sexta-feira, 25 de abril de 2025

 


Sermão Expositivo – 11 

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“Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra. Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti; Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.

Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.” (João 17:2-24 - ACF).


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Exegese e Hermenêutica Básica; de João 13:18 (ACF):

Introdução: O capítulo 17 de João é conhecido como a oração sacerdotal de Jesus, onde Ele intercede pelos seus discípulos e por todos aqueles que irão crer em Seu nome. A tradição calvinista enfatiza a soberania de Deus na salvação e a eleição incondicional dos crentes. Nessa perspectiva, a exegese e a hermenêutica de João 17:2-24 devem levar em conta esses elementos teológicos.

Exegese básica: Versículo 2 - "Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste." - A palavra "poder" (exousia) aqui se refere à autoridade soberana que o Pai concedeu a Jesus sobre toda a humanidade. O propósito dessa autoridade é dar a vida eterna a todos os que o Pai lhe deu. Isso implica na ideia de eleição incondicional dos crentes.

Versículo 3 - "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." - A vida eterna é definida como o conhecimento de Deus e de Jesus Cristo. Esse conhecimento não é meramente intelectual, mas envolve um relacionamento pessoal e salvífico com Deus. Essa é a essência da salvação.

Versículo 6 - "Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra." - Jesus reconhece que os discípulos que o Pai lhe deu já eram de Deus e que Ele apenas os manifestou o nome de Deus. Isso enfatiza a ideia de eleição incondicional dos crentes e a soberania de Deus na salvação.

Versículo 9 - "Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus." - Jesus faz uma clara distinção entre aqueles que o Pai lhe deu e o mundo. Ele intercede apenas pelos crentes eleitos, não pelo mundo em geral. Isso confirma a doutrina da eleição incondicional.

Versículo 12 - "Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse." - Jesus afirma que Ele guardou os discípulos que o Pai lhe deu e que nenhum deles se perdeu, exceto Judas. Isso enfatiza a segurança da salvação dos crentes eleitos e a soberania de Deus na preservação da fé.

Versículo 17 - "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." - Jesus pede ao Pai que santifique os discípulos pela verdade da Palavra de Deus. Isso enfatiza a importância da doutrina na vida do crente e a necessidade de um conhecimento correto da verdade.

Versículo 19 - "E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." - Jesus se santifica a Si mesmo pelos crentes, para que eles também sejam santificados na verdade. Isso enfatiza a união dos crentes com Cristo e a sua participação na obra salvífica de Cristo.

Versículo 24 - "Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do mundo." - Jesus pede ao Pai que os crentes eleitos estejam com Ele na glória, para contemplarem a Sua glória. Isso enfatiza a promessa da vida eterna e a esperança da glória futura.

Hermenêutica básica: A tradição calvinista / reformada; enfatiza a soberania absoluta e exaustiva de Deus na salvação e a eleição incondicional dos crentes. A exegese de João 17:2-24 confirma esses elementos teológicos, enfatizando a soberania de Deus na autoridade que Ele concedeu a Jesus sobre toda a humanidade, na eleição incondicional dos crentes, na segurança da salvação dos crentes eleitos e na preservação da fé. A hermenêutica calvinista enfatiza a importância da doutrina na vida do crente, a união dos crentes com Cristo e a participação deles na obra salvífica de Cristo, a promessa da vida eterna e a esperança da glória futura.

Conclusão: João 17:2-24 é uma passagem rica em ensinamentos teológicos, especialmente para a tradição calvinista. Ela confirma a soberania de Deus na salvação e a eleição incondicional dos crentes, enfatiza a importância da doutrina, a segurança da salvação dos crentes eleitos, a preservação da fé, a união dos crentes com Cristo e a participação deles na obra salvífica de Cristo, a promessa da vida eterna e a esperança da glória futura. Que possamos meditar nesses ensinamentos e glorificar a Deus pela Sua graça e misericórdia para conosco. Amém.

Sermão Expositivo – 12 

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“E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.” (Atos 13:48 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Atos 13:48 (ACF):

Atos 13:48 diz: "E os gentios, ouvindo isto, alegravam-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna." Neste versículo, vemos que os gentios que ouviram a mensagem de Paulo e Barnabé se alegraram e glorificaram a palavra do Senhor, e todos aqueles que foram ordenados para a vida eterna creram.

A tradição calvinista entende que a salvação é um ato soberano de Deus, que escolheu antes da fundação do mundo aqueles que seriam salvos. Isso é conhecido como predestinação. Essa escolha é baseada na vontade livre de Deus e não em qualquer mérito humano. Aqueles que são escolhidos por Deus são chamados de eleitos.

Neste versículo, podemos identificar três pontos importantes para a hermenêutica calvinista: a alegria dos gentios, a soberania de Deus e a eleição divina.

Alegria dos Gentios: Os gentios que ouviram a mensagem de Paulo e Barnabé se alegraram e glorificaram a palavra do Senhor. Isso mostra que a mensagem do evangelho é uma boa notícia para todos, inclusive para aqueles que não são judeus. A alegria dos gentios também é uma prova de que a salvação é para todos, independentemente da raça ou origem étnica.

Soberania de Deus: O versículo afirma que aqueles que foram ordenados para a vida eterna creram. Isso significa que a salvação não é uma escolha humana, mas é determinada por Deus. É a vontade soberana de Deus que determina quem será salvo e quem não será. Aqueles que foram ordenados para a vida eterna são os eleitos, que foram escolhidos por Deus antes da fundação do mundo.

