ele afirma que é a vontade do Pai que nenhum daqueles que ele lhe deu se perca, mas sim que sejam ressuscitados no último dia. Isso indica claramente que aqueles que foram escolhidos por Deus para a salvação não podem se perder, mas serão mantidos seguros em sua graça até o fim.

Além disso, Jesus diz que a vontade do Pai é que todo aquele que vê o Filho e crê nele tenha vida eterna e seja ressuscitado no último dia. Isso enfatiza ainda mais a ideia de que aqueles que são salvos não podem perder sua salvação, pois Deus os escolheu para a vida eterna e os manterá seguros em sua graça até o fim.

Um presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano afirmaria ainda mais enfaticamente essa interpretação, baseando-se na teologia reformada clássica. Eles argumentariam que a salvação é totalmente obra de Deus e não depende de nenhum esforço humano ou livre-arbítrio. Portanto, se alguém é verdadeiramente salvo, é porque Deus o escolheu desde antes da fundação do mundo e o manterá seguro em sua graça até o fim.

Em termos de exegese original grego-hebraico, pode-se observar que as palavras usadas aqui para "perder" (ἀπόλλυμι) e "ressuscitar" (ἐγείρω) têm conotações fortes em relação à vida eterna. Ἀπόλλυμι significa literalmente "destruir" ou "perecer", enquanto ἐγείρω significa "levantar" ou "ressuscitar". Essas palavras indicam claramente uma ênfase na ideia de vida eterna e ressurreição corporal dos mortos.

Em resumo, a interpretação da doutrina da Perseverança dos Santos em relação ao versículo de João 6:39-40 é clara: aqueles que foram escolhidos por Deus para a salvação não podem se perder, mas serão mantidos seguros em sua graça até o fim. Esta interpretação é fundamentada na teologia reformada clássica e sustentada pelas palavras grego-hebraicas originais utilizadas no texto bíblico.

"Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai." (João 10:26-29 - ACF).

A passagem de João 10:26-29 é um dos textos mais importantes para o entendimento da doutrina da Perseverança dos Santos. De acordo com a perspectiva do Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, este texto confirma que aqueles que são verdadeiramente crentes em Cristo nunca perderão a sua salvação.

Em primeiro lugar, é importante notar que Jesus afirma que aqueles que não creem nele não são das suas ovelhas. Isso sugere que há um grupo de pessoas que não fazem parte do rebanho eleito de Deus. Aqueles que são eleitos ouvem a voz de Jesus e o seguem. Isso implica uma resposta positiva à mensagem do evangelho e uma vida transformada pelo Espírito Santo.

Em seguida, Jesus promete dar vida eterna às suas ovelhas e afirmar que elas nunca perecerão. Isso significa que a salvação é uma dádiva gratuita concedida por Deus aos seus eleitos, e não algo que pode ser ganho ou perdido através das nossas próprias obras ou esforços.

Também é importante notar a ênfase na segurança da salvação nessas palavras de Jesus. Ele afirma que ninguém pode arrebatar as suas ovelhas da sua mão ou da mão do Pai. Isso sugere uma garantia absoluta de segurança para aqueles que são verdadeiramente salvos por meio da fé em Cristo.

A interpretação deste texto à luz dos originais grego e hebraico confirma ainda mais essa perspectiva. A palavra grega para "ouvir" neste texto (akouō) implica uma resposta obediente à mensagem de Cristo. E a palavra hebraica para "arrebatar" (harpazō) implica uma força externa agindo sobre o indivíduo, sugerindo que a salvação não pode ser tirada dos eleitos por qualquer circunstância externa.

Em resumo, esta passagem confirma a doutrina da Perseverança dos Santos, ensinando que aqueles que são verdadeiramente salvos em Cristo são eleitos desde antes da fundação do mundo, respondem obedientemente ao evangelho e são garantidos pela segurança eterna fornecida pela mão soberana de Deus.

"E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho." (João 14:3,4 - ACF).

De acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos, aqueles que são verdadeiramente eleitos por Deus serão guardados e perseverarão até o fim. Isso significa que uma vez salvos, eles nunca perderão sua salvação.

Um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano entende que a salvação é totalmente obra de Deus e não depende das obras do homem. Portanto, quando Jesus diz em João 14:3-4 "virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo", isso indica que Ele está se referindo àqueles que já foram escolhidos por Deus para serem salvos.

A frase "para onde eu vou" pode ser entendida como o céu ou a presença de Deus. E "conheceis o caminho" sugere conhecimento prévio da soberania divina na salvação.

O uso dos termos grego/hebraico original não é necessário aqui porque as palavras em português são claras em seu significado. No entanto, podemos acrescentar mais evidências bíblicas para apoiar essa interpretação:

Em Romanos 8:30 Paulo escreve: “E aos predestinou... também justificou; e aos que justificou... também glorificou”. Esse texto mostra claramente a ordem da salvação estabelecida pelo decreto eterno de Deus - predestinação (eleição), justificação (salvação) e glorificação (vida eterna).

Além disso, Efésios 1:13-14 nos ensina que os cristãos têm sido selados com Espírito Santo como garantia da herança futura - uma prova segura de nossa posição em Cristo.

Portanto, podemos concluir firmemente que aqueles escolhidos por Deus nunca perderão sua salvação porque ela foi garantida pela obra completa de Cristo na cruz. A promessa feita por Jesus em João 14:3-4 é dirigida apenas aos eleitos eternamente amados pelo Pai.

"Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse." (João 17:12. - ACF).

De acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos, aqueles que são verdadeiramente salvos não perderão sua salvação, mas perseverarão até o fim. Isso é baseado na crença de que a salvação é uma obra completa e irrevogável de Deus, realizado através do sacrifício expiatório de Cristo na cruz.

Dentro desse contexto teológico, um Presbiteriano Ortodoxo hiper-calvinista e supralapsariano interpretaria João 17:12 como uma confirmação dessa doutrina. O versículo afirma claramente que Jesus guardou aqueles que foram dados a Ele pelo Pai e nenhum se perdeu exceto Judas, também conhecido como filho da perdição.

Ao examinar as palavras originais em grego nesse versículo - "tenho guardado" - vemos que elas implicam continuidade no tempo presente. Ou seja, não apenas Cristo os guardou anteriormente, mas ainda continua a fazê-lo agora. Essa ênfase no presente ativo sugere fortemente a ideia de perseverança dos santos.

Além disso, ao analisarmos "filho da perdição", descobrimos que essa expressão era usada nas Escrituras hebraicas para referir-se àqueles destinados à condenação (Salmos 109:8). Portanto, podemos entender esse termo como indicativo do fato de Judas nunca ter sido um verdadeiro crente ou seguidor de Cristo desde o início.

Em resumo, conforme entendimento do Presbiteriano Ortodoxo hiper-calvinista e supralapsariano, o versículo João 17:12 reforça firmemente a doutrina da Perseverança dos Santos por afirmar que todos os escolhidos por Deus serão guardados por Jesus e nunca perderão sua salvação final. A excepcionalidade única pertence aos filhos da perdição predestinados pela vontade soberana divina para sofrerem eternamente fora dEle!

"Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida." (Romanos 5:17,18 - ACF).

Segundo a doutrina da Perseverança dos Santos, aqueles que são verdadeiramente salvos e justificados em Cristo nunca perderão sua salvação. Isso significa que uma vez que alguém é salvo, essa pessoa sempre será salva. No entanto, esse ensinamento não deve ser mal interpretado como uma licença para pecar ou abandonar a fé - ao contrário, os verdadeiros crentes continuarão a seguir a Cristo e buscar santidade por toda a sua vida.

Um presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano enfatizaria ainda mais o aspecto da eleição divina na salvação de um indivíduo. Essa perspectiva afirma que Deus escolheu quem seria salvo antes mesmo da criação do mundo (Efésios 1:4) e tudo acontece dentro do plano soberano de Deus.

Quando Paulo fala em Romanos 5:17-18 sobre "muito mais os que recebem a abundância da graça", isso se refere aos eleitos de Deus - aqueles escolhidos desde antes da fundação do mundo para receberem Sua graça redentora.

O termo grego traduzido como "justificação" aqui é dikaiōma, derivado de dikaioun, significando declarar justo ou inocente. Aqueles escolhidos por Deus foram justificados pela morte sacrificial de Jesus Cristo na cruz; eles foram declarados justos diante dEle pelos méritos imputados de Cristo à humanidade caída (2 Coríntios 5:21).

Portanto, podemos entender as palavras de Paulo aqui como sendo direcionadas especificamente aos eleitos predestinados por Deus para receberem Sua graça regeneradora através do atonement incondicional feito por Jesus Cristo. E esses eleitos perseverarão até o fim porque foram escolhidos por ninguém menos que o próprio Criador todo-poderoso.

"E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 8:30-39 - ACF).

Segundo a doutrina da Perseverança dos Santos, aqueles que são predestinados por Deus para a salvação estarão firmes até o fim e serão glorificados na vida eterna. Isso significa que a salvação é um ato de Deus desde o início até o fim, e não depende de nada que os indivíduos possam fazer ou escolher. De acordo com o posicionamento do Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, essa passagem em Romanos 8:30-39 confirma a segurança daqueles que foram eleitos por Deus para a salvação. A palavra "predestinou" enfatiza que Deus já determinou quem será salvo antes mesmo do tempo começar.

O termo grego traduzido como "chamado" indica um chamado eficaz - isto é, aqueles chamados por Deus responderão obedientemente ao convite dele. Ao dizer "justificou", Paulo está se referindo à justificação pela fé em Cristo Jesus (Romanos 3:22-25). Essa justiça imputada aos crentes vem somente através da obra consumada de Cristo.

A frase "glorificou também" fala sobre nossa futura glória no céu como filhos adotivos perfeitos de Deus (1 João 3:1-2). O apóstolo Paulo antecipa quaisquer objeções à preservação dos santos ao afirmar retoricamente: “Se Deus é por nós [santos eleitos], quem pode ser contra nós?”; caso haja alguma acusação contra os escolhidos de Deus (os santos), eles são justificados pelo próprio Senhor (versículo 33).

Além disso, ninguém poderá condenar os santos porque Cristo morreu pelos seus pecados e intercede por eles diante do Pai celestial (Hebreus7:25). Nenhuma dificuldade terrena pode separar-nos deste amor divino; nenhum poder cósmico ou criatural tem poder para nos afastar dele.

Por conseguinte, a mensagem principal dessa passagem bíblica mostra claramente como todos aqueles escolhidos por Deus em sua soberania certamente perseverariam na fé até chegar à eternidade no céu.

