domingo, 21 de agosto de 2022

 

Como surgiu a nefasta e pervertida heresia pentecostal no Brasil.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Vejam o relato abaixo. Trata-se de uma carta escrita por um líder da Primeira Igreja Batista em Belém do Pará e publicada em O Jornal Batista de 20 de julho de 1911. A carta mostra os danos que dois falsos mestres pentecostais, (Daniel Berg e Gunnar Vingren); causaram àquela igreja há mais de cem anos.

Prezado irmão e relator, como sabeis pela correspondência do irmão João Jorge de Oliveira, inserida no número de 20 de abril do corrente, na ausência de nosso mui estimado irmão missionário Eurico A. Nelson, ficou o abaixo assinado como encarregado do trabalho de evangelização desta igreja e da do Castanhal.

Devo dizer-vos que os cultos internos e externos desta igreja iam sempre em progresso, pois eram bem frequentados e com bastante atenção; e sem que houvesse oposição de pessoa alguma, a igreja trabalhava em perfeita paz com Deus. Porém, pela experiência de dezoito séculos pela qual tem passado a igreja do Senhor, sabemos que exatamente quando elas vão mais prósperas é que Satanás se introduz manhosa e sorrateiramente dentro delas procurando aniquilá-las.

Deveras o último assalto que Satanás fez à igreja do Senhor aqui foi o mais astuto e perigoso de todos. O caso é que há uns cinco meses, chegaram aqui, da América do Norte, dois homens suecos (Daniel Berg e Gunnar Vingren); que se diziam mensageiros do evangelho; e antes de bem conhecermos tais pessoas conseguiram elas, captar a simpatia dos irmãos J. J. de Oliveira e Eurico A. Nelson, apresentando-se-lhes muito desejosos de trabalharem para o progresso da causa do Senhor neste lugar.

Na sua boa-fé, os ditos irmãos Oliveira e Nelson apresentaram os tais indivíduos à igreja que, naturalmente, com tão boa apresentação, logo os recebeu sob a condição de eles trazerem as cartas demissórias das igrejas a que pertenciam, cartas que, afinal, nunca chegaram.

(Os mesmos haviam sido expulsos da Igreja Batista dos Estados Unidos); logo que estes homens começaram a falar o nosso idioma, começaram a vender Bíblias e, de casa em casa dos crentes, iam fazendo “orações”, lendo alguns trechos da Bíblia concernentes ao dia de Pentecostes, a Cornélio, etc...

Pediam também que os crentes se unissem em “oração” com eles assim que acabava o culto público, etc... Com estas e outras artimanhas foram ganhando os corações de muitos crentes, como fizera o príncipe Absalão (2Sm 15).

Começaram também a reunir-se em casa de uma irmã cujo marido é marítimo, não se achando em casa. Depois de cinco dias de orações e jejuns correu rapidamente a notícia de que aquela irmã havia sido batizada com o Espírito Santo e com fogo do céu e que, como prova, lhe tinha sido concedido o dom de falar diversas línguas.

Sendo isto para nós muito estranho, logo depois do nosso culto de quinta-feira, 8 do corrente, dirigimo-nos, eu e diversos irmãos, para o bairro da cidade velha onde mora a referida irmã e, ao entrarmos em sua casa, fiquei deveras surpreendido como em tempo nenhum! Vi aquela irmã, que é brasileira, tendo os joelhos no soalho, as mãos postas na fronte bem erguida e olhos fechados, articulando com rapidez sons que ninguém podia harmonizar e entender, nem sabemos se aquilo era qualquer linguagem.

Na mesma ocasião, muitos outros de joelhos, choravam uns, outros oravam, outros cantavam e outros liam. De repente uma irmã começou a tremer, como se sofresse de maleitas, a gemer até que ficou sem sentidos; seguindo-se a esta crise outra, na qual ora cantava hinos, ora modinhas, inclusive o tango.

A este momento diziam, suscitara-se um debate entre os dois espíritos que tomavam conta das pessoas; a primeira pessoa que tinha o espírito dizia que tinha o dom de discernir espíritos e por isso conhecia que o outro espírito era o de Belzebu; enquanto a outra respondia, ora dizendo que era mesmo o espírito de Lúcifer, ora que era de Cristo. Esta cena revoltante durou três horas; depois do que cada um foi para sua casa. Creio que, como eu, muitos do que comigo a presenciaram não dormiram naquela noite.

No dia seguinte houve um culto externo, onde por mandado de um dos tais doutrinadores, um espírito se manifestou numa das duas pessoas mencionadas. Fiquei deveras envergonhado de semelhante escândalo público; mas não me achei com coragem de me opor para não fazer ainda maior confusão aos incrédulos. Logo que o culto findou eles convidaram uns crentes para o templo de nossa igreja. O que então se deu é indescritível.

As quatro pessoas possuídas cantavam, riam, choravam. Todos os outros irmãos que se achavam presentes sofriam uma agonia terrível. Até que não pude suportar mais; levantei-me e fiz sinal de silêncio e comecei a falar aos crentes sobre os falsos sinais que haveria nos últimos tempos; porém as pessoas possuídas fizeram uma balbúrdia tamanha em cima de mim que por mais que eu gritasse elas mais gritavam; e como não me fosse possível fazer sobressair a minha voz, fui forçado a calar-me e aconselhar aos crentes a se retirarem, no que alguns me atenderam.

No dia seguinte, eu e outro irmão, como não sabíamos notícias do irmão Nelson, passamos telegrama para o irmão J. J. de Oliveira e para o irmão pastor do Maranhão, pedindo providências urgentes. Fui nesse mesmo dia à tarde fazer a pregação na igreja do Castanhal; e voltei no domingo de manhã para pregar aqui na igreja; e tanto na pregação da manhã como na da noite fui rebatido por um adepto da tal heresia pentecostal.

Esta doutrina diabólica ia se alastrando rapidamente e vi que em poucos dias, se não tomássemos posição de verdadeiros crentes batistas, ficaríamos sem igreja batista na capital. Terça-feira 13 do corrente, depois do culto de oração, convoquei a igreja em sessão extraordinária, na qual foram cortados todos quantos se manifestaram adeptos da heresia pentecostal, sendo o número total dos eliminados 17.

Como estamos em tempos trabalhosos, combinei com a igreja termos uma série de conferências e orações que terminaram ontem, as quais, embora pouco concorridas, deram bons resultados. Os crentes se acham novamente prontos para o trabalho.

Sem outro assunto peço a todos os amados do Senhor as suas orações por nós aqui. Vosso irmão na fé, Raymundo P. Nobre. Belém, 19-6-1911. Caixa 361.

Devemos ter muito cuidado com os falsos mestres (pentecostais, neopentecostais, católicos carismáticos); como os dois hereges apresentados na carta do pastor batista, muitos em nossos dias, adentram às igrejas (Bíblicas); reformadas se dizendo mestres e doutores! E logo buscam lugar nos púlpitos e no coração de nossos irmãos, afim de colocarem o fardo de satanás sobre os ombros da noiva imaculada de Cristo, ou seja, tentam a todo custo impregnar às falsas doutrinas pentecostais, neopentecostais, arminianas, pelagianas, semi-pelagianas, amiraldianas, sabelianas, gnósticas e outras desgraças de mesma ordem, nas igrejas reformadas e Bíblicas.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
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Os Trinitarianos e Presbiterianos Ortodoxos, não querem e não apoiam uma "teocracia" (arminiana, pentecostal / neopentecostal); "dita cristã" no Brasil !!!

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
Bandeira do Estado Teocrático do Vaticano.