Eleição Divina: O versículo afirma que aqueles que foram ordenados para a vida eterna creram. Isso significa que a salvação não é baseada em mérito humano, mas na eleição divina. Aqueles que são escolhidos por Deus são os eleitos, que foram escolhidos para a salvação antes da fundação do mundo. A eleição divina é um ato de graça de Deus e não é baseada em qualquer mérito humano.

Palavras Importantes:

- "Ordenados" vem do grego "τεταγμένοι" (tetagmenoi), que significa "colocado em ordem" ou "designado". Isso se refere à eleição divina, onde Deus escolhe aqueles que serão salvos.

- "Vida Eterna" vem do grego "ζωὴν αἰώνιον" (zōēn aiōnion), que significa "vida eterna" ou "vida que dura para sempre". Isso se refere à salvação que é dada aos eleitos por Deus.

Chave Bíblica:

- João 6:44 - "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia."

- Romanos 9:16 - "Assim, pois, não depende de quem quer, nem de quem corre, mas de Deus, que se compadece."

- Efésios 1:4-5 - "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade."

Conclusão: Atos 13:48 é um versículo importante para a tradição calvinista, pois destaca a soberania de Deus na salvação. Aqueles que são eleitos por Deus são ordenados para a vida eterna e são os únicos que crerão na mensagem do evangelho. A eleição divina é um ato de graça de Deus e não é baseada em qualquer mérito humano. Isso nos lembra que a salvação é totalmente obra de Deus e não há nada que possamos fazer para merecê-la.

Sermão Expositivo – 13 

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“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.” (Romanos 8:28-30 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Romanos 8:28-30 (ACF):

Romanos 8:28-30 é um dos textos mais importantes para a teologia reformada, por isso, requer uma exegese e hermenêutica precisas. A tradição calvinista enfatiza a soberania de Deus na salvação, a eleição incondicional e a perseverança dos santos. Nesse sentido, este texto é fundamental para entendermos a obra de Deus na redenção de seu povo.

Versículos 28-30: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou."

No verso 28, Paulo afirma que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados por seu decreto. O termo "chamados por seu decreto" é traduzido do grego "klētois kata prothesin," que pode ser interpretado como "os que são chamados segundo o propósito de Deus". Isso significa que a salvação não depende das obras humanas, mas da eleição incondicional de Deus.

No verso 29, Paulo continua afirmando que aqueles que Deus conheceu de antemão, ele também predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. O termo "predestinou" é traduzido do grego "proōrisen," que significa "determinar de antemão". Isso indica que a salvação é um plano eterno de Deus, que inclui a conformação de seu povo à imagem de seu Filho.

No verso 30, Paulo continua afirmando que aos que Deus predestinou, ele também chamou; e aos que chamou, ele justificou; e aos que justificou, ele glorificou. O termo "justificou" é traduzido do grego "edikaiōsen," que significa "declarar justo". Isso indica que a salvação é um ato imputativo de Deus, em que ele declara seus eleitos justos com base na obra de Cristo.

A chave bíblica que liga esses versículos é a eleição incondicional de Deus. Deus escolheu seu povo antes da fundação do mundo, e todos os eventos da vida cooperam para o bem daqueles que são chamados segundo o seu propósito. A salvação é um ato soberano de Deus, que inclui a predestinação, a chamada eficaz, a justificação e a glorificação.

Conclusão: Em Romanos 8:28-30, vemos a soberania de Deus na salvação de seu povo. A eleição incondicional é a base da redenção, e todos os eventos da vida cooperam para o bem daqueles que são chamados segundo o propósito de Deus. A salvação é um ato imputativo de Deus, em que ele declara seus eleitos justos com base na obra de Cristo. Que possamos entender e celebrar a obra de Deus em nossas vidas, confiando em sua soberania e graça!!!

Sermão Expositivo – 14 

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“Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho. E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?

E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?” (Romanos 9:6-24 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Romanos 9:6-24 (ACF):

Romanos 9:6-24 é uma passagem fundamental para a compreensão da teologia reformada, especialmente a tradição calvinista. Paulo começa o capítulo 9 expressando sua grande tristeza pela incredulidade de seu povo, os judeus, que rejeitaram a salvação em Cristo. Ele chega a dizer que desejaria ser amaldiçoado em vez de seu povo (v. 3). Mas, em seguida, ele argumenta que nem todos os descendentes de Abraão são verdadeiros filhos da promessa. Ele explica que a eleição não depende da descendência física, mas da vontade soberana de Deus (v. 6-13).

Paulo usa o exemplo de Jacó e Esaú para mostrar que Deus escolheu Jacó antes que ele fizesse qualquer coisa boa ou má (v. 11-13). Isso implica que a eleição não é baseada em mérito humano, mas na graça divina. Paulo antecipa uma possível objeção que poderia ser levantada: "Se Deus escolhe quem    ele quer, então como pode ele nos responsabilizar por nossas escolhas?" (v. 14). Paulo responde a essa objeção pela primeira vez, afirmando que Deus tem o direito de fazer o que deseja com sua própria criação (v. 15-18).

Paulo continua argumentando que Deus endureceu o coração de Faraó para mostrar seu poder e glorificar seu nome (v. 17-18). Ele conclui que a eleição não depende da vontade humana ou de esforços humanos, mas da misericórdia de Deus (v. 16). Paulo antecipa uma segunda objeção: "Se Deus escolhe quem ele quer e endurece quem ele quer, então como pode ele nos culpar por nossa incredulidade?" (v. 19). Paulo responde essa objeção pela segunda vez, afirmando que os seres humanos não têm o direito de questionar a vontade de Deus, que é o Criador e o Senhor de tudo (v. 20-21).

