domingo, 21 de agosto de 2022

Artigo Teológico de um ilustre, Hipercalvinista Supralapsariano: Três Razões Pelas Quais Arminianos, Não São Salvos!!! (Título original: Three Reasons Why Arminians Are Not Saved); Autor: Christopher Adams.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Uma das questões mais importantes enfrentadas por aqueles que professam crer nas doutrinas da graça (comumente chamado de "calvinismo" TULIP, Cristãos Reformados Fundamentalistas); é como se relacionar com os cristãos evangelicalistas professos que rejeitam as doutrinas da graça. Deverão ser abordados como irmãos em Cristo? Deveremos tomar o relato de suas “experiências de conversão” como tendo o valor que alegam ter? Para responder a estas questões, o autor desta obra extraordinária; gostaria de apresentar as seguintes Três Razões Pelas Quais Os Arminianos Não São Salvos. – Como arminianos, entendemos o que se segue: Além das óbvias seitas não cristãs (pagãs, como o animismo africano); e seitas pseudocristãs (como o Romanismo, o Adventismo do Sétimo Dia, o Mormonismo, os Testemunhas de Jeová, os Pentecostais Unicistas, Igreja Pentecostal Unida do Brasil, IPUB; os Batistas Renovados), também são arminianas as pseudo-reformadas igreja Metodistas, todas as igrejas Pentecostais e Neopentecostais, bem como a maioria das igrejas do ramo chamado de “Batistas do Livre Arbítrio”, inclusive as igrejas Anabatistas Remanescentes, as Menonitas, CCB, Congregação Cristã no Brasil e etc...).

Motivo número um:

Os arminianos não, estão salvos porque eles adoram um ídolo. Por um ídolo, quero dizer "um deus que não pode salvar." Mas espere um minuto, você diz, eles adoram Jesus? Não, por uma questão de fato, não. Eles podem dizer que adoram Jesus, mas o Jesus que eles adoram simplesmente não pode salvar. Os fariseus disseram que acreditavam em Deus e até mesmo convenceram a si mesmos de que eles acreditavam em Deus, mas sua fé estava realmente em um deus que não poderia salvá-los, a sua fé não estava no único, verdadeiro, absoluto e exaustivamente soberano, Deus de Israel.

Isto é evidente pelo fato de que, quando o verdadeiro Deus veio para viver entre eles, blasfemavam dele e O fizeram ser executado. Os fariseus fizeram um ídolo de sua ideia (uma imagem mental fraudulenta); de Deus, portanto, eles estavam tão perdidos quanto aqueles que adoravam um ídolo esculpido chamado Moloch. Formarmos uma imagem no nosso cérebro e chamando-o de "Jesus" não é mais uma evidência da salvação do que esculpir um ídolo de madeira e chamá-lo de "Deus".

De ambos os modos, o indivíduo está em idolatria grosseira. E o fim daqueles que adoram ídolos é tornar-se como seus ídolos (Salmos 115:8). Arminianos têm um deus que não é capaz de transformar a vontade do homem que agrada a ele [o deus]. Podem firmemente crer que ele é capaz de mover montanhas, causar o trovão e o relâmpago, e ordenar as estrelas em seus cursos, mas ele é impotente perante o Todo-Poderoso Livre-Arbítrio do Homem, e o sangue do seu único filho gerado é derramado por aqueles que estão sob o controle de suas próprias vontades, em uma expiação impotente. Este não é o Deus da Bíblia (Salmo 115:3, Provérbios 1:21).

Esse "deus" não é um Deus justo, nem um Salvador (Isaías 45:21). Esse "deus" simplesmente não pode salvar (Isaías 45:20). Esse "deus" é um caniço quebrado, perfurando a mão de todo aquele que se apoia sobre ele. Esse "deus" é uma mentira do inferno e está destinado a voltar para lá. E aqueles que o seguirem até o fim estão destinados a retornar para lá juntamente com ele. Qual foi a queixa que Deus fez ao apóstata Israel? “... pensavas que Eu era tal como tu ...” (SL. 50:21 ACF) Arminianos têm forjado um deus em sua própria mente. Eles não são mais salvos do que os judeus que fizeram exatamente a mesma coisa ao adorarem um ídolo de ouro no deserto.

Motivo número dois:

Os arminianos não estão salvos porque eles não acreditam na verdade. Isso está relacionado ao motivo anterior, mas tem mais a ver com a evidência da salvação de uma pessoa. Qualquer calvinista que defende a salvação de arminianos devem explicar 2 Tessalonicenses 2:12, que diz: “Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” (2Ts 2:12 ACF) alguns usam a desculpa de que os arminianos acreditam nas mais importantes, nas doutrinas fundamentais da Escritura. Mas será que eles acreditam mesmo?

Cada membro da Trindade está associado com a verdade (Salmo 31:5, João 14:6,17). Aqueles que são salvos amam a verdade (Tito 1:1, João 3:21), porque foi o instrumento de seu segundo nascimento (Tiago 1:18, Efésios 1:13). Mais relevante e especificamente, eles amam a verdade, porque Deus os predestinou para amá-la (2 Tessalonicenses 2:13), portanto as ovelhas eleitas conhecem a voz de seu Pastor (João 10:14) e que, inevitavelmente, O seguem. Na verdade, aqueles que não ouvem a voz do Pastor simplesmente não são ovelhas (v. 26)! Por que Deus predestina as Suas ovelhas a amarem a Sua verdade e a seguir somente a Ele? A razão é dada em Isaías 48, versículos 9-11:

“Por amor do meu nome retardarei a minha ira, e por amor do meu louvor me refrearei para contigo, para que te não venha a cortar... Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem.” (Is 48:9-11 ACF).

A glória de Deus é a única razão pela qual Ele faz todas as coisas. É a razão pela qual Jesus veio à terra (João 12:27-28), é a razão pela qual Ele salvou a Sua igreja (Efésios 1:12), e é a razão pela qual Ele irá retornar algum dia para levar a igreja para a casa dEle (2 Tessalonicenses 1:10). É a razão para a existência da criação (Romanos 9:23).

Agora, se a vontade de Deus é que Ele seja glorificado por Sua igreja, que possível motivo poderia ter Ele para permitir aos homens atribuírem a fonte da sua fé às suas próprias vontades? Isso despojaria Deus de Sua glória de direito e não compartilhada, glória que Lhe cabe na salvação. Ele não deixa os Seus [redimidos] na ignorância mais do que Ele os deixa chafurdar nos seus pecados (I João. 3:9). Portanto, a glória de Deus absolutamente exige que consideremos os arminianos 100% perdidos.

O ensinamento de que um Deus soberano! não poderia, ou não quereria, irresistivelmente conduzir Seu povo a crer e confessar o verdadeiro Evangelho é um ensino que apresenta Deus como sendo tão frágil e impotente como o deus arminiano. Na verdade, essa linha de pensamento é realmente o resultado de uma forma muito sutil de santificação baseada em obras de homens. Ela tacitamente assume que Deus faz o trabalho inicial de mudar o coração de pedra em carne, mas depois permite aquele coração mudado a escolher seu próprio caminho!!! Se isso fosse verdade, significaria que "o livre arbítrio" ajudaria na salvação dos pecadores perdidos; tais como ídolos e imagens, seriam muito úteis, mesmo necessárias. Pelo contrário, Deus não permite uma pessoa regenerada desenvolver livremente sua teologia mais do que ele permite que uma pessoa regenerada livremente persista no pecado. Em vez disso, ele coloca o seu Espírito Santo dentro dessa pessoa, e o Espírito soberanamente conduz a pessoa a toda a verdade de Deus (João 16:13).

Além disso, existem três verdades absolutas; que o Espírito Santo nos esclarece especificamente: pecado, justiça e juízo (João 16:8-11). Examinemos cada uma dessas verdades com mais detalhes.

Primeiro, porque Ele vai nos ensinar sobre o pecado? A resposta é dada no versículo 9: “... porque não creem em mim;” esta é obviamente a doutrina da depravação total. Todo pecador regenerado tem sido ensinado por Deus Espírito Santo que ele é um vil, miserável, desamparado pecador, totalmente vazio de justiça e absolutamente incapaz de chegar à fé salvadora por si mesmos. Todo pecador regenerado tem sido ensinado por Deus Espírito Santo que amenos, que o próprio Deus intervenha para salvá-lo, o pecador virá a ser eternamente perdido (Salmo 130:3, João 6:45).

O pecador salvo pode não usar a expressão "depravação total", mas eles sempre vão entender sua inata incapacidade de agradar a Deus e nunca acreditará que foram seus próprios esforços e decisões que foram interpostas em favor dele junto a Deus. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que Deus salva um pecador com base nas ações ou decisões do pecador (João 1:12, Romanos 9:16), ou quando proclamam que Deus vai salvar com base em Sua presciência do que o pecador vai fazer.

Em segundo lugar, porque Ele vai nos ensinar sobre a Justiça? A resposta é dada no versículo 10: “... porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;” (Jo 16:10 ACF) Aqui, Jesus está ensinando que o Espírito Santo ensinará a cada crente que Cristo, pela Sua morte sangrenta na cruz, produziu uma justiça que satisfaz a justa ira do Pai contra todos a quem Cristo representou. O Espírito Santo ensina a cada pecador regenerado sobre a doutrina da Expiação Limitada. O pecador salvo pode não usar as palavras "Expiação Limitada" ou "Redenção Particular", mas ele sempre vai entender que Jesus tem efetivamente estabelecido a paz entre ele e Deus, e nunca vai crer que alguém por quem Cristo morreu poderá vir a novamente ficar sob a ira de Deus. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que Jesus derramou Seu precioso sangue mesmo por aqueles que eternamente sofrem a ira e a rejeição do Pai (Jeremias 6:14, Gálatas 1:8-9).

Terceiro, porque Ele vai nos ensinar sobre o julgamento? A resposta é dada no versículo 11: “... porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Aqui, Jesus está ensinando que o Espírito Santo ensinará a cada crente que Jesus desfez as obras do Diabo e com mão forte libertou os que eram cativos do Diabo (Lucas 11:21-22; 1 João 3:8, 5:19). Nenhum crente nunca poderá voltar às mentiras e laços de Satanás (João 10:5).

O Espírito Santo ensina a cada pecador regenerado sobre as doutrinas da Graça Irresistível e da Perseverança dos Santos. O pecador salvo pode não usar a expressão "Graça Irresistível" ou "Perseverança dos Santos", mas ele sempre vai entender que a sua conversão e perseverança vêm do Espírito Santo, e ele nunca vai acreditar que a sua conversão e perseverança vêm da sua própria força. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que um filho de Deus pode novamente se tornar um filho do Diabo (Mateus 13:11-17).

Novamente, um pecador salvo pode não utilizar todas as mesmas palavras que eu usei aqui, mas ele nunca vai acreditar o contrário dessas doutrinas, nem jamais ele irá se opor a elas quando por elas confrontados (I Coríntios 2:12).

Razão Número Três:

Os arminianos não estão salvos porque eles odeiam a verdade {*} Este motivo também tem mais a ver com a evidência da salvação de uma pessoa.

Olhe novamente para (II Tessalonicenses 2:12), especialmente a última parte do verso. “Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” (II Ts 2:12 ACF) Arminianos certamente têm prazer na iniquidade. Eles acreditam que Jesus derramou o Seu sangue para resgatar milhões de pessoas a quem Deus enviará para o inferno de qualquer maneira. E os arminianos certamente têm prazer no que é falso. O nefasto e pervertido, Arminianismo, é o cumprimento da mais antiga mentira em existência: “Você vai se tornar semelhante a Deus.” Ou, o que o homem natural realmente quer ouvir: “Você vai se tornar mais poderoso do que Deus.” Quando os arminianos proclamam um Deus que é impotente diante da vontade humana, proclamam a mesma velha mentira que é tão agradável aos ouvidos não regenerados.

E este é exatamente o ponto: aquele que odeia a verdade é o homem natural, não regenerado. Por natureza, os homens amam as trevas (João 3:19), por natureza, os homens odeiam a luz (João 3:20), apenas aqueles que tiveram sua natureza mudada vêm para a luz (João 3:21). Uma vez que arminianos odeiam a luz da verdade e amam as mentiras, somos forçados a concluir que eles de fato, não são regenerados. O homem natural (o arminiano); odeia a verdade da soberania de Deus (Salmo 15:03, Romanos 9:20).

"Mas", pode-se argumentar, "se somos salvos porque somos ortodoxos, isto não faz com que a salvação seja o resultado das obras?" Esse argumento é realmente uma sutil distorção do que foi dito aqui. Ninguém está sugerindo que nós somos salvos por causa da nossa doutrina ortodoxa (TULIP). Pelo contrário, o que estamos sugerindo é que a doutrina ortodoxa é uma consequência inevitável de sermos salvos. Afirmar o contrário seria negar a soberania do Espírito Santo, mesmo sobre os pensamentos dos homens. A salvação não depende mais da [nossa] ortodoxia do que depende das [nossas] boas obras, mas ambas [estas coisas] certamente virão a ser manifestadas em cada filho de Deus, somos salvos, para as boas obras e não, pelas boas obras!!! A salvação é uma obra completa de Deus e não nossa; (Romanos 8:9).

Novamente, o autor desta obra, tem muitas vezes ouvido a afirmação de que "uma pessoa não tem que ser ortodoxa [adepto 100% da sã doutrina] para ser salva, porque até mesmo os demônios creem em Deus." Mas vamos comparar Escritura com Escritura. "Ora, sem fé é impossível agradar [a DEUS], porque aquele que vem a Deus deve crer que ele existe e [que] ele é galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6). Repare como este verso é construído: ele (quem tem fé) tem que crer - e, em seguida, há duas coisas para serem cridas. Observe também que o que se segue é um par dos fatos: a existência de Deus e sua benevolência para com os eleitos e eleitas.

Tiago 2:19 diz que os demônios creem na existência de Deus, e este é um dos elementos necessários de acordo com (Hebreus 11:6); Mas desde que eles não creem que ele é um Deus misericordioso, eles tremem ao pensar em Sua ira divina que deve um dia cair sobre eles. São os demônios realmente ortodoxos? Eles acreditam em algumas coisas sobre Deus, mas não as coisas certas. Eles acreditam em algumas das verdades sobre Deus, mas não em toda a verdade. E, sem toda a verdade, eles não são realmente ortodoxos. Assim, vemos que a ortodoxia é um resultado necessário da salvação, afinal, não somos salvos pela ortodoxia, somos salvos para a ortodoxia!!!

Novamente, é objetado que nenhum mero ser humano pode compreender plenamente a Deus, porque somos finitos e Ele é infinito (Isaías 55:9). Essa objeção é facilmente satisfeita quando lembramos que os eleitos e eleitas de Deus são aqueles que são habitados pelo Espírito Santo. Desta forma, um ser humano finito é capaz de compreender verdadeiramente a Deus infinito, porque o infinito Espírito Santo os está ensinando.

Finalmente, é muitas vezes argumentado que os arminianos têm que ser salvos, porque eles executam tamanhas boas obras. Poucos calvinistas séria e abertamente insistiriam que somos salvos por causa de nossas obras, mas quando a salvação dos arminianos é questionada, a resposta típica é a de apontar para as suas boas obras. Eles são fervorosos na oração, jubilantes na adoração, e zelosos de boas obras. E, acima de tudo, eles são determinados ganhadores de almas, sempre falando de Deus e ocupados em fazer pessoas serem convertidas. Mas afirmar que uma pessoa é salva por causa de qualquer uma dessas ações é a negação do plano de salvação pela graça somente. A justificação é um dom, ela nunca pode ser ganha por merecimento (Romanos 4:24, Tito 3:5). Mas, pela mesma razão, estas boas obras nunca podem ser usadas como prova da nossa salvação. Os fariseus também foram fervorosos na oração (Lucas 18:11-12), jubilosos na adoração (Mateus 6:05), e zeloso de boas obras (Mateus 23:23,27,29; veja também Romanos 10:2-3).