"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados. Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento." (Romanos 11:25-29 - ACF).

De acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos, uma vez que alguém é escolhido por Deus para ser salvo, essa pessoa nunca pode perder sua salvação. Esse posicionamento é defendido pelos Presbiterianos Ortodoxos, Hiper-calvinistas e Supralapsarianos. Em Romanos 11:25-29, Paulo está explicando que o endurecimento veio em parte sobre Israel até que a plenitude dos gentios haja entrado. Isso significa que Deus permitiu um período de cegueira espiritual para os judeus enquanto Ele reunia Seu povo escolhido entre os gentios. No entanto, toda a nação de Israel será finalmente salva através do Messias prometido (Jesus Cristo), conforme as Escrituras Sagradas afirmam: "E assim todo o Israel será salvo". Aqui Paulo usa linguagem clara e enfática ao dizer "todo" o Israel será salvo - não alguns ou poucos eleitos - mas todos aqueles que são descendentes físicos de Abraão serão salvos pela graça de Deus através da fé em Jesus Cristo. O versículo 28 continua dizendo: "Quanto ao evangelho, eles são inimigos por causa de vós; mas quanto à eleição, amados por causa dos pais". Aqui Paulo está falando sobre como os judeus rejeitaram Cristo como seu Messias e se tornaram inimigos do Evangelho. No entanto, isso não anula seu estado eleito como povo escolhido por Deus desde tempos antigos.

Finalmente no versículo 29 Paulo afirma categoricamente: "Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento." Em outras palavras, quando Deus chama alguém para Si mesmo através da Sua graça soberana - seja individualmente ou coletivamente como nação inteira -, esse chamado nunca pode ser revogado ou desfeito pelo homem ou pelas circunstâncias externas.

Portanto, neste texto bíblico podemos ver firmemente estabelecida tanto a doutrina da Eleição Divina quanto a da Perseverança dos Santos. Nenhuma interpretação duvidosa deve obscurecer esses ensinamentos centrais das Escrituras Sagradas!

"Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente." (Romanos 14:4,5 - ACF).

Antes de começar a análise deste texto, é importante contextualizá-lo à luz das crenças do Presbiterianismo Ortodoxo, que segue as doutrinas dos reformadores protestantes e defende o princípio da Perseverança dos Santos. Isso significa que aqueles que foram eleitos por Deus para a salvação não podem perder sua redenção, uma vez que ela é garantida pela graça divina.

Além disso, o Hiper-calvinismo prega a soberania absoluta de Deus em todas as coisas, inclusive na salvação, enquanto o Supralapsarianismo enfatiza a ordem lógica da providência divina: antes mesmo da queda do homem no pecado original, Deus já havia decidido quem seria salvo ou condenado.

Com isso em mente, podemos analisar os versos citados acima. O apóstolo Paulo está abordando questões relacionadas ao julgamento entre irmãos na fé e orientando-os sobre como lidar com suas diferenças pessoais nas práticas religiosas.

Nesse contexto específico, Paulo alerta contra o julgamento precipitado dos servos uns pelos outros. Ele afirma que cada servo deve ser deixado livre para seguir seu próprio caminho diante de seu Senhor (Deus), pois somente Ele tem poder para firmá-los ou fazê-los cair - claramente um exemplo da soberania divina sobre todas as coisas.

O apóstolo também destaca como há diferentes interpretações dentro do próprio grupo cristão - alguns valorizam mais um dia específico (provavelmente referindo-se às antigas celebrações judaicas) enquanto outros consideram todos os dias iguais em importância espiritual -, mas insiste na necessidade de cada indivíduo estar "inteiramente seguro" em sua própria escolha pessoal (ou seja: ter convicção inabalável).

Esta passagem pode ser interpretada sob diversos pontos de vista teológicos quando dissociada da cosmovisão Reformada; contudo aqui estamos sob esta ótica calvinista rigorosa.

Em resumo neste trecho bíblico Romanos 14:4-5 apresenta aos crentes presbiterianos ortodoxos fundamentação suficiente tanto quanto ao posicionamento hiper-calvinista quanto supralapsariano e exemplifica perfeitamente este princípio central chamado Perseverança dos Santos.

"Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto,"(Romanos 16:25 - ACF).

A passagem de Romanos 16:25 é uma afirmação poderosa da doutrina da Perseverança dos Santos, que sustenta que aqueles que são eleitos por Deus nunca perderão a sua salvação. Esta doutrina está enraizada na soberania absoluta de Deus e no Seu propósito eterno para a redenção. Como um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, entendo essa passagem como uma declaração clara do poder absoluto de Deus para confirmar os crentes em sua salvação. A palavra grega usada aqui para "confirmar" (sterízo) significa fortalecer, estabelecer ou tornar firme. Em outras palavras, Deus tem o poder total e absoluto de manter os crentes firmes em Sua graça.

Além disso, a referência à pregação do evangelho reforça ainda mais esse ponto. A mensagem do evangelho é a boa notícia sobre Jesus Cristo - Sua vida perfeita, morte sacrificial e ressurreição gloriosa - que nos oferece perdão pelos nossos pecados e reconciliação com Deus através da fé nele. Essa pregação não apenas traz as pessoas à fé inicialmente; também mantém aqueles que cerem perseverando até o fim. O fato de Paulo mencionar "a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto" indica ainda mais a centralidade da vontade divina nesta questão crucial da salvação dos crentes. Desde antes mesmo da fundação do mundo, Deus escolheu um povo para Si mesmo (Efésios 1:4), determinou suas identidades individuais como filhos adotivos (Romanos 8:29-30) e prometeu preservá-los até o fim (Filipenses 1:6).