Paulo usa a metáfora do oleiro e do barro para ilustrar o poder de Deus sobre as criaturas (v. 21-23). Ele afirma que Deus suportou pacientemente os vasos de ira, preparados para a destruição, a fim de revelar sua ira e fazer conhecidas suas riquezas para os vasos de misericórdia, preparados de antemão para a glória (v. 22-23). Isso implica que Deus tem o direito soberano de escolher quem ele quer salvar e quem ele quer condenar.

Palavras Importantes:

Eleição: A escolha soberana de Deus de salvar algumas pessoas e não outras, não baseada em mérito humano, mas na sua graça e misericórdia.

Predestinação: O decreto divino de escolher e ordenar antecipadamente o destino eterno das pessoas, seja para a salvação ou para a condenação.

Soberania: O poder absoluto e a autoridade de Deus sobre todas as coisas, incluindo a vontade humana e a história.

Metáfora: Uma figura de linguagem que utiliza um termo para representar outro, com o objetivo de ilustrar uma ideia ou conceito.

Chave Bíblica:

- Eleição: Efésios 1:4-5; 2 Tessalonicenses 2:13-14; 1 Pedro 1:1-2.

- Predestinação: Romanos 8:28-30; Efésios 1:11-12; 2 Timóteo 1:9.

- Soberania: Salmo 115:3; Isaías 46:9-11; Daniel 4:34-35.

- Metáfora: Isaías 64:8; Jeremias 18:1-6.

Conclusão: Romanos 9:6-24 é um texto complexo e desafiador, mas fundamental para a compreensão da teologia reformada. Paulo enfatiza a soberania de Deus na eleição e predestinação, e argumenta que os seres humanos não têm o direito de questionar a vontade de Deus. Ele usa exemplos bíblicos e metáforas para ilustrar a grandeza e o poder de Deus sobre todas as coisas. A tradição calvinista enfatiza a graça, a soberania e a glória de Deus na salvação, e vê a eleição como a base da segurança da salvação. Que possamos ser humildes diante da grandeza de Deus e confiar em sua graça e misericórdia para a nossa salvação.

Sermão Expositivo – 15 

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“Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça. Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra. Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos. Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje. E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, E em tropeço, por sua retribuição; Escureçam-se-lhes os olhos para não verem, E encurvem-se-lhes continuamente as costas.” (Romanos 11:1-10 - ACF).


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Exegese e Hermenêutica Básica; de Romanos 11:1-10 (ACF):

Introdução: A carta aos Romanos é um dos textos mais importantes do Novo Testamento, e é também um dos mais complexos. Nesta carta, Paulo apresenta uma teologia profunda e rica, que é fundamental para a compreensão do pensamento cristão. O capítulo 11 é uma continuação da discussão anterior sobre a relação entre judeus e gentios na salvação.

Exegese básica: Versículo 1: "Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim."

Paulo começa a discussão com uma pergunta retórica: Deus rejeitou o seu povo? A resposta é "de modo nenhum". Paulo se apresenta como um exemplo disso, já que ele mesmo é um israelita, descendente de Abraão e da tribo de Benjamim.

Versículo 2: "Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:"

Paulo continua a argumentação, citando a história do profeta Elias como prova de que Deus não rejeitou o seu povo. Mesmo quando Elias achava que era o único remanescente, Deus disse que havia sete mil que não haviam se curvado a Baal.

Versículo 3: "Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?"

Paulo cita a queixa de Elias a Deus, que achava que era o único que restara fiel a Deus. Mas Deus lhe mostrou que havia outros.

Versículo 4: "Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal."

Deus respondeu a Elias que havia sete mil fiéis a ele que ainda não haviam se curvado a Baal.

Versículo 5: "Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça."

Paulo aplica essa história ao presente, dizendo que também agora há um remanescente eleito pela graça de Deus.

Versículo 6: "E, se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra."

Paulo faz uma importante distinção entre a salvação pela graça e a salvação pelas obras. Se é pela graça, não é pelas obras, porque a graça significa que Deus nos salva independentemente do que fizermos. Se é pelas obras, então não é mais graça, porque a obra é uma recompensa pelo que fizemos de bom.

Versículo 7: "Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos."

Paulo fala sobre a situação de Israel, que buscava a justiça pela lei, mas não a alcançou. Os eleitos, no entanto, alcançaram a justiça, enquanto os outros foram endurecidos.

Versículo 8: "Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje."

Paulo cita Isaías para explicar por que alguns foram endurecidos. Deus lhes deu um "espírito de profundo sono", ou seja, os fez insensíveis a ele.

Versículo 9: "E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, E em tropeço, por sua retribuição;"

Paulo cita Davi para explicar que a dureza de coração de algumas pessoas é uma retribuição por suas más ações.

Versículo 10: "Escureçam-se-lhes os olhos para não verem, E encurvem-se-lhes continuamente as costas."

Paulo cita Isaías novamente para enfatizar o ponto de que Deus endureceu alguns corações.

Hermenêutica básica: Na tradição calvinista, a doutrina da eleição é fundamental. A ideia é que Deus escolheu alguns para a salvação antes da fundação do mundo, e que essa eleição é baseada em sua graça, e não em obras. A salvação é, portanto, uma obra de Deus, e não do homem. Isso está em consonância com o que Paulo ensina em Romanos 11, especialmente nos versículos 5 e 6.