Acima de tudo, eles eram exímios e determinados ganhadores de almas, atravessando a terra e o mar para fazerem uma conversão. E, ainda assim, qual foi o resultado da atividade deles de "ganhar almas"? “... o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.” (Mt 23:15 ACF). Uma vez que os fariseus eram, obviamente, não salvos, tudo isto tem que decorrer do fato que a carne é muito boa em reproduzir [imitar] as boas obras, sem nunca ser agradável a Deus. No entanto, as obras que são feitas na carne ainda são uma abominação para Deus, não importa como elas aparecem aos homens. O contexto de (II Tessalonicenses 2:12); é ainda mais explícito sobre esse ponto. “E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;” (2Ts 2:10-11 ACF); Observe que aqueles que são salvos amam a verdade e os incrédulos não. Observe também que Deus faz com que eles acreditem que uma mentira, com a intenção de justamente enviá-los para longe de Sua presença, para sempre. Deus os odeia, como ele odiou Esaú. Ousamos nós dizer que aqueles a quem Deus odeia são salvos?

O próprio fato de que não existe qualquer debate sobre esta questão indica que a maioria das igrejas calvinistas professas não são igrejas verdadeiras em tudo. Frequentemente é ouvido o apelo para a tolerância, baseada na equivocada noção de que a doutrina é de pouca importância. (Tenho aprendido muito com os reverendos presbiterianos, Augustos Nicodemus, Hernandes Dias Lopes e outros reformados... porém, não posso negar que os mesmos demonstram ter algum tipo de acordo com os falsos profetas pentecostais e neopentecostais do Brasil); ao contrário – a pureza da doutrina do evangelho (a doutrina da salvação, ou soteriologia) é um fruto essencial da salvação. Ser capaz de definir "soteriologia" não é necessário; ser capaz de declarar os cinco pontos do Calvinismo não é necessário; mas amar a verdade e dar toda a glória ao único, absoluto, soberano e verdadeiro DEUS é necessário. Arminianos fazem exatamente o oposto quando eles tentam reservar algumas dessas glórias para si mesmos; isto não é uma "sincera, mesmo que errônea, compreensão da doutrina do evangelho", mas, sim, uma resoluta e determinada rebelião contra o único e verdadeiro Deus, e um fedor para as Suas narinas, baste ver os tipos de cultos que eles fazem, Culto da Prosperidade do milagre urgente dos empresários da libertação e etc...

O fato, de que os arminianos não são salvos também nos leva a algumas conclusões:

1. Não devemos ter comunhão com os arminianos. Eles são membros da igreja prostituta e, se não [nos separarmos e] sairmos do meio deles, nós compartilharemos de seus pecados (Apocalipse 18:4). Naturalmente, isto não apenas significa que algumas amizades preciosas serão perdidas, mas que [algumas] famílias serão semelhantemente divididas. Mas não é esse exatamente o efeito que o evangelho é suposto ter? “34 Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; 35 Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; 36 E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.” (Mt 10:34-36 ACF).

2. Devemos tratá-los de acordo com o que eles são; 100% perdidos. Não faz nenhum bem [a ninguém] deixar um arminiano prosseguir no pensamento de que tem a verdade, quando ele não a tem. Devemos dar a eles testemunho do verdadeiro evangelho da graça. Deus é glorificado quando nós falamos a verdade em amor (Efésios 4:15), mas não quando suprimimos a verdade em prol da harmonia do grupo, afim de termos algum tipo de comunhão com eles.

3. Devemos estar dispostos a exercer a disciplina eclesiástica sobre aqueles [dentre nós] que finalmente se revelam ser arminianos ou [firmemente] consideram que arminianos são seus irmãos em Cristo. Parte da razão pela qual a maior parte da igreja professa apostatou é que geralmente não está disposta a disciplinar os seus membros por razões doutrinárias. Naturalmente, isso exige bom senso da parte dos ministros, mas permitir a heresia permanecer em uma igreja em prol de expandir a lista de membros é indesculpável e imperdoável.

Os Calvinistas precisam aprender que o poder de Deus não repousará sobre [nossos] relacionamentos [comunhão] com os arminianos e com ministérios arminianos. O poder de Deus está no Evangelho e somente no Evangelho. Mas o verdadeiro poder do Evangelho não se manifestará a menos que seja pregado em toda a sua plenitude, como um cheiro de vida para a vida e como um cheiro de morte para a morte. O Evangelho condena os arminianos como inimigos de Deus, inimigos da cruz, e inimigos do Evangelho. Desvie-se para longe deles, para que você não compartilhe da condenação deles; lembremo-nos sempre do Sínodo de Dort na Holanda!!! (2 João 11, Ap 18:4). Uma conclusão bastante logica; é a frase do Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. logo abaixo:

“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hipercalvinistas supralapsarianos!!!”

(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.).


Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Ao utilizar este texto! observe as normas acadêmicas, ou seja, cite o autor e o tradutor, bem como, o link de sua fonte original.

Colarinho Clerical: Uso e Origem (católico ou protestante?)

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Vestes Litúrgicas na ITB. (Igreja Trinitariana Brasileira) e na IPOB. (Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil); Veste litúrgica ou Paramento Litúrgico refere-se a todas as roupas prescritas, obrigatórias ou facultativas, para a celebração de qualquer liturgia ou culto. Trata-se, portanto, de uma roupagem cerimonial, de caráter eclesiástico e dedicado ao sagrado. Colarinho Clerical: Uso e Origem (católico ou protestante?): O colarinho clerical é uma invenção bastante moderna criada em 1827 na Escócia (século XIX). O responsável por essa invenção foi Donald McLeod, um Reverendo Presbiteriano (há quem pense que era anglicano). Foi desenvolvido para ser usado no trabalho cotidiano do ministro (mais prático que a batina). Hoje é usado por pastores e padres em diversas denominações cristãs como presbiteriana, luterana, metodista, Nova Vida, ITB, IPOB e etc... O colarinho clerical foi elaborado com a finalidade do uso eclesiástico por parte do ministro de fé reformada, e posteriormente copiado pela igreja católica apostólica romana a partir do Concílio Vaticano II, por influência dos jesuítas. Hoje, podemos encontrar um forte preconceito em muitas igrejas e "crentes", principalmente porque associam o uso desta camisa ao Catolicismo Romano. Portanto, encontramos muitas pessoas que, sem saber da origem e do significado, tem uma reação fortemente emocional e contrária ao uso do colarinho clerical. Recentemente, temos visto um número crescente de pastores e igrejas que tem começado a entender a importância do uso da camisa no meio da comunidade onde trabalham. Em sua simbologia, o colarinho clerical possui um significado muito forte. O uso de símbolos é um sinal e um testemunho vivo de Deus no mundo secularizado pois, uma das características do movimento da secularização é o desprezo por sinais e símbolos religiosos. Para as pessoas o fato de ver um ministro com o colarinho clerical já é um testemunho de fé. Assim como vendo um militar lembramo-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. São muitos os profissionais que usam um uniforme especifico para serem identificados na sua função, como os policiais, juízes, entre outros. Portanto, não deveria ser uma surpresa o uso de vestes cristãs. Assim como no Mundo Antigo os servos (escravos) possuíam um colar de ferro em volta do pescoço, os ministros evangélicos que utilizam o colarinho clerical estão declarando publicamente que são servos do Senhor Jesus Cristo e de Sua Sagrada Escritura (Novo e Velho Testamentos). Por essa razão o colarinho clerical é branco, porque fala da santidade do Senhor Jesus Cristo e de Sua Palavra na garganta de seu servo. Essa é a essência do colarinho, falar que aquele que o usa não é dono de si mesmo e que seu Senhor é santo. Tradicionalmente, o cristianismo tem ensinado que aqueles que têm participação direta na condução do culto estejam trajados de forma que sejam identificados como servos imbuídos dessa tarefa. Isso não ocorre apenas no catolicismo, como alguns desejam argumentar, mas no meio evangélico também. Enquanto algumas denominações evangélicas optaram pelo uso do terno e gravata, outras optaram pelo uso do colarinho clerical, que é aquela peça branca de plástico. Por isso, devido à falta de informação, o preconceito quanto ao uso do colarinho clerical; a afirmação da gravata como indumentária espiritual não possui base sólida e nem tampouco bíblica (pasmem os preconceituosos!!!). O “símbolo” é um elemento essencial no processo de comunicação. Em outras palavras, quando um ministro cristão veste uma camisa clerical, qualquer que seja o lugar onde ele se encontre as pessoas são conscientes da sua presença, sendo assim uma proclamação visível da presença de Deus no meio da sociedade. Assim como vendo um militar lembramo-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. A ITB e a IPOB, optou pelo uso eclesiástico do colarinho clerical; usa-se o colarinho clerical porque, entendemos que, o pastor, ministro do Evangelho é assim reconhecido aonde quer que vá como Embaixador do Evangelho de Jesus Cristo.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

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O Pentecostalismo, Neopentecostalismo e a Renovação Carismática Católica – representam o despertamento "esperado" ou a sedução de espíritos enganadores dos tempos finais?

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Vamos agora desmontar o ninho da serpente!!!

Graça e Paz; amada congregação dos eleitos de Deus no Amado Jesus Cristo. Bom, agora que sabemos um pouco sobre a heresia Arminiana; E sobretudo, sobre o Sínodo de Dort, que se reuniu para livrar a igreja reformada Holandesa, das heresias defendidas pelos discípulos de Jacob Arminio; passaremos agora a analisar a evolução desta heresia com o advento dos movimentos: Pentecostais, Neopentecostais e na Renovação Carismática Católica; Bons estudos amada congregação dos Eleitos de Deus no amado Jesus Cristo; desde a fundação do mundo.

 

Para começar, queremos examinar a apresentação que o Pentecostalismo, o Neopentecostalismo e a Renovação Carismática Católica; fazem de si mesmo e que parece ser tão atraente. Conforme as doutrinas e anúncios proféticos deve haver um grande derramamento do Espírito Santo nunca antes visto nos Tempos Finais, abrangendo o mundo inteiro. E o nascimento do Pentecostalismo no começo do Séc. XX era meramente o prelúdio.

 

A expectativa de despertamentos e poderosos derramamentos do Espírito Santo em grande escala fazem parte das convicções básicas destes movimentos. Parece muito fascinante, poder fazer parte de uma grande intervenção de Deus.

 

A pesar destes sentimentos histéricos/eufóricos que causam, precisamos examinar objetivamente o que a Bíblia fala sobre estas expectativas do grande derramamento do Espírito Santo.

 

1) A Visão Pentecostal, Neopentecostal e Carismática; sobre o Grande Despertamento do Espírito Santo nos Tempos Finais:

 

Estes movimentos, pensam estar representando a primeira onda de um grande derramamento do Espírito Santo nos Tempos Finais antes da volta de Cristo. Seus seguidores entendem o versículo em (Joel 3;1) como uma promessa de Deus de derramar do seu Espírito sobre a igreja e sobre todas as nações da terra – sobre “toda carne”. Eles entendem que isso abrangeria milhões e até bilhões de pessoas. Inúmeros profetas do movimento no decorrer dos anos anunciaram ter recebido visões e revelações sobre um poderoso despertamento e derramamento do Espírito em escala mundial, que será um verdadeiro “segundo Pentecostes”. No decorrer deste evento a igreja seria revestida de todos os dons sobrenaturais do tempo dos apóstolos, como profecia, cura divina, falar em línguas desconhecidas, expulsar demônios etc. Eles nos afirmam que nos Tempos Finais Deus levantaria novos apóstolos e profetas que levariam o povo de Deus ao grande despertamento.

 

Os grupos pentecostais, neopentecostais e a renovação carismática Católica; tomam como sua a missão de causar este grande despertamento. Os meios para alcançar esta meta são reuniões de oração e estratégias de “guerra espiritual” realizadas em grandes campanhas evangelísticas com manifestações destacadas de curas, sinais e milagres. Pregadores internacionais, como Benny Hinn e Reinhard Bonnke, (entre outros) são mundialmente conhecidos e convidados para estes eventos.  As marchas para Jesus servem ao mesmo objetivo. Além disso existem os apóstolos e profetas do próprio movimento que tem um papel muito especial, já que suas mensagens e ordens “recebidas” precisam ser seguidas à risca para que a “chuva serôdia” possa cair.

 

Esta visão, sem dúvida, é muito atraente para a maioria dos incautos: Imaginem, uma igreja poderosa, com crescimento rápido, que conquistará o mundo inteiro e por isso vai ter muito mais sucesso e glória que a igreja primitiva dos apóstolos de Cristo.

 

Os líderes destes movimentos têm uma visão global dinâmica e muito otimista, conseguindo mobilizar multidões, principalmente em países do “Terceiro Mundo”. O sucesso inegável parece confirmar a autenticidade divina dos seus líderes.

 

Estes, com muita satisfação, nos apresentam os números que confirmam, que o Pentecostalismo, o Neopentecostalismo e a Renovação Carismática Católica; fazem parte dos grupos cristãos que mais crescem no mundo. Avaliações chegam a 400 milhões de adeptos, cuja maioria vive na América Latina, na África.

 

Mas a pergunta examinadora para descobrir a veracidade das doutrinas pentecostais e carismáticas não é, se elas são atraentes ou não, nem se tem muito sucesso ou não. A única pergunta que todos os cristãos verdadeiramente nascidos do Espírito Santo precisam fazer é, se estas doutrinas são verdadeiramente fundadas na Bíblia. Será que estão de acordo com os ensinamentos dos apóstolos registrados nas Sagradas Escrituras?

 

A Bíblia exorta os verdadeiros Eleitos de Deus a serem atentos e vigilantes nestes tempos finais, já que falsos profetas e mestres tentarão nos enganar e seduzir.

 

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito”. (Mateus 24;24.25).

 

“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. (I João 4;1).

 

Por este motivo queremos examinar sóbria e cuidadosamente os ensinamentos, as mensagens proféticas, os poderes e dons dos movimentos pentecostal, neopentecostal e da renovação carismática católica; com a ajuda da única régua e padrão seguros, porque, foram dadas aos eleitos, pelo próprio Deus, as Sagradas Escrituras.

 

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (II Timóteo 3;16.17).

 

2) Despertamento ou Apostasia? O que a Bíblia ensina sobre os Tempos Finais?

 

A primeira dúvida a ser esclarecida vai ser, se a Bíblia confirma as previsões dos profetas e mestres pentecostais sobre um derramamento do Espírito Santo em escalada global, que já estaria às portas para acontecer. O que a Bíblia ensina sobre os desenvolvimentos no mundo e dentro da igreja na véspera da volta de Cristo?

 

a) A Importância do Ensinamento Bíblico.

 

Antes de começar o exame propriamente dito, queremos mostrar a importância, que o ensinamento da sã doutrina da Bíblia tem para nós, Cristãos Reformados dos tempos finais. Infelizmente existem hoje muitos “doutores”, “mestres” e “profetas” que contam histórias emocionantes, em vez de anunciarem a Palavra pura de Deus (compare II Tim. 4;3.4, Jeremias 23;16-18 e 25-29).

 

Eles ensinam coisas erradas que não estão de acordo com a Bíblia. O truque deles costuma ser, que eles apontam um versículo que de fato está escrito na Bíblia, mas é retirado do meio dos outros versículos que estão ao lado. Assim conseguem dar outro significado e outro conteúdo às palavras lidas. O versículo bíblico acaba sendo violentado e distorcido para poder manipular os ouvintes.

