O Pentecostalismo, Neopentecostalismo e a Renovação Carismática Católica – representam o despertamento "esperado" ou a sedução de espíritos enganadores dos tempos finais?
Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
Vamos agora desmontar o ninho da serpente!!!
Graça e Paz;
amada congregação dos eleitos de Deus no Amado Jesus Cristo. Bom, agora que sabemos
um pouco sobre a heresia Arminiana; E sobretudo, sobre o Sínodo de
Dort, que se reuniu para livrar a igreja reformada Holandesa, das heresias
defendidas pelos discípulos de Jacob Arminio; passaremos agora a analisar a evolução
desta heresia com o advento dos movimentos: Pentecostais, Neopentecostais
e na Renovação Carismática Católica; Bons estudos amada congregação dos
Eleitos de Deus no amado Jesus Cristo; desde a fundação do mundo.
Para começar,
queremos examinar a apresentação que o Pentecostalismo, o Neopentecostalismo e
a Renovação Carismática Católica; fazem de si mesmo e que parece ser tão
atraente. Conforme as doutrinas e anúncios proféticos deve haver um grande
derramamento do Espírito Santo nunca antes visto nos Tempos Finais, abrangendo
o mundo inteiro. E o nascimento do Pentecostalismo no começo do Séc. XX
era meramente o prelúdio.
A expectativa
de despertamentos e poderosos derramamentos do Espírito Santo em grande escala
fazem parte das convicções básicas destes movimentos. Parece muito fascinante,
poder fazer parte de uma grande intervenção de Deus.
A pesar
destes sentimentos histéricos/eufóricos que causam, precisamos
examinar objetivamente o que a Bíblia fala sobre estas expectativas do grande
derramamento do Espírito Santo.
1) A Visão Pentecostal, Neopentecostal e Carismática; sobre o Grande Despertamento
do Espírito Santo nos Tempos Finais:
Estes
movimentos, pensam estar representando a primeira onda de um grande derramamento
do Espírito Santo nos Tempos Finais antes da volta de Cristo. Seus seguidores entendem
o versículo em (Joel 3;1) como uma promessa de Deus de derramar do seu Espírito sobre a igreja e
sobre todas as nações da terra – sobre “toda carne”. Eles entendem que isso
abrangeria milhões e até bilhões de pessoas. Inúmeros profetas do movimento no
decorrer dos anos anunciaram ter recebido visões e revelações sobre um poderoso
despertamento e derramamento do Espírito em escala mundial, que será um
verdadeiro “segundo Pentecostes”. No decorrer deste evento a igreja seria revestida
de todos os dons sobrenaturais do tempo dos apóstolos, como profecia, cura divina,
falar em línguas desconhecidas, expulsar demônios etc. Eles nos afirmam que nos
Tempos Finais Deus levantaria novos apóstolos e profetas que levariam o povo de
Deus ao grande despertamento.
Os grupos pentecostais,
neopentecostais e a renovação carismática Católica; tomam como sua a missão de
causar este grande despertamento. Os meios para alcançar esta meta são reuniões
de oração e estratégias de “guerra espiritual” realizadas em grandes campanhas evangelísticas com manifestações
destacadas de curas, sinais e milagres. Pregadores internacionais, como Benny
Hinn e Reinhard Bonnke, (entre outros) são mundialmente conhecidos e convidados
para estes eventos. As marchas para
Jesus servem ao mesmo objetivo. Além disso existem os apóstolos e profetas do
próprio movimento que tem um papel muito especial, já que suas mensagens e
ordens “recebidas” precisam ser seguidas à risca para que a “chuva serôdia”
possa cair.
Esta visão,
sem dúvida, é muito atraente para a maioria dos incautos: Imaginem, uma
igreja poderosa, com crescimento rápido, que conquistará o mundo inteiro e por
isso vai ter muito mais sucesso e glória que a igreja primitiva dos apóstolos
de Cristo.
Os líderes
destes movimentos têm uma visão global dinâmica e muito otimista, conseguindo
mobilizar multidões, principalmente em países do “Terceiro Mundo”. O sucesso
inegável parece confirmar a autenticidade divina dos seus líderes.
Estes, com
muita satisfação, nos apresentam os números que confirmam, que o
Pentecostalismo, o Neopentecostalismo e a Renovação Carismática Católica; fazem
parte dos grupos cristãos que mais crescem no mundo. Avaliações chegam a 400
milhões de adeptos, cuja maioria vive na América Latina, na África.
Mas a pergunta
examinadora para descobrir a veracidade das doutrinas pentecostais e
carismáticas não é, se elas são atraentes ou não, nem se tem muito sucesso ou
não. A única pergunta que todos os cristãos verdadeiramente nascidos do Espírito Santo precisam fazer
é, se estas doutrinas são verdadeiramente fundadas na Bíblia. Será que estão de
acordo com os ensinamentos dos apóstolos registrados nas Sagradas Escrituras?
A Bíblia exorta
os verdadeiros Eleitos de Deus a serem atentos e vigilantes nestes
tempos finais, já que falsos profetas e mestres tentarão nos enganar e seduzir.
“Porque
surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios
que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito”.
(Mateus 24;24.25).
“Amados, não creiais
a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos
falsos profetas se têm levantado no mundo”. (I João 4;1).
Por este
motivo queremos examinar sóbria e cuidadosamente os ensinamentos, as mensagens
proféticas, os poderes e dons dos movimentos pentecostal, neopentecostal e da renovação
carismática católica; com a ajuda da única régua e padrão seguros, porque,
foram dadas aos eleitos, pelo próprio Deus, as Sagradas Escrituras.
“Toda a Escritura
é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (II Timóteo 3;16.17).
2) Despertamento ou Apostasia? O que a Bíblia ensina sobre os Tempos
Finais?
A primeira
dúvida a ser esclarecida vai ser, se a Bíblia confirma as previsões dos
profetas e mestres pentecostais sobre um derramamento do Espírito Santo em
escalada global, que já estaria às portas para acontecer. O que a Bíblia ensina
sobre os desenvolvimentos no mundo e dentro da igreja na véspera da volta de
Cristo?
a) A Importância do Ensinamento Bíblico.
Antes de começar
o exame propriamente dito, queremos mostrar a importância, que o ensinamento da
sã doutrina da Bíblia tem para nós, Cristãos Reformados dos tempos
finais. Infelizmente existem hoje muitos “doutores”, “mestres” e “profetas” que
contam histórias emocionantes, em vez de anunciarem a Palavra pura de Deus (compare
II Tim. 4;3.4, Jeremias 23;16-18 e 25-29).
Eles ensinam coisas
erradas que não estão de acordo com a Bíblia. O truque deles costuma ser, que
eles apontam um versículo que de fato está escrito na Bíblia, mas é retirado do
meio dos outros versículos que estão ao lado. Assim conseguem dar outro
significado e outro conteúdo às palavras lidas. O versículo bíblico acaba sendo
violentado e distorcido para poder manipular os ouvintes.
Muitos crentes
se deixam enganar por estes falsos mestres e passam a confiar neles. Muitos se
deixam impressionar pela retórica perfeita, pelo carisma, pelo entusiasmo que
eles transmitem aos ouvintes. E não poucas vezes se deixam seduzir, porque o
pregador sabe acariciar e despertar sutilmente o egoísmo e a ganância dos ouvintes
incautos. O que mais faz falta em muitos filhos de Deus é um discernimento
espiritual agudo e um fundamento firme nos ensinamentos bíblicos.
Eles são
“levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com
astúcia enganam fraudulosamente” Efésios 4;14.
De que
maneira poderemos nos proteger deles? Como é que chegaremos a um claro
entendimento da doutrina bíblica? Um aviso importante recebemos dos judeus que
moravam em Beréia, como está escrito em Atos 17;11: “…de bom grado receberam a Palavra,
examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.”
Condições para poder entender a Doutrina Bíblica.
Antes de mais
nada é preciso ter uma atitude íntima de sinceridade perante nosso Senhor Jesus
Cristo e uma vida saudável no discipulado para poder nos aprofundar na
doutrina. Se não praticarmos a obediência de fé perante a Palavra de Deus, se
não tivermos uma comunhão íntima e pessoal com o Senhor Jesus, o estudo das
doutrinas nos dará somente conhecimento intelectual.
E este não te
protege dos enganos de falsos mestres. Além desta verdade, a Bíblia nos mostra três
coisas que podemos fazer para contribuir com o entendimento da doutrina
bíblica.
1. Precisamos adquirir um conhecimento geral
profundo da Bíblia. Veja como os falsos mestres quase sempre usam certos
versículos fora do contexto para justificar suas doutrinas enganosas. Isso vem
de longe. Confira na tentação do nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 4;6, como
Satanás usou versículos bíblicos para justificar a sua sedução. Satanás é o
chefe dos falsos mestres.
E igual a
ele, eles colocam um outro significado aos versículos mencionados e ao mesmo
tempo escondem outros tantos versículos que contrariam a distorção. Por este
motivo importa que nós possamos desmascarar os enganadores, como o nosso Senhor
fez com o diabo, dizendo: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu
Deus!” (Mateus 4;7). Para nós podermos adquirir este conhecimento abrangente, precisamos fazer
uma leitura sistemática da Bíblia “de capa a capa”.
2. Baseado no conhecimento de toda a Escritura
desenvolvemos também o entendimento da doutrina bíblica. Ela, por sua vez, não
se encontra alistada de forma organizada, igual à maneira dos livros didáticos
em geral. Nas Escrituras Sagradas encontramos ensinamentos sobre um mesmo
assunto doutrinário espalhados por vários livros bíblicos. Estes ensinamentos se
completam e se explicam mutuamente. Teremos um quadro completo ao estudá-los e
interpretá-los, relacionando-os uns com os outros. Basicamente faremos sempre as
duas perguntas que seguem: a) O texto fala de quem? e b) Os pronunciamentos são dirigidos a quem? Para começar discernimos entre:
a) Revelações divinas para o povo israelita;
b) Revelações divinas para as nações;
c) Revelações divinas para a igreja de Cristo;
Comparem I Coríntios 10;32 Todos os pronunciamentos da Bíblia são importantes para nós de alguma forma. Mas nem todos podem ser aplicados diretamente para a igreja neo-testamentária. Vejam por exemplo as leis do sábado e da circuncisão. Nesta base acima mencionada conseguimos entender e trabalhar os pensamentos de Deus. A legítima doutrina bíblica se apoia em toda a revelação da Escritura Sagrada e não contradiz a nenhum pronunciamento bíblico em outros trechos. Desta forma respeitamos o desenvolvimento da história da salvação que Deus revela na sua Palavra.
3. Mais uma condição para o perfeito
entendimento da doutrina bíblica é o significado chave da doutrina apostólica
registrada nas cartas dos apóstolos (Romanos a Judas). Comparem Atos 2;42. Embora está escrito que Deus falou nestes últimos dias pelo Filho, Cristo,
no seu tempo na Terra não podia falar de todos os segredos e doutrinas com
respeito à igreja e à futura dispensação da graça, principalmente pela falta de
entendimento espiritual dos discípulos. Comparem João 16;12-15.
Mas depois do
nascimento da Igreja no dia de Pentecoste, o Espírito Santo ensinou os
apóstolos e estes por sua parte transmitiram a doutrina recebida do seu Divino
Senhor Jesus Cristo por meio das cartas. Comparem Romanos 16;25.26, Efésios
3;2-11 e Colossenses 1;24-29. Esta doutrina dos apóstolos é o padrão para a nossa
fé e vida de crente na igreja. Comp. I Coríntios 11;1.2, I Cor. 14;37, II Timóteo 1;13.14 e II Tim. 3;10. As cartas dos apóstolos são também a chave para o entendimento e a
interpretação correta do Antigo Testamento, dos quatro Evangelhos e do livro de
Atos para nós crentes da igreja reformada. Observando estes princípios,
conseguiremos descobrir e desmascarar as distorções e as más interpretações dos
falsos mestres.
Procedimentos para o estudo da Sã Doutrina.
Acabamos de
descobrir que para o bom entendimento da doutrina bíblica é necessário fazer
uma leitura ampla e profunda. Além de ler a Bíblia “de capa a capa” fazemos bem
em pesquisar também, quais são os pronunciamentos da Sagrada Escritura sobre
assuntos específicos, procurando entender os respectivos versículos, e depois
relacioná-los com outros trechos do mesmo significado.