No entanto, a eleição não significa que Deus rejeitou completamente os outros. Paulo é claro em dizer que Deus não rejeitou seu povo (versículo 1), e que há um remanescente eleito pela graça (versículo 5). Isso significa que, embora a salvação seja baseada na eleição, isso não significa que Deus não esteja trabalhando na vida de todos os seres humanos.

Além disso, o texto enfatiza a importância da Escritura. Paulo cita Isaías e Davi para enfatizar seu ponto, e isso mostra que a Escritura é fundamental para a compreensão da teologia.

Conclusão: Romanos 11 é um texto importante para a compreensão da teologia da eleição. Ele enfatiza que a salvação é baseada na graça de Deus, e não em obras, e que Deus não rejeitou completamente aqueles israelitas que não foram eleitos. É importante lembrar que a eleição não é uma desculpa para a complacência, mas sim uma razão para a gratidão e a adoração a Deus. 


“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”


Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:

Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.

 


Sermão Expositivo – 06 

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“E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.” (Mateus 24:22-31 - ACF).


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Exegese e Hermenêutica Básica; de Mateus 24:22-31 (ACF):

Mateus 24:22-31 é uma passagem profética que fala sobre o fim dos tempos e a volta de Cristo. Nessa passagem, Jesus está falando aos seus discípulos sobre os sinais que precederão sua volta e o julgamento final. Ele começa dizendo que esses dias serão tão terríveis que, se não fossem abreviados por causa dos eleitos, ninguém seria salvo (v. 22). Essa afirmação mostra claramente a doutrina da eleição incondicional - Deus escolheu alguns para serem salvos antes mesmo da fundação do mundo (Efésios 1:4) - porque mostra que os eleitos serão preservados em meio à tribulação.

A palavra "eleito" vem do grego "eklektos", que significa "escolhido". Essa palavra é usada várias vezes no Novo Testamento para se referir aos cristãos como aqueles que foram escolhidos por Deus para serem salvos (Romanos 8:33; Colossenses 3:12; Tito 1:1). A ideia da eleição incondicional é reforçada em João 15:16, onde Jesus diz aos seus discípulos: "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros". Isso significa que nossa salvação não depende de mérito ou esforço próprio, mas sim do amor soberano de Deus.

Outra palavra importante nessa passagem é o termo hebraico "abominação da desolação", mencionado em versículos anteriores (v.15). Esse termo foi usado originalmente pelo profeta Daniel em suas visões sobre o fim dos tempos (Daniel capítulos 9 e 12). Em Daniel 9:27, é dito que haverá um governante maligno ("príncipe") que fará um acordo com muitas pessoas por sete anos, mas depois desse tempo irá interromper os sacrifícios no Templo Sagrado e colocar uma "abominação desoladora" no lugar santo. Isso parece estar relacionado ao anticristo mencionado em outras partes das Escrituras (2 Tessalonicenses 2), cuja vinda será precedida pela grande tribulação.

Voltando agora ao texto principal dessa exegese / hermenêutica básica - Mateus capítulo 24 -, podemos ver como essa passagem está conectada com outras partes das Escrituras através da chave bíblica. Por exemplo:

• O verso 23 faz referência às falsas pregações feitas pelos falsos messias, pregadores enganadores. Eles são comparados com as aves rasteiras: estão sempre procurando carniça. Esta imagem nos remete diretamente à figura satânica na forma da Serpente, no Jardim do Éden.

• Os versículos 27-28 mostram quão repentino será o retorno de Cristo - assim como relâmpagos iluminam todo o céu instantaneamente.

• O verso 29 faz referência aos eventos cósmicos extraordinários no fim dos tempos descritos também nas profecias antigas como Isaías capitulo 13 versículo 10; Joel capitulo 2 versículo 30 e Apocalipse 6 versículo 12.

• Finalmente, o verso 31 fala sobre os anjos enviados para reunir todos os eleitos espalhados pelos quatros cantos deste mundo.

Em conclusão, nesta exegese / hermenêutica pode-se verificar claramente a doutrina da eleição incondicional presente na Bíblia Sagrada, evidenciando-se ainda mais quando avaliamos a conexão desta parte específica de Mateus com outros   textos também presentes na Palavra Divina. Os crentes (eleitos) da Igreja Presbiteriana Ortodoxa, Hiper-Calvinistas, e Supralapsarianos exaltam a Soberania Divina como fundamento absoluto de cada aspecto da vida cristã, incluindo nossas crenças soteriológicas (que tratam da Salvação).

Conclusão:

A exegese deste texto mostra claramente como a perspectiva calvinista influencia nossa compreensão das Escrituras Sagradas. A ênfase na soberania divina permeia toda essa passagem bíblica - Deus escolhe quem será salvo mesmo durante tempos difíceis como este descrito aqui por Jesus.

É importante lembrar também, que muitas vezes as palavras usadas pelos autores bíblicos têm significado diferente do nosso uso cotidiano delas.

Por isso foi necessário recorrer ao contexto histórico-cultural original para entender melhor esta passagem.

Além disso é importante ligarmos esta passagem com outras referências nas Escrituras Sagradas, para termos uma interpretação completa e precisa das mesmas.