 

Muitos crentes se deixam enganar por estes falsos mestres e passam a confiar neles. Muitos se deixam impressionar pela retórica perfeita, pelo carisma, pelo entusiasmo que eles transmitem aos ouvintes. E não poucas vezes se deixam seduzir, porque o pregador sabe acariciar e despertar sutilmente o egoísmo e a ganância dos ouvintes incautos. O que mais faz falta em muitos filhos de Deus é um discernimento espiritual agudo e um fundamento firme nos ensinamentos bíblicos.

 

Eles são “levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” Efésios 4;14.

 

De que maneira poderemos nos proteger deles? Como é que chegaremos a um claro entendimento da doutrina bíblica? Um aviso importante recebemos dos judeus que moravam em Beréia, como está escrito em Atos 17;11: “…de bom grado receberam a Palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.”

 

Condições para poder entender a Doutrina Bíblica.

 

Antes de mais nada é preciso ter uma atitude íntima de sinceridade perante nosso Senhor Jesus Cristo e uma vida saudável no discipulado para poder nos aprofundar na doutrina. Se não praticarmos a obediência de fé perante a Palavra de Deus, se não tivermos uma comunhão íntima e pessoal com o Senhor Jesus, o estudo das doutrinas nos dará somente conhecimento intelectual.

 

E este não te protege dos enganos de falsos mestres. Além desta verdade, a Bíblia nos mostra três coisas que podemos fazer para contribuir com o entendimento da doutrina bíblica.

 

1. Precisamos adquirir um conhecimento geral profundo da Bíblia. Veja como os falsos mestres quase sempre usam certos versículos fora do contexto para justificar suas doutrinas enganosas. Isso vem de longe. Confira na tentação do nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 4;6, como Satanás usou versículos bíblicos para justificar a sua sedução. Satanás é o chefe dos falsos mestres.

 

E igual a ele, eles colocam um outro significado aos versículos mencionados e ao mesmo tempo escondem outros tantos versículos que contrariam a distorção. Por este motivo importa que nós possamos desmascarar os enganadores, como o nosso Senhor fez com o diabo, dizendo: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus!” (Mateus 4;7). Para nós podermos adquirir este conhecimento abrangente, precisamos fazer uma leitura sistemática da Bíblia “de capa a capa”.

 

2. Baseado no conhecimento de toda a Escritura desenvolvemos também o entendimento da doutrina bíblica. Ela, por sua vez, não se encontra alistada de forma organizada, igual à maneira dos livros didáticos em geral. Nas Escrituras Sagradas encontramos ensinamentos sobre um mesmo assunto doutrinário espalhados por vários livros bíblicos. Estes ensinamentos se completam e se explicam mutuamente. Teremos um quadro completo ao estudá-los e interpretá-los, relacionando-os uns com os outros. Basicamente faremos sempre as duas perguntas que seguem: a) O texto fala de quem? e b) Os pronunciamentos são dirigidos a quem? Para começar discernimos entre:

 

a) Revelações divinas para o povo israelita;

b) Revelações divinas para as nações;

c) Revelações divinas para a igreja de Cristo;

 

Comparem I Coríntios 10;32 Todos os pronunciamentos da Bíblia são importantes para nós de alguma forma. Mas nem todos podem ser aplicados diretamente para a igreja neo-testamentária. Vejam por exemplo as leis do sábado e da circuncisão. Nesta base acima mencionada conseguimos entender e trabalhar os pensamentos de Deus. A legítima doutrina bíblica se apoia em toda a revelação da Escritura Sagrada e não contradiz a nenhum pronunciamento bíblico em outros trechos. Desta forma respeitamos o desenvolvimento da história da salvação que Deus revela na sua Palavra.

 

3. Mais uma condição para o perfeito entendimento da doutrina bíblica é o significado chave da doutrina apostólica registrada nas cartas dos apóstolos (Romanos a Judas). Comparem Atos 2;42. Embora está escrito que Deus falou nestes últimos dias pelo Filho, Cristo, no seu tempo na Terra não podia falar de todos os segredos e doutrinas com respeito à igreja e à futura dispensação da graça, principalmente pela falta de entendimento espiritual dos discípulos. Comparem João 16;12-15.

 

Mas depois do nascimento da Igreja no dia de Pentecoste, o Espírito Santo ensinou os apóstolos e estes por sua parte transmitiram a doutrina recebida do seu Divino Senhor Jesus Cristo por meio das cartas. Comparem Romanos 16;25.26, Efésios 3;2-11 e Colossenses 1;24-29. Esta doutrina dos apóstolos é o padrão para a nossa fé e vida de crente na igreja. Comp. I Coríntios 11;1.2, I Cor. 14;37, II Timóteo 1;13.14 e II Tim. 3;10. As cartas dos apóstolos são também a chave para o entendimento e a interpretação correta do Antigo Testamento, dos quatro Evangelhos e do livro de Atos para nós crentes da igreja reformada. Observando estes princípios, conseguiremos descobrir e desmascarar as distorções e as más interpretações dos falsos mestres.

 

Procedimentos para o estudo da Sã Doutrina.

 

Acabamos de descobrir que para o bom entendimento da doutrina bíblica é necessário fazer uma leitura ampla e profunda. Além de ler a Bíblia “de capa a capa” fazemos bem em pesquisar também, quais são os pronunciamentos da Sagrada Escritura sobre assuntos específicos, procurando entender os respectivos versículos, e depois relacioná-los com outros trechos do mesmo significado.

 

Certos recursos estão à nossa disposição:

 

a)  Usaremos uma tradução bíblica fiel (Almeida Revista e Corrigida Fiel. ACF da SBTB. Sociedade Bíblica Trinitáriana do Brasil); que reproduz o texto bíblico fiel ao original, sem as distorções caraterísticas de traduções modernas (Linguagem de Hoje, Versão Internacional e outras...) e livre de influências da teologia liberal (Almeida Revista e Atualizada) enfim, evite às traduções da SBB, CPAD e Central Gospel; dentre outras... Priorize sempre a SBTB. Sociedade Bíblica Trinitáriana do Brasil.

 

b) Usaremos uma concordância bíblica exaustiva ou um programa Bíblia Online (Preferencialmente de Teologia Reformada); para encontrarmos qualquer versículo e qualquer palavra que faz parte da nossa pesquisa das Sagradas Escrituras.

 

c) Usaremos, se for do nosso alcance, comentários bíblicos fiéis como: “Comentário Bíblico Popular”, da autoria de William Mc Donald ou “Conheça a Sua Bíblia” Comentário Ritchie do Novo Testamento, Edições Cristãs ou “Manual de Escatologia Bíblica” de autoria do Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. “Institutas da Religião Cristã de João Calvino” Editora Vida, Comentário Bíblico Vida Niva.

 

E agora voltaremos à questão inicial propondo pesquisar e descobrir, se o anúncio do movimento pentecostal sobre um suposto despertamento mundial nos Tempos Finais está de acordo com os pronunciamentos da Bíblia.

 

b) O Mundo das Nações nos Tempos Finais –Despertamento Espiritual ou Rebelião contra o SENHOR?

 

A esmagadora maioria dos grupos pentecostais e carismáticos são convencidos da ideia que, em um futuro próximo, milhões e até bilhões de pessoas, ou seja, cidades e nações inteiras se converterão a Cristo. Esta expectativa se baseia no tão ansiosamente esperado grande derramamento do Espírito Santo, profetizado em Joel 2;28: “…depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão…” Eles entendem que a expressão “sobre toda a carne” se refira a todas as pessoas na Terra. A palavra profética da Bíblia é confiável e nos revela o significado destas profecias com segurança. Vejamos bem. Qual é o quadro que a Bíblia desenha do mundo pouco antes da volta de Cristo em grande poder e glória? Estarão bilhões de cidadãos batizados no Espírito Santo reunidos à Sua espera, recebendo-O com júbilo?

 

Dentro dos limites deste livro não será possível contemplar todos os trechos bíblicos que falam a respeito. Escolheremos somente os mais importantes. Mas estes são suficientes para nos transmitir um quadro claro e bem definido. Começaremos com a profecia daquele profeta, que é O PROFETA dos profetas, que os inspirou a todos:

 

JESUS CRISTO!

 

“Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia. (…) E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.”  Lucas 17,24-30.

 

O Senhor Jesus declara nestas palavras que a situação do mundo no dia da sua volta será muito parecida a dos dias antes do dilúvio, ou seja, dominada pela impiedade e rebelião contra Deus. Assim podemos entender que vale também para as nações de hoje, o que diz Gênesis 6;5: “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.” E certamente Deus sentencia sobre a humanidade dos Tempos Finais da mesma forma que em Gênesis 6;11.12: “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.” Nosso Senhor compara os dias finais também com os dias de Ló em Sodoma. Será que ainda não deu para perceber como o mundo simpatiza com os pecados de Sodoma e os defende? E como a humanidade se comporta de maneira cada vez mais atrevida contra as leis divinas?

 

O que nós observamos hoje são o crescimento de todos os tipos de ocultismo, o deboche público dos mandamentos de Deus e a celebração deliberada do pecado, e o que é pior! Os tais pentecostais e neopentecostais; tonaram a política e o capitalismo neoliberal como missão da igreja que dominaria o mundo por meio da diplomacia cristã!!! Sem dúvida, esta não, é a igreja sofredora de Jesus Cristo. Assista o documentário ou leia o livro A Família disponível na Netflix e entenderá os rumos que a igreja dos últimos dias tomou; segundo eles por medo do “comunismo” Banir o “cristianismo” da terra.

 

Em Lucas 17 Cristo profetiza um “tsunami” (onda gigantesca) de injustiça, maldade e revolta contra Deus e suas leis, e que os pregadores da justiça divina serão rejeitados e desprezados, igual a Noé e Ló da antiguidade, e em nossos dias repudiam e odeiam João Calvino e às doutrinas da Graça; Preferindo o engano e o engodo da Heresia Arminiana.

 

O clímax deste desenvolvimento do mal não se manifesta no derramamento global do Espírito Santo, e sim, no derramamento da ira de Deus sobre estes pecadores rebeldes e atrevidos, na hora determinada. No dia da volta de Cristo, Ele virá para o julgamento das nações e da parte apóstata do povo israelita (comp. Atos 10;42 e 17;31).

 

Este é o “Dia do SENHOR”, o grande dia do Juízo de Deus, testemunhado tantas vezes pelos profetas do Antigo Testamento. Compare Isaías 2;10-19, Is.13;6-13, Is.34;2-8, Ezequiel 30;2-3, Joel 1;15, Obadias 1;15-16, Sofonias 1;14-2;2. Somente uma minoria de pessoas tementes a Deus achará salvação. A esmagadora massa de ímpios será atingida pelo terrível juízo da ira e perdição. Compare II Pedro 3;3-10: “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda?

 

Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra que foi tirada da água e no meio da água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio. Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.”

 

Continuemos a leitura com II Tessalonicenses 1;7-10: “(…) quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labaredas de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que creem (…)”.

 

Estes são os grandes juízos globais que também são testemunhados no livro de Apocalipse. E lá é revelado o grau de endurecimento das multidões que não se arrependerão, nem no meio do juízo da ira que se revela do céu, nem quando estarão sofrendo as pragas terríveis nos seus próprios corpos (Comp. Apocalipse 9;20-21, Apoc.16;9-11). As multidões das nações serão más e endurecidas e, em vez de se arrepender, blasfemarão, rangendo os dentes.

 

Mas haverá, sim, um tempo, em que nações inteiras se converterão a Cristo para adorá-lo em Sião – mas na futura dispensação do Milênio de Cristo, e não agora, na dispensação da igreja. Naquele futuro glorioso, o remanescente das nações, purificado pelos juízos da ira, dará a honra ao Messias-Rei. Comp. Isaías 2;2-4.

 

Mas hoje, na dispensação da igreja, somente uma minoria entre as nações será salva (comp. Mateus 7;14), o “pequeno rebanho”, os escolhidos, dos quais Cristo fala em Lucas 12;32.

 

Examinando a Bíblia, ela contradiz por completo as profecias otimistas do Pentecostalismo e da Renovação Carismática Católica (RCC); sobre um grande despertamento nos tempos finais. Se a Bíblia é confiável, este despertamento dos últimos dias não acontecerá. Esta afirmação se confirma com outros textos proféticos, como em Apoc. 17 e 18 sobre a grande meretriz, a Babilônia.

 

Dela está escrito que todos que habitam na terra, todas as nações, se embriagaram do vinho da sua prostituição (comp. Apoc. 17;2 e 18;3). Como poderia acontecer isso, se as nações teriam se convertido a Cristo, e estivessem cheios do Espírito Santo? Ou seja, a Bíblia desmascara os profetas do Pentecostalismo e da RCC como falsos e mentirosos!

 

c) A Igreja nos tempos finais – Glória ou Decadência?

 

Conforme as doutrinas e profecias pentecostais e carismáticas não haverá somente um despertamento global entre as nações, mas também a própria igreja experimentará tempos gloriosos de crescimento inigualável e de todo tipo de triunfo. Eles afirmam que Deus nos devolverá os apóstolos e profetas e as manifestações de curas e milagres da igreja primitiva, descritos no livro de Atos.

 

Graças a este revestimento divino, a igreja dos tempos finais avançará de vitória em vitória. Alegam que a igreja será a cabeça e não a cauda (veja Deuteronômio 28;13). Ela governaria vencendo os poderes das trevas e mandando-os para o abismo. Logo depois estabeleceria o Reino de Deus na terra. Tudo isso impressiona e parece positivo. Quem não gostaria de pertencer ao lado dos vencedores? Mas outra vez temos que estudar a doutrina dos apóstolos para ver o que a Bíblia diz sobre o futuro da igreja dos tempos finais. E o quadro é bem diferente, como veremos.

 

Dentro do espaço limitado desta apresentação, mencionamos somente alguns dos textos que falam a respeito. Mas serão suficientes para não deixar dúvidas. O Espírito de Deus faz afirmações que se referem diretamente à igreja dos tempos finais. Duas delas se encontram em II Timóteo.

 

O estudo desta carta de Paulo é especialmente recomendado para nós crentes dos últimos dias: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te (II Tim. 3;1-5).”

 

Este texto mostra que não está previsto um clímax de glória e poder para a igreja dos tempos finais. Serão tempos difíceis, angustiosos, pesarosos. Os causadores desta situação são os cristãos que vivem nas igrejas afirmando estarem cheios do Espírito Santo, mas vivendo como os piores pecadores.

 

Eles têm uma aparência de devoção fervorosa, mas não experimentaram o novo nascimento, nem o procuram. São falsos crentes que fingem, mas não tem o Espírito Santo de verdade e nem sentem à vontade de obedecer a Palavra de Deus. Pelo contrário, eles se abrem para cada heresia, seguem os falsos profetas e amam o mundo, imitando-o. Mas a segunda carta a Timóteo nos apresenta mais uma descrição deste falso cristianismo: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (II Tim.4;3-4). O falso cristianismo dos últimos dias se caracteriza também pela aversão à sã doutrina.

 

Estas pessoas não mostram nenhuma consideração nem entendimento dos ensinamentos dos apóstolos com respeito ao arrependimento e à santificação, com respeito ao mandamento de negar-se a si mesmo, de considerar-se crucificado junto com Cristo, de negar as paixões e concupiscências e de separar-se do mundo. Estes pronunciamentos apostólicos são desprezados e representam até um escândalo, atrapalhando a vida egoísta e pecaminosa dos falsos crentes.

 

Em consequência disso, eles se negam a ouvir as verdades de Deus, abrindo-se a todo tipo de falso mestre, conforme os desejos do coração pecaminoso. Mas quem rejeita as verdades divinas comete o pecado da apostasia da fé bíblica.

 

Alimentando esta atitude, os falsos cristãos estão prontos para aceitar todo tipo de engano e cair em todas as armadilhas da sedução, como nos diz II Tessal. 2;9-12:

 

“A esse, cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.”