Certos recursos estão à nossa disposição:
a)
Usaremos uma tradução bíblica fiel (Almeida Revista e Corrigida Fiel. ACF da SBTB. Sociedade Bíblica
Trinitáriana do Brasil); que reproduz
o texto bíblico fiel ao original, sem as distorções caraterísticas de traduções
modernas (Linguagem de Hoje, Versão Internacional e outras...) e livre de influências
da teologia liberal (Almeida Revista e Atualizada) enfim, evite às traduções da
SBB, CPAD e Central Gospel; dentre outras... Priorize sempre a SBTB. Sociedade Bíblica Trinitáriana do Brasil.
b) Usaremos uma concordância bíblica exaustiva ou
um programa Bíblia Online (Preferencialmente de
Teologia Reformada); para encontrarmos
qualquer versículo e qualquer palavra que faz parte da nossa pesquisa das
Sagradas Escrituras.
c) Usaremos, se for do nosso alcance,
comentários bíblicos fiéis como: “Comentário Bíblico Popular”, da autoria de
William Mc Donald ou “Conheça a Sua Bíblia” Comentário Ritchie do Novo
Testamento, Edições Cristãs ou “Manual de Escatologia Bíblica” de autoria do Rev.
Prof. Dr. Albuquerque G. C. “Institutas da Religião Cristã de João Calvino” Editora
Vida, Comentário Bíblico Vida Niva.
E agora voltaremos
à questão inicial propondo pesquisar e descobrir, se o anúncio do movimento
pentecostal sobre um suposto despertamento mundial nos Tempos Finais está de
acordo com os pronunciamentos da Bíblia.
b) O Mundo das Nações nos Tempos Finais –Despertamento Espiritual ou
Rebelião contra o SENHOR?
A esmagadora
maioria dos grupos pentecostais e carismáticos são convencidos da ideia que, em
um futuro próximo, milhões e até bilhões de pessoas, ou seja, cidades e nações inteiras
se converterão a Cristo. Esta expectativa se baseia no tão ansiosamente
esperado grande derramamento do Espírito Santo, profetizado em Joel 2;28:
“…depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas
filhas profetizarão…” Eles entendem que a expressão “sobre toda a carne” se
refira a todas as pessoas na Terra. A palavra profética da Bíblia é confiável e
nos revela o significado destas profecias com segurança. Vejamos bem. Qual é o
quadro que a Bíblia desenha do mundo pouco antes da volta de Cristo em grande
poder e glória? Estarão bilhões de cidadãos batizados no Espírito Santo reunidos
à Sua espera, recebendo-O com júbilo?
Dentro dos limites
deste livro não será possível contemplar todos os trechos bíblicos que falam a
respeito. Escolheremos somente os mais importantes. Mas estes são suficientes
para nos transmitir um quadro claro e bem definido. Começaremos com a profecia
daquele profeta, que é O PROFETA dos profetas, que os inspirou a todos:
JESUS CRISTO!
“Porque, como
o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade,
assim será também o Filho do homem no seu dia. (…) E, como aconteceu nos dias
de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam,
e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o
dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias
de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia
em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim
será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” Lucas 17,24-30.
O Senhor
Jesus declara nestas palavras que a situação do mundo no dia da sua volta será
muito parecida a dos dias antes do dilúvio, ou seja, dominada pela impiedade e
rebelião contra Deus. Assim podemos entender que vale também para as nações de
hoje, o que diz Gênesis 6;5: “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara
sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má
continuamente.” E certamente Deus sentencia sobre a humanidade dos Tempos
Finais da mesma forma que em Gênesis 6;11.12: “A terra, porém, estava
corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus
a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o
seu caminho sobre a terra.” Nosso Senhor compara os dias finais também com os
dias de Ló em Sodoma. Será que ainda não deu para perceber como o mundo
simpatiza com os pecados de Sodoma e os defende? E como a humanidade se
comporta de maneira cada vez mais atrevida contra as leis divinas?
O que nós
observamos hoje são o crescimento de todos os tipos de ocultismo, o deboche público
dos mandamentos de Deus e a celebração deliberada do pecado, e o que é pior! Os
tais pentecostais e neopentecostais; tonaram a política e o capitalismo
neoliberal como missão da igreja que dominaria o mundo por meio da diplomacia
cristã!!! Sem dúvida, esta não, é a igreja sofredora de Jesus Cristo. Assista o
documentário ou leia o livro A Família disponível na Netflix e entenderá os rumos que a igreja dos últimos dias tomou; segundo eles
por medo do “comunismo” Banir o “cristianismo” da terra.
Em Lucas 17
Cristo profetiza um “tsunami” (onda gigantesca) de injustiça, maldade e revolta
contra Deus e suas leis, e que os pregadores da justiça divina serão rejeitados
e desprezados, igual a Noé e Ló da antiguidade, e em nossos dias repudiam e
odeiam João Calvino e às doutrinas da Graça; Preferindo o engano e o engodo
da Heresia Arminiana.
O clímax
deste desenvolvimento do mal não se manifesta no derramamento global do
Espírito Santo, e sim, no derramamento da ira de Deus sobre estes pecadores
rebeldes e atrevidos, na hora determinada. No dia da volta de Cristo, Ele virá
para o julgamento das nações e da parte apóstata do povo israelita (comp. Atos
10;42 e 17;31).
Este é o “Dia
do SENHOR”, o grande dia do Juízo de Deus, testemunhado tantas vezes pelos
profetas do Antigo Testamento. Compare Isaías 2;10-19, Is.13;6-13, Is.34;2-8, Ezequiel 30;2-3, Joel 1;15,
Obadias 1;15-16, Sofonias 1;14-2;2. Somente uma minoria
de pessoas tementes a Deus achará salvação. A esmagadora massa de ímpios será
atingida pelo terrível juízo da ira e perdição. Compare II Pedro 3;3-10: “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando
segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da
sua vinda?
Porque desde
que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a
antiguidade existiram os céus e a terra que foi tirada da água e no meio da
água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as
águas do dilúvio. Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se
reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo e da
perdição dos homens ímpios. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia
para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a
sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco,
não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas
o dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande
estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela
há, se queimarão.”
Continuemos a
leitura com II Tessalonicenses
1;7-10: “(…) quando se manifestar o Senhor Jesus desde
o céu com os anjos do seu poder, como labaredas de fogo, tomando vingança dos
que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor
Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor
e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e
para se fazer admirável naquele dia em todos os que creem (…)”.
Estes são os
grandes juízos globais que também são testemunhados no livro de Apocalipse. E
lá é revelado o grau de endurecimento das multidões que não se arrependerão,
nem no meio do juízo da ira que se revela do céu, nem quando estarão sofrendo
as pragas terríveis nos seus próprios corpos (Comp. Apocalipse 9;20-21, Apoc.16;9-11). As multidões das nações serão más e endurecidas e, em vez de se
arrepender, blasfemarão, rangendo os dentes.
Mas haverá,
sim, um tempo, em que nações inteiras se converterão a Cristo para adorá-lo em
Sião – mas na futura dispensação do Milênio de Cristo, e não agora, na
dispensação da igreja. Naquele futuro glorioso, o remanescente das nações,
purificado pelos juízos da ira, dará a honra ao Messias-Rei. Comp. Isaías 2;2-4.
Mas hoje, na
dispensação da igreja, somente uma minoria entre as nações será salva (comp. Mateus 7;14), o “pequeno rebanho”, os escolhidos, dos quais Cristo fala em Lucas 12;32.
Examinando a
Bíblia, ela contradiz por completo as profecias otimistas do Pentecostalismo e
da Renovação Carismática Católica (RCC); sobre um grande despertamento nos
tempos finais. Se a Bíblia é confiável, este despertamento dos últimos dias não
acontecerá. Esta afirmação se confirma com outros textos proféticos, como em
Apoc. 17 e 18 sobre a grande meretriz, a Babilônia.
Dela está
escrito que todos que habitam na terra, todas as nações, se embriagaram do vinho
da sua prostituição (comp. Apoc. 17;2 e
18;3). Como poderia acontecer isso, se as nações
teriam se convertido a Cristo, e estivessem cheios do Espírito Santo? Ou seja, a Bíblia
desmascara os profetas do Pentecostalismo e da RCC como falsos e mentirosos!
c) A Igreja nos tempos finais – Glória ou Decadência?
Conforme as
doutrinas e profecias pentecostais e carismáticas não haverá somente um
despertamento global entre as nações, mas também a própria igreja experimentará
tempos gloriosos de crescimento inigualável e de todo tipo de triunfo. Eles afirmam
que Deus nos devolverá os apóstolos e profetas e as manifestações de curas e
milagres da igreja primitiva, descritos no livro de Atos.
Graças a este
revestimento divino, a igreja dos tempos finais avançará de vitória em vitória.
Alegam que a igreja será a cabeça e não a cauda (veja Deuteronômio 28;13). Ela governaria
vencendo os poderes das trevas e mandando-os para o abismo. Logo depois
estabeleceria o Reino de Deus na terra. Tudo isso impressiona e parece
positivo. Quem não gostaria de pertencer ao lado dos vencedores? Mas outra vez
temos que estudar a doutrina dos apóstolos para ver o que a Bíblia diz sobre o
futuro da igreja dos tempos finais. E o quadro é bem diferente, como veremos.
Dentro do
espaço limitado desta apresentação, mencionamos somente alguns dos textos que
falam a respeito. Mas serão suficientes para não deixar dúvidas. O Espírito de
Deus faz afirmações que se referem diretamente à igreja dos tempos finais. Duas
delas se encontram em II Timóteo.
O estudo
desta carta de Paulo é especialmente recomendado para nós crentes dos últimos
dias: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis,
caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores,
obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência
de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te (II Tim. 3;1-5).”
Este texto
mostra que não está previsto um clímax de glória e poder para a igreja dos
tempos finais. Serão tempos difíceis, angustiosos, pesarosos. Os causadores
desta situação são os cristãos que vivem nas igrejas afirmando estarem cheios
do Espírito Santo, mas vivendo como os piores pecadores.
Eles têm uma
aparência de devoção fervorosa, mas não experimentaram o novo nascimento, nem o
procuram. São falsos crentes que fingem, mas não tem o Espírito Santo de
verdade e nem sentem à vontade de obedecer a Palavra de Deus. Pelo contrário,
eles se abrem para cada heresia, seguem os falsos profetas e amam o mundo,
imitando-o. Mas a segunda carta a Timóteo nos apresenta mais uma descrição
deste falso cristianismo: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme
as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando
às fábulas.” (II Tim.4;3-4). O falso cristianismo dos últimos dias se caracteriza também pela aversão
à sã doutrina.
Estas pessoas
não mostram nenhuma consideração nem entendimento dos ensinamentos dos
apóstolos com respeito ao arrependimento e à santificação, com respeito ao
mandamento de negar-se a si mesmo, de considerar-se crucificado junto com
Cristo, de negar as paixões e concupiscências e de separar-se do mundo. Estes
pronunciamentos apostólicos são desprezados e representam até um escândalo, atrapalhando
a vida egoísta e pecaminosa dos falsos crentes.
Em
consequência disso, eles se negam a ouvir as verdades de Deus, abrindo-se a
todo tipo de falso mestre, conforme os desejos do coração pecaminoso. Mas quem
rejeita as verdades divinas comete o pecado da apostasia da fé bíblica.
Alimentando
esta atitude, os falsos cristãos estão prontos para aceitar todo tipo de engano
e cair em todas as armadilhas da sedução, como nos diz II Tessal. 2;9-12:
“A esse, cuja
vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios
de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam
o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do
erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não
creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.”
Este trecho
bíblico é de grande importância para o entendimento da sedução e do engano que caracterizam
os tempos finais e, junto com isso, o Pentecostalismo e a RCC. Os mesmos princípios
da ação de Deus que valerão na hora do clímax da tentação, ou seja, quando o
Anticristo surgir, estão valendo hoje.
Muitos falsos
crentes rejeitam a verdade da palavra da cruz, não querendo abrir mão dos seus
objetivos egoístas. Em consequência disso ouvem lendas e mensagens enganosas de
falsos profetas e mestres mentirosos que aparentemente confirmam suas palavras
com sinais milagrosos de mentira e manifestações de poder das trevas.
Obviamente existe entre eles um número considerável de crentes nascidos de novo
Eleitos de Deus, que foram seduzidos e enganados temporariamente; isso porque
Deus os tirará do meio deles e os acolherá em seu redil muito em breve.
Os falsos
cristãos dos tempos finais valorizam seus profetas e mestres enganosos em detrimento
dos pregadores da verdade bíblica. Acontece que o discurso dos primeiros é constituído
de lendas sofisticadamente inventadas e agradáveis de ouvir. Conteúdos comuns
destas mensagens são: “Deus quer abençoar teus caminhos”, “Deus quer ser teu
amigo”, “Deus quer te dar saúde e prosperidade, poder e sucesso”, “Deus te
aceita com toda tua pecaminosidade e te ama de qualquer jeito”. A atitude
de crer neste tipo de mentiras já representa o começo do juízo de Deus, por
causa da rejeição da Verdade, pela qual poderiam ter sido salvos. Mais uma
profecia bíblica está intimamente ligada às outras até agora mencionadas,
mostrando o pano de fundo do aumento assustador da sedução dos tempos finais. “Mas
o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela
hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria
consciência; proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que
Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem
deles com ações de graças;” (I Timóteo 4;1-3).