Em suma, esta passagem enfatiza tanto o poder onipotente quanto o amor incondicional de nosso grande Salvador celestial por seus filhos escolhidos! Nós somos salvaguardados pelo Todo-Poderoso Senhor YHWH juntamente com nossa confiança pessoal nessa verdade indubitável reiterada nas Sagradas Escrituras!

"O qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor." (1 Coríntios 1:8,9 - ACF).

De acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos, aqueles que são verdadeiramente salvos e eleitos por Deus serão preservados até o fim. Isso significa que a salvação de um crente não depende do seu esforço ou mérito pessoal, mas sim da graça irresistível de Deus. Como Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, entendo que essa doutrina é claramente ensinada na Bíblia. No texto em questão, vemos uma promessa clara de que Deus irá confirmar os coríntios em sua fé até o fim. A palavra grega para "confirmará" (βεβαιώσει) indica uma garantia segura e inabalável.

Além disso, Paulo diz que os coríntios foram chamados para a comunhão de Jesus Cristo pelo próprio Deus. Essa escolha divina é conhecida como eleição incondicional e implica na certeza da perseverança dos santos.

O fato de sermos irrepreensíveis no dia do Senhor também reafirma essa doutrina. Se fosse possível perder nossa salvação após aceitarmos Jesus como nosso Salvador, então não poderíamos ser considerados irrepreensíveis diante dele.

Em resumo, esse versículo fortalece minha posição teológica ao afirmar a perseverança dos santos através da graça soberana de Deus.

"Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." (1 Coríntios 10:13 - ACF).

De acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos, aqueles que verdadeiramente creem em Cristo serão preservados por Deus na fé até o fim de suas vidas. Essa segurança é dada pela obra redentora de Cristo e não pode ser perdida por qualquer ato humano ou circunstância adversa.

Nesse sentido, a passagem bíblica citada deve ser interpretada à luz dessa doutrina. Quando Paulo fala sobre tentação humana, ele está se referindo aos desafios enfrentados pelos cristãos enquanto vivem neste mundo caído. No entanto, mesmo diante desses desafios, podemos ter certeza de que Deus é fiel e nos dará forças para suportar as provações.

O termo "escape", mencionado no versículo, significa uma saída ou um caminho para fugir das tentações. A palavra grega usada aqui sugere que esse escape é dado pelo próprio Deus e não depende do esforço humano. É importante destacar também que essa graça divina não nos isenta da responsabilidade de resistirmos às tentações.

No contexto da teologia Presbiteriana Ortodoxa Hiper-calvinista Supralapsariana (uma corrente específica dentro do calvinismo), esse texto reforça ainda mais a ideia da soberania absoluta de Deus sobre todas as coisas - inclusive os eventos negativos em nossas vidas -, bem como sua capacidade infinita de prover o escape necessário para seus filhos amados.

Em resumo, 1 Coríntios 10:13 ensina aos crentes a confiarem plenamente na fidelidade divina em momentos difíceis e a reconhecerem sua completa dependência do poder salvador de Cristo em meio às adversidades deste mundo pecaminoso.

"O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações." (2 Coríntios 1:22 - ACF).

Antes de abordar o versículo em si, é importante destacar que a doutrina da Perseverança dos Santos afirma que aqueles que são genuinamente salvos por Deus através da fé em Jesus Cristo jamais perderão sua salvação. Isso porque a salvação não é baseada nas obras dos indivíduos, mas sim na graça soberana de Deus e na obra consumada de Cristo na cruz.

No que diz respeito ao posicionamento presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, podemos afirmar que eles defendem uma visão rigorosa sobre a eleição divina. Eles acreditam que Deus escolheu um grupo específico de pessoas para serem salvos antes mesmo da criação do mundo (doutrina conhecida como predestinação). Além disso, eles entendem que essa escolha não está baseada em qualquer mérito ou decisão humana.

Com isso em mente, podemos analisar o versículo de 2 Coríntios 1:22. A palavra "selou" vem do grego sphragizo e significa "marcar com um selo". Na época em que esse texto foi escrito, os selos eram usados para garantir algo como autêntico e seguro contra adulterações ou violações. Nesse sentido, podemos entender que quando Deus nos sela pelo Espírito Santo ele nos garante segurança eterna.

Já a expressão "penhor do Espírito" pode ser traduzida literalmente do grego como "sinal dado antecipadamente pelo Espírito". O termo penhor se refere a algo dado como garantia ou compromisso futuro. Assim sendo, podemos entender esse verso como uma referência à promessa de vida eterna dada aos crentes por meio do Espírito Santo.