 

Este trecho bíblico é de grande importância para o entendimento da sedução e do engano que caracterizam os tempos finais e, junto com isso, o Pentecostalismo e a RCC. Os mesmos princípios da ação de Deus que valerão na hora do clímax da tentação, ou seja, quando o Anticristo surgir, estão valendo hoje.

 

Muitos falsos crentes rejeitam a verdade da palavra da cruz, não querendo abrir mão dos seus objetivos egoístas. Em consequência disso ouvem lendas e mensagens enganosas de falsos profetas e mestres mentirosos que aparentemente confirmam suas palavras com sinais milagrosos de mentira e manifestações de poder das trevas. Obviamente existe entre eles um número considerável de crentes nascidos de novo Eleitos de Deus, que foram seduzidos e enganados temporariamente; isso porque Deus os tirará do meio deles e os acolherá em seu redil muito em breve.

 

Os falsos cristãos dos tempos finais valorizam seus profetas e mestres enganosos em detrimento dos pregadores da verdade bíblica. Acontece que o discurso dos primeiros é constituído de lendas sofisticadamente inventadas e agradáveis de ouvir. Conteúdos comuns destas mensagens são: “Deus quer abençoar teus caminhos”, “Deus quer ser teu amigo”, “Deus quer te dar saúde e prosperidade, poder e sucesso”, “Deus te aceita com toda tua pecaminosidade e te ama de qualquer jeito”. A atitude de crer neste tipo de mentiras já representa o começo do juízo de Deus, por causa da rejeição da Verdade, pela qual poderiam ter sido salvos. Mais uma profecia bíblica está intimamente ligada às outras até agora mencionadas, mostrando o pano de fundo do aumento assustador da sedução dos tempos finais. “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças;” (I Timóteo 4;1-3).

 

Este texto trata especificamente dos “últimos tempos” e nos ensina, que a causa oculta de tantas heresias e doutrinas enganosas na igreja é a ação direta de poderes demoníacos. Aqui descobrimos que as heresias da religião católica apostólica romana (veja V.3) e o surgimento de tantas seitas e novas crenças nasceram da operação coordenada de espíritos enganadores. Eis a explicação do porquê de tanta manifestação poderosa de falsos milagres.

 

Isso vale certamente para o Pentecostalismo e a Renovação Carismática (RCC), em cujas fileiras tais espíritos transmitem sonhos, visões, revelações e outros poderes milagrosos, usando os portadores destes dons para seduzir e enganar a todos.

 

A Bíblia fala também em outros trechos enfatizando que nos tempos finais as doutrinas enganosas prevalecerão junto com as massas de falsos cristãos.

 

Nos últimos dias os verdadeiros crentes representam um número relativamente pequeno, com pouca força (comp. Apoc. 3;8), enquanto que tudo que é falso e enganoso cresce rápido e atrai as massas (comp. Mateus 13;31-33). Dos falsos mestres está escrito “E a palavra desses roerá como gangrena;…” II Tim.2;17, e mais ainda: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.” II Tim.3;13.

 

Com isso fica bem claro que nos tempos finais todo tipo de heresia se espalha rapidamente entre as massas do falso cristianismo, causando um crescimento destruidor, que a Bíblia compara com uma gangrena.

 

Pedro é outro entre os apóstolos, que nos dá alertas sobre falsos mestres que introduzirão doutrinas enganosas nas igrejas e que alcançarão grande sucesso.

 

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.” (II Pedro 2;1-2).

 

Nestes tempos finais, ter uma multidão de seguidores que cresce cada vez mais, não é uma prova da bênção de Deus, nem da veracidade e da origem divina das doutrinas. É muito mais provável que se trate de um movimento enganoso.

 

Confiram, por favor, os seguintes textos bíblicos: II Pedro 3;3, Judas 1;17-19, I Pedro 4;17, Atos 20;29-30. Dá para concluir com segurança que a Bíblia ensina exatamente o contrário das profecias e revelações dos mestres do Pentecostalismo, Neopentecostalismo e da RCC.

 

A igreja dos últimos dias experimenta um clímax de enganação, de ruina espiritual e de apostasia da verdadeira fé (veja II Tessal. 2;3), mas de maneira alguma verá um despertamento global e poderoso.

 

Muito pelo contrário, a igreja enfrentará uma onda crescente de: falsos apóstolos (II Coríntios 11;13 e Apoc. 2;2), falsos mestres (I Tim. 4;1.2, II Tim. 4;3.4, II Pedro 2;1.2, I João 2;18-26, II João 1;7-11), falsos profetas (Mateus 24;11 e 24;24, Mat. 7;15-23, I João 4;1, Apoc. 19;20), e falsos milagres (Mat. 24;24, II Tessal. 2;9, Apoc. 13;13.14 e 16;14). A única verdadeira luz da igreja é e será sempre a Bíblia Sagrada, Palavra eterna e divinamente inspirada (veja II Pedro 1;19-21, II Tim.3;14-17, Atos 20;32).

 

d) A Mensagem de Joel 2;28-32: O Espírito será derramado sobre quem?

 

Este é o trecho bíblico principal que serve ao Pentecostalismo, Neopentecostalismo e aos grupos da Renovação Carismática Católica (RCC) como fundamento e pedra angular, para construir sua doutrina do derramamento global do Espírito sobre todas as nações nos tempos finais. Este texto de Joel 2 (em algumas edições da Bíblia a divisão dos capítulos é diferente e o mesmo trecho se encontra em Joel 3;1-5) aparentemente apoia a ideia do derramamento mundial do Espírito. Aqui fala do derramamento do Espírito Santo “sobre toda a carne”. Vamos pesquisar a fundo:

 

28: “E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.

 

29: E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.

 

30: E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.

 

31: O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.

 

32: E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar.”

 

Uma primeira leitura superficial dá a impressão de que o Pentecostalismo, desta vez, esteja certo. “…sobre toda a carne…” certamente quer dizer, sobre todas as pessoas! Parece que aqui encontram a confirmação das inúmeras visões e sonhos proféticos que contam de enormes multidões cheias do Espírito louvando a Deus que desfilam pelas ruas e avenidas, cidades inteiras se convertendo a Cristo, e nações completas serão curadas pelo derramamento poderoso do Espírito Santo. Mas uma leitura superficial não ajuda em nada. É preciso buscar o contexto em que um certo trecho bíblico se encontra. A situação histórica e o contexto espiritual nos dão informações decisivas para encontrar a interpretação confiável e certa. Neste sentido vamos ler também os versículos anteriores ao nosso texto principal. Desta forma descobriremos sem falta a quem se refere a promessa do derramamento do Espírito Santo.

 

26: “E comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado”.

 

27: E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado.

 

28: E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda carne, e os vossos filhos e vossas filhas profetizarão…”

 

A relação com os versículos anteriores deixa bem claro sobre quem Deus derramará do Seu Espírito nos tempos finais: sobre o povo israelita. Não são todas as pessoas na terra que receberão o Espírito de Deus, mas sim, os israelitas crentes, seus filhos e suas filhas. Este derramamento do Espírito sobre o remanescente crente israelita se realizará depois do arrebatamento da igreja (veja I Tessal.4;15-17) e com a chegada do clímax do tempo da angústia de Jacó (Jeremias 30;7). Mas o que há com esta expressão incomum “sobre toda a carne”? Bem, pela leitura atenciosa do Antigo Testamento descobriremos que sob a vigência da lei mosaica o Espírito de Deus foi dado somente a alguns instrumentos escolhidos como a sacerdotes, a líderes do povo e aos profetas (comp. Números 11;25-29).

 

Nos tempos finais, porém, quando Deus acolherá o povo israelita sob a Nova Aliança, cada um deste remanescente convertido receberá o dom do Espírito Santo, o qual será literalmente derramado “sobre toda a carne”, isto é, sobre todas as pessoas presentes neste evento, inclusive sobre servos e servas. E naquela nova dispensação que começará, chamada o Milênio de Cristo, haverá outra vez profetas, visões e profecias. Este derramamento do Espírito sobre o remanescente de Israel não é profetizado somente no livro de Joel. Vários outros profetas também falaram deste evento.

 

Compare Isaías 32;15, Ezequiel 39;29, Zacarias 12;10. Vejamos aqui Isaías 44;3: “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes.”

 

Desta forma fica claro que não cabe outra interpretação, a não ser, a que a profecia de Joel, de acordo com as outras profecias do derramamento do Espírito, se refere ao remanescente israelita. E que ela não pode se referir de maneira alguma às nações e ao mundo inteiro, fica claro pela sequência do texto no livro de Joel, cap. 3;1-2: “Porque, eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém, V2: congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra.” (Comp. os versículos 12-16). Exatamente na hora descrita em Joel 2-28-32, em que, conforme a interpretação pentecostal-neopentecostal-carismática, as nações deveriam estar reunidas louvando a Deus, os versículos seguintes (3;1-2) descrevem como o juízo da ira divina cai sobre elas, por causa do ódio contra o povo israelita que as fez se juntar naquele lugar.

 

Alguns ainda resistem, alegando que o próprio apóstolo Pedro mencionou o texto de Joel 2;28-32 na sua pregação no dia de Pentecostes em Atos 2;16-21. Mas uma leitura atenciosa confirma a nossa interpretação. Pedro disse: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel…”. É diferente de dizer: “Mas isto é o cumprimento da profecia de Joel”. Pedro mostra que naquela hora houve um tipo de pré-cumprimento que atingiu israelitas crentes, ou seja, as 120 pessoas reunidas no cenáculo.

 

Além disso, os sinais no céu e na terra, citados do texto de Joel 2 por Pedro (Atos 2;19-20), não se manifestaram naquele dia de Pentecostes. Pedro quis mostrar aos ouvintes israelitas que o fenômeno do derramamento do Espírito que acabou de acontecer, estava vindo de Deus e de acordo com a Palavra profética. Mas a finalidade do evento era diferente da finalidade descrita em Joel 2.

 

No dia de Pentecostes o derramamento do Espírito causou o nascimento da Igreja, composta de judeus e das nações, enquanto o derramamento de Joel 2 causará a reintegração do povo israelita, iniciando a nova dispensação do Milênio de Cristo.

 

O Espírito de Deus foi derramado no dia de Pentecostes uma vez por todas e dado à Igreja (veja Tito 3;5-6). Ele fica com ela para toda a eternidade e habita em cada crente pessoalmente (comp. Ev. João 14;16). Não encontramos em toda Bíblia nenhuma promessa de derramamentos repetidos sobre a Igreja de Jesus Cristo.

 

e) O que é válido? A Verdade da Palavra de Deus ou os Sonhos dos ditos “Profetas”?

 

Quando nós começamos a comparar os ensinamentos e profecias dos líderes pentecostais, neopentecostais e carismáticos mais “ungidos” com as profecias e ensinamentos inspirados da Bíblia (II Pedro 1;19-21), encontramos contradições fundamentais. Somente uma das correntes pode ser a verdade. Se nos confiarmos nos líderes superunidos, haverá nos tempos finais um grande derramamento do Espírito Santo sobre milhões e até bilhões de pessoas que se converterão antes da Volta de Cristo.

 

Mas se nos confiarmos nas profecias bíblicas, haverá nos tempos finais uma crescente impiedade e iniquidade, além do endurecimento dos corações, comparável com os tempos de Sodoma e Gomorra, e ao mesmo tempo a proliferação do ocultismo, da magia negra e de uma religiosidade anticristã.

 

A Igreja será assolada por falsas doutrinas, falsos profetas e mestres e por multidões de pessoas que confessam a Cristo da boca para fora, sem ter passado pelo verdadeiro arrependimento e novo nascimento. O resultado disso será a apostasia total da fé bíblica e não o grande despertamento.

 

Quem será que está falando a verdade?

 

Obviamente é a versão da Bíblia que merece a nossa plena confiança, já que Deus não pode mentir. Mesmo assim, alguns cristãos que estão de todo; convictos da versão pentecostal-neopentecostal-carismática, tendem a duvidar e resistir, precisando de um profundo arrependimento e quebrantamento na presença de Cristo por sua incredulidade frente à Palavra infalível de Deus. Dominados pelos nossos sentimentos humanos preferimos ouvir pessoas que nos profetizam tempos de sucesso, paz, prosperidade, curas milagrosas e felicidade.

 

Mas para garantir a nossa sobrevivência espiritual é necessário nós encararmos a verdade bíblica sobre os tempos finais; uma vez que ela nos chama ao arrependimento e à santificação, exigindo de nós um discipulado sério e determinado. Esta é a voz do Bom Pastor que é ouvida por todos os que são Suas ovelhas de verdade.

 

Mas se nós decidirmos rejeitar tais verdades bíblicas, preferindo seguir os falsos profetas que nos parecem tão convincentes, seremos levados por eles ao lugar errado, aonde ninguém queria chegar. Não alcançaremos o alvo! Por este motivo tais líderes são verdadeiros lobos em pele de cordeiro, distorcendo a Palavra do SENHOR (veja Jeremias 23;16-36).

 

3) Acautelai-vos dos Falsos Profetas dos Tempos Finais!

 

Tudo o que foi mostrado até aqui deixa bem claro que a mensagem Pentecostal, Neopentecostal e da Renovação Carismática Católica (RCC) sobre o grande despertamento espiritual nos tempos finais contradiz frontalmente a profecia da Bíblia, distorcendo a Palavra de Deus. Interessante mesmo é que a própria Bíblia desenha algumas caraterísticas deste movimento em pronunciamentos proféticos, que – estranhamente – dentro deste movimento ninguém leva em consideração, e nem são lembrados.

 

Encontramos no Novo Testamento algumas advertências insistentes sobre as influências poderosas de falsos profetas nos tempos finais. E estas advertências nos iluminam o entendimento do Pentecostalismo, Neopentecostalismo e da RCC. A seguir vamos pesquisá-los a fundo.

 

a) A Advertência de Falsos Profetas em Mat. 24

 

Em primeiro lugar queremos examinar o sermão profético do Senhor dado no Monte das Oliveiras. Neste texto o Senhor Jesus Cristo ensina seus discípulos sobre as caraterísticas do tempo que antecede a Sua Volta em Poder e Glória. Conferimos Mateus 24;3-13: “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? V.4: E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; V.5: porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. V.6: E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que tudo isso aconteça, mas ainda não é o fim. V.7: Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.

 

V.8: Mas todas estas coisas são o princípio de dores. V.9: Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. V.10: Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. V.11: E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. V.12: E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. V.13: Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” 

 

E em seguida lemos Mateus 24;24-25:

 

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito.”

 

Este panorama profético inclui o tempo em que a Igreja está na terra, mas abrange mais amplamente os dias da grande tribulação do povo de Israel que finalmente desemboca na volta triunfal do Messias em grande poder e glória.

 

Este acontecimento é o alvo, a finalidade dos “últimos dias” e ao mesmo tempo o ponto de partida para a nova dispensação do Reino Messiânico de Paz (o Milênio de Cristo). O tempo que de imediato antecede este dia glorioso tem algumas caraterísticas que se manifestam em ciclos cada vez mais fortes, como as dores do parto que sobrevêm a uma mulher grávida, até que a criança finalmente nasça.

 

A caraterística mais marcante dos últimos dias conforme as advertências expressivas de Cristo é o surgimento de falsos profetas e líderes de personalidade carismática com poderes de seduzir as massas. Estes usam mensagens enganosas e manifestações de falsos milagres para conquistar multidões no meio cristão e em seguida convencê-los a se juntar ao movimento da Grande Meretriz. A sedução, feita em nome de Jesus Cristo e no meio das nossas igrejas, este é o maior perigo.

 

“Acautelai-vos, que ninguém vos engane” é a advertência constante do Senhor, pronunciada por três vezes somente em Mateus 24 (Vs. 4, 11 e 24).