Este texto trata
especificamente dos “últimos tempos” e nos ensina, que a causa oculta de tantas
heresias e doutrinas enganosas na igreja é a ação direta de poderes demoníacos.
Aqui descobrimos que as heresias da religião católica apostólica romana (veja
V.3) e o surgimento de tantas seitas e novas crenças nasceram da operação
coordenada de espíritos enganadores. Eis a explicação do porquê de tanta manifestação
poderosa de falsos milagres.
Isso vale certamente
para o Pentecostalismo e a Renovação Carismática (RCC), em cujas fileiras tais
espíritos transmitem sonhos, visões, revelações e outros poderes milagrosos,
usando os portadores destes dons para seduzir e enganar a todos.
A Bíblia fala
também em outros trechos enfatizando que nos tempos finais as doutrinas enganosas
prevalecerão junto com as massas de falsos cristãos.
Nos últimos
dias os verdadeiros crentes representam um número relativamente pequeno,
com pouca força (comp. Apoc. 3;8), enquanto que tudo que é falso e enganoso cresce rápido e atrai as massas
(comp. Mateus 13;31-33). Dos falsos mestres está escrito “E a palavra desses roerá
como gangrena;…” II Tim.2;17, e mais ainda: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior,
enganando e sendo enganados.” II Tim.3;13.
Com isso fica
bem claro que nos tempos finais todo tipo de heresia se espalha rapidamente
entre as massas do falso cristianismo, causando um crescimento
destruidor, que a Bíblia compara com uma gangrena.
Pedro é outro
entre os apóstolos, que nos dá alertas sobre falsos mestres que introduzirão
doutrinas enganosas nas igrejas e que alcançarão grande sucesso.
“E também
houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores,
que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os
resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as
suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.” (II Pedro 2;1-2).
Nestes tempos
finais, ter uma multidão de seguidores que cresce cada vez mais, não é uma
prova da bênção de Deus, nem da veracidade e da origem divina das doutrinas. É
muito mais provável que se trate de um movimento enganoso.
Confiram, por
favor, os seguintes textos bíblicos: II Pedro 3;3, Judas 1;17-19, I Pedro 4;17, Atos 20;29-30. Dá para concluir com segurança que a Bíblia ensina exatamente o
contrário das profecias e revelações dos mestres do Pentecostalismo,
Neopentecostalismo e da RCC.
A igreja dos
últimos dias experimenta um clímax de enganação, de ruina espiritual e de
apostasia da verdadeira fé (veja II Tessal.
2;3), mas de maneira alguma verá um despertamento
global e poderoso.
Muito pelo contrário,
a igreja enfrentará uma onda crescente de: falsos apóstolos (II Coríntios 11;13 e Apoc. 2;2), falsos mestres (I Tim. 4;1.2, II
Tim. 4;3.4, II Pedro 2;1.2, I João 2;18-26, II João 1;7-11), falsos profetas (Mateus 24;11 e
24;24, Mat. 7;15-23, I João 4;1, Apoc. 19;20), e falsos milagres (Mat. 24;24, II Tessal.
2;9, Apoc. 13;13.14 e 16;14). A única
verdadeira luz da igreja é e será sempre a Bíblia Sagrada, Palavra
eterna e divinamente inspirada (veja II Pedro
1;19-21, II Tim.3;14-17, Atos 20;32).
d) A Mensagem de Joel 2;28-32: O Espírito será derramado sobre quem?
Este é o
trecho bíblico principal que serve ao Pentecostalismo, Neopentecostalismo e aos
grupos da Renovação Carismática Católica (RCC) como fundamento e pedra angular,
para construir sua doutrina do derramamento global do Espírito sobre todas as
nações nos tempos finais. Este texto de Joel 2 (em algumas edições da Bíblia a
divisão dos capítulos é diferente e o mesmo trecho se encontra em Joel 3;1-5)
aparentemente apoia a ideia do derramamento mundial do Espírito. Aqui fala do
derramamento do Espírito Santo “sobre toda a carne”. Vamos pesquisar a
fundo:
28: “E há de ser que, depois derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os
vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29: E também sobre os servos e sobre as servas naqueles
dias derramarei o meu Espírito.
30: E mostrarei prodígios no céu, e na terra,
sangue e fogo, e colunas de fumaça.
31: O sol se converterá em trevas, e a lua em
sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
32: E há de ser que todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá
livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o
Senhor chamar.”
Uma primeira leitura superficial dá a impressão de que o Pentecostalismo, desta vez, esteja certo. “…sobre toda a carne…” certamente quer dizer, sobre todas as pessoas! Parece que aqui encontram a confirmação das inúmeras visões e sonhos proféticos que contam de enormes multidões cheias do Espírito louvando a Deus que desfilam pelas ruas e avenidas, cidades inteiras se convertendo a Cristo, e nações completas serão curadas pelo derramamento poderoso do Espírito Santo. Mas uma leitura superficial não ajuda em nada. É preciso buscar o contexto em que um certo trecho bíblico se encontra. A situação histórica e o contexto espiritual nos dão informações decisivas para encontrar a interpretação confiável e certa. Neste sentido vamos ler também os versículos anteriores ao nosso texto principal. Desta forma descobriremos sem falta a quem se refere a promessa do derramamento do Espírito Santo.
26: “E comereis abundantemente e vos fartareis,
e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente;
e o meu povo nunca mais será envergonhado”.
27: E vós sabereis que eu estou no meio de
Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca
mais será envergonhado.
28: E há de ser que, depois derramarei o meu
Espírito sobre toda carne, e os vossos filhos e vossas filhas profetizarão…”
A relação com
os versículos anteriores deixa bem claro sobre quem Deus derramará do Seu
Espírito nos tempos finais: sobre o povo israelita. Não são todas as
pessoas na terra que receberão o Espírito de Deus, mas sim, os israelitas
crentes, seus filhos e suas filhas. Este derramamento do Espírito sobre o
remanescente crente israelita se realizará depois do arrebatamento da igreja (veja I Tessal.4;15-17) e com a chegada do clímax do tempo da angústia de Jacó (Jeremias 30;7). Mas o que há com esta expressão incomum “sobre toda a carne”? Bem, pela
leitura atenciosa do Antigo Testamento descobriremos que sob a vigência da lei mosaica
o Espírito de Deus foi dado somente a alguns instrumentos escolhidos como a
sacerdotes, a líderes do povo e aos profetas (comp. Números 11;25-29).
Nos tempos
finais, porém, quando Deus acolherá o povo israelita sob a Nova Aliança,
cada um deste remanescente convertido receberá o dom do Espírito Santo, o qual
será literalmente derramado “sobre toda a carne”, isto é, sobre todas as
pessoas presentes neste evento, inclusive sobre servos e servas. E naquela nova
dispensação que começará, chamada o Milênio de Cristo, haverá outra vez
profetas, visões e profecias. Este derramamento do Espírito sobre o
remanescente de Israel não é profetizado somente no livro de Joel. Vários
outros profetas também falaram deste evento.
Compare Isaías 32;15, Ezequiel 39;29, Zacarias 12;10.
Vejamos aqui Isaías 44;3: “Porque
derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito
sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes.”
Desta forma
fica claro que não cabe outra interpretação, a não ser, a que a profecia de
Joel, de acordo com as outras profecias do derramamento do Espírito, se refere
ao remanescente israelita. E que ela não pode se referir de maneira alguma às
nações e ao mundo inteiro, fica claro pela sequência do texto no livro de Joel, cap. 3;1-2: “Porque, eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que removerei o
cativeiro de Judá e de Jerusalém, V2: congregarei todas as nações, e as farei
descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu
povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e
repartiram a minha terra.” (Comp. os versículos
12-16). Exatamente na hora descrita em Joel 2-28-32, em que, conforme a interpretação pentecostal-neopentecostal-carismática,
as nações deveriam estar reunidas louvando a Deus, os versículos seguintes
(3;1-2) descrevem como o juízo da ira divina cai sobre elas, por causa do ódio
contra o povo israelita que as fez se juntar naquele lugar.
Alguns ainda
resistem, alegando que o próprio apóstolo Pedro mencionou o texto de Joel 2;28-32 na sua pregação no dia de Pentecostes em Atos 2;16-21. Mas uma leitura
atenciosa confirma a nossa interpretação. Pedro disse: “Mas isto é o que foi
dito pelo profeta Joel…”. É diferente de dizer: “Mas isto é o cumprimento da
profecia de Joel”. Pedro mostra que naquela hora houve um tipo de pré-cumprimento
que atingiu israelitas crentes, ou seja, as 120 pessoas reunidas no cenáculo.
Além disso,
os sinais no céu e na terra, citados do texto de Joel 2 por Pedro (Atos 2;19-20), não se manifestaram naquele dia de Pentecostes. Pedro quis mostrar aos
ouvintes israelitas que o fenômeno do derramamento do Espírito que acabou de
acontecer, estava vindo de Deus e de acordo com a Palavra profética. Mas a finalidade
do evento era diferente da finalidade descrita em Joel 2.
No dia de Pentecostes
o derramamento do Espírito causou o nascimento da Igreja, composta de judeus e
das nações, enquanto o derramamento de Joel 2 causará a reintegração do povo
israelita, iniciando a nova dispensação do Milênio de Cristo.
O Espírito de
Deus foi derramado no dia de Pentecostes uma vez por todas e dado à Igreja (veja
Tito 3;5-6). Ele fica com ela para toda a eternidade e habita em cada crente
pessoalmente (comp. Ev. João 14;16). Não encontramos em toda Bíblia nenhuma promessa de derramamentos repetidos
sobre a Igreja de Jesus Cristo.
e) O que é válido? A Verdade da Palavra de Deus ou os Sonhos dos ditos
“Profetas”?
Quando nós
começamos a comparar os ensinamentos e profecias dos líderes pentecostais,
neopentecostais e carismáticos mais “ungidos” com as profecias e ensinamentos
inspirados da Bíblia (II Pedro 1;19-21), encontramos contradições fundamentais. Somente uma das correntes pode
ser a verdade. Se nos confiarmos nos líderes superunidos, haverá nos tempos
finais um grande derramamento do Espírito Santo sobre milhões e até bilhões de
pessoas que se converterão antes da Volta de Cristo.
Mas se nos
confiarmos nas profecias bíblicas, haverá nos tempos finais uma crescente impiedade e iniquidade, além do
endurecimento dos corações, comparável com os tempos de Sodoma e Gomorra, e ao
mesmo tempo a proliferação do ocultismo, da magia negra e de uma religiosidade
anticristã.
A Igreja será
assolada por falsas doutrinas, falsos profetas e mestres e por multidões de
pessoas que confessam a Cristo da boca para fora, sem ter passado pelo
verdadeiro arrependimento e novo nascimento. O resultado disso será a apostasia
total da fé bíblica e não o grande despertamento.
Quem será que está falando a verdade?
Obviamente é
a versão da Bíblia que merece a nossa plena confiança, já que Deus não pode
mentir. Mesmo assim, alguns cristãos que estão de todo; convictos da versão pentecostal-neopentecostal-carismática,
tendem a duvidar e resistir, precisando de um profundo arrependimento e quebrantamento
na presença de Cristo por sua incredulidade frente à Palavra infalível de Deus.
Dominados pelos nossos sentimentos humanos preferimos ouvir pessoas que nos
profetizam tempos de sucesso, paz, prosperidade, curas milagrosas e felicidade.
Mas para garantir
a nossa sobrevivência espiritual é necessário nós encararmos a verdade
bíblica sobre os tempos finais; uma vez que ela nos chama ao arrependimento
e à santificação, exigindo de nós um discipulado sério e determinado. Esta é a
voz do Bom Pastor que é ouvida por todos os que são Suas ovelhas de verdade.
Mas se nós decidirmos
rejeitar tais verdades bíblicas, preferindo seguir os falsos profetas que nos
parecem tão convincentes, seremos levados por eles ao lugar errado, aonde
ninguém queria chegar. Não alcançaremos o alvo! Por este motivo tais líderes
são verdadeiros lobos em pele de cordeiro, distorcendo a Palavra do SENHOR (veja Jeremias 23;16-36).
3) Acautelai-vos dos Falsos Profetas dos Tempos Finais!