Nesse contexto teológico específico - presbiteriano ortodoxo hiper-calvinista supralapsarianismo -, isso reforça ainda mais a ideia da segurança absoluta dos eleitos. Para esses cristãos reformados (hiper), supralapsários (antes da queda) e ortodoxos (de acordo com as confissões históricas), os crentes foram predestinados pela vontade soberana de Deus para receberem essa bênção inestimável desde toda eternidade passada até toda eternidade futura sem perda alguma no processo dentro desta vida terrena limitada como provado pela marca indelével deixada pelo Selo Divino representado aqui pelo batismo com o Espirito Santo cujo poder habita permanentemente no interior dos corações desses vencedores já vindicados através da morte vicária substitutiva eficiente expiatória sacrificial completa irrevogável finalizadora redentora reconciliatória propiciatória santificadora gloriosa completamente concluída realizacional transformadora instantânea justificadora completamente fundamental total que opera totalmente fora quaisquer circunstancias pessoais humanas tão somente segundo exclusivamente pura misericórdia livre graça amor imerecidos pela qual recebemos tamanhos benefícios espirituais evidenciando nossa filiação celestial incomparavelmente sublime diante deste mundo caótico temporal perecível corruptível injusto que jaz sob o maligno para sempre amém e graças a DEUS!

"Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;" (Filipenses 1:6 - ACF).

De acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos, aqueles que são salvos por Deus através de sua graça irresistível e eleição incondicional permanecerão firmes na fé até o fim de suas vidas terrenas. Isso é confirmado pela passagem em Filipenses 1:6, onde Paulo afirma que aquele que começou a boa obra nos crentes filipenses (e em todos os crentes) certamente continuará aperfeiçoando-a até o dia da volta de Cristo.

Para um Presbiteriano Ortodoxo, isso significa que não há possibilidade de perder a salvação depois de recebê-la; uma vez salvo, sempre salvo. Esse entendimento está fundamentado nas Escrituras e na tradição reformada desde João Calvino.

Um Hiper-calvinista enfatiza ainda mais essa doutrina, argumentando que Deus não apenas escolheu quem seria salvo antes mesmo da criação do mundo (eleição incondicional), mas também causou ativamente todas as coisas para cumprir seu plano soberano - incluindo a queda do homem no pecado (supralapsarianismo). Isso significa que os santos perseveram porque se mantêm firmados somente na vontade eterna e infalível de Deus.

É importante notar aqui também o uso dos termos "boa obra" e "aperfeiçoará". A partir do Grego original, podemos ver claramente como essas palavras refletem uma ideia contínua ou progressiva - ou seja, algo iniciado em um ponto particular no tempo continua crescendo e amadurecendo ao longo dele.

Em resumo: Como Presbiterianos Ortodoxos, Hiper-Calvinistas Supralapsarianos abraçamos plenamente esse ensinamento bíblico crucial sobre perseverança santa dos santificados pelo Eterno Pai celestial.

"Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia." (2 Timóteo 1:12 - ACF).

A passagem em questão é uma declaração do apóstolo Paulo a respeito de sua fé e confiança em Deus. Ele afirma que sabe em quem tem crido, o que indica uma firmeza e convicção inabaláveis na doutrina cristã.

Em relação à Perseverança dos Santos, essa passagem é um forte argumento a favor da ideia de que aqueles que são verdadeiramente salvos nunca perderão sua salvação. Isso se deve à expressão "poderoso para guardar o meu depósito", que sugere uma proteção sobrenatural divina sobre a salvação pessoal de Paulo.

O posicionamento Presbiteriano Ortodoxo também pode ser verificado aqui, pois esse grupo defende fortemente a ideia da perseverança dos santos como parte integrante das doutrinas reformadas. Para eles, essa segurança eterna decorre diretamente da eleição divina e não pode ser perdida ou alterada por qualquer circunstância ou escolha humana.

Já os Hiper-calvinistas e Supralapsarianos enfatizam ainda mais a soberania absoluta de Deus no processo da salvação. Eles entendem esta passagem como um reconhecimento explícito do poder incomparável do Senhor para manter seus filhos no caminho certo até o final dos dias (2 Timóteo 1:12).

Além disso, vale ressaltar o uso do termo "depósito" nesta passagem bíblica - traduzido do grego parathēkē -, que denota algo precioso e valioso deixado nas mãos de outra pessoa. Esse conceito fortalece ainda mais a certeza da segurança eterna dos crentes genuínos diante das provações desta vida terrena.

Portanto, podemos concluir com base nessa exegese profunda levando em conta as doutrinas mencionadas acima - Perseverança dos Santos presbiterianismo ortodoxo; Hiper-calvinismo e supralapsarianismo - que esta passagem bíblica é extremamente significativa para todos os cristãos verdadeiros ao reforçar nossa confiança total na fidelidade soberana de Deus para nos guardar com amor eterno (Jeremias 31:3).

"Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento; Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu, Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque." (Hebreus 6:17-20 - ACF).

Como um convicto; presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, entendo que a doutrina da perseverança dos santos é uma verdade fundamental das Escrituras. Acreditamos que aqueles que foram escolhidos por Deus para a salvação não podem perder sua salvação, pois são guardados pelo poder de Deus até o fim.

O texto em Hebreus 6:17-20 reforça essa doutrina ao mostrar que Deus mostra abundantemente sua imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa. Isso significa que o plano de salvação de Deus é firme e inabalável. Ele se interpôs com juramento para garantir isso, mostrando assim duas coisas imutáveis nas quais é impossível para ele mentir.

Essas duas coisas imutáveis referem-se à promessa de Deus e ao seu juramento sobre ela. Para nós, os eleitos, isso nos dá firme consolação porque confiamos na esperança proposta por Deus como nossa âncora da alma segura e firme. Essa esperança penetra no interior do véu onde Jesus entrou por nós feito eternamente sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.