 

b) Como reconhecer os Falsos Profetas? Mateus 7

 

Intimamente ligadas com as advertências de Mat. 24 estão as explicações do Senhor em Mat. 7. Muitas vezes estes pronunciamentos de Cristo passam quase que despercebidos, mas merecem a nossa maior atenção, pelas dicas preciosas que contêm para identificar falsos profetas em nosso meio. Vejamos em Mat. 7; 15-23:

 

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. V.16: Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?

 

V.17: Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. V.18: Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. V.19: Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. V,20: Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. V.21: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. V.22: Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? V.23: E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

 

O texto nos fornece informações preciosas que são de grande importância para o tempo atual:

 

1) Os profetas legítimos do Antigo e do Novo Testamento eram homens de Deus, inspirados pelo Espírito Divino para transmitir a Palavra de Deus ao povo.

 

Um falso profeta (ou conforme o texto original, um profeta mentiroso, enganoso) é alguém que se apresenta como profeta de Deus e que transmite sonhos, mensagens e visões mentirosas, enganosas, em nome do SENHOR. A intenção é conduzir o povo de Deus ao desvio. Confira Deuteronômio 13;1-6. O Senhor nos adverte insistentemente, que tais falsos profetas surgirão em nosso meio e que representarão um perigo real para nós. Um lobo voraz é perigoso sempre. Precisamos ficar atentos para nos guardarmos destes impostores.

 

2) O nosso Senhor nos explica o tipo de camuflagem sofisticada que os farsantes usam. Eles aparecem vestidos de ovelhas, ou seja, aparecem como cristãos fervorosos e dedicados totalmente à causa de Cristo, parecendo serem verdadeiras ovelhas do Bom Pastor.  Na maioria das vezes estes impostores demonstram uma fé “fervorosa”, um carisma pessoal e personalidade fascinantes.

 

O Senhor Jesus nos esclarece que isso faz parte da camuflagem, de um show perfeitamente ensaiado, que serve para esconder as verdadeiras más intenções. São lobos vorazes por dentro. Ou em português claro, eles não são crentes verdadeiros, nascidos do Espírito Santo, mas sim, servos de Satanás, o grande sedutor e destruidor (confira Atos 20;29.30).

 

O apóstolo Paulo afirma em II Coríntios 11;13-15: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.”

 

3) O Senhor nos mostra também a maneira certa para descobrir estes disfarces sofisticados e desmascarar os impostores. Às vezes a própria pregação já está em contradição aberta com a Palavra de Deus.

 

Mas na maioria das vezes não é tão fácil e a mensagem não entrega o farsante, já que eles são inspirados por maus espíritos espertíssimos. Satanás sabe que nenhum verdadeiro filho de Deus aceitaria uma pregação, onde 80% são mentiras e enganos e só 20% verdades bíblica. Os impostores falam no mínimo 80% de verdades bíblicas e só 20% de mentiras e enganos ou até 90% de verdades e só 10% de mentiras. Assim fica bem mais difícil, descobrir a camuflagem. A maioria dos crentes não consegue mais detectar a tramoia. Mas apesar da “dosagem” leve, o resultado da pregação é um alimento envenenado espiritualmente, que causa nos ouvintes danos, desvios e perdas na fé. Neste caso o Senhor nos aconselha a observar o fruto da pregação deste indivíduo. Se a pregação causa divisões e contendas na sua igreja, se o pregador demonstra atitudes soberbas, se aceita veneração, se ostenta luxos onde aparece, se houver pecado na vida particular dele (infidelidade no casamento, divórcio), são sinais que a árvore toda está podre. Pode haver ainda umas frutinhas nela que parecem boas. Mas isto não impede, que a árvore esteja condenada e as poucas frutinhas boas nela tem a seiva venenosa, fazendo mal e que precisam ser descartadas.

 

4) As palavras seríssimas do nosso Senhor no final do texto nos dão uma chave preciosa para identificar os falsos profetas. Nos versículos 22 e 23 vemos os servos do Diabo chegando a Cristo dizendo: “Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” E o Senhor, conhecedor dos corações, responde com muito rigor: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

 

Aqui temos três caraterísticas importantes que desmascaram os falsos profetas: a) eles alegam falar profecias em nome de Jesus, b) eles dizem ter poder para expulsar demônios e c) eles dizem realizar sinais milagrosos em nome de Jesus.

 

c) O Movimento Profético Enganoso dos Tempos Finais à Luz da Bíblia.

 

Acreditando nos pronunciamentos do nosso Senhor e recebendo-os como profecias divinamente inspiradas que se encaixam bem em nossa situação atual, nós aguardamos o surgimento de um poderoso movimento de falsos profetas para os tempos finais. Este espalhará sedução, desvios e enganos, caracterizando-se por profecias, expulsão de demônios e grandes sinais milagrosos.

 

Quem são estes falsos Profetas de Mateus 7?

 

Ao estudar a história da igreja do passado recente até o tempo atual, acharemos somente uma única corrente que bate com a profecia de Mat. 7 e que demonstra estas três caraterísticas juntas. E esta corrente é o Pentecostalismo, Neopentecostalismo e a Renovação Carismática Católica (RCC). É o único movimento que se gloria dos seus profetas, que dizem estar recebendo novas revelações de Deus para o nosso tempo. Também são os únicos que se gloriam do dom profético que esteja com todos os batizados no Espírito, e que se manifestasse em sonhos, visões e vozes interiores.

 

Eles são o único movimento que se gloria das numerosas expulsões de demônios e cujos seguidores vivem na ilusão de terem poderes para expulsar demônios não só de incrédulos e cristãos, mas sim, de cidades e países inteiros e, mais além, até das regiões celestiais.

 

É o único movimento que se gloria de realizar grandes sinais milagrosos como curas divinas e outras manifestações de poder do alto que eles dizem estar acontecendo diariamente no meio deles. Seus líderes e pregadores reivindicam ser os legítimos donos da “grande virtude de Deus” (confira Atos 8;9-10).

 

Se as profecias do nosso Senhor Jesus Cristo têm seu cumprimento (e sem dúvida têm), este se personifica no Pentecostalismo, Neopentecostalismo e na RCC que se espalham sobre todos os continentes e, em forma de subcorrentes, invadiram praticamente todas as denominações evangélicas (Exceto os Reformado); com seu fermento daninho (Veja Mateus 13;33). “Eis que vo-lo tenho predito.” (Mat.24;25) São as palavras do nosso Divino Mestre, que quer preservar a Igreja de cair nesta armadilha. Se nós estivermos prontos a levar a sério as advertências e predições do nosso Senhor, descobriremos os falsos profetas dos tempos finais sem grandes dificuldades.

 

O maior problema que enfrentamos hoje consta no fato de que, muitos crentes já estão influenciados pelos espíritos enganosos e andam tontos, às vezes, ao ponto de não enxergar nem as coisas mais óbvias. Eles tomaram o veneno, a droga poderosa, e agora, já viciados, exigem cada vez mais.

 

Um Espírito mentiroso é derramado sobre Pessoas enganadas.

 

O movimento pentecostal começou com uma série de derramamentos do “espírito”, que desde então se repetiram inúmeras vezes. Mas uma vez que a Bíblia afirma que o verdadeiro Espírito de Deus foi derramado sobre a Igreja uma única vez no começo e deste aquele dia fica com ela, a pergunta que surge é: Que tipo de espírito foi derramado sobre estes primeiros pentecostais? Conforme a doutrina bíblica, este não era o Espírito Santo de Deus.

 

Os primeiros derramamentos do espírito pentecostais aconteceram nos Estados Unidos, no ano 1901, em um seminário bíblico na cidade de Topeka, e no meio de um “grupo de santificação” de origem afro-americana na cidade de Los Angeles (Azusa Street) no ano 1906.

 

Os receptores deste “dom” eram seguidores de um grupo do “Movimento Santificador” que ensinava a necessidade de se livrar de toda pecaminosidade e de todo desejo carnal por meio de uma experiência única que trouxesse a “santificação total”. Esta experiência tão desejada daria ao portador um coração puro e a plena liberdade de pecado e a perfeição total. Esta experiência santificadora e perfeccionista não tem fundamento na Bíblia, mas representou o “segundo degrau” depois da conversão, e alguns falsos mestres ensinaram o “batismo no Espírito” como um “terceiro degrau”.

 

Em consequência destes ensinamentos muitos destes grupos começaram a orar e implorar por um novo “derramamento do Espírito”, um novo dia de Pentecostes, referindo-se às profecias de Joel e ao livro de Atos. Muitos ficaram jejuando e orando por dias e dias, insistindo em receber este “dom”.

 

E foi nestes círculos que começaram a partir de 1901 os “derramamentos do espírito” em grande número, acompanhados de estado de transe, gritos extáticos, quedas, tremores incontroláveis, línguas estranhas, profecias e curas. O novo movimento espiritual se expandiu primeiro lentamente, mas depois do “despertamento” na Azusa Street em Los Angeles, cada vez mais rápido nos Estados Unidos e no resto do mundo. O espírito que opera neste movimento causou desde o início divisão, confusão e desvio da doutrina bíblica em todas as igrejas, onde entrou, além de deixar para trás um grande número de falsas profecias e visões enganosas que nunca se cumpriram. E não por último, causou entre seus líderes um aumento assustador de pecados de imoralidade, principalmente de adultério e de prostituição. Falsos apóstolos, bispos, profetas e mestres, convocados pelo “Espírito”, se levantaram em grande número, manipulando e dominando seus seguidores por meio de “mensagens divinas”, e muitas vezes recolhendo grandes somas de “dízimos e ofertas”. Eles espalharam “novas doutrinas” absurdas, arruinando a vida de milhares e milhares de crentes. O espírito que iniciou este movimento pentecostal e que desde então o guia e determina até hoje, se mostrou já bem cedo como um espírito falso e demoníaco, visto os frutos terríveis que produzia.

 

A raiz: do Autoengano pecaminoso da Doutrina de Santificação pentecostal.

 

Com isso surge uma pergunta urgente em nosso coração: Como é possível que venha um espírito enganoso e demoníaco sobre crentes tão sérios e fervorosos, que aparentemente apenas buscavam o melhor, uma vida mais pura, para si? A Palavra de Deus nos dará uma informação preciosa a respeito da heresia da “santificação total” em I João 1;8-10:

 

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” Os falsos mestres da doutrina da “santificação total” reivindicavam exatamente aquilo que o texto bíblico acima nega.  Eles afirmavam que depois dessa experiência mística da “santificação total” não sobrava mais pecado nenhum dentro deles e que, de fato, pararam de pecar. É notável como o Espírito Santo usa palavras claras e bem determinadas neste texto bíblico acima para condenar esta heresia.

 

As pessoas que ensinavam daquela maneira enganavam e seduziam-se a si mesmos. A verdade não estava nelas; elas se posicionavam no território da mentira e do autoengano. Ou pior ainda, fizeram Deus de mentiroso, que na Sua Palavra ensina o contrário. E esta Palavra não estava neles. Baseado nesta sentença divina de I João 1;8-10 fica bem mais fácil de entender o motivo por que Deus permitiu que aqueles enganadores recebessem um espírito de mentira. Uma vez que eles já haviam abandonado a verdade bíblica para se agarrar em uma mentira, o caminho estava aberto para o inimigo derramar seu espírito enganoso.


E este último os enredava cada vez mais em um sistema de heresias. A pessoa, presa nesta armadilha, precisa fazer um esforço bem grande para se livrar. O caminho se chama: luta determinada, feita de arrependimento sincero, confissão de pecado, estudo bíblico intensivo e abandono radical destas práticas enganosas. A ação divina no julgamento da casa de Deus (I Pedro 4;17) está de acordo com o princípio que já estudamos em II Tessal. 2;9-12. Quem rejeita a Verdade Divina, registrada na Bíblia, procurando experiências por fora, se abre inconscientemente a poderes demoníacos, que se apressam por sua parte em mandar seus “dons” de manifestações sobrenaturais e de milagres de todo tipo. Mesmo no Antigo Testamento já encontramos exemplos vivos. Entre os príncipes egípcios, o SENHOR derramou “um perverso espírito” (Isaías 19;14) e Acabe, o rei infiel de Israel, foi julgado por meio de um espírito de mentira, que, sob permissão de Deus, foi derramado sobre os falsos profetas.

 

Obedecendo às profecias mentirosas deles, Acabe foi ao encontro da morte (II Crônicas 18;22). E no livro de Isaías, 29;9-11, encontramos um texto que mostra uma paralela até assustadoramente exata com o agir do espírito enganoso do Pentecostalismo da atualidade: “Tardai, e maravilhai-vos, folgai, e clamai; bêbados estão, mas não de vinho, andam titubeando, mas não de bebida forte. Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, vendou os profetas, e os vossos principais videntes. Por isso toda a visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não posso, porque está selado.” Da mesma forma que no caso dos israelitas infiéis, o espírito enganoso do Pentecostalismo, Neopentecostalismo e da Renovação Carismática Católica (RCC) deixa seus adeptos bêbados e os fecha o entendimento da Palavra de Deus, claramente revelada no texto bíblico.

 

Incansavelmente correm atrás de líderes famosos, sempre procurando avisos pessoais de Deus e mais poderes espirituais, mas nem conhecem a sã doutrina dos apóstolos. Estes crentes enganados fazem experiências como ser derrubado no chão pelo pregador, rolando no palco em êxtase, caindo nas gargalhadas histéricas etc. E o mais trágico: nisso pensam, que estejam recebendo uma bênção especial, um sinal de despertamento e nem percebem, que estão sofrendo o juízo divino, sendo executado neles (Confira Isaías 28;9-13).

 

O Papel do “Derramamento do Espírito” enganoso nos Tempos Finais.

 

É fato inquestionável que este movimento começou nos anos 1901/1906 com poucos adeptos, mas no decorrer dos 100 anos seguintes se tornou uma corrente mundial que hoje abrange centenas de milhões de pessoas que têm um papel determinante no cristianismo e no Conselho Mundial das Igrejas Ecumênicas. Mas bem ao contrário do que muitos pensam, este fato não é prova da bênção de Deus, nem sinal de um despertamento global do Espírito Santo, mas sim, uma das faces da perdição dos últimos dias e do estado de putrefação espiritual das igrejas Pentecostais, Neopentecostais e Católica Romana. O mesmo espírito enganoso que foi derramado no início sobre o movimento pentecostal, dirige e orienta hoje milhões de “cristãos” no mundo inteiro, completando sua obra destruidora conforme as profecias bíblicas. Afinal das contas, nas Sagradas Escrituras está prevista a apostasia da grande massa de crentes fictícios, que contribuirão para a formação da “grande Babilônia”, da “grande prostituta”, descrita em Apocalipse 17;1-18 que representará a Igreja Mundial Unificada IMU.

 

Na sua apresentação inicial, o Anticristo usará falsos profetas e milagreiros enganosos em grande escala (confira II Tess. 2;8-9 e Apoc. 13;11-15). Estas novas situações precisam ser preparadas com antecedência e neste objetivo os movimentos pseudocristãos enganosos são mais do que uma mão na roda. Na verdade, são fatores determinantes; O que dizer da atual idolatria promovida pelas igrejas pentecostais, neopentecostais e até mesmo algumas tradicionais e reformadas!!! em torno do Sr. Presidente da República Federativa do Brasil; Jair Messias Bolsonaro (2018/2022) nada contra ao Sr. Presidente; porém, fica clara a apostasia desta igreja.

 

O procedimento danoso funciona da seguinte maneira: O Pentecostalismo, o Neopentecostalismo e a RCC desviam a atenção dos crentes da revelação divina, registrada na Bíblia Sagrada, da Palavra Infalível para novas revelações sensacionalistas e para curas e sinais milagrosos. A sã doutrina dos apóstolos é minada e a bênção da Reforma “somente a Bíblia” é destruída. Crentes que escutam falsos profetas e atendem vozes interiores estão prontos para aceitar qualquer heresia e desvio da Escritura. Desta forma estão cooperando com as intenções do Anticristo.