Em resumo podemos afirmar então:

Que Mateus capítulo 24 apresenta uma mensagem esperançosa aos cristãos fiéis, que perseveram até o fim em meio às adversidades desta vida terrena. Ela nos convida à confiança na promessa certa dada pelo Senhor Jesus Cristo de estar sempre conosco neste mundo difícil e aguardando ansiosamente pela sua volta gloriosa!!!

Sermão Expositivo – 07 

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“E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas, Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.” (Marcos 4:11,12 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Marcos 4:11,12 (ACF):

Neste texto, Jesus está explicando a seus discípulos por que ele fala em parábolas ao público. Ele afirma que a eles foi dado o conhecimento do mistério do Reino de Deus (ou seja, sua mensagem central), enquanto aqueles "de fora" só podem compreender essa mensagem através das histórias contadas nas parábolas.

Na tradição calvinista, isso significa que a salvação é um dom concedido apenas àqueles escolhidos por Deus desde antes da fundação do mundo. Essa doutrina é conhecida como predestinação ou eleição incondicional. De acordo com esta interpretação teológica específica da passagem bíblica em questão (e outras passagens relacionadas), Jesus intencionalmente falava em enigmas para ocultar seu verdadeiro significado dos incrédulos - aqueles que nunca serão salvos porque nunca foram escolhidos por Deus.

Palavras gregas importantes no texto original incluem "mistério" (μυστήριον) e "parábolas" (παραβολή). Ambas as palavras são usadas com frequência no Novo Testamento para descrever as verdades espirituais reveladas por Jesus Cristo através de suas histórias ilustrativas.

Chave bíblica:

- Mateus 13:10-17 oferece uma versão semelhante deste discurso de Jesus sobre falar em parábolas.

- Romanos 9 também trata da doutrina calvinista da predestinação.

Conclusão:

A leitura calvinista deste texto enfatiza o poder soberano de Deus na salvação humana. Segundo esta visão teológica particularmente interpretativa das Escrituras Sagradas; baseadas na hermenêutica Histórico-Gramatical, somente aqueles escolhidos pelo Senhor receberão a graça necessária (irresistível); para entender plenamente as verdades espirituais transmitidas por Cristo durante seu ministério terreno!!!

Sermão Expositivo – 08 

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“Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes? Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus.” (João 8:46,47 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica de João 8:46,47 segundo a tradição calvinista:

Versículo 46: "Qual de vós me convence de pecado? E, se vos digo a verdade, por que não credes?"

Neste verso, Jesus desafia seus oponentes a apontarem qualquer pecado que ele tenha cometido. Isso mostra a perfeição moral de Jesus e sua divindade, pois apenas Deus é perfeito e sem pecado. Além disso, Jesus está dizendo que sua mensagem é a verdade, e que aqueles que não acreditam nele estão em desobediência à vontade de Deus.

Versículo 47: "Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso vós não as ouvis, porque não sois de Deus."

Aqui, Jesus está dizendo/afirmando que aqueles que são verdadeiramente de Deus ouvirão suas palavras e acreditarão nelas. Isso mostra a soberania de Deus na salvação e a incapacidade dos não eleitos de crerem em Jesus. Isso é uma expressão do ensinamento calvinista da eleição incondicional e da depravação total da humanidade.

Palavras importantes no texto grego/hebraico original:

- "Pecado" (hamartia): transgressão da lei divina.

- "Verdade" (aletheia): algo que é verdadeiro e confiável.

- "Ouve" (akouo): presta atenção e obedece.

- "Deus" (theos): o ser supremo, criador e governante do universo.

Chave bíblica:

- João 10:27-28 - "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão."

- Efésios 2:8-9 - "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie."

Conclusão:

João 8: 46, 47 mostra a divindade de Jesus, sua perfeição moral e sua soberania na salvação dos eleitos. Aqueles que são verdadeiramente de Deus ouvirão suas palavras e acreditarão nele, enquanto os não eleitos permanecerão em desobediência. Isso é uma expressão do ensinamento calvinista da eleição incondicional e da depravação total da humanidade. É importante lembrar que a salvação é pela graça de Deus, através da fé em Jesus Cristo, e não por obras.

Sermão Expositivo – 09 

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“Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar.” (João 13:18 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de João 13:18 (ACF):

O texto de João 13:18 começa com Jesus dizendo: “Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar.”

Nesse versículo, Jesus está se dirigindo aos seus discípulos e esclarecendo que nem todos eles foram escolhidos por ele. Ele conhece aqueles que foram escolhidos e aqueles que não foram. Jesus também menciona que a Escritura deve ser cumprida, referindo-se ao Salmo 41:9, que diz: “Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar.”

Com essa declaração, Jesus está indicando que um de seus próprios discípulos o trairá. E ele está citando as Escrituras para mostrar que isso já foi profetizado.

Hermenêutica básica:

Como um convicto; Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, acreditamos que a eleição é incondicional e que Deus escolheu certas pessoas para a salvação antes da fundação do mundo. Portanto, quando Jesus diz que ele conhece aqueles que foram escolhidos, isso confirma nossa crença na eleição incondicional.

Além disso, a citação das Escrituras por Jesus enfatiza a importância da Sua Palavra. A Bíblia é a autoridade final em nossas vidas e tudo o que é necessário para a nossa salvação pode ser encontrado em suas páginas.

Em termos de interpretação Histórico - Gramatical, é importante notar que a palavra “calcanhar” em João 13:18 é traduzida do grego “πτέρνα” (pterna), que se refere à parte de trás do pé. Isso é significativo porque, no contexto do Salmo 41:9, o ato de “levantar o calcanhar” é uma metáfora para trair ou dar as costas a alguém.