Tudo o que
foi mostrado até aqui deixa bem claro que a mensagem Pentecostal, Neopentecostal
e da Renovação Carismática Católica (RCC) sobre o grande despertamento
espiritual nos tempos finais contradiz frontalmente a profecia da Bíblia, distorcendo
a Palavra de Deus. Interessante mesmo é que a própria Bíblia desenha algumas caraterísticas
deste movimento em pronunciamentos proféticos, que – estranhamente – dentro
deste movimento ninguém leva em consideração, e nem são lembrados.
Encontramos
no Novo Testamento algumas advertências insistentes sobre as influências
poderosas de falsos profetas nos tempos finais. E estas advertências nos
iluminam o entendimento do Pentecostalismo, Neopentecostalismo e da RCC. A
seguir vamos pesquisá-los a fundo.
a) A Advertência de Falsos Profetas em Mat. 24
Em primeiro lugar
queremos examinar o sermão profético do Senhor dado no Monte das Oliveiras.
Neste texto o Senhor Jesus Cristo ensina seus discípulos sobre as
caraterísticas do tempo que antecede a Sua Volta em Poder e Glória. Conferimos Mateus 24;3-13: “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus
discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que
sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? V.4: E Jesus, respondendo,
disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; V.5: porque muitos
virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. V.6:
E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque
é mister que tudo isso aconteça, mas ainda não é o fim. V.7: Porquanto se
levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e
terremotos, em vários lugares.
V.8: Mas
todas estas coisas são o princípio de dores. V.9: Então vos hão de entregar
para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações
por causa do meu nome. V.10: Nesse tempo muitos serão escandalizados, e
trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. V.11: E surgirão
muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. V.12: E, por se multiplicar a iniquidade,
o amor de muitos se esfriará. V.13: Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.”
E em seguida lemos Mateus 24;24-25:
“Porque
surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo
tenho predito.”
Este panorama
profético inclui o tempo em que a Igreja está na terra, mas abrange mais
amplamente os dias da grande tribulação do povo de Israel que finalmente
desemboca na volta triunfal do Messias em grande poder e glória.
Este acontecimento
é o alvo, a finalidade dos “últimos dias” e ao mesmo tempo o ponto de partida
para a nova dispensação do Reino Messiânico de Paz (o Milênio de Cristo). O
tempo que de imediato antecede este dia glorioso tem algumas caraterísticas que
se manifestam em ciclos cada vez mais fortes, como as dores do parto que
sobrevêm a uma mulher grávida, até que a criança finalmente nasça.
A
caraterística mais marcante dos últimos dias conforme as advertências
expressivas de Cristo é o surgimento de falsos profetas e líderes de
personalidade carismática com poderes de seduzir as massas. Estes usam
mensagens enganosas e manifestações de falsos milagres para conquistar multidões
no meio cristão e em seguida convencê-los a se juntar ao movimento da Grande Meretriz.
A sedução, feita em nome de Jesus Cristo e no meio das nossas igrejas, este é o
maior perigo.
“Acautelai-vos,
que ninguém vos engane” é a advertência constante do Senhor, pronunciada por
três vezes somente em Mateus 24 (Vs. 4, 11 e 24).
b) Como reconhecer os Falsos Profetas? Mateus 7
Intimamente
ligadas com as advertências de Mat. 24 estão as explicações do Senhor em Mat.
7. Muitas vezes estes pronunciamentos de Cristo passam quase que despercebidos,
mas merecem a nossa maior atenção, pelas dicas preciosas que contêm para
identificar falsos profetas em nosso meio. Vejamos em Mat. 7; 15-23:
“Acautelai-vos,
porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente,
são lobos devoradores. V.16: Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se
uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
V.17: Assim,
toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. V.18:
Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. V.19:
Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. V,20: Portanto,
pelos seus frutos os conhecereis. V.21: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus. V.22: Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos
nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não
fizemos muitas maravilhas? V.23: E então lhes direi abertamente: Nunca vos
conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”
O texto nos
fornece informações preciosas que são de grande importância para o tempo atual:
1) Os profetas legítimos do Antigo e do Novo
Testamento eram homens de Deus, inspirados pelo Espírito Divino para
transmitir a Palavra de Deus ao povo.
Um falso profeta
(ou conforme o texto original, um profeta mentiroso, enganoso) é alguém que se
apresenta como profeta de Deus e que transmite sonhos, mensagens e visões mentirosas,
enganosas, em nome do SENHOR. A intenção é conduzir o povo de Deus ao
desvio. Confira Deuteronômio 13;1-6. O Senhor nos adverte insistentemente, que tais falsos profetas surgirão
em nosso meio e que representarão um perigo real para nós. Um lobo voraz é perigoso
sempre. Precisamos ficar atentos para nos guardarmos destes impostores.
2) O nosso
Senhor nos explica o tipo de camuflagem sofisticada que os farsantes usam. Eles
aparecem vestidos de ovelhas, ou seja, aparecem como cristãos fervorosos e
dedicados totalmente à causa de Cristo, parecendo serem verdadeiras ovelhas do
Bom Pastor. Na
maioria das vezes estes impostores demonstram uma fé “fervorosa”, um carisma
pessoal e personalidade fascinantes.
O Senhor
Jesus nos esclarece que isso faz parte da camuflagem, de um show perfeitamente
ensaiado, que serve para esconder as verdadeiras más intenções. São lobos
vorazes por dentro. Ou em português claro, eles não são crentes verdadeiros,
nascidos do Espírito Santo, mas sim, servos de Satanás, o grande sedutor e destruidor
(confira Atos 20;29.30).
O apóstolo
Paulo afirma em II Coríntios 11;13-15: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se
em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se
transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se
transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas
obras.”
3) O Senhor nos mostra também a maneira certa
para descobrir estes disfarces sofisticados e desmascarar os impostores. Às vezes
a própria pregação já está em contradição aberta com a Palavra de Deus.
Mas na
maioria das vezes não é tão fácil e a mensagem não entrega o farsante, já que
eles são inspirados por maus espíritos espertíssimos. Satanás sabe que nenhum
verdadeiro filho de Deus aceitaria uma pregação, onde 80% são mentiras e
enganos e só 20% verdades bíblica. Os impostores falam no mínimo 80% de
verdades bíblicas e só 20% de mentiras e enganos ou até 90% de verdades e só
10% de mentiras. Assim fica bem mais difícil, descobrir a camuflagem. A maioria
dos crentes não consegue mais detectar a tramoia. Mas apesar da “dosagem”
leve, o resultado da pregação é um alimento envenenado espiritualmente, que
causa nos ouvintes danos, desvios e perdas na fé. Neste caso o Senhor nos aconselha
a observar o fruto da pregação deste indivíduo. Se a pregação causa divisões e
contendas na sua igreja, se o pregador demonstra atitudes soberbas, se aceita
veneração, se ostenta luxos onde aparece, se houver pecado na vida particular
dele (infidelidade no casamento, divórcio), são sinais que a árvore toda está
podre. Pode haver ainda umas frutinhas nela que parecem boas. Mas isto não impede,
que a árvore esteja condenada e as poucas frutinhas boas nela tem a seiva
venenosa, fazendo mal e que precisam ser descartadas.
4) As palavras seríssimas do nosso Senhor no
final do texto nos dão uma chave preciosa para identificar os falsos profetas.
Nos versículos 22 e 23 vemos os servos do Diabo chegando a Cristo dizendo:
“Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos
demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” E o Senhor, conhecedor
dos corações, responde com muito rigor: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim,
vós que praticais a iniquidade.”
Aqui temos
três caraterísticas importantes que desmascaram os falsos profetas: a) eles alegam falar profecias em nome de Jesus, b) eles dizem ter poder para expulsar demônios e c) eles dizem realizar sinais milagrosos em nome de Jesus.
c) O Movimento Profético Enganoso dos Tempos Finais à Luz da Bíblia.
Acreditando
nos pronunciamentos do nosso Senhor e recebendo-os como profecias divinamente
inspiradas que se encaixam bem em nossa situação atual, nós aguardamos o surgimento
de um poderoso movimento de falsos profetas para os tempos finais. Este espalhará
sedução, desvios e enganos, caracterizando-se por profecias, expulsão de
demônios e grandes sinais milagrosos.
Quem são estes falsos Profetas de Mateus 7?
Ao estudar a
história da igreja do passado recente até o tempo atual, acharemos somente uma
única corrente que bate com a profecia de Mat. 7 e que demonstra estas três caraterísticas
juntas. E esta corrente é o Pentecostalismo, Neopentecostalismo e a Renovação
Carismática Católica (RCC). É o único movimento que se gloria dos seus profetas,
que dizem estar recebendo novas revelações de Deus para o nosso tempo.
Também são os únicos que se gloriam do dom profético que esteja com
todos os batizados no Espírito, e que se manifestasse em sonhos, visões e vozes
interiores.
Eles são o
único movimento que se gloria das numerosas expulsões de demônios e cujos
seguidores vivem na ilusão de terem poderes para expulsar demônios não só de
incrédulos e cristãos, mas sim, de cidades e países inteiros e, mais além, até
das regiões celestiais.
É o único
movimento que se gloria de realizar grandes sinais milagrosos como curas
divinas e outras manifestações de poder do alto que eles dizem estar
acontecendo diariamente no meio deles. Seus líderes e pregadores reivindicam
ser os legítimos donos da “grande virtude de Deus” (confira Atos 8;9-10).
Se as
profecias do nosso Senhor Jesus Cristo têm seu cumprimento (e sem dúvida têm),
este se personifica no Pentecostalismo, Neopentecostalismo e na RCC que se
espalham sobre todos os continentes e, em forma de subcorrentes, invadiram
praticamente todas as denominações evangélicas (Exceto os Reformado); com seu
fermento daninho (Veja Mateus 13;33). “Eis que vo-lo tenho predito.” (Mat.24;25) São as palavras do nosso
Divino Mestre, que quer preservar a Igreja de cair nesta armadilha. Se nós
estivermos prontos a levar a sério as advertências e predições do nosso Senhor,
descobriremos os falsos profetas dos tempos finais sem grandes dificuldades.
O maior
problema que enfrentamos hoje consta no fato de que, muitos crentes já estão influenciados
pelos espíritos enganosos e andam tontos, às vezes, ao ponto de não enxergar
nem as coisas mais óbvias. Eles tomaram o veneno, a droga poderosa, e agora, já
viciados, exigem cada vez mais.
Um Espírito mentiroso é derramado sobre Pessoas enganadas.
O movimento
pentecostal começou com uma série de derramamentos do “espírito”, que desde
então se repetiram inúmeras vezes. Mas uma vez que a Bíblia afirma que o
verdadeiro Espírito de Deus foi derramado sobre a Igreja uma única vez no começo
e deste aquele dia fica com ela, a pergunta que surge é: Que tipo de espírito
foi derramado sobre estes primeiros pentecostais? Conforme a doutrina
bíblica, este não era o Espírito Santo de Deus.
Os primeiros
derramamentos do espírito pentecostais aconteceram nos Estados Unidos, no ano
1901, em um seminário bíblico na cidade de Topeka, e no meio de um “grupo de
santificação” de origem afro-americana na cidade de Los Angeles (Azusa
Street) no ano 1906.
Os receptores
deste “dom” eram seguidores de um grupo do “Movimento Santificador”
que ensinava a necessidade de se livrar de toda pecaminosidade e de todo desejo
carnal por meio de uma experiência única que trouxesse a “santificação
total”. Esta experiência tão desejada daria ao portador um coração puro e a
plena liberdade de pecado e a perfeição total. Esta experiência santificadora e
perfeccionista não tem fundamento na Bíblia, mas representou o “segundo degrau”
depois da conversão, e alguns falsos mestres ensinaram o “batismo no Espírito”
como um “terceiro degrau”.
Em consequência
destes ensinamentos muitos destes grupos começaram a orar e implorar por um
novo “derramamento do Espírito”, um novo dia de Pentecostes,
referindo-se às profecias de Joel e ao livro de Atos. Muitos ficaram jejuando e
orando por dias e dias, insistindo em receber este “dom”.
E foi nestes
círculos que começaram a partir de 1901 os “derramamentos do espírito”
em grande número, acompanhados de estado de transe, gritos extáticos, quedas,
tremores incontroláveis, línguas estranhas, profecias e curas. O novo movimento
espiritual se expandiu primeiro lentamente, mas depois do “despertamento” na
Azusa Street em Los Angeles, cada vez mais rápido nos Estados Unidos e no resto
do mundo. O espírito que opera neste movimento causou desde o início divisão,
confusão e desvio da doutrina bíblica em todas as igrejas, onde entrou, além de
deixar para trás um grande número de falsas profecias e visões enganosas que
nunca se cumpriram. E não por último, causou entre seus líderes um aumento
assustador de pecados de imoralidade, principalmente de adultério e de prostituição.