 

A mesma sentença vale para a divulgação de milagres enganosos que servem para legitimar todo tipo de heresias. É o procedimento infalível para preparar os crentes a aceitar qualquer falso mestre que realiza sinais milagrosos, como sendo manifestações de Deus.

 

E finalmente, a ação do espírito pentecostal torna os crentes mansos ao ponto de eles aceitarem fazer parte do Movimento Ecumênico Mundial de Igrejas que acabará se transformando na grande Meretriz Babilônia que montará na Besta.

 

O movimento carismático com seus milhões de católicos apostólicos romanos “batizados no Espírito” representa hoje provavelmente a força mais dinâmica do Ecumenismo Mundial, cumprindo a profecia bíblica, mas pelo lado oposto ao SENHOR e à Sua Igreja, servindo à apostasia e à enganação.

 

O Senhor edifica e protege a Sua Igreja até o Fim.

 

Todas essas situações descritas acima não podem nos deixar desanimados. Especificamente nestes tempos finais que vivemos hoje, está valendo a palavra do nosso Senhor: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.” Lucas 21;28. O Senhor edificará a Sua Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mat.16;18). Mas a responsabilidade de vigiar e orar é nossa, além de seguir os passos do Mestre de maneira sóbria e prudente, amando a Palavra e Sã Doutrina (Sobretudo, às doutrinas da graça pregadas nas igrejas reformadas). Desta forma o Senhor nos guiará, dando proteção e poder do alto para sermos mais que vencedores, perseverando até o fim! “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória; ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo sempre. Amém.” (Judas 1;24-25).

 

O “Batismo do Espírito Santo” Pentecostal, Neopentecostal e da Renovação Carismática Católica, é uma Doutrina Bíblica?


Graça e Paz; amada congregação dos eleitos de Deus no Amado Jesus Cristo. A segunda “coluna” da autodefinição do movimento pentecostal, neopentecostal e carismático é a doutrina do “batismo do Espírito” como sendo uma segunda experiência, uma “segunda bênção” depois do novo nascimento. Ou seja, conforme esta doutrina, o crente recebe a plenitude do Espírito Santo, seu poder e seus dons somente nesta segunda experiência. Isto combina com a doutrina bíblica?

 

1) O “Batismo do Espírito” – uma “Segunda Bênção”?

 

A grande maioria dos adeptos do Pentecostalismo e da Renovação Carismática (RCC) confessam a doutrina do “batismo do Espírito”. Este ensinamento diz que o convertido que já experimentou o novo nascimento, ainda precisa desta segunda experiência, do “batismo do Espírito”, para poder realmente desfrutar da plenitude do Espírito Santo com Seu poder e Seus dons. Este “batismo do Espírito” é transmitido, na maioria das vezes, por meio de imposição de mãos de pregadores “ungidos de deus”. Antigamente houve ainda grandes preparativos em reuniões de espera com jejuns e orações prolongadas e em alguns lugares até com intensas confissões de pecado.

 

Hoje existem muitos lugares onde as pessoas que procuram este tal “batismo” são instruídas a imitarem os “ungidos” em volta delas que já falam em línguas estranhas, e, aos poucos irão desenvolver o dom de línguas próprio, o que servirá de prova que o “batismo espiritual” aconteceu. O falar em línguas é tido como prova incontestável do tal “batismo do Espírito”.

 

Além do dom de línguas podem aparecer visões, sonhos e vozes interiores que são interpretadas como o falar de Deus no coração, fora outras manifestações de poderes milagrosos. Conforme esta doutrina, o “batismo do Espírito” transmite dons sobrenaturais, também chamados de “carismas”, que o crente “comum” que confessa somente o novo nascimento, não possui.

 

Além de tudo isso, o “batismo espiritual” significa a introdução em uma vida totalmente nova e diferente que se move em níveis superiores da fé, como se fosse um “super cristianismo”. Alegam os adeptos desta prática que esta segunda experiência transmite a vitória total sobre todas as tentações e todos os pecados. Um nível superior de santificação, alegria transbordante e um surpreendente poder espiritual constante seriam os frutos que permitiriam viver na presença de Deus ininterruptamente.

 

Esta “bênção” traz aos seus portadores experiências extáticas, revelações divinas em forma de visões, imagens, vozes, misteriosas “comunicações”, além de “viagens espirituais” ao Céu e ao Inferno, unção de animais, e autoridade completa sobre Satanás e seus demônios. Se alguém ainda acha pouco, esta “segunda experiência” criaria também a “fé apostólica”, que permite aos seus portadores fazerem absolutamente tudo o que os apóstolos de Cristo fizeram.

 

Frente a tantas promessas fantásticas e miraculosas, não surpreende que multidões de “crentes” busquem o tal “batismo espiritual”. Visto que muitos cristãos, no decorrer de anos e anos no discipulado, ficam desanimados e abatidos emocionalmente pelas suas muitas derrotas e fraquezas espirituais e sua falta de progresso na fé. Nesta situação, a esperança de obter uma experiência-chave, que resolva tudo isso num passe de mágica, realmente parece irresistível. E, à primeira vista, impressiona o exemplo dos apóstolos que depois de Pentecostes mudaram completamente. Afinal, na Bíblia temos a promessa de Cristo que Ele nos batizaria com o Espírito Santo.

 

Mas para ter certeza da veracidade destas afirmações, não ajuda seguirmos as emoções. É preciso, mais uma vez, examinar cuidadosamente esta questão: O “batismo do Espírito” vem de fato de Deus? Que tipo de espírito é transmitido nessa ocasião? As doutrinas pentecostais, neopentecostais e da RCC estão de acordo com as doutrinas bíblicas? Sejamos atentos ao princípio: Tudo que vem realmente de Deus, estará sempre de acordo com a doutrina inspirada pelo Espírito Santo no Novo Testamento!

 

2) A Doutrina Bíblica sobre o Recebimento e o Batismo do Espírito Santo.

 

Se nós quisermos usar a doutrina bíblica como padrão para nosso exame, precisamos ter a certeza, de onde encontrá-la. No capítulo anterior deste livro descobrimos que a doutrina para os crentes da Igreja está no Novo Testamento (NT), ao passo que no Antigo Testamento (AT) não encontramos doutrinas para a Igreja Neo-testamentária pelo fato de que ela ainda era um mistério desconhecido dos autores da época (veja Efésios 3;4-7).

 

Dentro do quadro do NT já encontramos doutrinas do Senhor Jesus nos Evangelhos; mas é preciso reconhecer que a maioria delas se refere aos discípulos judeus e ao Reino Messiânico (Milênio de Cristo) futuro. Assim, nem todos, mas sim, só alguns dos ensinamentos do Senhor se aplicam diretamente à Igreja Neo-testamentária.

 

No livro de Atos não achamos doutrinas específicas referentes à Igreja, mas sim, um relato histórico sobre o surgimento dela, que descreve várias situações peculiares, que não podem ser aplicadas como padrão bíblico da atualidade. O livro de Apocalipse tem um conteúdo principalmente profético. Assim sendo, vemos que a fonte mais importante de doutrinas da Igreja e especificamente de doutrina do recebimento e batismo do Espírito se encontra nas cartas (Romanos a Judas). Ali está a famosa “Doutrina dos Apóstolos” (Atos 2;42).

 

a) A Doutrina Bíblica sobre o Recebimento do Espírito Santo.

 

Principalmente a Carta aos Gálatas nos responde à pergunta sobre o momento e a hora em que o crente recebe o Espírito Santo. Nestes textos está escrito que o crente em Cristo receberá o Espírito pela fé (veja Gál. 3;14), isto é, pela fé salvadora em Cristo, que por sua parte responderá com o novo nascimento: “…para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes (aos que creem).” Gál. 3;22, confira também João 7;39.

 

O crente recebe o Espírito Santo bem na hora que o Espirito Santo o converte (na entrega do comando da vida a Cristo) e do novo nascimento, nem antes, nem depois. Esta verdade é confirmada em Efésios 1;13: “…e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” Mais um reforço desta doutrina encontramos em Romanos 8;9:

 

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” Fica bem claro que cada crente recebe o Espírito Santo na hora da conversão e o próprio Espírito Santo, produz no eleito a regeneração e o novo nascimento. E agora entram os mestres do movimento carismático, tentando minar esta verdade, dizendo que sim, que o crente recebeu um pouco do Espírito, mas ainda falta a plenitude do poder divino. Este termo “um pouco do Espírito” mostra que eles consideram o Espírito de Deus como sendo uma força impessoal. E muitos grupos da RCC O tratam desta maneira mesmo.

 

Mas a Bíblia nos mostra que o Espírito Santo é uma pessoa, atribuindo a Ele caraterísticas típicas de pessoas, como ter sentimentos, pensamentos, que se comunica, adverte etc. Confira os seguintes versículos: Mateus 4;1, 10;20, Marcos 13;11, Lucas 12;12, João 14;16-17, 15;26, 16;13, Atos 5;3+9, 16;7, 18;5, Romanos 8;26, I Coríntios 12;11, Ef. 4;30, Filip.1;19, I Tim. 4;1, Tito 3;5, Hebr. 3;7, 9;8, 10;29, Tiago 4;5, II Pedro 1;21, I João 5;6-8, Apoc. 2;7, 22;17.

 

Uma vez confirmada esta certeza, que o Espírito de Deus é uma pessoa, e mais que isso, uma pessoa divina, fica também óbvio, que Ele só pode ser recebido como pessoa inteira ou não ser recebido. Não há possibilidade alguma de recebê-Lo por partes (“um pouco”).

 

Quando o Espírito vem na hora do novo nascimento para fazer habitação na vida do recém-convertido, Ele vem na Sua plenitude, com todo Seu poder. O quanto desta plenitude e poder se manifestará depois no dia-a-dia do crente, isto depende da capacitação que Deus concede ao cristão. Mas o ensino bíblico deixa bem claro que todos os que nasceram na família de Deus pelo novo nasci- mento, receberam a plenitude do Espírito naquela hora da entrega e submissão a Cristo. Naquele momento glorioso acontecem, despercebidas dos nossos sentidos, várias coisas no mundo espiritual ao mesmo tempo:

 

a) O Espírito Santo gera e faz nascer de novo o convertido (João 3;6);

 

b) O Espírito o santifica (Rom. 15;16, II Tess. 2;13);

 

c) Ele o batiza (= o submerge) no Corpo Espiritual de Cristo (I Cor. 12;13),

 

d) Ele o sela (Efésios 1;13),

 

e) Ele faz habitação permanente nele (I Cor. 3;16, II Tim. 1;14).

 

Resumindo: Toda a doutrina do Pentecostalismo, Neopentecostalismo e da RCC sobre o batismo espiritual como sendo uma segunda experiência depois do novo nascimento é falsa e contraria frontalmente a doutrina bíblica.

 

b) A Doutrina Bíblica sobre o Batismo do Espírito Santo.

 

Quais são os pronunciamentos bíblicos sobre o termo chave dos grupos pentecostais, o “batismo do Espírito Santo”? Será que a Bíblia conhece um batismo espiritual como experiência que se manifesta com sensações de poder sobrenatural, fluindo pelo corpo? Nada consta no AT, mas o NT nos traz várias informações a respeito.

 

O Anúncio do Batismo com o Espírito Santo.

 

Antes do aparecimento do Messias, João Batista anuncia que Jesus Cristo batizará com o Espírito Santo e com fogo (veja Marcos 1;7-8, Lucas 3;16, João 1;26-27). “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.” (Mateus 3;11-12). A tarefa de batizar com o Espírito de Deus é do Messias, do Senhor Jesus Cristo pessoalmente. Seu antecessor e servo João Batista não podia cumprir esta missão. O versículo 12 deixa evidente que o “batismo com fogo”, tão valorizado pelos grupos pentecostais, na verdade representa o juízo da ira de Deus.

 

Cristo batizará a todos eleitos que Deus envia a Ele com o Espírito de Santo, mas os que desobedecem ao Evangelho serão batizados com o fogo inextinguível do juízo. Desta forma, os muitos adeptos enganados do pentecostalismo que imploram pelo batismo de fogo, estão pedindo pela manifestação da ira de Deus, pela sua própria condenação.

 

Em Atos 1,4-5 o anúncio de João Batista é repetido e confirmado pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Este pronunciamento do Senhor se refere claramente ao derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes.

 

O apóstolo Pedro confirma esta relação, relatando aos irmãos os acontecimentos na casa de Cornélio em Atos 11;15-17. Desta forma aconteceu, ao descer o Espírito Santo no dia de Pentecostes, o batismo do Espírito.

 

O Objetivo do Batismo Espiritual Bíblico.

 

Mas ainda não sabemos qual a tarefa que este batismo cumpre no conselho divino. A resposta se encontra naturalmente nas cartas dos apóstolos. Vejamos I Coríntios 12;13:

 

“Pois em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” Aqui está a doutrina bíblica sobre o batismo do Espírito Santo: Esta obra do Senhor acontece no momento em que alguém chega arrependido aos pés de Cristo, e faz com que o indivíduo, quebrantado por dentro, mas confiante no Sangue de Jesus e na Graça Divina, seja introduzido como membro no corpo de Cristo.

 

Em outras palavras: no batismo espiritual bíblico o Espírito Santo toma uma pessoa natural, descendente de Adão, que seja das nações ou dos judeus, e a incorpora nesta nova entidade salvadora, formada no dia de Pentecostes, que é o Corpo de Cristo.

 

Esta obra maravilhosa de Deus não pode ser nem apalpada, nem sentida e também não vista, nem analisada; ela acontece junto com o novo nascimento e a aplicação do selo do Espírito. É uma obra invisível que é feita no homem interior. Vale enfatizar que não é ligada a visões ou sensações de correntes quentes passando pelo corpo e nem está acompanhada do dom de línguas. Mais uma vez fica evidente que os ensinamentos do Pentecostalismo e da RCC estão em franca contradição à doutrina dos apóstolos. Os falsos mestres retiram o batismo do Espírito do “kit completo” da Salvação e o descrevem como um degrau mais alto a ser alcançado depois do novo nascimento.

 

Mas a doutrina da “segunda bênção” é uma heresia que nega o fato que junto com Cristo recebemos tudo o que Deus quer dar aos Seus filhos (veja Rom. 8;32). A palavra em Efésios 1;3 destaca ainda mais o absurdo da ideia de uma “segunda bênção”: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;”. Para completar esta parte, queremos confirmar que existe uma operação do Espírito Santo, que facilmente é confundida com o tal “batismo do Espírito”, porque pode ser sentida e experimentada em vários momentos da vida cristã; estamos falando do Enchimento do Espírito. Esta obra divina é caraterizada de alegria transbordante e poder para testemunhar de Cristo em situações difíceis. Ela opera temporariamente e pode se repetir por muitas vezes. Confiram Atos 4;31, 7;54-60, 11;22-24, 13;7-11. Porém não se lê nada de outros sinais como falar em línguas ou sensações de correntes quentes passando pelo corpo, nem de visões ou de quedas etc.

 

Inclusive o estado de estar “cheio do Espírito”, mencionado e exigido em Efésios 5;18 é bem diferente do falso “batismo espiritual pentecostal, neopentecostal e da RCC”, porque depende da fidelidade à Bíblia e da obediência e devoção a Cristo de cada um.

 

c) Os Líderes Carismáticos apoiam seus Argumentos erroneamente no Livro de Atos.

 

Contra a clara doutrina nas cartas dos apóstolos, os líderes carismáticos apontam para exemplos registrados no livro de Atos, para defender sua ideia da “segunda experiência”.

 

Os Discípulos antes e depois de Pentecostes.