A uniformidade de pensamento é um desejo buscado, consciente ou inconscientemente, por todos nós. Por mais "tolerantes" que sejamos, sempre há um segmento ideológico que é visto como "inimigo" e pelo qual não nutrimos simpatia. Como não é possível forçar todos a pensarem de modo agradável a nós, o pluralismo acaba se impondo não como o ideal de todos, mas antes como a melhor alternativa possível, superior à guerra e à violência. Melhor conviver com o diferente do que tentar exterminá-lo. Contudo, a tentativa de impor um pensamento único sempre seduz parcelas significativas da sociedade.

A História está cheia de exemplos, desde o nazismo alemão até o comunismo soviético, incluindo-se aí o fundamentalismo islâmico e até mesmo experiências puritanas de criar colônias nos Estados Unidos onde haveria uma única religião. O totalitarismo é uma tentação que não respeita nenhum tipo de fronteira. Ao meu ver, é esse tipo de tentação que leva cristãos de várias matizes a defenderem uma teocracia cristã. Na verdade, já há proposta para criar o Partido Republicano Teocrata Cristão (PRTC). O objetivo expresso é o de promover a "adequação de todas as leis da nação às leis bíblicas", inclusive com apoio de muitos blogueiros, lideranças e igrejas calvinistas. Esse tipo de movimento é uma reação à aprovação e discussão de leis que ferem os princípios da Bíblia. Contudo, esse fato exige uma discussão. Afinal, a teocracia cristã é o caminho que a própria Bíblia ensina para fazer valer o reino de Deus?

A necessidade da liberdade religiosa!!!

Creio que a primeira coisa que deve ser analisada é a questão da liberdade religiosa. O sonho oculto de muitos segmentos, desde o mais tradicional dos reformados até o mais esotérico pentecostal-neopentecostal, é o de ver todos seguirem uma mesma fé, tendo a Bíblia formalmente reconhecida como estando acima de qualquer outra lei. Na verdade, muitos evangélicos não querem esperar pelo dia em que Jesus Cristo virá implantar seu Reino...querem vê-lo aqui, de modo visível, já! A separação entre Igreja e Estado não é mais vista como uma conquista que foi essencial para garantir a sobrevivência dos evangélicos em sociedades católicas. Agora, o sonho de muitos é ver as igrejas evangélicas comandando o Estado e impondo a sua agenda e pensamento a todos (Um tipo de inquisição evangélica).

Contudo, Jesus Cristo nunca exigiu a conversão de todos os seus ouvintes aos seus ensinamentos. É interessante notar que Jesus não protesta porque ninguém proíbe os fariseus de ensinar ou porque o ensino pagão era tolerado pelo Estado romano.

A arma usada por Jesus em seu ministério era a pregação da Palavra. Era por meio da persuasão, da oratória e dos debates que o Senhor esperava ganhar o coração dos ouvintes. Cristo nunca questionou porque o Estado romano não dava apoio ao seu sistema de fé.

O mesmo pode ser dito dos apóstolos. Eles são sempre retratados como sendo perseguidos por judeus ou pagãos, mas nunca como perseguidores (Tipo deputados senadores e alguns líderes evangélicos atuais); daqueles que anunciam outra fé. Isso é evidenciado em Atos 19, quando os pagãos de Éfeso se revoltam contra a pregação de Paulo:

Pois um ourives, chamado Demétrio, que fazia, de prata, nichos de Diana e que dava muito lucro aos artífices, convocando-os juntamente com outros da mesma profissão, disse-lhes: Senhores, sabeis que deste ofício vem a nossa prosperidade e estais vendo e ouvindo que não só em Éfeso, mas em quase toda a Ásia, este Paulo tem persuadido e desencaminhado muita gente, afirmando não serem deuses os que são feitos por mãos humanas. Não somente há o perigo de a nossa profissão cair em descrédito, como também o de o próprio templo da grande deusa, Diana, ser estimado em nada, e ser mesmo destruída a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo adoram.

Ouvindo isto, encheram-se de furor e clamavam: Grande é a Diana dos efésios! Foi a cidade tomada de confusão, e todos, à uma, arremeteram para o teatro, arrebatando os macedônios Gaio e Aristarco, companheiros de Paulo. (Atos 19:24-29); O tumulto é encerrado pelo escrivão de Éfeso, que apazigua a multidão afirmando o seguinte: porque estes homens que aqui trouxestes não são sacrílegos, nem blasfemam contra a nossa deusa. (Atos 19:37). É muito interessante notar isso no Novo Testamento. O desejo dos cristãos é o de terem liberdade para pregar a Palavra sem correrem o risco de serem presos. São os outros...os judeus e os pagãos quem buscam usar o Estado para prender os cristãos e impedir a disseminação da fé cristã. Os discípulos não cometiam sacrilégios nem blasfemavam contra Diana, embora deixassem claro que ela não era uma deusa de fato. Isso mostra uma busca pela liberdade religiosa, e não pela uniformidade religiosa.

Igreja e Estado são esferas distintas.

Por que nem Jesus e nem os apóstolos reivindicam o apoio do Estado para a pregação evangélica? Uma das razões é dada pelo próprio Cristo: dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Convém aqui reler essa história: Naquela mesma hora, os escribas e os principais sacerdotes procuravam alcançar-lhes as mãos, pois perceberam que, em referência a eles, dissera esta parábola; mas temiam o povo. Observando-o, subornaram emissários que se fingiam de justos para verem se o apanhavam em alguma palavra, a fim de entregá-lo à jurisdição e à autoridade do governador. Então, o consultaram, dizendo:

Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente e não te deixas levar de respeitos humanos, porém ensinas o caminho de Deus segundo a verdade; é lícito pagar tributo a César ou não? Mas Jesus, percebendo-lhes o ardil, respondeu: Mostrai-me um denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente disseram: De César. Então, lhes recomendou Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, admirados da sua resposta, calaram-se. (Lucas 20:19-26).

O ardil era esse: se Jesus dissesse que o imposto deveria ser pago, então Ele se colocava ao lado dos romanos e desagradava aos judeus. Se dissesse que não deveria ser pago, então os judeus se agradariam, mas Jesus poderia ser acusado diante dos romanos. O Mestre evita a resposta, ensinando que o povo deve dar a César o que é de César (respeito às leis, pagamento de impostos e etc...) e a Deus o que é de Deus (fé, adoração, devoção, o controle da vida pessoal e etc...). Embora a separação entre o Estado e a Igreja seja um conceito posterior, creio que ele pode ser reconhecido aqui. Jesus não ensina que o Estado não deve obediência alguma a Deus.

Afinal, o reino dos céus engloba todas as coisas, inclusive sim os governos. Mas isso não significa que tudo deva ser misturado. Há sim distinções muito claras. Por exemplo, não cabe a Igreja decidir qual o melhor sistema de arrecadação tributária ou se um país deve ou não ter relações diplomáticas com outro. Os cristãos podem opinar sobre isso, mas a decisão pertence ao Estado, o qual, por sua vez, não deve decidir se a doutrina calvinista da predestinação é ou não correta. César é César, Deus é Deus. Sei que aqui eu perdi o apoio de quase todos os hiper-calvinistas... afinal, a Confissão de Fé de Westminster, documento ícone da fé reformada, foi feita em um concílio convocado pelo Estado inglês. Contudo, não há base no Novo Testamento para que o Estado se envolva neste tipo de decisão. Esta não é uma questão de Governo Humano, e sim de fé.

A natureza do Reino de Deus.

Talvez muitos pensem que as ideias acima expostas ferem o ensino bíblico sobre o reino de Deus. Ele não é o Senhor de todas as coisas? A recusa dos homens em obedecê-Lo não é um pecado? Sim e sim, digo eu. Mas daí a querermos forçar o Estado a adotar leis bíblicas vai uma grande diferença. Por quê? Ora, por causa da natureza presente do reino de Deus? Observe o que diz Jesus no momento em que ele é preso, como narrado em Mateus 26:51-54. E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada a espada perecerão. Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?

Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder? Repare que a espada não foi usada de modo arbitrário pelo apóstolo Pedro. Jesus estava para ser preso, uma turba com espadas e porretes ameaçava os apóstolos. Pedro quis apenas defender o seu Mestre. Mas Jesus reprovou essa atitude. Quem lança mão da espada (violência) perecerá por causa dela. Se o Cristo de Deus; quisesse, poderia rogar ao Pai para ter a defesa de anjos. Porém, a espada angelical não era o caminho de defesa do reino de Deus. Essa mesma ideia é repetida por Jesus quando ele é confrontado por Pilatos em João 18:33-37.

Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou tô disseram outros a meu respeito? Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

A violência e a coerção não irão promover o reino de Deus, que só se manifestará de modo plenamente visível neste mundo quando Cristo voltar. Por isso Jesus diz que seu reino não é terreno: não há exércitos ou ministros para defendê-lo. O objetivo de Jesus era o de dar testemunho da verdade.

A testemunha busca convencer, mas quem pode impor a sentença é o Juiz. E a vinda de Cristo como Juiz está no futuro. Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão, os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos; pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para que, mesmo julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo Deus. (1 Pedro 4:4-6). Chegará sim o dia em que a verdade será manifesta e todos serão julgados, o dia em que todo aquele que rejeitou a Cristo sofrerá a pena por sua rebeldia. Mas, até lá...o dever da igreja não é o de antecipar a execução do juízo, mas sim o de testemunhar a favor da verdade. Testemunhar não é forçar ninguém a acreditar ou seguir, é tentar, da melhor forma possível, convencer os demais a crerem em nosso testemunho.

O mundo é incapaz de seguir a Deus.

Mas, de todos os argumentos, o melhor para combater a ideia de uma “teocracia cristã” é o primeiro ponto do calvinismo: a depravação total. Por esta doutrina, o homem é simplesmente incapaz de, voluntariamente, seguir a Deus. Se o ser humano não for alcançado pela graça de Cristo, servir a Deus é algo impossível a ele, mesmo que o Estado tente obrigá-lo: Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Romanos 8:5-8).

Ora, se os que estão seguindo o pendor (inclinação) da carne não podem estar sujeitos à lei de Deus e não são capazes de agradar a Deus, no que adiantaria criar uma teocracia cristã? Ela seria inútil! Não é isso que tornará o Brasil um país melhor. E isso se torna óbvio quando lemos o que a Bíblia diz sobre a lei de Deus:

Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus. (Hebreus 7:18-19).

Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. (Hebreus 10:1).

A lei de Deus não tem o poder de aperfeiçoar as pessoas e, por extensão, a sociedade. O Brasil só será transformado por meio da salvação dos brasileiros, da criação de novos homens que nascem segundo Cristo Jesus e, voluntariamente, (Regenerados pelo Espírito santo); seguem a lei de Deus. Só que isso não é uma obra do homem, mas sim de Deus. Um novo ser humano é algo que só Cristo pode fazer: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (2 Coríntios 5:17).

Qual a solução?

Os cristãos trinitarianos, devem cruzar os braços e deixar o Estado aprovar leis que ferem a Bíblia? Não! De modo algum. Devemos lutar, nas ruas, no Congresso, na Internet, onde for preciso para influenciar o mundo a seguir o Evangelho.

Para influenciar, não para impor!!!

Creio que este é o modelo bíblico de conduta política para os cristãos. Homens como José, Daniel e Mordecai não tentaram convencer o Egito, a Babilônia e a Pérsia a adorarem ao Deus de Israel. Eles influenciaram impérios a se adequarem às leis de Deus por meio de seus comportamentos e atuações políticas. No caso de Daniel e seus amigos, além de Mordecai, vemos que foram decisivos para impedir que os judeus fossem forçados a idolatria ou que fossem massacrados pelos caprichos da nobreza. Foram instrumentos de Deus em impérios que, guardadas as proporções, eram sociedades “plurais”. Ao meu ver, o caminho continua sendo esse. O chamado de Deus para a Igreja é viver em um mundo plural e tentar influenciá-lo de todos os modos, mas sem impor a sua vontade. O objetivo dos cristãos é convencer a sociedade a obedecer a Deus...e não o de obrigá-la a fazer isso.

Os cristãos precisam entender que este mundo não é perfeito. (Ele é 100% Depravado conforme Calvino); nossas decisões políticas, econômicas e sociais devem levar em conta as imperfeições do estado atual da criação: por isso é que existem policiais, soldados, leis penais e democracia. Seria ótimo viver em um planeta onde todos seguem a Deus! Mas isso não vai acontecer até Jesus voltar. Então, não adianta forçar o caminho nessa direção pois é um esforço infrutífero em si mesmo. Precisamos aceitar o mundo como Deus quis que Ele fosse. E, para isso, é necessário aprender a conviver com os diferentes. Não há caminho melhor do que um onde exista liberdade de religião, de pensamento e de expressão. Não há caminho melhor do que o enfrentamento democrático e pacífico. Se, pela democracia, o Brasil escolher servir a Deus, ótimo! Mas, mesmo assim...as liberdades precisariam ser garantidas.

Que possamos refletir no ensino bíblico de Romanos 14:12. Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. Que assim seja. Amém! Soli Deo Gloria.
Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
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O CRISTO DO ARMINIANISMO VS. O CRISTO DA BÍBLIA – Arminianos e Calvinistas são irmãos na fé?

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Antes de começar, devo lembrar o leitor de que quando falo de “Calvinismo Vs. Arminianismo” eu estou me limitando ao seu sentido original e histórico, isto é, apenas ao que diz respeito à doutrina da salvação (soteriologia) e como ela funciona nos desígnios de Deus. Refiro-me ao Calvinismo tendo em vista somente os Cinco Pontos do Calvinismo, e não a tradição conhecida como “Reforma Protestante”, a qual engloba não somente a questão soteriológica, como também traz conceitos denominacionais que não estão de acordo com a Bíblia. Esses termos técnicos são inevitáveis para tratar do assunto “Predestinação Vs. Livre Arbítrio”, e, portanto, é a única forma de ensinar o leitor como Deus predestina Seus santos escolhidos à salvação e os perdidos à condenação.

A LÓGICA NOS DIZ QUE ARMINIANOS E CALVINISTAS NÃO SÃO IRMÃOS NA FÉ.

Existe um princípio imutável chamado Lógica. Esse princípio tem me acompanhado desde que conheci a Palavra de Deus, e tem sido meu escudo contra o sincretismo e ecumenismo religioso até aqui. A Lógica é, por definição, um gatilho bíblico que nos protege de proposições contraditórias e sofismas religiosos. Em suma, a Lógica se trata do raciocínio que se pauta na dedução, e este raciocínio é composto basicamente por duas premissas ou proposições (maior e menor), a partir das quais se alcança uma conclusão. Por exemplo: "Todos os homens são mortais. Frederico é homem. Logo, Frederico é mortal”. Se eu mudar uma das duas premissas que concluem que Frederico é mortal, a conclusão da mortalidade de Frederico estará errada. Ou seja, segundo a lógica, para que se afirme que Frederico é mortal em conformidade com uma premissa maior e menor, é obrigatoriamente necessário que (1) todos os homens sejam mortais e que (2) Frederico seja homem. Conclusão: Frederico é mortal.