Falsos apóstolos, bispos, profetas e mestres, convocados pelo “Espírito”,
se levantaram em grande número, manipulando e dominando seus seguidores por
meio de “mensagens divinas”, e muitas vezes recolhendo grandes somas de
“dízimos e ofertas”. Eles espalharam “novas doutrinas” absurdas, arruinando a
vida de milhares e milhares de crentes. O espírito que iniciou este movimento
pentecostal e que desde então o guia e determina até hoje, se mostrou já bem
cedo como um espírito falso e demoníaco, visto os frutos terríveis que produzia.
A raiz: do Autoengano pecaminoso da Doutrina de Santificação pentecostal.
Com isso surge
uma pergunta urgente em nosso coração: Como é possível que venha um espírito
enganoso e demoníaco sobre crentes tão sérios e fervorosos, que aparentemente
apenas buscavam o melhor, uma vida mais pura, para si? A Palavra de Deus nos
dará uma informação preciosa a respeito da heresia da “santificação total”
em I João 1;8-10:
“Se dissermos
que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso,
e a sua palavra não está em nós.” Os falsos mestres da doutrina da “santificação
total” reivindicavam exatamente aquilo que o texto bíblico acima nega. Eles afirmavam que depois dessa experiência
mística da “santificação total” não sobrava mais pecado nenhum dentro
deles e que, de fato, pararam de pecar. É notável como o Espírito Santo usa
palavras claras e bem determinadas neste texto bíblico acima para condenar esta
heresia.
As pessoas
que ensinavam daquela maneira enganavam e seduziam-se a si mesmos. A verdade
não estava nelas; elas se posicionavam no território da mentira e do autoengano.
Ou pior ainda, fizeram Deus de mentiroso, que na Sua Palavra ensina o
contrário. E esta Palavra não estava neles. Baseado nesta sentença divina de I João 1;8-10 fica bem mais fácil de entender o motivo por que Deus permitiu que
aqueles enganadores recebessem um espírito de mentira. Uma vez que eles já haviam
abandonado a verdade bíblica para se agarrar em uma mentira, o caminho estava
aberto para o inimigo derramar seu espírito enganoso.
E este último
os enredava cada vez mais em um sistema de heresias. A pessoa, presa nesta armadilha,
precisa fazer um esforço bem grande para se livrar. O caminho se chama: luta
determinada, feita de arrependimento sincero, confissão de pecado, estudo
bíblico intensivo e abandono radical destas práticas enganosas. A ação divina
no julgamento da casa de Deus (I Pedro 4;17) está de acordo com o princípio que
já estudamos em II Tessal. 2;9-12. Quem rejeita a Verdade Divina, registrada na Bíblia, procurando
experiências por fora, se abre inconscientemente a poderes demoníacos, que se
apressam por sua parte em mandar seus “dons” de manifestações
sobrenaturais e de milagres de todo tipo. Mesmo no Antigo Testamento já
encontramos exemplos vivos. Entre os príncipes egípcios, o SENHOR derramou “um
perverso espírito” (Isaías 19;14) e Acabe, o rei infiel de Israel, foi julgado por meio de um espírito de
mentira, que, sob permissão de Deus, foi derramado sobre os falsos profetas.
Obedecendo às
profecias mentirosas deles, Acabe foi ao encontro da morte (II Crônicas 18;22). E no livro de Isaías, 29;9-11, encontramos um texto que mostra uma paralela até assustadoramente exata
com o agir do espírito enganoso do Pentecostalismo da atualidade: “Tardai, e
maravilhai-vos, folgai, e clamai; bêbados estão, mas não de vinho, andam
titubeando, mas não de bebida forte. Porque o Senhor derramou sobre vós um
espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, vendou os profetas, e os
vossos principais videntes. Por isso toda a visão vos é como as palavras de um
livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá:
Não posso, porque está selado.” Da mesma forma que no caso dos israelitas infiéis,
o espírito enganoso do Pentecostalismo, Neopentecostalismo e da Renovação
Carismática Católica (RCC) deixa seus adeptos bêbados e os fecha o entendimento
da Palavra de Deus, claramente revelada no texto bíblico.
Incansavelmente
correm atrás de líderes famosos, sempre procurando avisos pessoais de Deus e
mais poderes espirituais, mas nem conhecem a sã doutrina dos apóstolos. Estes
crentes enganados fazem experiências como ser derrubado no chão pelo pregador,
rolando no palco em êxtase, caindo nas gargalhadas histéricas etc. E o mais
trágico: nisso pensam, que estejam recebendo uma bênção especial, um sinal de
despertamento e nem percebem, que estão sofrendo o juízo divino, sendo
executado neles (Confira Isaías
28;9-13).
O Papel do “Derramamento do Espírito” enganoso nos Tempos Finais.
É fato
inquestionável que este movimento começou nos anos 1901/1906 com poucos
adeptos, mas no decorrer dos 100 anos seguintes se tornou uma corrente mundial
que hoje abrange centenas de milhões de pessoas que têm um papel determinante
no cristianismo e no Conselho Mundial das Igrejas Ecumênicas. Mas bem ao contrário
do que muitos pensam, este fato não é prova da bênção de Deus, nem sinal de um
despertamento global do Espírito Santo, mas sim, uma das faces da perdição dos
últimos dias e do estado de putrefação espiritual das igrejas Pentecostais,
Neopentecostais e Católica Romana. O mesmo espírito enganoso que foi
derramado no início sobre o movimento pentecostal, dirige e orienta hoje
milhões de “cristãos” no mundo inteiro, completando sua obra destruidora
conforme as profecias bíblicas. Afinal das contas, nas Sagradas Escrituras está
prevista a apostasia da grande massa de crentes fictícios, que contribuirão
para a formação da “grande Babilônia”, da “grande prostituta”, descrita em Apocalipse 17;1-18 que representará a Igreja Mundial Unificada IMU.
Na sua apresentação
inicial, o Anticristo usará falsos profetas e milagreiros enganosos em grande escala (confira II Tess. 2;8-9 e Apoc.
13;11-15). Estas novas situações precisam ser preparadas
com antecedência e neste objetivo os movimentos pseudocristãos enganosos são
mais do que uma mão na roda. Na verdade, são fatores determinantes; O que dizer
da atual idolatria promovida pelas igrejas pentecostais, neopentecostais e até
mesmo algumas tradicionais e reformadas!!! em torno do Sr. Presidente da
República Federativa do Brasil; Jair Messias Bolsonaro (2018/2022) nada contra ao
Sr. Presidente; porém, fica clara a apostasia desta igreja.
O
procedimento danoso funciona da seguinte maneira: O Pentecostalismo, o
Neopentecostalismo e a RCC desviam a atenção dos crentes da revelação divina,
registrada na Bíblia Sagrada, da Palavra Infalível para novas revelações
sensacionalistas e para curas e sinais milagrosos. A sã doutrina dos apóstolos
é minada e a bênção da Reforma “somente a Bíblia” é destruída. Crentes
que escutam falsos profetas e atendem vozes interiores estão prontos para
aceitar qualquer heresia e desvio da Escritura. Desta forma estão cooperando
com as intenções do Anticristo.
A mesma
sentença vale para a divulgação de milagres enganosos que servem para legitimar
todo tipo de heresias. É o procedimento infalível para preparar os crentes a
aceitar qualquer falso mestre que realiza sinais milagrosos, como sendo
manifestações de Deus.
E finalmente,
a ação do espírito pentecostal torna os crentes mansos ao ponto de eles
aceitarem fazer parte do Movimento Ecumênico Mundial de Igrejas que
acabará se transformando na grande Meretriz Babilônia que montará na Besta.
O movimento
carismático com seus milhões de católicos apostólicos romanos “batizados no
Espírito” representa hoje provavelmente a força mais dinâmica do Ecumenismo
Mundial, cumprindo a profecia bíblica, mas pelo lado oposto ao SENHOR e à Sua
Igreja, servindo à apostasia e à enganação.
O Senhor edifica e protege a Sua Igreja até o Fim.
Todas essas
situações descritas acima não podem nos deixar desanimados. Especificamente
nestes tempos finais que vivemos hoje, está valendo a palavra do nosso Senhor:
“Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as
vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.” Lucas 21;28. O Senhor edificará a Sua Igreja e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela (Mat.16;18). Mas a responsabilidade de vigiar e orar é nossa, além de seguir os
passos do Mestre de maneira sóbria e prudente, amando a Palavra e Sã Doutrina (Sobretudo, às doutrinas da graça
pregadas nas igrejas reformadas). Desta forma
o Senhor nos guiará, dando proteção e poder do alto para sermos mais que
vencedores, perseverando até o fim! “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória; ao único Deus sábio,
Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo
sempre. Amém.” (Judas 1;24-25).
O “Batismo do Espírito Santo” Pentecostal,
Neopentecostal e da Renovação Carismática Católica, é uma Doutrina Bíblica?
Graça e Paz;
amada congregação dos eleitos de Deus no Amado Jesus Cristo. A segunda “coluna” da autodefinição do movimento pentecostal,
neopentecostal e carismático é a doutrina do “batismo do Espírito”
como sendo uma segunda experiência, uma “segunda bênção” depois do novo
nascimento. Ou seja, conforme esta doutrina, o crente recebe a plenitude do
Espírito Santo, seu poder e seus dons somente nesta segunda experiência. Isto
combina com a doutrina bíblica?
1) O “Batismo do Espírito” – uma “Segunda Bênção”?
A grande
maioria dos adeptos do Pentecostalismo e da Renovação Carismática (RCC) confessam
a doutrina do “batismo do Espírito”. Este ensinamento diz que o
convertido que já experimentou o novo nascimento, ainda precisa desta segunda
experiência, do “batismo do Espírito”, para poder realmente desfrutar da
plenitude do Espírito Santo com Seu poder e Seus dons. Este “batismo do
Espírito” é transmitido, na maioria das vezes, por meio de imposição de mãos
de pregadores “ungidos de deus”. Antigamente houve ainda grandes
preparativos em reuniões de espera com jejuns e orações prolongadas e em alguns
lugares até com intensas confissões de pecado.
Hoje existem
muitos lugares onde as pessoas que procuram este tal “batismo” são instruídas a
imitarem os “ungidos” em volta delas que já falam em línguas estranhas, e, aos
poucos irão desenvolver o dom de línguas próprio, o que servirá de prova que o
“batismo espiritual” aconteceu. O falar em línguas é tido como prova incontestável
do tal “batismo do Espírito”.
Além do dom
de línguas podem aparecer visões, sonhos e vozes interiores que são
interpretadas como o falar de Deus no coração, fora outras manifestações de
poderes milagrosos. Conforme esta doutrina, o “batismo do Espírito” transmite
dons sobrenaturais, também chamados de “carismas”, que o crente “comum” que confessa
somente o novo nascimento, não possui.
Além de tudo
isso, o “batismo espiritual” significa a introdução em uma vida totalmente nova
e diferente que se move em níveis superiores da fé, como se fosse um “super cristianismo”.
Alegam os adeptos desta prática que esta segunda experiência transmite a
vitória total sobre todas as tentações e todos os pecados. Um nível superior de
santificação, alegria transbordante e um surpreendente poder espiritual
constante seriam os frutos que permitiriam viver na presença de Deus ininterruptamente.
Esta “bênção”
traz aos seus portadores experiências extáticas, revelações divinas em forma de
visões, imagens, vozes, misteriosas “comunicações”, além de “viagens
espirituais” ao Céu e ao Inferno, unção de animais, e autoridade completa sobre
Satanás e seus demônios. Se alguém ainda acha pouco, esta “segunda experiência”
criaria também a “fé apostólica”, que permite aos seus portadores fazerem
absolutamente tudo o que os apóstolos de Cristo fizeram.
Frente a tantas promessas fantásticas e miraculosas, não surpreende que multidões de “crentes” busquem o tal “batismo espiritual”. Visto que muitos cristãos, no decorrer de anos e anos no discipulado, ficam desanimados e abatidos emocionalmente pelas suas muitas derrotas e fraquezas espirituais e sua falta de progresso na fé. Nesta situação, a esperança de obter uma experiência-chave, que resolva tudo isso num passe de mágica, realmente parece irresistível. E, à primeira vista, impressiona o exemplo dos apóstolos que depois de Pentecostes mudaram completamente. Afinal, na Bíblia temos a promessa de Cristo que Ele nos batizaria com o Espírito Santo.
Mas para ter
certeza da veracidade destas afirmações, não ajuda seguirmos as emoções. É
preciso, mais uma vez, examinar cuidadosamente esta questão: O “batismo do
Espírito” vem de fato de Deus? Que tipo de espírito é transmitido nessa
ocasião? As doutrinas pentecostais, neopentecostais e da RCC estão de acordo
com as doutrinas bíblicas? Sejamos atentos ao princípio: Tudo que vem realmente
de Deus, estará sempre de acordo com a doutrina inspirada pelo Espírito Santo
no Novo Testamento!