 

É comum que se use o exemplo dos doze discípulos e sua situação antes e depois de Pentecostes, argumentando que eles já eram crentes e nascidos de novo antes, mas que lhes faltava ainda o “batismo do Espírito”. Sem dúvida, é impressionante a transformação deles, que antes eram fracos e medrosos, e depois corajosos ao ponto de encarar qualquer perigo, testemunhando de Cristo.

 

Mas este tipo de argumentação compara “laranjas com bananas”, ou seja, não tem fundamento. Os discípulos não tinham passado pela experiência do novo nascimento e nem recebido o Espírito Santo, antes de Pentecostes. Por que não? Porque o Espírito de Deus foi derramado somente no dia de Pentecostes. Antes eles não tinham como nascer de novo. Confira João 7;39: “E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.” Os apóstolos, antes de Pentecostes, de certa forma estavam na base do Antigo Testamento, acreditando no Messias na Terra; nós, porém, acreditamos no SENHOR crucificado, morto e ressurreto, que está no Céu. Somente depois de ter completado a sua obra salvadora na cruz e ter entrado no Santuário Divino no Céu com seu próprio sangue, o Senhor Jesus pôde derramar o Espírito de Deus sobre as 120 pessoas no Cenáculo, ou seja, sobre a Igreja.

 

Antes de qualquer outra coisa, os corações dos fiéis reunidos tinham que ser purificados pelo Sangue do Cordeiro de Deus, para que o Espírito Santo pudesse fazer habitação neles, transformando-os em santuários divinos. Assim o Filho recebeu do Pai o Espírito de Deus para poder derramá-Lo sobre a Igreja (compare Atos 2;32-33). Desta maneira entendemos que a situação peculiar dos discípulos antes de Pentecostes não serve de argumento para contrariar a doutrina dos apóstolos nas Cartas. Fica também claro que o SENHOR, ao assoprar sobre eles, (João 20;22) somente transmitiu uma participação espiritual momentânea.

 

Os Discípulos de João em Éfeso.

 

Outro relato no livro de Atos é usado frequentemente para defender a doutrina da “segunda bênção”. É a pergunta do apóstolo Paulo dirigida aos discípulos de João Batista na cidade de Éfeso:

 

“Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes?” Atos 19;2. O texto parece ser um grande apoio para o ensinamento da “segunda bênção” – até examiná-lo a fundo. Estes judeus da diáspora evidentemente haviam visitado a cidade de Jerusalém um tempo atrás por ocasião de uma festa judaica religiosa, ouvindo a pregação de João Batista. Eles passaram a crer na mensagem sobre a proximidade do Messias obedecendo ao chamado para o batismo. Mas obviamente voltaram à sua terra natal, sem ter conhecido antes a pessoa de Cristo, a pregação d,Ele e a Sua crucificação. Nesta situação eles não eram crentes no sentido do Novo Testamento.

 

Faltava o apóstolo lhes explicar o Evangelho de Jesus Cristo e eles passaram a crer n,Ele, aceitando o batismo nas águas e em seguida recebendo o Espírito por imposição de mãos por parte do apóstolo. É fácil perceber que essa era uma situação bem peculiar que não pode servir de base para criar uma doutrina.

 

Comparem também o fato de que os judeus primeiro tinham que se batizar na água para depois receberem o Espírito (Atos 2;38), enquanto que os estrangeiros daquele tempo e nós das nações, hoje em dia, recebemos primeiro o Espírito para depois sermos batizados nas águas (Atos 10;47). Da mesma forma o recebimento do Espírito por imposição de mãos dos apóstolos era uma situação peculiar. Apesar disso observamos o surgimento de movimentos que proclamam a necessidade de termos outra vez homens com os mesmos poderes que os apóstolos de Cristo (inclusive para distribuir o Espírito por meio de imposição de mãos), e estes já estariam agindo para acelerar o despertamento mundial. Esta ideia não tem fundamento na Palavra. Aprendamos uma vez por todas que não podemos criar doutrinas que se apoiam em eventos históricos ou unicamente no livro de Atos. A base para qualquer doutrina sempre serão as Cartas dos Apóstolos (Romanos a Judas). O livro de Atos pode contribuir com exemplos ilustrativos para mostrar de que maneira os apóstolos agiam ou puseram em prática certas doutrinas registradas nas Cartas.

 

3) O Espírito Enganoso por atrás do “Batismo Espiritual” Pentecostal-Neopentecostal-Carismático.

 

Acabamos de aprender que o ser humano recebe o Espírito Santo como Pessoa Divina em Sua plenitude, no momento em que se converte e nasce de novo, experimentando o batismo espiritual bíblico. Nesta doutrina encontramos uma verdade de grande significado tanto para nossa vida espiritual, quanto para a Igreja em geral, ou seja: No Senhor Jesus Cristo está toda a plenitude da Divindade e n,Ele recebemos toda a plenitude de todas as bênçãos espirituais (Confira Coloss. 2;9-10 e Efésios 1;3) na mesma hora que O Espírito santo nos impele a aceitarmos O Sr. Jesus Cristo como nosso único; Senhor e Salvador. Ter somente Jesus Cristo como Senhor da nossa vida é mais do que suficiente. NELE temos toda plenitude e vida abundante (João 10;10) e tudo o que precisamos para nossa vida espiritual (II Pedro 1;2-3 e Rom. 8;32).  Cristo pode ser chamado de o Todo-Suficiente. Mais uma vez a doutrina pentecostal-neopentecostal-carismática do “batismo espiritual” como sendo uma “segunda bênção” se revela como heresia altamente perniciosa e nociva, porque ela nega exatamente esta total suficiência de Cristo.

 

O próprio Satanás usa esta heresia para convencer o cristão de que, embora aceitasse a Cristo como Senhor, ainda lhe falte uma parte importante para ter uma vida vitoriosa, ou seja, a plenitude do Espírito. O inimigo fala desta maneira: “Você precisa do meu batismo espiritual para viver a plena felicidade com Cristo!” Embora a Palavra de Deus afirme que o Pai nos doou tudo em Cristo, a Serpente consegue convencer muitos crentes de que ainda lhe esteja faltando a parte decisiva. Foi um procedimento bem parecido que ela usou na hora de seduzir a Eva e o Adão. Os crentes que consideram os próprios sentimentos como bússola, costumam sentir falta de “toda bênção espiritual nos lugares celestiais” (Efésios 1;3). Eles desejam sentir a presença e o poder de Deus, ainda mais que as próprias derrotas e pecados se repetem, “provando” que parece faltar mesmo o verdadeiro poder divino. Assim acabam buscando a “segunda bênção”.

 

Ainda não entenderam qual caminho a Bíblia aponta para nós recebermos o poder espiritual divino. Vejamos: Depois que já temos a plenitude do Espírito por meio do novo nascimento, é urgentemente necessário removermos todos os obstáculos de cunho pecaminoso que impeçam o fluxo do Espírito, por meio de arrependimento, confissão e mudança de atitude. Temos a nossa natureza carnal e egoísta que luta contra a obra do Espírito Santo em nós. Agora cabe a nós, mandá-la para a morte, pronunciando pela fé insistentemente as palavras de Paulo em Gálatas 2;20: “Estou crucificado com Cristo; logo já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;…” Confira também Gál. 5;16-24 e Rom. 6;11-14.

 

a) O Recebimento de Outro Espírito: A Advertência de II Coríntios 11.

 

Em vez de obedecer a estes ensinamentos bíblicos, os falsos mestres insistem em dizer que o crente precise buscar a “segunda experiência” para vencer as tentações e pecados. Este caminho é perigosíssimo e escorregadio ao extremo, uma vez que o verdadeiro crente já recebeu o Espírito Santo na hora do novo nascimento. A Palavra de Deus nos confirma isso.

 

Mas seguindo as doutrinas enganosas, ele passa a pedir pela plenitude do Espírito, pela “segunda bênção”. Parece até ser uma devoção exemplar, mas na verdade, ele está colocando a Deus como mentiroso, dizendo que ainda não tem o que ele já recebeu no novo nascimento (comp. I João 5;10). Não dá para receber o verdadeiro Espírito Santo por duas ou mais vezes.

 

Nem vale referir-se a Lucas 11:13 como fazem os enganadores – esta palavra valia para os apóstolos antes de Pentecostes e os encorajava a pedir pela chegada do Espírito de Deus. E assim o fizeram em Atos 1;12-14. Veja também Lucas 24;49 e Atos 1;4. A nós, porém, já foi dado o Espírito e não faz sentido pedir por ele pela segunda vez. Vamos avançar mais um pouco em nossa pesquisa bíblica. Uma vez que os líderes pentecostais, neopentecostais e da Renovação Carismática Católica (RCC) afirmam ter recebido uma “segunda bênção”, uma “segunda experiência” depois do novo nascimento, e, por outro lado, a Bíblia nos diz que o Espírito Santo é recebido uma vez só, fica evidente que os primeiros foram dotados por um espírito das trevas, por uma entidade mentirosa. Não há uma terceira alternativa. Não existem espíritos “misturados” como alguém sugeria no começo do movimento pentecostal. Já que a luz não se mistura com as trevas (II Cor. 6;14), esta versão é fantasiosa.

 

O crente que se deixou levar pelas heresias dos pentecostais e buscou o “batismo espiritual” como a segunda experiência, se encontra no terreno escorregadio do engano e da truculência. Os falsos mestres insistem que o cristão afaste todo raciocínio e pensamento crítico a respeito e que simplesmente se entregue ao Espírito. Muitas vezes esta afirmação é selada com a imposição de mãos.

 

Mas se o crente nesta situação se sente inseguro e ele ora: “Senhor, se isto não vem de Ti, me protege!”, ele não recebe a tal “unção”. O espírito da mentira somente pode tomar posse da pessoa, se ela deseja ardentemente esta experiência.

 

O Segredo da Enganação conforme II Coríntios 11;2-4.

 

A segunda carta aos coríntios nos ensina uma lição importantíssima no capítulo onze: O crente desatento que se deixa levar pelas emoções, pode acabar recebendo um espírito enganoso.

 

“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.” (II Cor. 11;2-4).

 

“Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” (II Cor. 11;13-15). Por meio destas palavras o Espírito de Deus desmascara as táticas espertas do diabo na tentativa de seduzir os crentes. O texto nos dá uma visão clara sobre a maneira da enganação agir dentro da Igreja, não somente a heresia pentecostal, neopentecostal e carismática, mas qualquer outra que hoje assola as igrejas. Os crentes em Corinto, sem dúvida, eram legítimos filhos eleitos de Deus, mas se encontravam ainda em um estado muito carnal emocional, mostrando grande falta de maturidade cristã. Depois da partida do apóstolo Paulo, outros, falsos apóstolos chegaram de Jerusalém, apresentando-se como servos do poder divino, com uma retórica impressionante (oradores fervorosos), convencendo os coríntios, que perto deles, o legítimo apóstolo Paulo não era grande coisa (confira II Cor. 11;5-6). Paulo começa a corrigir os coríntios, abrindo-lhes os olhos, para que pudessem perceber a camuflagem sofisticada dos servos do diabo.

 

Primeiro, eles se sentiam quase que enfeitiçados pelos ensinamentos supere spirituais que tinham ouvido. Mas agora o apóstolo, dirigido por Deus, está dizendo a eles que acabaram de ser enganados por estes falsos mestres, aceitando de bom grado um evangelho enganoso, um espírito mentiroso e um falso Cristo.

 

Os três Elementos Básicos da Sedução Demoníaca.

 

As três coisas que o apóstolo menciona no V. 4 de II Cor. 11 encontraremos em todas as correntes heréticas que assolam a Igreja. Elas fazem parte das ferramentas básicas que Satanás usa para seduzir os crentes em qualquer lugar do mundo. Precisamos conhecê-las bem.

 

*Um Jesus Falsificado.

 

Muitos custam a entender esta parte e me dizem: “Mas olha bem, como o pessoal da Renovação ama Jesus! Andam falando n,Ele, dirigindo orações sempre a Ele, afirmando a todo instante que amam Jesus sobre todas as coisas. Estes sim, são verdadeiros cristãos!” Acreditamos que o Sr. Está equivocado Rev. !!! Mas a Bíblia nos mostra que o inimigo manda anunciar um Cristo falsificado que não combina com o Jesus de Nazaré verdadeiro que se apresenta na Palavra de Deus. Tais falsos Cristos existem aos montes. Veja o falso Cristo das Testemunhas de Jeová, o falso Cristo da Religião Católica (que recebe adoração em forma de hóstia e que precisa ser sacrificado sempre de novo), o falso Cristo dos Mórmons, o falso Cristo da Teologia Arminiana e etc. Da mesma forma, no Pentecostalismo, Neopentecostalismo e na RCC, um falso Cristo se manifesta em visões e sonhos ou mensagens proféticas. Este, na verdade, é um anjo luminoso truculento, produto da enganação satânica. O verdadeiro Senhor Jesus não aparece visivelmente para nós, antes da Sua Volta em poder e glória (confira I Pedro 1;8). Mas este falso Cristo sim, aparece aos adeptos do Pentecostalismo e da RCC, sendo exaltado e adorado por eles com louvor em estilo Rock Gospel e MPB. Ele também se manifesta a eles em mensagens proféticas enganosas, pedindo que se misturem aos cristãos católicos e ortodoxos, formando uma grande família ecumênica.

 

Um teólogo destacado dos grupos carismáticos, Arnold Bittlinger, chamou este falso Cristo deles de “o arquétipo” ou a forma original do xamã (feiticeiro, curandeiro pagão), que transmite cura e poder. O pregador da Renovação Carismática Católica (RCC), Merlin Carothers, descreveu uma visão da presença de “Cristo” da seguinte maneira: “De repente eu estava no Espírito e vi a Jesus na minha frente ajoelhado. Ele segurou meu pé e deitou a cabeça nos meus joelhos dizendo: “Eu não quero usar você, mas pelo contrário, quero que você faça uso de mim.” Dá para perceber logo que se trata de uma falsificação espírita, que está de acordo com o pensamento mágico do paganismo (compara a verdadeira aparição de Cristo em Apocalipse 1;10-20). O falso Cristo do Pentecostalismo e da RCC se introduz entre o crente e o verdadeiro Cristo e começa a chamar a atenção do adepto para si mesmo, recebendo a adoração que pertence ao verdadeiro Cristo.

 

* Um Espírito Santo Falsificado.

 

A Bíblia testemunha que crentes podem receber um espírito demoníaco, um espírito enganoso e sedutor (I Tim. 4;1), desde que se abrem de coração ingênuo e crédulo. Este falso espírito tenta se fazer de Espírito Santo (compare II Tessalon. 2;2). Mas suas mensagens e seus frutos o desmascaram como espírito enganoso. Os cristãos em Corinto aceitaram as mensagens dos falsos apóstolos, recebendo em consequência um espírito sedutor, que os levava por caminhos equivocados onde acabaram perdendo toda orientação e todo discernimento.

 

Mas este batismo espiritual, da forma como acontece no Pentecostalismo e na RCC, onde se transmite um espírito falso, não pode ser interpretado como uma possessão demoníaca – pelo menos não em crentes nascidos de novo; visto que eles estão selados com o Espírito Santo (veja Coloss. 1;13). O que acontece nestes casos é o acompanhamento constante pelo espírito das trevas, que se manifesta em visões, vozes, pensamentos involuntários, sensações forçadas, ações involuntárias e depressões. Em pessoas que não passaram pelo novo nascimento, possessões são possíveis. Isso vale, por exemplo, para católicos que se abrem para o misticismo ou para a RCC e em consequência disso recebem um espírito das trevas que os rouba todo discernimento e bom senso. Eis o segredo da persistência e resistência a correções destas heresias.

 

* Um Evangelho Falsificado.