Aqui podemos observar um aspecto importante dessa passagem: Cristo é apresentado como nosso precursor (ou seja, aquele que já foi antes) e também como nosso sumo sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque - um tipo superior ao sacerdócio levítico estabelecido pela lei mosaica.

Em resumo, Hebreus 6:17-20 ensina-nos sobre a certeza da nossa salvação em Cristo Jesus mediante as duas coisas imutáveis em que confiamos: as promessas fiéis do nosso bom Pai celeste reveladas na Bíblia Sagrada; o ministério contínuo do Senhor Jesus Cristo ativo no céu hoje como nosso Sumo Sacerdote diante dos olhos divinos intercedendo pelos seus eleitos  e eleitas!!!

"Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado. (Hebreus 10:14-18 - ACF).

Primeiramente, é importante destacar que a doutrina da Perseverança dos Santos ensina que aqueles que verdadeiramente foram regenerados e salvos por Deus serão preservados em sua fé até o fim de suas vidas terrenas. Isso significa dizer que não há possibilidade de perder a salvação uma vez recebida.

No texto em questão, o autor aos Hebreus afirma claramente que Jesus Cristo, com sua única oblação sacrificial na cruz do Calvário, aperfeiçoou para sempre aqueles que são santificados. Essa perfeição se refere à completa purificação dos pecados daqueles que creem nele como seu Salvador pessoal.

O Espírito Santo também testifica essa verdade ao relembrar as palavras proféticas do Antigo Testamento sobre a Nova Aliança. O Senhor prometeu colocar suas leis nos corações e mentes dos crentes genuínos e nunca mais se lembraria de seus pecados ou iniquidades.

Isso significa que não há mais necessidade de ofertas sacrificiais pelo pecado após a morte redentora de Cristo na cruz. A remissão obtida através dele é plena e suficiente para todos os tempos e pessoas.

Para um convicto; Presbiteriano Ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, esse texto confirma ainda mais a eleição incondicional daqueles predestinados por Deus desde antes da queda humana no pecado original. A graça eficaz garante a perseverança desses escolhidos até o fim.

Em suma, podemos concluir com segurança bíblica mediante este trecho das Escrituras sagradas apresentado aqui: Quando alguém crê sinceramente em Jesus como seu Salvador pessoal, recebe perdão completo pelos seus pecados passados ​​e está seguro para sempre na salvação eterna - protegido pela obra consumada completamente pelo sangue derramado na Cruz; essa vitória foi garantida pela ressurreição corporal literal de Jesus dentre os mortos!!!

"Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu." (Hebreus 10:23 - ACF).

De acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos, aqueles que são verdadeiramente salvos irão perseverar até o fim e nunca perderão sua salvação. Isso é baseado na soberania de Deus em eleger os crentes antes da fundação do mundo e na obra completa de Cristo para garantir a redenção dos seus escolhidos.

Como um Convicto; Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, entendo que essas verdades fundamentais estão claramente expressas nas Escrituras originais em grego e hebraico. Quando olhamos para o texto citado em Hebreus 10:23, podemos ver isso claramente.

A palavra "retenhamos" aqui vem do grego "κατέχω", que significa segurar firmemente ou manter apertado. Isso indica uma ação contínua e decidida por parte dos crentes para se agarrarem à sua confissão de fé - algo que só pode ser feito pela graça concedida por Deus.

A frase "a confissão da nossa esperança" também é significativa aqui. A palavra "confissão" deriva do termo grego "ὁμολογία", sugerindo não apenas uma crença pessoal interior mas também uma proclamação pública dessa crença diante dos homens (Mateus 10:32). É importante notar também que essa esperança não é vaga nem incerta; ela está baseada no próprio caráter fiel de Deus, como declarado pelo autor aos Hebreus.

Por fim, devemos destacar a ênfase sobre a fidelidade de Deus neste versículo - Ele prometeu permanecer conosco até o fim (Hebreus 13:5), completando todo o bom trabalho começado em nós (Filipenses 1:6) até o dia da volta gloriosa do nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 5:24).

Portanto, como um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano comprometido com as Escrituras originais no seu idioma original grego/hebraico, afirmamos enfaticamente que esta passagem apoia plenamente a doutrina bíblica da perseverança dos santos enquanto confiados à fidelidade incomparável de nosso Redentor divino.

"Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém." (Hebreus 13:20,21 - ACF).

A passagem em Hebreus 13:20-21 é uma oração do autor da carta para que Deus aperfeiçoe os crentes em toda boa obra, de modo que eles possam fazer a vontade de Deus e operar o que é agradável diante dele por meio de Cristo Jesus. Essa perfeição não pode ser alcançada pelos próprios esforços dos crentes, mas somente pela graça divina.

O termo "aperfeiçoar" vem do grego καταρτίζω (katartizō), que significa "ajustar", "equipar" ou "preparar". Esse verbo é usado outras vezes na Bíblia para se referir à restauração das redes dos pescadores (Mateus 4:21) ou ao conserto de um membro ferido do corpo humano (1 Coríntios 12:24). Assim como essas coisas precisam ser ajustadas ou preparadas antes de poderem cumprir sua função corretamente, também os eleitos precisam ser equipados por Deus para fazerem as boas obras que Ele tem preparado especificamente para cada um realizar (Efésios 2:10).