Chave Bíblica:

Alguns versículos que se relacionam com o tema da traição incluem:

- Provérbios 27:6: “Fieis são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos.”

- Mateus 26:23-25: “E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há de trair. O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido. E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Rabi, sou eu? Respondeu-lhe: Tu o disseste.”

- Atos 1:16: “Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus.”

Conclusão:

Portanto, em João 13:18, Jesus está se referindo à traição de um de seus próprios discípulos e citando as Escrituras para mostrar que isso já foi profetizado. Como Calvinistas, acreditamos que a eleição é incondicional e que Deus escolheu aqueles que seriam salvos antes da fundação do mundo. Também enfatizamos a importância da Palavra de Deus em nossas vidas. E, em termos de interpretação Histórico-Gramatical, a palavra "calcanhar" é uma metáfora para trair ou dar as costas a alguém.

Sermão Expositivo – 10 

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“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.” (João 15:16-19 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de João 15:16-19 (ACF):

João 15:16-19 é um trecho do discurso de despedida de Jesus aos seus discípulos, antes de sua crucificação. Nesse trecho, Jesus fala sobre a eleição dos seus discípulos e do ódio que eles enfrentarão no mundo.

Versículo 16: "Não fostes vós que me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda".

Nesse versículo, Jesus enfatiza que a escolha dos discípulos não foi feita por eles mesmos, mas sim por ele. Ele escolheu seus discípulos para que eles dessem frutos e fossem perseverantes na fé. Isso mostra a doutrina da eleição incondicional da tradição calvinista, que enfatiza que a salvação é uma ação soberana e gratuita de Deus, não dependendo da vontade ou mérito humano.

Versículo 17: "Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros". Jesus reforça o mandamento do amor fraterno entre seus discípulos. Essa é uma das características da comunidade cristã, que deve ser marcada pelo amor e pela unidade. Isso está em acordo com a doutrina calvinista da santificação, que enfatiza a transformação interior do cristão e sua união com outros crentes.

Versículo 18: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim". Jesus alerta seus discípulos sobre o ódio que enfrentariam no mundo. Esse ódio é resultado da oposição do mundo ao próprio Jesus, que é odiado por causa da sua mensagem e da sua identidade. Isso está em acordo com a doutrina calvinista da depravação total, que enfatiza a natureza pecaminosa e hostil do mundo em relação ao evangelho.

Versículo 19: "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia". Jesus novamente enfatiza a eleição dos seus discípulos e a hostilidade do mundo em relação a eles. O mundo não ama os discípulos porque eles não fazem parte do mundo, mas sim foram escolhidos por Jesus para fazer parte do seu reino. Isso está em acordo com a doutrina calvinista da eleição incondicional e da separação entre o mundo e a comunidade dos crentes.

Palavras importantes:

- Eleição (grego: eklogé): escolha, seleção, eleição divina.

- Fruto (grego: karpos): resultado, produto, obra, fruto da fé.

- Ódio (grego: miseó): odiar, detestar, ser hostil, inimizade.

- Mundo (grego: kosmos): sistema de valores, cultura, sociedade, mundo caído.

Chave bíblica:

- Eleição incondicional: Efésios 1:4-5; Romanos 9:11-13; 1 Pedro 2:9-10.

- Amor fraterno: João 13:34-35; Romanos 12:9-10; 1 João 4:11-12.

- Depravação total: Romanos 3:10-12; Efésios 2:1-3; Tito 1:15-16.

- Separados do mundo: João 17:14-16; 1 João 2:15-16; Tiago 4:4.

Conclusão: 

João 15:16-19 é um texto que enfatiza a eleição divina dos discípulos e sua missão de dar frutos e amar uns aos outros. Ao mesmo tempo, Jesus alerta sobre o ódio e hostilidade que enfrentariam no mundo. Essa mensagem está em acordo com a doutrina calvinista da eleição incondicional, da santificação, da depravação total e da separação entre o mundo e a comunidade dos crentes. O texto nos leva a refletir sobre a soberania divina na salvação e a importância da comunidade cristã como testemunho do amor de Deus em um mundo hostil.


“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”


Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:

Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.

Sermão Expositivo – 01 

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“Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido;” (2 Coríntios 3:14 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de 2 Coríntios 3.14 (ACF):

Como um convicto; Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, entendo que a Bíblia é a autoridade final em todas as questões de fé e prática. Portanto, ao analisar este versículo, é necessário levar em consideração o contexto geral da Escritura e o significado das palavras no original grego.

O apóstolo Paulo escreveu esta carta aos coríntios para corrigir problemas doutrinários e comportamentais na igreja. Neste capítulo específico, Paulo fala sobre a superioridade da nova aliança em relação à antiga aliança, enfatizando que a Lei não pode salvar ninguém (v.6) e que Jesus Cristo é o único caminho para a salvação (v.17).

No versículo 14, Paulo se refere aos judeus que não creram em Cristo Jesus, como "endurecidos" ou "obscurecidos". A palavra grega traduzida como "endurecimento" é πώρωσις (porosis), que significa literalmente "obstinado", referindo-se à condição do coração humano quando se recusa a aceitar a verdade de Deus.

A chave bíblica para entender essa ideia está em Isaías 6:9-10, onde Deus diz ao profeta que os ouvidos do povo estão tapados e seus olhos fechados para que não vejam nem ouçam a mensagem da salvação. Essa mesma ideia aparece várias vezes no Novo Testamento (Mateus 13:13-15; João 12:40; Romanos 11:7-8), mostrando que o endurecimento espiritual é um resultado direto da incredulidade humana.