Uma premissa errada leva a conclusões obviamente errôneas. Não se pode elaborar um silogismo básico e coerente quando as premissas de um determinado conceito não coadunam com a conclusão final. E é por isso que hoje eu irei dar uma breve explicação sobre a razão pela qual arminianos e calvinistas não são irmãos na fé e jamais poderiam ser. Quando quero dar uma resposta rápida, eu simplesmente digo que os arminianos servem a um deus estranho à Bíblia, e não ao Deus das Escrituras. Simples assim! Mas, a mera afirmação da minha parte não é o bastante para provar uma premissa e estabelecer uma conclusão. Isso é típico de analfabetos funcionais quando querem provar alguma ideia por meio da mera repetição de uma ideologia.

Portanto, tecerei abaixo dois princípios básicos, porém distintos, fáceis de se entender. Minha intenção neste artigo é mostrar o quanto a Igreja necessita de uma atenção urgente em relação ao “Jugo Desigual”, onde arminianos e calvinistas têm andado de mãos dadas e se ajuntado numa perversão doutrinária em massa, invalidando a Palavra de Deus e provocando danos irreversíveis à ortodoxia cristã.

1. O CRISTO DO ARMINIANISMO:

● O Cristo do Arminianismo ama a todas as pessoas do mundo e deseja que todas elas sejam salvas.

● Ele pagou pelos pecados de todos os homens, sem exceção, e faz tudo que está ao seu alcance a fim de convencer os ímpios a se converterem. Todavia, sua oferta aos pecadores e seu poder de salvar são, na maioria das vezes, frustrados. Por que? Porque a maioria dos ímpios dizem “Não” ao seu chamado e se negam a vir até ele.

● Seu poder é limitado e seu sacrifício na cruz foi em vão, pois os pecadores receberam desse "deus" um dom chamado “livre arbítrio”, com o qual o homem decide, por si mesmo, ir ou não em direção a Cristo para se entregar a ele. O “livre arbítrio” do homem não pode ser violado por Cristo e o homem é quem decide se aceita ou não servir a ele.

● O Cristo do Arminianismo morreu na cruz por todo o mundo, isto é, por cada indivíduo da humanidade, sem exceção. Com isso, ele estabeleceu a possibilidade de salvação para todos, dando a oportunidade do homem escolher ser salvo ou não pelo sangue derramado no madeiro. Sua morte na cruz não fora suficiente para salvar os escolhidos de Deus. Seu sacrifício depende inteiramente da escolha do homem em se converter de seus pecados ou não. Sendo assim, muitos homens pelos quais Cristo morreu irão para o inferno.

● Esse Cristo débil, impotente e frustrado perde a muitos pelos quais ele morreu e “salvou”, visto que os tais abandonam a “fé” por si mesmos. Deste modo, quando Cristo os convence de que são verdadeiramente “salvos” e lhes implanta a “certeza da salvação”, esta segurança não está alicerçada na vontade soberana de Deus ou em Seu poder inesgotável, mas na escolha humana, quando o homem aceita Jesus em seu coração (e haja apelos carismáticos para convencer um pecador a “aceitar” esse falso cristo).

2. O CRISTO DA BÍBLIA.

● Esse é o Cristo do Calvinismo (Pesquisar sobre os Cinco Pontos do Calvinismo). Ele veementemente ama somente aos que lhe pertencem, os quais Deus escolheu incondicionalmente para a vida eterna, antes mesmo da fundação do mundo (Ef 1.4). Ele jamais sequer orou pelos réprobos e deixou isso muito bem registrado (Jo 17.9), visto que o amor do Pai não recai, em nenhum nível ou aspecto, sobre os que foram predestinados à perdição. Antes, Sua ira sobre os tais permanece eternamente (Sl 5.5; 11.5; 73.17-20; Sl 92.5-7; Pv 3.33; Pv 24.16; Ml 1.2-4; Hc 1.13; Jo 17.9; Jo 3.36; 13.1; Rm 9.13; 1Pe 3.12; Ef 1.4,9,11; Rm 8.30; 2Tm 1.9; 1Ts 5.9; Rm 9.11-16; Ef. 1.19; 2.8-9; Jd 1).

● Deus, por meio do Espírito Santo, eficazmente chama os Seus eleitos de modo que, por meio da vocação a eles concedida, não podem resistir por si mesmos e certamente se converterão.  Antes que o mundo fosse criado, Deus escolheu e predestinou os Seus à salvação. Ele não fez qualquer uma dessas escolhas com base em Sua onisciência ou porque previu fé em tais homens, mas os escolheu segundo o Seu eterno e imutável propósito, conforme Seu santo conselho e beneplácito de Sua vontade, de acordo com Sua graça única [e não múltipla]. Esse Deus, o único Deus, não se baseou em nenhuma fé prevista ou em alguma boa obra humana para salvar os Seus escolhidos, nem por qualquer outra característica na criatura que pudesse movê-Lo como condição para salvá-los (Ef 1.4, 9, 11; Rm 8.30; 2Tm. 1.9; 1Ts, 5.9; Rm 9.11-16; Ef 1.19: e 2.8-9).

● Ele não somente ama Seus escolhidos incondicionalmente, como também os “leva pela orelha”, não importando se eles querem ou não ser salvos. Ele os preserva por meio da disciplina, de modo que nenhuma de Suas ovelhas podem decair da graça que uma vez foi dada aos santos. Nenhuma de Suas ovelhas pode se perder ou ser arrebatada de Suas mãos (Jo 10.28). Ainda que cometam pecados no curso de suas vidas, tais escolhidos de Cristo serão preservados pelo poder do Espírito Santo e perseverarão na genuína fé e doutrina até o fim. Pelo eterno e mui livre propósito da Sua vontade, Deus preordenou todos os meios conducentes a esse fim glorioso. Ou seja, os santos eleitos, tendo nascido escravos do pecado de Adão, são remidos por Cristo e presenteados pela verdadeira fé, por meio do Espírito e no devido tempo determinado por Deus. Por esta razão, os santos escolhidos de Deus são justificados, adotados, santificados e guardados por Cristo nesta fé imutável e eterna. Não há absolutamente ninguém além dos eleitos que seja remido, chamado de forma eficaz, justificado nos céus, adotado, santificado e glorificado por causa da salvação conquistada por Cristo na cruz do calvário (1Pe 1.2; Ef 1.4 e 2.10; 2Ts 2.13; 1Ts. 5.9-10; Tt 2.14; Rm 8.30; Ef 1.5; 1Pe 1.5; Jo 6.64-65; 17.9; Rm 8.28; 1Jo 2.19).

● Contrariando radicalmente o falso Cristo do Arminianismo, o Cristo da Bíblia soberanamente regenera o pecador eleito à margem de sua aceitação ou rejeição temporária. Visto que, sem a regeneração espiritual, o pecador está morto espiritualmente (Rm 3), o pecador jamais pode escolher a Cristo por si mesmo (Jo 6.65). A fé não é uma contribuição do homem para sua salvação. A fé não provém do coração do homem, mas é um dom recebido do alto. Não há nenhuma participação do homem nesse processo salifico. A salvação, bem como todos os frutos que dela procedem, é uma dádiva exclusiva de Deus, não do homem (Jo 3.3; 6.44,65; 15.16; Rm 9.16; Ef 2.1,8-10; Fp 1.29; Hb 12.2).

● O Deus da Bíblia concede misericórdia a quem Ele quer e a recusa a quem Ele quer. Cristo morreu somente pelos eleitos, conquistando eficazmente a salvação para todos aqueles por quem Ele morreu. Sua morte foi uma satisfação vicária, que poderosamente quitou a dívida de Seu povo eleito. Ele escolhe ou recusa Sua bondade como Lhe apraz, para a glória do Seu soberano poder sobre as suas criaturas. Com isto, o restante dos homens foi predestinado à perdição eterna, para louvor da gloriosa justiça de Deus, que não tem a obrigação de salvar ninguém, mas o fez por pura graça. Sem a Sua graça, nenhum homem seria salvo e todos caminhariam segundo sua própria inclinação para o mal (Rm 1.18-32; 3). A justiça de Deus requer que Ele não contemple os réprobos e os lance no inferno por causa de seus pecados (Mt 11.25-26; Rm 9.17-22; 2Tm. 2.20; Jd 1.4; 1Pe 2.8).