O autor da carta pede essa ação divina porque sabe que somente assim os crentes serão capazes de perseverar até o fim e cumprir plenamente seu propósito nesta vida. A doutrina da Perseverança dos Santos ensina justamente isso - que aqueles a quem Deus escolheu, chamou e justificou nunca perderão sua salvação. Eles podem pecar e falhar durante suas vidas terrenas, mas sempre retornarão ao caminho certo através do arrependimento genuíno e da fé renovada. Isso ocorre porque foi Deus quem iniciou o processo salvífico neles e agora irá completá-lo até o dia da volta gloriosa de Cristo.

Portanto, quando lemos essa oração em Hebreus 13:20-21 à luz dessa doutrina teológica mais ampla, podemos entender melhor como ela expressa tanto nossa dependência total em relação à graça divina quanto nossa confiança inabalável no poder transformador dela sobre nossas vidas cotidianas. Que todos nós possamos nos alegrar nessa verdade incrível!!!

Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia; Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso; Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas. (1 Pedro 1:1-9 - ACF).

Como um convicto; presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, creio na doutrina da Perseverança dos Santos, que ensina que aqueles que são eleitos por Deus para a salvação certamente perseverarão até o fim. A exegese deste texto em 1 Pedro 1:1-9 confirma essa verdade.

No versículo 2, vemos que os eleitos foram escolhidos pela "presciência de Deus Pai". Isso significa que Deus os conheceu antes mesmo de serem criados e decidiu salvá-los. Essa escolha não depende do homem nem do seu livre-arbítrio.

Além disso, no verso 5 é dito que esses eleitos estão sendo guardados na virtude de Deus para a salvação final. Novamente, isso mostra claramente a garantia da salvação dos eleitos.

No verso 7, Pedro fala sobre as várias tentações pelas quais os cristãos passam nesta vida terrena. No entanto, essas provações têm um propósito redentor - elas testam a fé desses cristãos e fazem com que sua fé seja mais preciosa do que o ouro perecível.

Finalmente, no verso 9 está escrito: "Ao qual (Jesus), não o havendo visto amais; no qual (Jesus), não o vendo agora, mas crendo vos alegrais com gozo inefável e glorioso." Aqui há uma afirmação forte sobre como nossos corações continuam amando Jesus Cristo apesar de nunca termos visto fisicamente Ele em nosso tempo presente.

Em conclusão, esta passagem enfatiza fortemente a segurança daqueles chamados por Deus para Sua salvação eterna. Evidências claras são fornecidas pelo autor inspirado ao longo desse trecho das Escrituras Sagradas “pedindo” aos leitores estrangeiros dispersos nas regiões mencionadas nos versículos introdutórios – Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia, e Bitínia - reflexões profundas acerca dessa realidade espiritual!

Quanto ao fundamento desta exegese nos idiomas originais, podemos observar que a palavra grega para "eleitos", usada no versículo 2, é "eklektois". Essa palavra tem o sentido de escolhidos ou selecionados. Já a expressão “Na virtude de Deus”, do verso 5, vem da palavra grega “dunamene”. Nesse caso, essa palavra se refere à força e poder divinos que mantêm os eleitos seguros em sua salvação.

Além disso, no verso 9, a frase "crendo vos alegrais com gozo inefável e glorioso" é traduzida da expressão grega “agalliasis aneklamptos kai dedoxasmenes”. Esse conjunto de palavras indica uma alegria intensa e indescritível experimentada pelos leitos por causa da sua fé em Cristo.

Portanto, vemos claramente que as palavras originais deste texto confirmam a doutrina bíblica da Perseverança dos Santos. Os eleitos são escolhidos por Deus desde antes da criação do mundo e são guardados pelo Seu poder até o dia final.

"E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória, depois de havemos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça." (1 Pedro 5:10 - ACF).

A exegese deste versículo, de acordo com a doutrina da Perseverança dos Santos e considerando o posicionamento de um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano pode ser feita da seguinte forma:

Primeiramente, é importante destacar que a doutrina da Perseverança dos Santos afirma que aqueles que são verdadeiramente salvos em Cristo Jesus serão preservados pela graça divina até o fim de suas vidas terrenas. Em outras palavras, os eleitos não podem perder sua salvação.

Além disso, o posicionamento dos Presbiterianos Ortodoxos Hiper-calvinistas e Supralapsarianos enfatiza a soberania absoluta de Deus na salvação, defendendo que Ele predestinou desde toda eternidade quem seria salvo ou condenado.

Assim sendo, ao analisarmos este verso em seu contexto original grego podemos observar algumas informações relevantes para esta exegese:

- O termo "Deus" utilizado aqui é "theós", indicando claramente uma referência ao Deus cristão.

- A expressão "toda a graça" vem do termo grego "pás charis", denotando todas as dádivas espirituais concedidas aos eleitos por meio da obra redentora de Cristo.

- A frase "em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória" aponta para um chamado específico dado pelo Pai aos eleitos através do Filho - somente aqueles escolhidos por Deus receberam tal convocação.

- O verbo grego traduzido como “aperfeiçoar” (katartizō) tem sentido duplo: tanto pode significar amadurecer quanto restaurar algo à condição ideal; ambos os sentidos se aplicariam bem nessa passagem.

- As palavras utilizadas no final do verso ("confirme", fortifique" e estabeleça") estão relacionadas com a ideia geral já apresentada: depois das provações desta vida (necessárias para nosso crescimento), Deus mesmo irá capacitar seus filhos para permanecer firmes na fé.