Paulo continua explicando que esse endurecimento só pode ser removido através de Cristo (v.16). O Espírito Santo age no coração dos crentes (eleitos); para transformá-los à imagem de Cristo (v.18), permitindo-lhes compreender as verdades espirituais, até então, ocultas.

Conclusão: Em resumo, este versículo mostra como aqueles que rejeitam Jesus Cristo permanecem cegos às verdades espirituais por causa do seu próprio endurecimento produzido pela herança maldita de Adão. Somente através da obra salvífica (graça irresistível); de Jesus na cruz podemos ter nossas mentes iluminadas pelo Espírito Santo e enxergar claramente as maravilhas do evangelho.

Portanto, devemos orar por aqueles cujos corações ainda permanecem endurecidos diante da verdade divina, pedindo ao Senhor misericórdia e graça para remover suas calosidades espirituais e abrir seus olhos para verem as maravilhas do evangelho eterno de nosso Senhor Jesus Cristo!!!

Sermão Expositivo – 02 

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“Pois tu para tua herança os elegeste de todos os povos da terra, como tens falado pelo ministério de Moisés, teu servo, quando tiraste a nossos pais do Egito, Senhor DEUS.” (1 Reis 8:53 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de 1 Reis 8:53 (ACF):

Este versículo está localizado no final da oração de Salomão na dedicação do Templo. O versículo anterior diz que Salomão pediu ao Senhor que guardasse seu povo Israel em sua aliança e amor eterno. Neste verso, Salomão reconhece que Deus havia separado Israel entre todos os povos da Terra para ser Sua propriedade exclusiva. A palavra hebraica traduzida por "separaste" é "badal", o que significa escolher ou selecionar algo ou alguém para um propósito específico.

Hermenêutica Básica com base na fé reformada:

Aqui, podemos ver a doutrina bíblica da eleição incondicional sendo afirmada. Deus não apenas criou todas as coisas, mas também escolheu um grupo de pessoas específicas - Israel - para ser Sua herança especial e Seu povo escolhido. Isso enfatiza a soberania de Deus na salvação e na história mundial. Em outras palavras, foi uma eleição incondicional baseada apenas na vontade soberana de Deus.

Historicamente falando, esta passagem reflete o papel central do templo em Jerusalém como o lugar onde Deus habitava com Seu povo escolhido e onde eles ofereciam sacrifícios pelos seus pecados e adoravam ao Senhor. No entanto, essa ideia é cumprida no Novo Testamento através de Jesus Cristo (João 2:19-21), pois agora somos o templo do Espírito Santo  (1 Coríntios 6:19).

Palavras hebraicas importantes:

- Separaste ("badal"): Escolher ou selecionar algo ou alguém para um propósito específico.

- Herança ("naclah"): Propriedade exclusiva.

Chave bíblica: Deuteronômio 7:6; Efésios 1:4-5

Conclusão:

Este versículo destaca a Eleição divina soberana em relação à salvação dos crentes e mostra como ela tem sido parte integrante desde as antigas escrituras até o presente dia. Como cristãos reformados devemos entender isso como verdade fundamental das Escrituras Sagradas!

Sermão Expositivo – 03 

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“Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da tua casa e do teu santo templo.” (Salmos 65:4 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Salmos 65:4 (ACF):

O salmo começa com um hino de louvor ao Deus criador (v.1), que é digno de adoração (v.2). O versículo 3 destaca a natureza pecaminosa do homem e sua incapacidade de se aproximar de Deus por si mesmo. Em contraste, o verso 4 fala sobre a felicidade daquele que é escolhido e chamado por Deus para estar em Sua presença.

A palavra "bem-aventurado" no início do verso indica uma grande bênção ou felicidade concedida por Deus àqueles que são escolhidos por Ele. A palavra "escolhe" vem do hebraico בָחַר (bachar), que significa selecionar ou eleger com cuidado. Isso indica o ato soberano de Deus na escolha dos Seus filhos.

A frase "fazes chegar a ti" mostra como essa eleição não depende das habilidades humanas, mas é obra exclusiva de Deus trazer pessoas à Sua presença. A expressão "habite em teus átrios" refere-se à morada permanente na presença divina do altíssimo.

Hermenêutica Básica:

Na perspectiva da fé reformada histórica, este versículo destaca a doutrina da eleição divina. É somente pela graça de Deus que alguém pode ser salvo e ter acesso ao Seu santuário celestial. A escolha não é baseada nas obras ou méritos humanos, mas sim no beneplácito divino.

Além disso, esse texto também aponta para o significado espiritual mais profundo dos lugares sagrados como símbolos da comunhão com Deus e das riquezas espirituais encontradas em Sua casa.

Interpretação Histórico-Gramatical:

O Salmo foi originalmente escrito em hebraico antigo durante o período monárquico israelita. Embora seu autor seja desconhecido, muitos estudiosos atribuem sua autoria ao Rei Davi ou aos levitas responsáveis pelo culto no Templo.

Em termos gramaticais, destacamos as palavras mencionadas anteriormente: בָחַר (bachar) = selecionar / eleger; תְבוּאוֹת (tevu'ot) = frutos / produtos agrícolas; מקדשׁ (miqdash) = santuário / templo sagrado; טוֹב (tov) = bom / prazeroso / feliz.