2) A Doutrina Bíblica sobre o Recebimento e o Batismo do Espírito Santo.
Se nós
quisermos usar a doutrina bíblica como padrão para nosso exame, precisamos ter
a certeza, de onde encontrá-la. No capítulo anterior deste livro descobrimos
que a doutrina para os crentes da Igreja está no Novo Testamento (NT),
ao passo que no Antigo Testamento (AT) não encontramos doutrinas para a
Igreja Neo-testamentária pelo fato de que ela ainda era um mistério desconhecido
dos autores da época (veja Efésios 3;4-7).
Dentro do
quadro do NT já encontramos doutrinas do Senhor Jesus nos Evangelhos; mas é
preciso reconhecer que a maioria delas se refere aos discípulos judeus e ao Reino
Messiânico (Milênio de Cristo) futuro. Assim, nem todos, mas sim, só
alguns dos ensinamentos do Senhor se aplicam diretamente à Igreja Neo-testamentária.
No livro de
Atos não achamos doutrinas específicas referentes à Igreja, mas sim, um relato
histórico sobre o surgimento dela, que descreve várias situações peculiares,
que não podem ser aplicadas como padrão bíblico da atualidade. O livro de Apocalipse
tem um conteúdo principalmente profético. Assim sendo, vemos que a fonte mais
importante de doutrinas da Igreja e especificamente de doutrina do recebimento
e batismo do Espírito se encontra nas cartas (Romanos a Judas). Ali está
a famosa “Doutrina dos Apóstolos” (Atos 2;42).
a) A Doutrina Bíblica sobre o Recebimento do Espírito Santo.
Principalmente
a Carta aos Gálatas nos responde à pergunta sobre o momento e a hora em que o
crente recebe o Espírito Santo. Nestes textos está escrito que o crente em Cristo
receberá o Espírito pela fé (veja Gál. 3;14), isto é, pela fé salvadora em
Cristo, que por sua parte responderá com o novo nascimento: “…para que a promessa
pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes (aos que creem).” Gál. 3;22, confira também João 7;39.
O crente
recebe o Espírito Santo bem na hora que o Espirito Santo o converte (na entrega
do comando da vida a Cristo) e do novo nascimento, nem antes, nem depois. Esta
verdade é confirmada em Efésios 1;13: “…e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da
promessa.” Mais um reforço desta doutrina encontramos em Romanos 8;9:
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” Fica bem claro que cada crente recebe o Espírito Santo na hora da conversão e o próprio Espírito Santo, produz no eleito a regeneração e o novo nascimento. E agora entram os mestres do movimento carismático, tentando minar esta verdade, dizendo que sim, que o crente recebeu um pouco do Espírito, mas ainda falta a plenitude do poder divino. Este termo “um pouco do Espírito” mostra que eles consideram o Espírito de Deus como sendo uma força impessoal. E muitos grupos da RCC O tratam desta maneira mesmo.
Mas a Bíblia
nos mostra que o Espírito Santo é uma pessoa, atribuindo a Ele caraterísticas
típicas de pessoas, como ter sentimentos, pensamentos, que se comunica, adverte
etc. Confira os seguintes versículos: Mateus 4;1, 10;20, Marcos 13;11, Lucas 12;12,
João 14;16-17, 15;26, 16;13, Atos 5;3+9, 16;7, 18;5, Romanos 8;26, I Coríntios
12;11, Ef. 4;30, Filip.1;19, I Tim. 4;1, Tito 3;5, Hebr. 3;7, 9;8, 10;29, Tiago
4;5, II Pedro 1;21, I João 5;6-8, Apoc. 2;7, 22;17.
Uma vez
confirmada esta certeza, que o Espírito de Deus é uma pessoa, e mais que isso,
uma pessoa divina, fica também óbvio, que Ele só pode ser recebido como pessoa
inteira ou não ser recebido. Não há possibilidade alguma de recebê-Lo por
partes (“um pouco”).
Quando o
Espírito vem na hora do novo nascimento para fazer habitação na vida do
recém-convertido, Ele vem na Sua plenitude, com todo Seu poder. O quanto desta
plenitude e poder se manifestará depois no dia-a-dia do crente, isto depende da
capacitação que Deus concede ao cristão. Mas o ensino bíblico deixa bem claro
que todos os que nasceram na família de Deus pelo novo nasci- mento, receberam
a plenitude do Espírito naquela hora da entrega e submissão a Cristo. Naquele
momento glorioso acontecem, despercebidas dos nossos sentidos, várias coisas no
mundo espiritual ao mesmo tempo:
a) O Espírito Santo gera e faz nascer de novo o
convertido (João 3;6);
b) O Espírito o santifica (Rom. 15;16, II Tess. 2;13);
c) Ele o batiza (= o submerge) no Corpo
Espiritual de Cristo (I Cor. 12;13),
d) Ele o sela (Efésios 1;13),
e) Ele faz habitação permanente nele (I Cor. 3;16, II Tim. 1;14).
Resumindo:
Toda a doutrina do Pentecostalismo, Neopentecostalismo e da RCC sobre o batismo
espiritual como sendo uma segunda experiência depois do novo nascimento é falsa
e contraria frontalmente a doutrina bíblica.
b) A Doutrina Bíblica sobre o Batismo do Espírito Santo.
Quais são os
pronunciamentos bíblicos sobre o termo chave dos grupos pentecostais, o
“batismo do Espírito Santo”? Será que a Bíblia conhece um batismo espiritual
como experiência que se manifesta com sensações de poder sobrenatural, fluindo
pelo corpo? Nada consta no AT, mas o NT nos traz várias informações a respeito.
O Anúncio do Batismo com o Espírito Santo.
Antes do aparecimento do Messias, João Batista anuncia que Jesus Cristo batizará com o Espírito Santo e com fogo (veja Marcos 1;7-8, Lucas 3;16, João 1;26-27). “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.” (Mateus 3;11-12). A tarefa de batizar com o Espírito de Deus é do Messias, do Senhor Jesus Cristo pessoalmente. Seu antecessor e servo João Batista não podia cumprir esta missão. O versículo 12 deixa evidente que o “batismo com fogo”, tão valorizado pelos grupos pentecostais, na verdade representa o juízo da ira de Deus.
Cristo
batizará a todos eleitos que Deus envia a Ele com o Espírito de Santo,
mas os que desobedecem ao Evangelho serão batizados com o fogo inextinguível do
juízo. Desta forma, os muitos adeptos enganados do pentecostalismo que imploram
pelo batismo de fogo, estão pedindo pela manifestação da ira de Deus, pela sua
própria condenação.
Em Atos 1,4-5
o anúncio de João Batista é repetido e confirmado pelo próprio Senhor Jesus
Cristo. Este pronunciamento do Senhor se refere claramente ao derramamento do
Espírito Santo no dia de Pentecostes.
O apóstolo
Pedro confirma esta relação, relatando aos irmãos os acontecimentos na casa de
Cornélio em Atos 11;15-17. Desta forma aconteceu, ao descer o Espírito Santo no
dia de Pentecostes, o batismo do Espírito.
O Objetivo do Batismo Espiritual Bíblico.
Mas ainda não
sabemos qual a tarefa que este batismo cumpre no conselho divino. A resposta se
encontra naturalmente nas cartas dos apóstolos. Vejamos I Coríntios 12;13:
“Pois em um
só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” Aqui
está a doutrina bíblica sobre o batismo do Espírito Santo: Esta obra do Senhor
acontece no momento em que alguém chega arrependido aos pés de Cristo, e faz
com que o indivíduo, quebrantado por dentro, mas confiante no Sangue de Jesus e
na Graça Divina, seja introduzido como membro no corpo de Cristo.
Em outras
palavras: no batismo espiritual bíblico o Espírito Santo toma uma pessoa
natural, descendente de Adão, que seja das nações ou dos judeus, e a incorpora
nesta nova entidade salvadora, formada no dia de Pentecostes, que é o Corpo
de Cristo.
Esta obra
maravilhosa de Deus não pode ser nem apalpada, nem sentida e também não vista,
nem analisada; ela acontece junto com o novo nascimento e a aplicação do selo
do Espírito. É uma obra invisível que é feita no homem interior. Vale enfatizar
que não é ligada a visões ou sensações de correntes quentes passando pelo corpo
e nem está acompanhada do dom de línguas. Mais uma vez fica evidente que os
ensinamentos do Pentecostalismo e da RCC estão em franca contradição à doutrina
dos apóstolos. Os falsos mestres retiram o batismo do Espírito do “kit completo”
da Salvação e o descrevem como um degrau mais alto a ser alcançado depois do
novo nascimento.
Mas a doutrina
da “segunda bênção” é uma heresia que nega o fato que junto com Cristo recebemos
tudo o que Deus quer dar aos Seus filhos (veja Rom. 8;32). A palavra em
Efésios 1;3 destaca ainda mais o absurdo da ideia de uma “segunda bênção”: “Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;”. Para completar esta parte,
queremos confirmar que existe uma operação do Espírito Santo, que facilmente é
confundida com o tal “batismo do Espírito”, porque pode ser sentida e experimentada
em vários momentos da vida cristã; estamos falando do Enchimento do Espírito.
Esta obra divina é caraterizada de alegria transbordante e poder para testemunhar
de Cristo em situações difíceis. Ela opera temporariamente e pode se repetir
por muitas vezes. Confiram Atos 4;31, 7;54-60,
11;22-24, 13;7-11. Porém não se lê nada de
outros sinais como falar em línguas ou sensações de correntes quentes passando
pelo corpo, nem de visões ou de quedas etc.
Inclusive o
estado de estar “cheio do Espírito”, mencionado e exigido em Efésios 5;18 é bem diferente do falso “batismo espiritual pentecostal, neopentecostal
e da RCC”, porque depende da fidelidade à Bíblia e da obediência e devoção a
Cristo de cada um.
c) Os Líderes Carismáticos apoiam seus Argumentos erroneamente no Livro
de Atos.
Contra a
clara doutrina nas cartas dos apóstolos, os líderes carismáticos apontam para
exemplos registrados no livro de Atos, para defender sua ideia da “segunda
experiência”.
Os Discípulos antes e depois de Pentecostes.
É comum que
se use o exemplo dos doze discípulos e sua situação antes e depois de Pentecostes,
argumentando que eles já eram crentes e nascidos de novo antes, mas que lhes
faltava ainda o “batismo do Espírito”. Sem dúvida, é impressionante a transformação
deles, que antes eram fracos e medrosos, e depois corajosos ao ponto de encarar
qualquer perigo, testemunhando de Cristo.
Mas este tipo
de argumentação compara “laranjas com bananas”, ou seja, não tem fundamento. Os
discípulos não tinham passado pela experiência do novo nascimento e nem
recebido o Espírito Santo, antes de Pentecostes. Por que não? Porque o Espírito
de Deus foi derramado somente no dia de Pentecostes. Antes eles não tinham como
nascer de novo. Confira João 7;39: “E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele
cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter
sido glorificado.” Os apóstolos, antes de Pentecostes, de certa forma estavam
na base do Antigo Testamento, acreditando no Messias na Terra; nós, porém,
acreditamos no SENHOR crucificado, morto e ressurreto, que está no Céu. Somente
depois de ter completado a sua obra salvadora na cruz e ter entrado no
Santuário Divino no Céu com seu próprio sangue, o Senhor Jesus pôde derramar o
Espírito de Deus sobre as 120 pessoas no Cenáculo, ou seja, sobre a Igreja.
Antes de
qualquer outra coisa, os corações dos fiéis reunidos tinham que ser purificados
pelo Sangue do Cordeiro de Deus, para que o Espírito Santo pudesse fazer
habitação neles, transformando-os em santuários divinos. Assim o Filho recebeu
do Pai o Espírito de Deus para poder derramá-Lo sobre a Igreja (compare Atos 2;32-33). Desta maneira entendemos que a situação peculiar dos discípulos antes de
Pentecostes não serve de argumento para contrariar a doutrina dos apóstolos nas
Cartas. Fica também claro que o SENHOR, ao assoprar sobre eles, (João 20;22) somente transmitiu uma participação espiritual momentânea.
Os Discípulos de João em Éfeso.
Outro relato
no livro de Atos é usado frequentemente para defender a doutrina da “segunda
bênção”. É a pergunta do apóstolo Paulo dirigida aos discípulos de João
Batista na cidade de Éfeso:
“Recebestes
vós já o Espírito Santo quando crestes?” Atos 19;2. O texto parece ser um grande apoio para o
ensinamento da “segunda bênção” – até examiná-lo a fundo. Estes judeus
da diáspora evidentemente haviam visitado a cidade de Jerusalém um tempo atrás
por ocasião de uma festa judaica religiosa, ouvindo a pregação de João Batista.