Com base nessas informações presentes no texto bíblico original em língua grega e levando em conta os princípios teológicos mencionados acima sobre a perseverança dos santos e soberania divina na salvação, podemos interpretar este versículo como uma promessa divina direcionada especificamente aos escolhidos por Ele.

Essa promessa afirma que após esses crentes sofrerem brevemente neste mundo (porque eles ainda vivem num mundo caído), Deus mesmo trabalhará neles capacitando-os mediante Sua Graça Divina. Assim sendo poderão crescer espiritualmente tornarem-se cada vez mais fortes na fé enquanto esperam ansiosamente pela volta gloriosa do Senhor Jesus! Essa restauração/aprimoramento abrange todos os aspectos necessários – moral/ética/intelectual/profissional/ espiritual/ sobrenatural/pessoal etc., tudo isso visando prepará-lo(a)s como participantes plenos da futura era escatológica onde reinarão junto com cristo pelos séculos sem fim!

Isso inclui confirmá-los nas verdades fundamentais reveladas nas Escrituras Sagradas (como as doutrinas básicas sobre: Deus/ Cristologia / Soteriologia / Eclesiologia...); fortificadas contra as tentações malignas; estabelecê-las numa vida prática coerente com aquilo que professam crer.

Em suma: Este verso indica segurança absoluta para aqueles escolhidos segundo Seu propósito gracioso desde toda a eternidade porque essa mesma graça lhes capacitará durante todo o processo rumo à Glória Celestial proporcionada pelo próprio Deus-Pai mediante Sua Obra Redentora realizada pelo Filho-Jesus ungindo-os constantemente através do Espírito Santo. Isso é Perseverança dos Santos!!!

"Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós. E vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas." (1 João 2:19,20 - ACF).

A doutrina da Perseverança dos Santos afirma que aqueles que são verdadeiramente salvos por Deus, nunca perderão sua salvação. Ou seja, o poder e graça de Deus é suficiente para manter os crentes em perseverança na fé até o fim.

De acordo com um Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, a preservação dos santos não depende da vontade ou escolha do homem, mas sim do decreto soberano de Deus. Logo, quando João diz "saíram de nós", ele se refere a pessoas que estavam aparentemente na comunidade cristã (como membros), mas não possuíam uma verdadeira fé em Cristo. Eles deixaram a comunidade porque nunca foram realmente parte dela, ou seja, não eram eleitos.

O texto original grego traz: "ἐξ ἡμῶν ἐξῆλθαν ἀλλ’ οὐκ ἦσαν ἐξ ἡμῶν· εἰ γὰρ ἦσαν ἐξ ἡμῶν μεμεώκει ἄν τις αὑτῶν" (1Jo. 2: 19). A palavra grega "me̱meókei" significa "permanecer". Nesse sentido, podemos entender que as pessoas mencionadas no versículo saíram fisicamente da comunidade das igrejas cristãs primitivas, mas nunca permaneceram como fiéis seguidores/eleitos em Jesus Cristo - eles apenas frequentavam para ganhos pessoais ou interesse próprio temporário.

Já o versículo seguinte enfatiza claramente aqueles que permanecem firmes na fé: “E vós tendes a unção do Santo (...)”. Isso sugere duas coisas importantes sobre essas pessoas:

a) Elas receberam algo especial ("unção") dado pelo Espírito Santo;

b) Essa unção lhes proporcionou conhecimento espiritual genuíno (“...e sabeis todas as coisas").

Portanto, esse trecho bíblico ressalta tanto a realidade dos falsos crentes (réprobos); dentro das igrejas quanto à promessa divina de proteger os verdadeiros crentes durante toda a vida terrena e além, na eternidade com Jesus Cristo.

"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém." (Judas 1:24,25 - ACF).

A exegese destes versículos, à luz da doutrina da Perseverança dos Santos, afirma que Deus é capaz de guardar os crentes de tropeçar e apresentá-los irrepreensíveis diante da sua glória. Isso significa que aqueles que são verdadeiramente salvos nunca irão perder a salvação ou se afastar dela.

O posicionamento do Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano defende essa doutrina junto com uma forte ênfase na soberania divina. Segundo eles, a salvação é totalmente obra de Deus desde a eleição até o domínio final sobre o pecado.

No texto grego original podemos destacar alguns pontos importantes:

1) A palavra "guardar" (τηρέω - tereo) indica proteção contínua e diligente por parte de Deus;

2) A expressão "de tropeçar" (απταίστους - aptaistous) refere-se à capacidade humana em cair no pecado;

3) O termo "apresentá-los" (παραστῆσαι - parastesai), pode ser traduzido como “colocá-los perante” ou “fazer comparecer”. Aqui vemos claramente a ideia de um julgamento futuro onde os crentes serão apresentados sem culpa diante de Deus;

4) Por fim, temos a palavra "irrepreensíveis" (άμώμους - amômous), significando sem falhas ou manchas.

Em suma, estes versos enfatizam fortemente que nossa preservação na fé é garantida pela poderosa mão de Deus e não depende das nossas obras ou méritos pessoais. É importante ressaltar também que isso não nos dá licença para vivermos em desobediência ao Senhor pois tal atitude seria contrária à própria natureza do Espírito Santo dentro dos verdadeiros eleitos e eleitas.



“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”


Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:
Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.