PREMISSA MAIOR:

Um é o Cristo do Arminianismo e o outro é o Cristo da Bíblia. Um é falso e o outro é verdadeiro. São dois cristos avaliados aqui, e ambos são completamente opostos. Se você está assustado com isso, saiba que a Bíblia diz que existem milhares deles (Mt 24.24; 1Co 8.5) e não somente dois ou três. Se, conforme apresentado pelo artigo, os dois cristos são tão radicalmente distintos, um deles tem de ser o verdadeiro: ou aquele que não possui sequer uma base bíblica sólida, ou Aquele que testifica cada uma das passagens da Escritura Sagrada, as quais foram aqui supracitadas.

PREMISSA MENOR:

A Bíblia expressamente diz que não se pode servir e amar a dois senhores. A Bíblia é enfática em dizer que você deve amar um e odiar o outro (Mt 6.24). Você certamente pode ter dois amigos, dois irmãos, dois carros, dois hobbies e até dois empregos. Mas a Escritura o proíbe categoricamente de servir a dois cristos. Ou você ama e serve a um, ou você ama e serve a outro. A palavra “Servo”, muitas vezes empregada de forma romantizada em nossas traduções bíblicas, significa literalmente “Escravo”. Ou você é escravo do verdadeiro Cristo ou é escravo do falso. A escravidão é absoluta e não permite sociedade com outros senhores. A escravidão exige tudo aquilo que lhe pertence — todo o seu tempo, toda a sua lealdade, todo o seu trabalho, todo o seu coração, toda a sua alma. Os cristãos professos dos nossos dias insistem em acreditar que estão servindo ao genuíno Cristo dando as mãos para os que servem ao falso cristo. E não somente isto: Os que insistem em servir a dois cristos chamam os seguidores do falso cristo de irmãos! O fato é que você pode até pensar que está sendo um cristão agindo assim; você pode achar que ama a Jesus porque “vai à igreja” regularmente e porque é apaixonado pelo evangelho que você criou com a sua própria mente; mas a sua prostituição não será ignorada no dia do juízo, visto que você pensa que pode andar com o Cristo da Bíblia e ter um pequeno caso com outro cristo – o falso cristo.

A Diferença entre Calvinismo e Arminianismo é ainda mais profunda que se pode parecer à primeira vista. Não é simplesmente questão de ênfase, mas de conteúdo. O calvinista crê em um Deus que realmente salva; enquanto o arminiano crê em um Deus que possibilita que o homem se salve. O calvinista crê em um Deus Pai que elege de fato; o arminiano crê em um Deus Pai que apenas ratifica a eleição que os homens farão sobre si mesmos. O calvinista crê em um Redentor que objetivamente redime pecadores; o arminiano crê em um redentor em potencial, que apenas viabiliza a redenção dos salvos. O calvinista crê em um Espírito Santo que chama soberana e eficazmente indivíduos; o arminiano crê em um Espírito Santo que apenas “persuade moralmente”, mas que pode ser resistido. O lema do calvinista é: “Seja feita a Tua vontade”. O lema central da seita arminiana é: "Levante-se e caminhe comigo, ó Criador; vou lhe mostrar o que eu quero".

CONCLUSÃO LÓGICA:

Arminianos e calvinistas não são irmãos. Jamais o poderiam ser. Eles não possuem a mesma fé. Eles não servem ao mesmo Cristo. Não há qualquer vínculo entre o Cristo da seita arminiana e o Cristo da Bíblia. Eu poderia falar sobre o cristo do Catolicismo Romano, do Espiritismo e de muitos outros milhares de cristos espalhados pelo mundo religioso. Todavia, não há, no atual século, um falso cristo que tenha enganado tanta gente como o cristo do arminianismo, com seu evangelho ardiloso e sagaz. Tenho plena convicção e afirmo com propriedade que, sem explanações como essas do artigo, a maioria das pessoas passaria a vida inteira sem notar a diferença entre um Cristo e outro. Tudo isso é resultado do sincretismo e ecumenismo religiosos que reinam soberanos em todo o mundo, em especial nas seitas denominacionais, onde o intento é adquirir membros para encherem seus templos luxuosos e cheios de adornos judaicos.

UM CHAMADO À SEPARAÇÃO:

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso" (2 Coríntios 6.14-18).

Essa passagem se aplica – veementemente – a membros de seitas arminianas. Um “jugo” é tudo aquilo que une. Aqueles que pertencem a uma seita arminiana ou pentecostal estão unidos em um compromisso oficial e em uma aliança com seus membros “irmãos”. Muitos de seus membros/irmãos não dão nenhuma evidência de terem nascido de novo. Eles podem acreditar em um “Deus Soberano”, mas qual o amor que eles têm pela soberania exaustiva de Deus? Qual é a sua relação com os eternos decretos de Deus? Eles simplesmente as negam. “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3.3).

Pode aqueles que devem o seu tudo a Cristo, tanto para o tempo presente quanto para a eternidade, ter comunhão com aqueles que desprezam e rejeitam ao Deus da Palavra? Portanto, que todo e qualquer leitor cristão que esteja em jugo desigual com arminianos saia debaixo dele sem demora.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Ao utilizar este texto! observe as normas acadêmicas, ou seja, cite o autor e o tradutor, bem como, o link de sua fonte original.
Artigo Teológico de um ilustre, Hipercalvinista Supralapsariano: Três Razões Pelas Quais Arminianos, Não São Salvos!!! (Título original: Three Reasons Why Arminians Are Not Saved); Autor: Christopher Adams.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Uma das questões mais importantes enfrentadas por aqueles que professam crer nas doutrinas da graça (comumente chamado de "calvinismo" TULIP, Cristãos Reformados Fundamentalistas); é como se relacionar com os cristãos evangelicalistas professos que rejeitam as doutrinas da graça. Deverão ser abordados como irmãos em Cristo? Deveremos tomar o relato de suas “experiências de conversão” como tendo o valor que alegam ter? Para responder a estas questões, o autor desta obra extraordinária; gostaria de apresentar as seguintes Três Razões Pelas Quais Os Arminianos Não São Salvos. – Como arminianos, entendemos o que se segue: Além das óbvias seitas não cristãs (pagãs, como o animismo africano); e seitas pseudocristãs (como o Romanismo, o Adventismo do Sétimo Dia, o Mormonismo, os Testemunhas de Jeová, os Pentecostais Unicistas, Igreja Pentecostal Unida do Brasil, IPUB; os Batistas Renovados), também são arminianas as pseudo-reformadas igreja Metodistas, todas as igrejas Pentecostais e Neopentecostais, bem como a maioria das igrejas do ramo chamado de “Batistas do Livre Arbítrio”, inclusive as igrejas Anabatistas Remanescentes, as Menonitas, CCB, Congregação Cristã no Brasil e etc...).

Motivo número um:

Os arminianos não, estão salvos porque eles adoram um ídolo. Por um ídolo, quero dizer "um deus que não pode salvar." Mas espere um minuto, você diz, eles adoram Jesus? Não, por uma questão de fato, não. Eles podem dizer que adoram Jesus, mas o Jesus que eles adoram simplesmente não pode salvar. Os fariseus disseram que acreditavam em Deus e até mesmo convenceram a si mesmos de que eles acreditavam em Deus, mas sua fé estava realmente em um deus que não poderia salvá-los, a sua fé não estava no único, verdadeiro, absoluto e exaustivamente soberano, Deus de Israel.