Eles passaram a crer na mensagem sobre a proximidade do Messias obedecendo ao
chamado para o batismo. Mas obviamente voltaram à sua terra natal, sem ter
conhecido antes a pessoa de Cristo, a pregação d,Ele e a Sua crucificação.
Nesta situação eles não eram crentes no sentido do Novo Testamento.
Faltava o
apóstolo lhes explicar o Evangelho de Jesus Cristo e eles passaram a crer n,Ele,
aceitando o batismo nas águas e em seguida recebendo o Espírito por imposição
de mãos por parte do apóstolo. É fácil perceber que essa era uma situação bem
peculiar que não pode servir de base para criar uma doutrina.
Comparem
também o fato de que os judeus primeiro tinham que se batizar na água para
depois receberem o Espírito (Atos 2;38), enquanto que os estrangeiros daquele
tempo e nós das nações, hoje em dia, recebemos primeiro o Espírito para depois
sermos batizados nas águas (Atos 10;47). Da mesma forma o recebimento do Espírito por imposição de mãos dos
apóstolos era uma situação peculiar. Apesar disso observamos o surgimento de
movimentos que proclamam a necessidade de termos outra vez homens com os mesmos
poderes que os apóstolos de Cristo (inclusive para distribuir o Espírito por
meio de imposição de mãos), e estes já estariam agindo para acelerar o
despertamento mundial. Esta ideia não tem fundamento na Palavra. Aprendamos uma
vez por todas que não podemos criar doutrinas que se apoiam em eventos históricos
ou unicamente no livro de Atos. A base para qualquer doutrina sempre serão as Cartas
dos Apóstolos (Romanos a Judas). O livro de Atos pode contribuir com
exemplos ilustrativos para mostrar de que maneira os apóstolos agiam ou puseram
em prática certas doutrinas registradas nas Cartas.
3) O Espírito Enganoso por atrás do “Batismo Espiritual” Pentecostal-Neopentecostal-Carismático.
Acabamos de
aprender que o ser humano recebe o Espírito Santo como Pessoa Divina em Sua
plenitude, no momento em que se converte e nasce de novo, experimentando o batismo
espiritual bíblico. Nesta doutrina encontramos uma verdade de grande
significado tanto para nossa vida espiritual, quanto para a Igreja em geral, ou
seja: No Senhor Jesus Cristo está toda a plenitude da Divindade e n,Ele
recebemos toda a plenitude de todas as bênçãos espirituais (Confira Coloss. 2;9-10 e Efésios 1;3) na mesma
hora que O Espírito santo nos impele a aceitarmos O Sr. Jesus Cristo como nosso único; Senhor e
Salvador. Ter somente Jesus Cristo como Senhor da nossa vida é mais do que
suficiente. NELE temos toda plenitude e vida abundante (João 10;10) e tudo o que precisamos para nossa vida espiritual (II Pedro 1;2-3 e Rom. 8;32). Cristo pode ser chamado de o Todo-Suficiente. Mais
uma vez a doutrina pentecostal-neopentecostal-carismática do “batismo
espiritual” como sendo uma “segunda bênção” se revela como heresia
altamente perniciosa e nociva, porque ela nega exatamente esta total
suficiência de Cristo.
O próprio
Satanás usa esta heresia para convencer o cristão de que, embora aceitasse a
Cristo como Senhor, ainda lhe falte uma parte importante para ter uma vida
vitoriosa, ou seja, a plenitude do Espírito. O inimigo fala desta maneira:
“Você precisa do meu batismo espiritual para viver a plena felicidade com
Cristo!” Embora a Palavra de Deus afirme que o Pai nos doou tudo em Cristo, a
Serpente consegue convencer muitos crentes de que ainda lhe esteja faltando a
parte decisiva. Foi um procedimento bem parecido que ela usou na hora de seduzir
a Eva e o Adão. Os crentes que consideram os próprios sentimentos como bússola,
costumam sentir falta de “toda bênção espiritual nos lugares celestiais” (Efésios 1;3). Eles desejam sentir a presença e o poder de Deus, ainda mais que as próprias
derrotas e pecados se repetem, “provando” que parece faltar mesmo o verdadeiro
poder divino. Assim acabam buscando a “segunda bênção”.
Ainda não
entenderam qual caminho a Bíblia aponta para nós recebermos o poder espiritual
divino. Vejamos: Depois que já temos a plenitude do Espírito por meio do novo
nascimento, é urgentemente necessário removermos todos os obstáculos de cunho
pecaminoso que impeçam o fluxo do Espírito, por meio de arrependimento, confissão
e mudança de atitude. Temos a nossa natureza carnal e egoísta que luta contra a
obra do Espírito Santo em nós. Agora cabe a nós, mandá-la para a morte,
pronunciando pela fé insistentemente as palavras de Paulo em Gálatas 2;20: “Estou crucificado com Cristo; logo já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim;…” Confira também Gál. 5;16-24 e Rom.
6;11-14.
a) O Recebimento de Outro Espírito: A Advertência de II Coríntios 11.
Em vez de obedecer
a estes ensinamentos bíblicos, os falsos mestres insistem em dizer que o crente
precise buscar a “segunda experiência” para vencer as tentações e pecados. Este
caminho é perigosíssimo e escorregadio ao extremo, uma vez que o verdadeiro crente
já recebeu o Espírito Santo na hora do novo nascimento. A Palavra de Deus nos
confirma isso.
Mas seguindo
as doutrinas enganosas, ele passa a pedir pela plenitude do Espírito, pela
“segunda bênção”. Parece até ser uma devoção exemplar, mas na verdade, ele está
colocando a Deus como mentiroso, dizendo que ainda não tem o que ele já recebeu
no novo nascimento (comp. I João 5;10). Não dá para receber o verdadeiro Espírito Santo por duas ou mais vezes.
Nem vale
referir-se a Lucas 11:13 como fazem os enganadores – esta palavra valia para os apóstolos antes
de Pentecostes e os encorajava a pedir pela chegada do Espírito de Deus. E
assim o fizeram em Atos 1;12-14. Veja também Lucas 24;49 e Atos
1;4. A nós, porém, já foi dado o Espírito e não
faz sentido pedir por ele pela segunda vez. Vamos avançar mais um pouco em nossa pesquisa
bíblica. Uma vez que os líderes pentecostais, neopentecostais e da Renovação
Carismática Católica (RCC) afirmam ter recebido uma “segunda bênção”, uma
“segunda experiência” depois do novo nascimento, e, por outro lado, a Bíblia
nos diz que o Espírito Santo é recebido uma vez só, fica evidente que os
primeiros foram dotados por um espírito das trevas, por uma entidade mentirosa.
Não há uma terceira alternativa. Não existem espíritos “misturados” como alguém
sugeria no começo do movimento pentecostal. Já que a luz não se mistura com as
trevas (II Cor. 6;14), esta versão é fantasiosa.
O crente que
se deixou levar pelas heresias dos pentecostais e buscou o “batismo espiritual”
como a segunda experiência, se encontra no terreno escorregadio do engano e da truculência.
Os falsos mestres insistem que o cristão afaste todo raciocínio e pensamento
crítico a respeito e que simplesmente se entregue ao Espírito. Muitas vezes
esta afirmação é selada com a imposição de mãos.
Mas se o
crente nesta situação se sente inseguro e ele ora: “Senhor, se isto não vem de
Ti, me protege!”, ele não recebe a tal “unção”. O espírito da mentira somente pode
tomar posse da pessoa, se ela deseja ardentemente esta experiência.
O Segredo da Enganação conforme II Coríntios 11;2-4.
A segunda
carta aos coríntios nos ensina uma lição importantíssima no capítulo onze: O
crente desatento que se deixa levar pelas emoções, pode acabar recebendo um
espírito enganoso.
“Porque estou
zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar
como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a
serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos
os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se
alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis
outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com
razão o sofrereis.” (II Cor. 11;2-4).
“Porque tais
falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de
Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de
luz. Não é muito, pois, que seus ministros se transfigurem em ministros da justiça;
o fim dos quais será conforme as suas obras.” (II Cor. 11;13-15). Por meio
destas palavras o Espírito de Deus desmascara as táticas espertas do diabo na
tentativa de seduzir os crentes. O texto nos dá uma visão clara sobre a maneira
da enganação agir dentro da Igreja, não somente a heresia pentecostal, neopentecostal
e carismática, mas qualquer outra que hoje assola as igrejas. Os crentes em
Corinto, sem dúvida, eram legítimos filhos eleitos de Deus, mas se encontravam
ainda em um estado muito carnal emocional, mostrando grande falta de maturidade
cristã. Depois da partida do apóstolo Paulo, outros, falsos apóstolos chegaram de
Jerusalém, apresentando-se como servos do poder divino, com uma retórica
impressionante (oradores fervorosos), convencendo os coríntios, que perto
deles, o legítimo apóstolo Paulo não era grande coisa (confira II Cor. 11;5-6). Paulo começa a corrigir os coríntios, abrindo-lhes os olhos, para que pudessem
perceber a camuflagem sofisticada dos servos do diabo.
Primeiro,
eles se sentiam quase que enfeitiçados pelos ensinamentos supere spirituais
que tinham ouvido. Mas agora o apóstolo, dirigido por Deus, está dizendo a eles
que acabaram de ser enganados por estes falsos mestres, aceitando de bom grado
um evangelho enganoso, um espírito mentiroso e um falso Cristo.
Os três Elementos Básicos da Sedução Demoníaca.
As três coisas
que o apóstolo menciona no V. 4 de II Cor. 11 encontraremos em todas as correntes heréticas que assolam a Igreja. Elas
fazem parte das ferramentas básicas que Satanás usa para seduzir os crentes em
qualquer lugar do mundo. Precisamos conhecê-las bem.
*Um Jesus Falsificado.
Muitos custam
a entender esta parte e me dizem: “Mas olha bem, como o pessoal da Renovação
ama Jesus! Andam falando n,Ele, dirigindo orações sempre a Ele, afirmando a
todo instante que amam Jesus sobre todas as coisas. Estes sim, são verdadeiros
cristãos!” Acreditamos que o Sr. Está equivocado Rev. !!! Mas a Bíblia nos
mostra que o inimigo manda anunciar um Cristo falsificado que não combina com o
Jesus de Nazaré verdadeiro que se apresenta na Palavra de Deus. Tais falsos
Cristos existem aos montes. Veja o falso Cristo das Testemunhas de Jeová,
o falso Cristo da Religião Católica (que recebe adoração em forma de
hóstia e que precisa ser sacrificado sempre de novo), o falso Cristo dos Mórmons,
o falso Cristo da Teologia Arminiana e etc. Da mesma forma, no Pentecostalismo,
Neopentecostalismo e na RCC, um falso Cristo se manifesta em visões e sonhos ou
mensagens proféticas. Este, na verdade, é um anjo luminoso truculento, produto
da enganação satânica. O verdadeiro Senhor Jesus não aparece visivelmente para nós,
antes da Sua Volta em poder e glória (confira I Pedro 1;8). Mas este
falso Cristo sim, aparece aos adeptos do Pentecostalismo e da RCC, sendo
exaltado e adorado por eles com louvor em estilo Rock Gospel e MPB. Ele também
se manifesta a eles em mensagens proféticas enganosas, pedindo que se misturem
aos cristãos católicos e ortodoxos, formando uma grande família ecumênica.
Um teólogo
destacado dos grupos carismáticos, Arnold Bittlinger, chamou este falso Cristo
deles de “o arquétipo” ou a forma original do xamã (feiticeiro, curandeiro
pagão), que transmite cura e poder. O pregador da Renovação Carismática Católica
(RCC), Merlin Carothers, descreveu uma visão da presença de “Cristo” da seguinte
maneira: “De repente eu estava no Espírito e vi a Jesus na minha frente ajoelhado.
Ele segurou meu pé e deitou a cabeça nos meus joelhos dizendo: “Eu não quero
usar você, mas pelo contrário, quero que você faça uso de mim.” Dá para
perceber logo que se trata de uma falsificação espírita, que está de acordo com
o pensamento mágico do paganismo (compara a verdadeira aparição de Cristo em Apocalipse 1;10-20). O falso Cristo do Pentecostalismo e da RCC se introduz entre o crente
e o verdadeiro Cristo e começa a chamar a atenção do adepto para si mesmo,
recebendo a adoração que pertence ao verdadeiro Cristo.
* Um Espírito Santo Falsificado.
A Bíblia testemunha
que crentes podem receber um espírito demoníaco, um espírito enganoso e sedutor
(I Tim. 4;1), desde que se abrem de coração ingênuo e crédulo. Este falso espírito
tenta se fazer de Espírito Santo (compare II Tessalon.