Chave Bíblica:

Esse salmo está conectado com outros textos bíblicos sobre a eleição divina dos crentes (eleitos); como Efésios 1:4-5 ("como nos escolheu nele antes da fundação do mundo") e João 15:16 ("Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário eu vos escolhi").

Conclusão:

O Salmo 65:4 ensina sobre a soberania absoluta de Deus na salvação dos Seus filhos através da Eleição Divina e revela os benefícios maravilhosamente prazerosos dessa relação pessoal com o Criador Santo nos seus lugares sagrados designados especificamente para estabelecimento desta comunhão entre DEUS E HOMEM!

Sermão Expositivo – 04 

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“Também elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas;” (Salmos 78:70 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Salmos 78:70 (ACF):

Neste salmo, Asafe usa um estilo poético para lembrar as gerações futuras da fidelidade de Deus à sua aliança com Israel. No verso 70, ele destaca a escolha divina de Davi como rei sobre Israel.

A palavra-chave neste versículo é "escolheu" (בָחַר - bachar). Esta palavra hebraica indica uma seleção cuidadosa ou escolha deliberada. O uso desta palavra enfatiza que a escolha de Davi não foi acidental ou fortuita; antes, ela foi planejada por Deus desde a fundação do mundo.

Outra palavra significativa é "servo" (עבד - ebed), que pode se referir tanto ao serviço voluntário quanto ao trabalho compulsório. Quando aplicado a Davi nesta passagem, sugere que ele era um homem humilde e disposto a servir obedientemente aos propósitos de Deus.

Na perspectiva da fé reformada histórica, este texto aponta para uma compreensão soberana da eleição divina. A escolha de Davi como rei não dependeu do mérito humano nem da vontade pessoal dele próprio; em vez disso, foi determinado pela sabedoria eterna e insondável de Deus. Ainda assim, essa eleição não anulou o papel ativo que Davi teve em responder à graça divina com fé obediente.

Esta interpretação está em consonância com outras Escrituras bíblicas que ensinam sobre a predestinação divina (Romanos 8:29-30) e sobre nossa resposta livre à graça salvadora (Efésios 2:8-9).

Conclusão:

Em Salmos 78:70 vemos claramente que Deus soberanamente escolheu Davi para ser rei sobre Israel. Isso nos lembra da importância da Eleição Divina na história redentora no Antigo Testamento bem como nas nossas próprias vidas hoje em dia. Ao mesmo tempo também há espaço para nossa resposta obediente diante dessa Eleição Divina segundo Efésios capítulo dois versículos oito até nove onde somente pela Graça somos salvos mediante a Fé; sendo isso dom gratuito!!!

Sermão Expositivo – 05 

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“Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo; Tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei.” (Isaías 41:8,9 - ACF). 

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Exegese e Hermenêutica Básica; de Isaías 41:8,9 (ACF):

Como um convicto; Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, acredito que esta passagem é uma afirmação clara da eleição incondicional dos crentes em Cristo Jesus. Isaías foi um profeta do Antigo Testamento que anunciou a vinda do Messias, e nestes versículos específicos ele fala sobre como Deus escolheu Abraão para ser seu servo fiel.

A palavra-chave neste texto é "amigo", traduzida do hebraico רֵעַ (rea). Esta palavra indica uma relação íntima entre duas pessoas, baseada na lealdade mútua e no amor. Aqui ela se refere à relação especial entre Deus e Abraão. Abraão foi chamado por Deus para deixar sua terra natal e seguir o Senhor onde quer que Ele o levasse (Gênesis 12:1-4). Este ato de obediência demonstrou a fé de Abraão em Deus e estabeleceu uma aliança entre eles.

Deus prometeu abençoar todas as nações através da descendência de Abraão (Gênesis 12:3), cumprindo assim Sua promessa de enviar um Salvador ao mundo. Mas esta bênção não seria apenas para os descendentes físicos de Abraão; também incluiria todos aqueles que creriam nele como exemplo de fé. Como Paulo escreveu mais tarde: "Conhecendo, pois, que os gentios não são circuncidados segundo a carne... recebeu-os [Deus] pelo batismo" (Romanos 3:29-30).

Isaías descreve a eleição divina com palavras fortes: "Tu és meu servo... eu te escolhi" (v. 9). Isso sugere que não foi mérito ou bondade própria de Abraão o motivo dessa escolha divina - antes era algo totalmente gracioso por parte de Deus.

Essa mesma ideia aparece nos escritos paulinos quando ele afirma categoricamente “E outra vez diz: Rejubila-te ó gentio com seu povo” Romanos 15:10 ACF. Paulo cita essa passagem para mostrar como os gentios foram incluídos na bênção da aliança feita com Abraão.

O apóstolo ressalta ainda mais esse ponto ao enfatizar que essa inclusão ocorreu pela graça soberana somente mediante à fé eficaz recebida pelo Espírito Santo “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS” Efésios 2:8 ACF.

Conclusão:

Em suma, este texto destaca tanto a fidelidade incomparável de Deus quanto Sua soberania absoluta no processo salvífico. Assim como Ele chamou Abraão para seguir Seus caminhos há muito tempo atrás, nosso Pai celestial chama cada pessoa eleita; individualmente hoje em dia. E assim como Ele permaneceu fiel às Suas promessas antigas mesmo diante das dificuldades enfrentadas por Seus servos, temos certeza absoluta da continuidade dessa fidelidade em nossas vidas hoje!!!

“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”


Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:

Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.