Isto é evidente pelo fato de que, quando o verdadeiro Deus veio para viver entre eles, blasfemavam dele e O fizeram ser executado. Os fariseus fizeram um ídolo de sua ideia (uma imagem mental fraudulenta); de Deus, portanto, eles estavam tão perdidos quanto aqueles que adoravam um ídolo esculpido chamado Moloch. Formarmos uma imagem no nosso cérebro e chamando-o de "Jesus" não é mais uma evidência da salvação do que esculpir um ídolo de madeira e chamá-lo de "Deus".

De ambos os modos, o indivíduo está em idolatria grosseira. E o fim daqueles que adoram ídolos é tornar-se como seus ídolos (Salmos 115:8). Arminianos têm um deus que não é capaz de transformar a vontade do homem que agrada a ele [o deus]. Podem firmemente crer que ele é capaz de mover montanhas, causar o trovão e o relâmpago, e ordenar as estrelas em seus cursos, mas ele é impotente perante o Todo-Poderoso Livre-Arbítrio do Homem, e o sangue do seu único filho gerado é derramado por aqueles que estão sob o controle de suas próprias vontades, em uma expiação impotente. Este não é o Deus da Bíblia (Salmo 115:3, Provérbios 1:21).

Esse "deus" não é um Deus justo, nem um Salvador (Isaías 45:21). Esse "deus" simplesmente não pode salvar (Isaías 45:20). Esse "deus" é um caniço quebrado, perfurando a mão de todo aquele que se apoia sobre ele. Esse "deus" é uma mentira do inferno e está destinado a voltar para lá. E aqueles que o seguirem até o fim estão destinados a retornar para lá juntamente com ele. Qual foi a queixa que Deus fez ao apóstata Israel? “... pensavas que Eu era tal como tu ...” (SL. 50:21 ACF) Arminianos têm forjado um deus em sua própria mente. Eles não são mais salvos do que os judeus que fizeram exatamente a mesma coisa ao adorarem um ídolo de ouro no deserto.

Motivo número dois:

Os arminianos não estão salvos porque eles não acreditam na verdade. Isso está relacionado ao motivo anterior, mas tem mais a ver com a evidência da salvação de uma pessoa. Qualquer calvinista que defende a salvação de arminianos devem explicar 2 Tessalonicenses 2:12, que diz: “Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” (2Ts 2:12 ACF) alguns usam a desculpa de que os arminianos acreditam nas mais importantes, nas doutrinas fundamentais da Escritura. Mas será que eles acreditam mesmo?

Cada membro da Trindade está associado com a verdade (Salmo 31:5, João 14:6,17). Aqueles que são salvos amam a verdade (Tito 1:1, João 3:21), porque foi o instrumento de seu segundo nascimento (Tiago 1:18, Efésios 1:13). Mais relevante e especificamente, eles amam a verdade, porque Deus os predestinou para amá-la (2 Tessalonicenses 2:13), portanto as ovelhas eleitas conhecem a voz de seu Pastor (João 10:14) e que, inevitavelmente, O seguem. Na verdade, aqueles que não ouvem a voz do Pastor simplesmente não são ovelhas (v. 26)! Por que Deus predestina as Suas ovelhas a amarem a Sua verdade e a seguir somente a Ele? A razão é dada em Isaías 48, versículos 9-11:

“Por amor do meu nome retardarei a minha ira, e por amor do meu louvor me refrearei para contigo, para que te não venha a cortar... Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem.” (Is 48:9-11 ACF).

A glória de Deus é a única razão pela qual Ele faz todas as coisas. É a razão pela qual Jesus veio à terra (João 12:27-28), é a razão pela qual Ele salvou a Sua igreja (Efésios 1:12), e é a razão pela qual Ele irá retornar algum dia para levar a igreja para a casa dEle (2 Tessalonicenses 1:10). É a razão para a existência da criação (Romanos 9:23).

Agora, se a vontade de Deus é que Ele seja glorificado por Sua igreja, que possível motivo poderia ter Ele para permitir aos homens atribuírem a fonte da sua fé às suas próprias vontades? Isso despojaria Deus de Sua glória de direito e não compartilhada, glória que Lhe cabe na salvação. Ele não deixa os Seus [redimidos] na ignorância mais do que Ele os deixa chafurdar nos seus pecados (I João. 3:9). Portanto, a glória de Deus absolutamente exige que consideremos os arminianos 100% perdidos.

O ensinamento de que um Deus soberano! não poderia, ou não quereria, irresistivelmente conduzir Seu povo a crer e confessar o verdadeiro Evangelho é um ensino que apresenta Deus como sendo tão frágil e impotente como o deus arminiano. Na verdade, essa linha de pensamento é realmente o resultado de uma forma muito sutil de santificação baseada em obras de homens. Ela tacitamente assume que Deus faz o trabalho inicial de mudar o coração de pedra em carne, mas depois permite aquele coração mudado a escolher seu próprio caminho!!! Se isso fosse verdade, significaria que "o livre arbítrio" ajudaria na salvação dos pecadores perdidos; tais como ídolos e imagens, seriam muito úteis, mesmo necessárias. Pelo contrário, Deus não permite uma pessoa regenerada desenvolver livremente sua teologia mais do que ele permite que uma pessoa regenerada livremente persista no pecado. Em vez disso, ele coloca o seu Espírito Santo dentro dessa pessoa, e o Espírito soberanamente conduz a pessoa a toda a verdade de Deus (João 16:13).

Além disso, existem três verdades absolutas; que o Espírito Santo nos esclarece especificamente: pecado, justiça e juízo (João 16:8-11). Examinemos cada uma dessas verdades com mais detalhes.

Primeiro, porque Ele vai nos ensinar sobre o pecado? A resposta é dada no versículo 9: “... porque não creem em mim;” esta é obviamente a doutrina da depravação total. Todo pecador regenerado tem sido ensinado por Deus Espírito Santo que ele é um vil, miserável, desamparado pecador, totalmente vazio de justiça e absolutamente incapaz de chegar à fé salvadora por si mesmos. Todo pecador regenerado tem sido ensinado por Deus Espírito Santo que amenos, que o próprio Deus intervenha para salvá-lo, o pecador virá a ser eternamente perdido (Salmo 130:3, João 6:45).

O pecador salvo pode não usar a expressão "depravação total", mas eles sempre vão entender sua inata incapacidade de agradar a Deus e nunca acreditará que foram seus próprios esforços e decisões que foram interpostas em favor dele junto a Deus. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que Deus salva um pecador com base nas ações ou decisões do pecador (João 1:12, Romanos 9:16), ou quando proclamam que Deus vai salvar com base em Sua presciência do que o pecador vai fazer.

Em segundo lugar, porque Ele vai nos ensinar sobre a Justiça? A resposta é dada no versículo 10: “... porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;” (Jo 16:10 ACF) Aqui, Jesus está ensinando que o Espírito Santo ensinará a cada crente que Cristo, pela Sua morte sangrenta na cruz, produziu uma justiça que satisfaz a justa ira do Pai contra todos a quem Cristo representou. O Espírito Santo ensina a cada pecador regenerado sobre a doutrina da Expiação Limitada. O pecador salvo pode não usar as palavras "Expiação Limitada" ou "Redenção Particular", mas ele sempre vai entender que Jesus tem efetivamente estabelecido a paz entre ele e Deus, e nunca vai crer que alguém por quem Cristo morreu poderá vir a novamente ficar sob a ira de Deus. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que Jesus derramou Seu precioso sangue mesmo por aqueles que eternamente sofrem a ira e a rejeição do Pai (Jeremias 6:14, Gálatas 1:8-9).