 

Na carta do apóstolo Paulo, dirigida aos Gálatas, Deus nos mostra com todas as letras que é possível que falsos mestres nos preguem um evangelho falsificado, uma “mensagem de salvação” distorcida e mentirosa (compare Gál. 1;6-9, 3;1, 5;7-12). Estes fatos acontecem em todas as heresias que assolam a Igreja e o Pentecostalismo, Neopentecostalismo e a RCC não fazem exceções.

 

No movimento pentecostal clássico, a falsificação se mostrava em adições, feitas à sã doutrina. Idem nas igrejas da Galácia, onde os falsos mestres acresceram a circuncisão dos homens como exigência divina, o que acabou estragando todo o Evangelho. No caso do Pentecostalismo, as adições se mostravam principalmente na proclamação da cura divina que faria parte da salvação da alma. Nisto aconteceu uma grave inversão de valores. Um valor terreno, limitado a esta vida (a cura), foi igualado à eterna salvação da alma. Além disso, havia elementos da heresia, chamada “a santificação total” e a convicção de um “coração 100% livre de pecado”. Isso tudo faz parte do chamado “Pleno Evangelho”.

 

Muitos líderes carismáticos falsificam o Evangelho com elementos da Nova Era, tais como “o pensamento positivo” ou fórmulas mágicas de “fé”, constituídas em palavras de ordem ou lemas repetitivos. Veja aqui um exemplo, transmitido por uma emissora evangélica: “Se você quer ter saúde, força e sucesso, venha para Jesus e se ligue com a corrente do poder sobrenatural!” Esta é a maneira de proclamar um evangelho falsificado, onde não se fala da fé na morte de Cristo e do arrependimento. É o falso evangelho da prosperidade que vem ao encontro da expectativa carnal e egoísta de pessoas pagãs.

 

b) Os Frutos desmascaram o falso espírito.

 

Muitos crentes, hoje em dia, enfrentam dificuldades em pronunciar tal sentença bíblica sobre o espírito que age no Pentecostalismo e na RCC. Eles fazem observações superficiais das manifestações e frutos deste espírito e hesitam em aplicar o padrão da Palavra de Deus sem parcialidade.

 

Observações superficiais não ajudam em nada, uma vez que o espírito enganador tenta imitar manifestações legitimas do Espírito Santo. À primeira vista temos um quadro meio confuso, onde parece ter uma mistura de elementos bíblicos-espirituais com elementos egoístas-carnais, emocionais e demoníacos. Mas, na verdade, a realidade é outra. Examinemos o espírito falsificado destes movimentos conforme o padrão bíblico e chegaremos a uma conclusão bem definida. Em I João 4;1 somos chamados a provar os espíritos:

 

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai (examinai, pesquisai) se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” O Espírito de Deus nos capacita a fazer isso por meio da Sagrada Escritura.

 

A base para o exame é a certeza de que todas as ações e manifestações do Espírito Santo de Deus estarão sempre de acordo com a Palavra escrita na Bíblia, sabendo que ela foi inspirada pelo próprio Espírito Santo. Qualquer coisa que contradiz a Palavra de Deus, nós não podemos aceitar como sendo de origem divina.

 

O espírito enganador, por sua parte, tenta impedir o exame, ameaçando que isso implicaria no pecado imperdoável contra o Espírito Santo. Mas um crente nascido de novo não pode cometer este pecado, já que ele é selado pelo Espírito Divino. O pecado imperdoável foi cometido pelos fariseus que, ao verem o Senhor Jesus agir no poder de Deus e sendo convencidos no coração que Ele era o Cristo, declararam, que isso era manifestação das trevas.

 

Se nós sendo por deus capacitados á obedecermos ao mandamento de examinar os espíritos, o próprio Espírito Santo nos ajudará nesta tarefa. Começando perguntamos: Quais são as manifestações e frutos do espírito enganador que age nos movimentos pentecostal e carismático?

 

1) Profecias e Doutrinas que contradizem a Doutrina Bíblica.

 

O espírito mentiroso que age nos crentes enganados, às vezes faz pronunciar versículos bíblicos para camuflar sua origem diabólica. Mas a maior parte das mensagens proféticas e das doutrinas “inspiradas” estão em franca contradição à Palavra de Deus. Os exemplos mais conhecidos são o anúncio de um derramamento global do Espírito e o chamado do Jesus falsificado a se unir ao movimento ecumênico que se aproxima do Vaticano.

 

Mas existem também exemplos menos conhecidos como a escolha de mulheres para posições de liderança e doutrinamento feminino na Igreja (o que contradiz a ordem em I Tim. 2;12), além das heresias da cura divina, da prosperidade, da confissão positiva (palavra da fé), da expulsão de demônios etc.

 

O espírito enganador espalhou nas igrejas um milhão e meio; de heresias e procedimentos antibíblicos, que se referem expressamente a “revelações” e “visões” dadas pelo Jesus falsificado. Eis a prova definitiva, que tal espírito não é idêntico ao Espírito Santo.

 

2) Manifestações e Frutos que contradizem a Bíblia.

 

Em muitas pessoas crentes que recebiam o falso batismo espiritual, seja por imposição de mãos ou não, surgem sintomas alarmantes como o desejo de se suicidar, depressões, sensação de estar condenado e rejeitado por Deus, sensação constante de culpa sem motivo, perda da certeza da salvação, pensamentos constrangedores, ouvir vozes estranhas e, em outros casos, psicoses, esquizofrenias etc. São sinais claros de influências demoníacas, que revelam a procedência deste espírito diabólico nas igrejas. Da mesma forma encontramos manifestações deste espírito falsificado em grandes reuniões, onde se observam fenômenos como a queda para trás de dezenas ou até centenas de pessoas ao mesmo tempo, como se fossem derrubadas por uma mão invisível, outros tantos no chão desmaiados ou em transe, alguns com um tremor incontrolável, outros dando gargalhadas histéricas, e mais outros dando latidos, grunhidos, etc.

 

E o quadro se completa ouvindo alguém dizer que estão “embriagados no espírito”, enquanto cambaleiam pelo palco ou “dançando no espírito” mostrando uma coreografia “inspirada”. Tudo isso não consta na descrição da vida cristã no Novo Testamento e contradiz frontalmente as caraterísticas do Espírito Santo, registradas na Bíblia.

 

“Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (II Cor. 3;17). O verdadeiro Espírito Santo jamais constrangeria pessoas crentes e eleitas; a fazerem coisas contra a sua vontade, nem transformaria pessoas em marionetes. É como diz I Cor. 14;32: “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.” O Espírito de Deus testemunha com o nosso espírito, adverte a nossa consciência e nos encoraja a fazer a vontade de Deus – mas em todo nosso agir, mesmo dirigidos pelo Espírito, o controle do procedimento e a responsabilidade ficam conosco.

 

O Espírito Santo produz dentro de nós o poder para obedecer a Palavra Bíblica, o amor e o domínio próprio (autocontrole, moderação, temperança...). Compare I Tim. 1;7. Qualquer ação imposta de fora, sob constrangimento ou “teledirigida”, transformando o crente em marionete inconsciente, é prova de influência diabólica (confira I Cor. 12;2, Marcos 5;1-5). Satanás escraviza pessoas, “apagando” a personalidade delas, para poder fazer coisas por meio dos seus corpos, que elas não fariam voluntariamente.

 

O famoso e já falecido John Wimber testemunhou, no seu tempo, sobre sua experiência do “batismo espiritual” dizendo que, enquanto estava deitado no chão, uma força invisível o segurava lá durante mais de meia hora, e mesmo fazendo todo esforço possível para levantar, ele não conseguia. Tal poder jamais veio de Deus. “E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam.” Marcos 9;17-18.

 

O mesmo fenômeno acontece no meio pentecostal e carismático. O espírito demoníaco apanha os que se entregam a ele, assumindo o controle sobre sua personalidade. Em seguida os joga no chão – sinal claro da ação demoníaca e jamais da obra do Espírito Divino. Note bem que na Bíblia há registros de pessoas que caíram de rosto em terra na presença de Deus ou do Anjo do Senhor. Mas nas reuniões e cultos das atuais, “igrejas” pentecostais, neopentecostais e da RCC, as pessoas costumam cair de costas. E estas quedas para trás, registradas também na Bíblia, representam o juízo divino executado nos pecadores. Confira, por favor, os seguintes textos: Gênesis 49;17, I Sam. 4;18, Jó 12;19, Eccl. 12;7, 24;16, Isaías 26;5, 28;13, João 18;6. Impossível apresentar tais eventos como sendo provas de bênçãos divinas. Mais um aspecto destas quedas no meio carismático é a forma em que mulheres ficam deitadas no solo de maneira indecente e chamativa. Em muitos lugares existem cobertores preparados para cobrir os corpos destas criaturas infelizes. Sobre este assunto a Bíblia tem sentenças bem claras: Êxodo 20;26, Êx. 28;42, Gên. 9;22-23.

 

3) Divisões, Seitas e Pecados de Imoralidade.

 

As heresias ditas: Pentecostais, Neopentecostais e a Renovação Carismática Católica (RCC); afirmam ser movimentos de grande despertamento espiritual que promovem manifestações divinas em toda sua plenitude. Posto que fossem isso mesmo, deveriam causar em consequência disso uma união maior entre os crentes e aumentar cada vez mais o amor fraternal dentro das igrejas. Mas o que se observa é o absolutamente; contrário. Por onde este espírito penetra nas igrejas, surgem divisões e sectarismo. O derramamento deste espírito enganador dividiu de 1906 em diante inúmeras igrejas e denominações, inclusive históricas como no caso da Igreja Metodista.

 

O próprio movimento pentecostal se dividiu muitas vezes entre si desde o começo. O primeiro pioneiro, Parham, desconfiava do seu colega negro, Seymour, na Azuza Street e chamou o despertamento que aconteceu por lá de “obra maligna”.

 

Da mesma forma, de lá para cá, um grande número de líderes “ungidos” e “novos apóstolos” se acusam mutuamente de viverem em pecado para poderem “roubar” as ovelhas um do outro. Até hoje acontece que igrejas bíblicas perdem seus grupos de jovens que são levados pelo espírito enganador carismático.

 

O espírito mentiroso destes movimentos também produz outros frutos podres como a ganância e o enriquecimento ilícito que caracteriza muitos líderes evangélicos populares, “profetas” e “homens de Deus”. Mas em I Tim. 6;3-10, estas são as “credenciais” dos falsos mestres.

 

Além destes males, acumulam-se outros pecados chocantes na vida de tantos “líderes famosos”, (aparentemente tão cheios do Espírito) como: alcoolismo, mentiras, desvio de doações financeiras, fraudes, e principalmente adultérios, divórcios, prostituição, abusos de menores etc. Entre os nomes mais famosos constam Jim Bakker, Jimmy Swaggart, Earl Paulk, Paul Crouch, Paul Cain, Todd Bentley e outros. E no Brasil também não param de surgir acusações deste gênero contra “pastores” destes movimentos nefastos.

 

Outro fruto podre desta perniciosa doutrina se    observa na África, onde “missionários pentecostais e neopentecostais” espalham há muitos anos a ideia da “segunda experiência”, transmitida por imposição de mãos e acompanhada do dom de línguas. Destes grupos pentecostais e neopentecostais africanos se formaram seitas com crescimento rápido que, sob liderança de “profetas” e “apóstolos” nativos praticam a magia negra africana, misturada com elementos pentecostais e neopentecostais, tais como a “cura divina”, “profecias” e o dom de línguas.

 

Examinando todos estes frutos heréticos do “espírito” dos movimentos pentecostal, neopentecostal e carismático, fica evidente que neles não age o Espírito de Deus, mas sim, um espírito enganador das trevas. Esta percepção já foi registrada na Declaração de Berlím no ano 1909, onde servos de Deus de renome daquela época formaram um texto analisando o pentecostalismo recém-nascido pelos seus frutos.

 

Como livrar-se do espírito enganador?

 

Quando um filho de Deus percebe que pecou entregando-se a um espírito enganador, recebendo-o talvez até por imposição de mãos, a pergunta urgente é esta: Como posso me livrar desta força maligna? A resposta é simples: Por meio de um arrependimento sincero, confissão deste pecado na presença de Deus e renúncia total e irrestrita (inclusive o abandono e fim de contato com o grupo herético). Procure com urgência; uma Igreja Presbiteriana Ortodoxa, Trinitariana ou Batista Reformada!!! Fuja das “teologias” Pentecostais, Neopentecostais, Carismáticas e aquelas que se intitulam: “Renovadas Sabatistas...”.

 

Não é indicado fazer uma expulsão, uma vez que não se trata de possessão, e sim, de um acompanhamento do poder das trevas. Lembre-se de que um verdadeiro filho eleito de Deus não pode ficar possesso! Ele já foi tirado da potestade das trevas e transportado para o Reino do Filho (veja Colossenses 1;13).

 

Às vezes, o inimigo tenta recuperar a posição perdida na vida do crente, mas se ele continua se apoiando firmemente no sacrifício de Cristo, no Sangue derramado na cruz, ele terá a vitória completa. Esta libertação representa um ponto de transição importante; lembrando que o Espírito Santo ficou entristecido e apagado, enquanto o espírito enganador dominava aquela vida. Mas agora Ele voltará a agir e curar a vida espiritual do crente. Vale reprisar que um profundo arrependimento (mudança de atitude) com respeito às doutrinas enganosas, práticas e pensamentos mágicos, exorcismos etc. é fundamental neste processo.

 

Junto com o estudo profundo da sã doutrina bíblica (Doutrinas da Graça) e de uma nova entrega consciente e decidida ao verdadeiro Cristo, o crente terá uma recuperação completa.

 

4) Conclusão: Precisamos de um Despertamento Verdadeiro e de uma Vida que reflita a Plenitude do Espírito Santo!

 

Muitos representantes dos heréticos; movimentos: Pentecostais, Neopentecostais e da RCC; acusam os críticos do movimento, de defender uma igreja fria, formal e engessada, sem poder nem amor divino, que rejeite a obra do Espírito de Deus. Esta é uma acusação sem fundamento, principalmente no que se refere ao autor deste trabalho. A esmagadora maioria dos líderes e crentes fiéis à sã doutrina confessará que, em geral, nas suas igrejas locais faz falta uma entrega e dedicação mais completa a Cristo e uma vida que reflita realmente a plenitude do Espírito Santo.

 

Nós temos necessidade de nos humilhar e confessar que carecemos de poder, pureza, obediência e amor. Fazemos concessões carnais, entristecendo o Espírito Santo. Sim, nós queremos buscar um verdadeiro despertamento espiritual, orando e traçando o caminho para tornar-nos cheios do Espírito. E este caminho se chama arrependimento e auto humilhação. Precisamos aprender a fazer verdadeiras súplicas pelo povo de Deus, da mesma forma que Daniel, Esdras e Neemias fizeram (veja Dan. 9, Esdr.9, Neem. 1 e 9). Nestes tempos finais que vivemos, o verdadeiro despertamento espiritual não se manifestará em “conversões de multidões”, mas sim, em primeiro plano, no próprio povo de Deus que acorda da sua fé morna e da conformidade com o mundo, para se dedicar nova e inteiramente a Cristo. Quando nós rejeitamos as famosas palavras de ordem como “despertamento de massas” e “batismo de espírito pentecostal”, o fazemos lembrando que tais manifestações enganosas representam um dos maiores obstáculos para o verdadeiro despertamento espiritual entre o povo de Deus. Nada impede mais o agir do Espírito Santo nas igrejas, do que esta corrente espiritual herética e enganosa, com seu despertamento falsificado e diabólico.

 

Nos tempos finais existirá um pequeno remanescente que continuará sendo fiel ao Senhor e à Sua Palavra (confira Apoc. 3;7-13). Oremos irmãos, para que este remanescente se humilhe, se arrependa e se purifique, e que assim seja renovado e fortificado com a plenitude espiritual restaurada para servir ao Senhor até que Ele volte em poder e glória!

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

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