Terceiro, porque Ele vai nos ensinar sobre o julgamento? A resposta é dada no versículo 11: “... porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Aqui, Jesus está ensinando que o Espírito Santo ensinará a cada crente que Jesus desfez as obras do Diabo e com mão forte libertou os que eram cativos do Diabo (Lucas 11:21-22; 1 João 3:8, 5:19). Nenhum crente nunca poderá voltar às mentiras e laços de Satanás (João 10:5).

O Espírito Santo ensina a cada pecador regenerado sobre as doutrinas da Graça Irresistível e da Perseverança dos Santos. O pecador salvo pode não usar a expressão "Graça Irresistível" ou "Perseverança dos Santos", mas ele sempre vai entender que a sua conversão e perseverança vêm do Espírito Santo, e ele nunca vai acreditar que a sua conversão e perseverança vêm da sua própria força. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que um filho de Deus pode novamente se tornar um filho do Diabo (Mateus 13:11-17).

Novamente, um pecador salvo pode não utilizar todas as mesmas palavras que eu usei aqui, mas ele nunca vai acreditar o contrário dessas doutrinas, nem jamais ele irá se opor a elas quando por elas confrontados (I Coríntios 2:12).

Razão Número Três:

Os arminianos não estão salvos porque eles odeiam a verdade {*} Este motivo também tem mais a ver com a evidência da salvação de uma pessoa.

Olhe novamente para (II Tessalonicenses 2:12), especialmente a última parte do verso. “Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” (II Ts 2:12 ACF) Arminianos certamente têm prazer na iniquidade. Eles acreditam que Jesus derramou o Seu sangue para resgatar milhões de pessoas a quem Deus enviará para o inferno de qualquer maneira. E os arminianos certamente têm prazer no que é falso. O nefasto e pervertido, Arminianismo, é o cumprimento da mais antiga mentira em existência: “Você vai se tornar semelhante a Deus.” Ou, o que o homem natural realmente quer ouvir: “Você vai se tornar mais poderoso do que Deus.” Quando os arminianos proclamam um Deus que é impotente diante da vontade humana, proclamam a mesma velha mentira que é tão agradável aos ouvidos não regenerados.

E este é exatamente o ponto: aquele que odeia a verdade é o homem natural, não regenerado. Por natureza, os homens amam as trevas (João 3:19), por natureza, os homens odeiam a luz (João 3:20), apenas aqueles que tiveram sua natureza mudada vêm para a luz (João 3:21). Uma vez que arminianos odeiam a luz da verdade e amam as mentiras, somos forçados a concluir que eles de fato, não são regenerados. O homem natural (o arminiano); odeia a verdade da soberania de Deus (Salmo 15:03, Romanos 9:20).

"Mas", pode-se argumentar, "se somos salvos porque somos ortodoxos, isto não faz com que a salvação seja o resultado das obras?" Esse argumento é realmente uma sutil distorção do que foi dito aqui. Ninguém está sugerindo que nós somos salvos por causa da nossa doutrina ortodoxa (TULIP). Pelo contrário, o que estamos sugerindo é que a doutrina ortodoxa é uma consequência inevitável de sermos salvos. Afirmar o contrário seria negar a soberania do Espírito Santo, mesmo sobre os pensamentos dos homens. A salvação não depende mais da [nossa] ortodoxia do que depende das [nossas] boas obras, mas ambas [estas coisas] certamente virão a ser manifestadas em cada filho de Deus, somos salvos, para as boas obras e não, pelas boas obras!!! A salvação é uma obra completa de Deus e não nossa; (Romanos 8:9).

Novamente, o autor desta obra, tem muitas vezes ouvido a afirmação de que "uma pessoa não tem que ser ortodoxa [adepto 100% da sã doutrina] para ser salva, porque até mesmo os demônios creem em Deus." Mas vamos comparar Escritura com Escritura. "Ora, sem fé é impossível agradar [a DEUS], porque aquele que vem a Deus deve crer que ele existe e [que] ele é galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6). Repare como este verso é construído: ele (quem tem fé) tem que crer - e, em seguida, há duas coisas para serem cridas. Observe também que o que se segue é um par dos fatos: a existência de Deus e sua benevolência para com os eleitos e eleitas.

Tiago 2:19 diz que os demônios creem na existência de Deus, e este é um dos elementos necessários de acordo com (Hebreus 11:6); Mas desde que eles não creem que ele é um Deus misericordioso, eles tremem ao pensar em Sua ira divina que deve um dia cair sobre eles. São os demônios realmente ortodoxos? Eles acreditam em algumas coisas sobre Deus, mas não as coisas certas. Eles acreditam em algumas das verdades sobre Deus, mas não em toda a verdade. E, sem toda a verdade, eles não são realmente ortodoxos. Assim, vemos que a ortodoxia é um resultado necessário da salvação, afinal, não somos salvos pela ortodoxia, somos salvos para a ortodoxia!!!

Novamente, é objetado que nenhum mero ser humano pode compreender plenamente a Deus, porque somos finitos e Ele é infinito (Isaías 55:9). Essa objeção é facilmente satisfeita quando lembramos que os eleitos e eleitas de Deus são aqueles que são habitados pelo Espírito Santo. Desta forma, um ser humano finito é capaz de compreender verdadeiramente a Deus infinito, porque o infinito Espírito Santo os está ensinando.

Finalmente, é muitas vezes argumentado que os arminianos têm que ser salvos, porque eles executam tamanhas boas obras. Poucos calvinistas séria e abertamente insistiriam que somos salvos por causa de nossas obras, mas quando a salvação dos arminianos é questionada, a resposta típica é a de apontar para as suas boas obras. Eles são fervorosos na oração, jubilantes na adoração, e zelosos de boas obras. E, acima de tudo, eles são determinados ganhadores de almas, sempre falando de Deus e ocupados em fazer pessoas serem convertidas. Mas afirmar que uma pessoa é salva por causa de qualquer uma dessas ações é a negação do plano de salvação pela graça somente. A justificação é um dom, ela nunca pode ser ganha por merecimento (Romanos 4:24, Tito 3:5). Mas, pela mesma razão, estas boas obras nunca podem ser usadas como prova da nossa salvação. Os fariseus também foram fervorosos na oração (Lucas 18:11-12), jubilosos na adoração (Mateus 6:05), e zeloso de boas obras (Mateus 23:23,27,29; veja também Romanos 10:2-3).

Acima de tudo, eles eram exímios e determinados ganhadores de almas, atravessando a terra e o mar para fazerem uma conversão. E, ainda assim, qual foi o resultado da atividade deles de "ganhar almas"? “... o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.” (Mt 23:15 ACF). Uma vez que os fariseus eram, obviamente, não salvos, tudo isto tem que decorrer do fato que a carne é muito boa em reproduzir [imitar] as boas obras, sem nunca ser agradável a Deus. No entanto, as obras que são feitas na carne ainda são uma abominação para Deus, não importa como elas aparecem aos homens. O contexto de (II Tessalonicenses 2:12); é ainda mais explícito sobre esse ponto. “E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;” (2Ts 2:10-11 ACF); Observe que aqueles que são salvos amam a verdade e os incrédulos não. Observe também que Deus faz com que eles acreditem que uma mentira, com a intenção de justamente enviá-los para longe de Sua presença, para sempre. Deus os odeia, como ele odiou Esaú. Ousamos nós dizer que aqueles a quem Deus odeia são salvos?

O próprio fato de que não existe qualquer debate sobre esta questão indica que a maioria das igrejas calvinistas professas não são igrejas verdadeiras em tudo. Frequentemente é ouvido o apelo para a tolerância, baseada na equivocada noção de que a doutrina é de pouca importância. (Tenho aprendido muito com os reverendos presbiterianos, Augustos Nicodemus, Hernandes Dias Lopes e outros reformados... porém, não posso negar que os mesmos demonstram ter algum tipo de acordo com os falsos profetas pentecostais e neopentecostais do Brasil); ao contrário – a pureza da doutrina do evangelho (a doutrina da salvação, ou soteriologia) é um fruto essencial da salvação. Ser capaz de definir "soteriologia" não é necessário; ser capaz de declarar os cinco pontos do Calvinismo não é necessário; mas amar a verdade e dar toda a glória ao único, absoluto, soberano e verdadeiro DEUS é necessário. Arminianos fazem exatamente o oposto quando eles tentam reservar algumas dessas glórias para si mesmos; isto não é uma "sincera, mesmo que errônea, compreensão da doutrina do evangelho", mas, sim, uma resoluta e determinada rebelião contra o único e verdadeiro Deus, e um fedor para as Suas narinas, baste ver os tipos de cultos que eles fazem, Culto da Prosperidade do milagre urgente dos empresários da libertação e etc...

O fato, de que os arminianos não são salvos também nos leva a algumas conclusões:

1. Não devemos ter comunhão com os arminianos. Eles são membros da igreja prostituta e, se não [nos separarmos e] sairmos do meio deles, nós compartilharemos de seus pecados (Apocalipse 18:4). Naturalmente, isto não apenas significa que algumas amizades preciosas serão perdidas, mas que [algumas] famílias serão semelhantemente divididas. Mas não é esse exatamente o efeito que o evangelho é suposto ter? “34 Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; 35 Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; 36 E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.” (Mt 10:34-36 ACF).

2. Devemos tratá-los de acordo com o que eles são; 100% perdidos. Não faz nenhum bem [a ninguém] deixar um arminiano prosseguir no pensamento de que tem a verdade, quando ele não a tem. Devemos dar a eles testemunho do verdadeiro evangelho da graça. Deus é glorificado quando nós falamos a verdade em amor (Efésios 4:15), mas não quando suprimimos a verdade em prol da harmonia do grupo, afim de termos algum tipo de comunhão com eles.

3. Devemos estar dispostos a exercer a disciplina eclesiástica sobre aqueles [dentre nós] que finalmente se revelam ser arminianos ou [firmemente] consideram que arminianos são seus irmãos em Cristo. Parte da razão pela qual a maior parte da igreja professa apostatou é que geralmente não está disposta a disciplinar os seus membros por razões doutrinárias. Naturalmente, isso exige bom senso da parte dos ministros, mas permitir a heresia permanecer em uma igreja em prol de expandir a lista de membros é indesculpável e imperdoável.

Os Calvinistas precisam aprender que o poder de Deus não repousará sobre [nossos] relacionamentos [comunhão] com os arminianos e com ministérios arminianos. O poder de Deus está no Evangelho e somente no Evangelho. Mas o verdadeiro poder do Evangelho não se manifestará a menos que seja pregado em toda a sua plenitude, como um cheiro de vida para a vida e como um cheiro de morte para a morte. O Evangelho condena os arminianos como inimigos de Deus, inimigos da cruz, e inimigos do Evangelho. Desvie-se para longe deles, para que você não compartilhe da condenação deles; lembremo-nos sempre do Sínodo de Dort na Holanda!!! (2 João 11, Ap 18:4). Uma conclusão bastante logica; é a frase do Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. logo abaixo:

“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hipercalvinistas supralapsarianos!!!”

(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.).


Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Ao utilizar este texto! observe as normas acadêmicas, ou seja, cite o autor e o tradutor, bem como, o link de sua fonte original.

Colarinho Clerical: Uso e Origem (católico ou protestante?)

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Vestes Litúrgicas na ITB. (Igreja Trinitariana Brasileira) e na IPOB. (Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil); Veste litúrgica ou Paramento Litúrgico refere-se a todas as roupas prescritas, obrigatórias ou facultativas, para a celebração de qualquer liturgia ou culto. Trata-se, portanto, de uma roupagem cerimonial, de caráter eclesiástico e dedicado ao sagrado. Colarinho Clerical: Uso e Origem (católico ou protestante?): O colarinho clerical é uma invenção bastante moderna criada em 1827 na Escócia (século XIX). O responsável por essa invenção foi Donald McLeod, um Reverendo Presbiteriano (há quem pense que era anglicano). Foi desenvolvido para ser usado no trabalho cotidiano do ministro (mais prático que a batina). Hoje é usado por pastores e padres em diversas denominações cristãs como presbiteriana, luterana, metodista, Nova Vida, ITB, IPOB e etc... O colarinho clerical foi elaborado com a finalidade do uso eclesiástico por parte do ministro de fé reformada, e posteriormente copiado pela igreja católica apostólica romana a partir do Concílio Vaticano II, por influência dos jesuítas. Hoje, podemos encontrar um forte preconceito em muitas igrejas e "crentes", principalmente porque associam o uso desta camisa ao Catolicismo Romano. Portanto, encontramos muitas pessoas que, sem saber da origem e do significado, tem uma reação fortemente emocional e contrária ao uso do colarinho clerical. Recentemente, temos visto um número crescente de pastores e igrejas que tem começado a entender a importância do uso da camisa no meio da comunidade onde trabalham. Em sua simbologia, o colarinho clerical possui um significado muito forte. O uso de símbolos é um sinal e um testemunho vivo de Deus no mundo secularizado pois, uma das características do movimento da secularização é o desprezo por sinais e símbolos religiosos. Para as pessoas o fato de ver um ministro com o colarinho clerical já é um testemunho de fé. Assim como vendo um militar lembramo-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. São muitos os profissionais que usam um uniforme especifico para serem identificados na sua função, como os policiais, juízes, entre outros. Portanto, não deveria ser uma surpresa o uso de vestes cristãs. Assim como no Mundo Antigo os servos (escravos) possuíam um colar de ferro em volta do pescoço, os ministros evangélicos que utilizam o colarinho clerical estão declarando publicamente que são servos do Senhor Jesus Cristo e de Sua Sagrada Escritura (Novo e Velho Testamentos). Por essa razão o colarinho clerical é branco, porque fala da santidade do Senhor Jesus Cristo e de Sua Palavra na garganta de seu servo. Essa é a essência do colarinho, falar que aquele que o usa não é dono de si mesmo e que seu Senhor é santo. Tradicionalmente, o cristianismo tem ensinado que aqueles que têm participação direta na condução do culto estejam trajados de forma que sejam identificados como servos imbuídos dessa tarefa. Isso não ocorre apenas no catolicismo, como alguns desejam argumentar, mas no meio evangélico também. Enquanto algumas denominações evangélicas optaram pelo uso do terno e gravata, outras optaram pelo uso do colarinho clerical, que é aquela peça branca de plástico. Por isso, devido à falta de informação, o preconceito quanto ao uso do colarinho clerical; a afirmação da gravata como indumentária espiritual não possui base sólida e nem tampouco bíblica (pasmem os preconceituosos!!!). O “símbolo” é um elemento essencial no processo de comunicação. Em outras palavras, quando um ministro cristão veste uma camisa clerical, qualquer que seja o lugar onde ele se encontre as pessoas são conscientes da sua presença, sendo assim uma proclamação visível da presença de Deus no meio da sociedade. Assim como vendo um militar lembramo-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. A ITB e a IPOB, optou pelo uso eclesiástico do colarinho clerical; usa-se o colarinho clerical porque, entendemos que, o pastor, ministro do Evangelho é assim reconhecido aonde quer que vá como Embaixador do Evangelho de Jesus Cristo.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

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