2;2). Mas suas mensagens e seus frutos o desmascaram
como espírito enganoso. Os cristãos em Corinto aceitaram as mensagens dos
falsos apóstolos, recebendo em consequência um espírito sedutor, que os levava por
caminhos equivocados onde acabaram perdendo toda orientação e todo discernimento.
Mas este batismo
espiritual, da forma como acontece no Pentecostalismo e na RCC, onde se
transmite um espírito falso, não pode ser interpretado como uma possessão
demoníaca – pelo menos não em crentes nascidos de novo; visto que eles estão
selados com o Espírito Santo (veja Coloss. 1;13). O que acontece nestes casos é
o acompanhamento constante pelo espírito das trevas, que se manifesta em visões,
vozes, pensamentos involuntários, sensações forçadas, ações involuntárias e
depressões. Em pessoas que não passaram pelo novo nascimento, possessões são
possíveis. Isso vale, por exemplo, para católicos que se abrem para o
misticismo ou para a RCC e em consequência disso recebem um espírito das trevas
que os rouba todo discernimento e bom senso. Eis o segredo da persistência e
resistência a correções destas heresias.
* Um Evangelho Falsificado.
Na carta do apóstolo
Paulo, dirigida aos Gálatas, Deus nos mostra com todas as letras que é possível
que falsos mestres nos preguem um evangelho falsificado, uma “mensagem de salvação”
distorcida e mentirosa (compare Gál. 1;6-9,
3;1, 5;7-12). Estes fatos acontecem em todas as heresias
que assolam a Igreja e o Pentecostalismo, Neopentecostalismo e a RCC não fazem exceções.
No movimento
pentecostal clássico, a falsificação se mostrava em adições, feitas à sã
doutrina. Idem nas igrejas da Galácia, onde os falsos mestres acresceram a circuncisão
dos homens como exigência divina, o que acabou estragando todo o Evangelho. No
caso do Pentecostalismo, as adições se mostravam principalmente na proclamação
da cura divina que faria parte da salvação da alma. Nisto aconteceu uma grave
inversão de valores. Um valor terreno, limitado a esta vida (a cura), foi
igualado à eterna salvação da alma. Além disso, havia elementos da heresia,
chamada “a santificação total” e a convicção de um “coração 100% livre de
pecado”. Isso tudo faz parte do chamado “Pleno Evangelho”.
Muitos
líderes carismáticos falsificam o Evangelho com elementos da Nova Era, tais
como “o pensamento positivo” ou fórmulas mágicas de “fé”, constituídas em
palavras de ordem ou lemas repetitivos. Veja aqui um exemplo, transmitido por
uma emissora evangélica: “Se você quer ter saúde, força e sucesso, venha para
Jesus e se ligue com a corrente do poder sobrenatural!” Esta é a maneira de
proclamar um evangelho falsificado, onde não se fala da fé na morte de Cristo e
do arrependimento. É o falso evangelho da prosperidade que vem ao encontro da
expectativa carnal e egoísta de pessoas pagãs.
b) Os Frutos desmascaram o falso espírito.
Muitos
crentes, hoje em dia, enfrentam dificuldades em pronunciar tal sentença bíblica
sobre o espírito que age no Pentecostalismo e na RCC. Eles fazem observações
superficiais das manifestações e frutos deste espírito e hesitam em aplicar o
padrão da Palavra de Deus sem parcialidade.
Observações
superficiais não ajudam em nada, uma vez que o espírito enganador tenta imitar
manifestações legitimas do Espírito Santo. À primeira vista temos um quadro
meio confuso, onde parece ter uma mistura de elementos bíblicos-espirituais com
elementos egoístas-carnais, emocionais e demoníacos. Mas, na verdade, a
realidade é outra. Examinemos o espírito falsificado destes movimentos conforme
o padrão bíblico e chegaremos a uma conclusão bem definida. Em I João 4;1 somos chamados a provar os espíritos:
“Amados, não
creiais a todo o espírito, mas provai (examinai, pesquisai) se os espíritos são
de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” O
Espírito de Deus nos capacita a fazer isso por meio da Sagrada Escritura.
A base para o
exame é a certeza de que todas as ações e manifestações do Espírito Santo de
Deus estarão sempre de acordo com a Palavra escrita na Bíblia, sabendo que ela
foi inspirada pelo próprio Espírito Santo. Qualquer coisa que contradiz a
Palavra de Deus, nós não podemos aceitar como sendo de origem divina.
O espírito enganador, por sua parte, tenta impedir o exame, ameaçando que isso implicaria no pecado imperdoável contra o Espírito Santo. Mas um crente nascido de novo não pode cometer este pecado, já que ele é selado pelo Espírito Divino. O pecado imperdoável foi cometido pelos fariseus que, ao verem o Senhor Jesus agir no poder de Deus e sendo convencidos no coração que Ele era o Cristo, declararam, que isso era manifestação das trevas.
Se nós sendo
por deus capacitados á obedecermos ao mandamento de examinar os espíritos, o
próprio Espírito Santo nos ajudará nesta tarefa. Começando perguntamos: Quais
são as manifestações e frutos do espírito enganador que age nos movimentos pentecostal
e carismático?
1)
Profecias e Doutrinas que contradizem a Doutrina Bíblica.
O espírito mentiroso
que age nos crentes enganados, às vezes faz pronunciar versículos bíblicos para
camuflar sua origem diabólica. Mas a maior parte das mensagens proféticas e das
doutrinas “inspiradas” estão em franca contradição à Palavra de Deus. Os
exemplos mais conhecidos são o anúncio de um derramamento global do Espírito e
o chamado do Jesus falsificado a se unir ao movimento ecumênico que se aproxima
do Vaticano.
Mas existem
também exemplos menos conhecidos como a escolha de mulheres para posições de
liderança e doutrinamento feminino na Igreja (o que contradiz a ordem em I Tim.
2;12), além das heresias da cura divina, da prosperidade, da confissão positiva
(palavra da fé), da expulsão de demônios etc.
O espírito
enganador espalhou nas igrejas um milhão e meio; de heresias e procedimentos
antibíblicos, que se referem expressamente a “revelações” e “visões”
dadas pelo Jesus falsificado. Eis a prova definitiva, que tal espírito
não é idêntico ao Espírito Santo.
2) Manifestações e Frutos que contradizem a Bíblia.
Em muitas
pessoas crentes que recebiam o falso batismo espiritual, seja por imposição de
mãos ou não, surgem sintomas alarmantes como o desejo de se suicidar, depressões,
sensação de estar condenado e rejeitado por Deus, sensação constante de culpa
sem motivo, perda da certeza da salvação, pensamentos constrangedores, ouvir
vozes estranhas e, em outros casos, psicoses, esquizofrenias etc. São sinais
claros de influências demoníacas, que revelam a procedência deste espírito
diabólico nas igrejas. Da mesma forma encontramos manifestações deste espírito
falsificado em grandes reuniões, onde se observam fenômenos como a queda para
trás de dezenas ou até centenas de pessoas ao mesmo tempo, como se fossem
derrubadas por uma mão invisível, outros tantos no chão desmaiados ou em transe,
alguns com um tremor incontrolável, outros dando gargalhadas histéricas, e mais
outros dando latidos, grunhidos, etc.
E o quadro se
completa ouvindo alguém dizer que estão “embriagados no espírito”,
enquanto cambaleiam pelo palco ou “dançando no espírito” mostrando uma
coreografia “inspirada”. Tudo isso não consta na descrição da vida
cristã no Novo Testamento e contradiz frontalmente as caraterísticas do Espírito
Santo, registradas na Bíblia.
“Onde está o Espírito
do Senhor, aí há liberdade” (II Cor. 3;17). O verdadeiro Espírito Santo jamais constrangeria pessoas crentes e eleitas;
a fazerem coisas contra a sua vontade, nem transformaria pessoas em marionetes.
É como diz I Cor. 14;32: “E os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos profetas.” O Espírito de Deus testemunha com o nosso espírito,
adverte a nossa consciência e nos encoraja a fazer a vontade de Deus – mas em
todo nosso agir, mesmo dirigidos pelo Espírito, o controle do procedimento e a
responsabilidade ficam conosco.
O Espírito
Santo produz dentro de nós o poder para obedecer a Palavra Bíblica, o amor e o
domínio próprio (autocontrole, moderação, temperança...). Compare I Tim. 1;7. Qualquer ação imposta de fora, sob constrangimento ou “teledirigida”, transformando o crente em marionete inconsciente, é prova de influência
diabólica (confira I Cor. 12;2,
Marcos 5;1-5). Satanás escraviza pessoas, “apagando”
a personalidade delas, para poder fazer coisas por meio dos seus corpos, que
elas não fariam voluntariamente.
O famoso e já
falecido John Wimber testemunhou, no seu tempo, sobre sua experiência do
“batismo espiritual” dizendo que, enquanto estava deitado no chão, uma
força invisível o segurava lá durante mais de meia hora, e mesmo fazendo todo
esforço possível para levantar, ele não conseguia. Tal poder jamais veio de
Deus. “E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho,
que tem um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma,
e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o
expulsassem, e não puderam.” Marcos 9;17-18.
O mesmo
fenômeno acontece no meio pentecostal e carismático. O espírito demoníaco
apanha os que se entregam a ele, assumindo o controle sobre sua personalidade.
Em seguida os joga no chão – sinal claro da ação demoníaca e jamais da obra do
Espírito Divino. Note bem que na Bíblia há registros de pessoas que caíram de
rosto em terra na presença de Deus ou do Anjo do Senhor. Mas nas reuniões e
cultos das atuais, “igrejas” pentecostais, neopentecostais e da RCC, as
pessoas costumam cair de costas. E estas quedas para trás, registradas também
na Bíblia, representam o juízo divino executado nos pecadores. Confira, por favor,
os seguintes textos: Gênesis 49;17, I Sam.
4;18, Jó 12;19, Eccl. 12;7, 24;16, Isaías 26;5, 28;13, João 18;6. Impossível apresentar tais eventos como sendo provas de bênçãos divinas.
Mais um aspecto destas quedas no meio carismático é a forma em que mulheres
ficam deitadas no solo de maneira indecente e chamativa. Em muitos lugares
existem cobertores preparados para cobrir os corpos destas criaturas infelizes.
Sobre este assunto a Bíblia tem sentenças bem claras: Êxodo 20;26, Êx. 28;42, Gên. 9;22-23.
3) Divisões, Seitas e Pecados de Imoralidade.
As heresias ditas:
Pentecostais, Neopentecostais e a Renovação Carismática Católica (RCC);
afirmam ser movimentos de grande despertamento espiritual que promovem
manifestações divinas em toda sua plenitude. Posto que fossem isso mesmo,
deveriam causar em consequência disso uma união maior entre os crentes e aumentar
cada vez mais o amor fraternal dentro das igrejas. Mas o que se observa
é o absolutamente; contrário. Por onde este espírito penetra nas igrejas,
surgem divisões e sectarismo. O derramamento deste espírito enganador dividiu
de 1906 em diante inúmeras igrejas e denominações, inclusive históricas como no
caso da Igreja Metodista.
O próprio
movimento pentecostal se dividiu muitas vezes entre si desde o começo. O primeiro
pioneiro, Parham, desconfiava do seu colega negro, Seymour, na Azuza Street e
chamou o despertamento que aconteceu por lá de “obra maligna”.
Da mesma
forma, de lá para cá, um grande número de líderes “ungidos” e “novos
apóstolos” se acusam mutuamente de viverem em pecado para poderem “roubar”
as ovelhas um do outro. Até hoje acontece que igrejas bíblicas perdem seus grupos
de jovens que são levados pelo espírito enganador carismático.
O espírito
mentiroso destes movimentos também produz outros frutos podres como a ganância
e o enriquecimento ilícito que caracteriza muitos líderes evangélicos
populares, “profetas” e “homens de Deus”. Mas em I Tim. 6;3-10, estas são as “credenciais” dos falsos mestres.
Além destes males,
acumulam-se outros pecados chocantes na vida de tantos “líderes famosos”,
(aparentemente tão cheios do Espírito) como: alcoolismo, mentiras, desvio de doações
financeiras, fraudes, e principalmente adultérios, divórcios, prostituição,
abusos de menores etc. Entre os nomes mais famosos constam Jim Bakker, Jimmy
Swaggart, Earl Paulk, Paul Crouch, Paul Cain, Todd Bentley e outros. E no
Brasil também não param de surgir acusações deste gênero contra “pastores”
destes movimentos nefastos.
Outro fruto podre
desta perniciosa doutrina se observa
na África, onde “missionários pentecostais e neopentecostais” espalham
há muitos anos a ideia da “segunda experiência”, transmitida por
imposição de mãos e acompanhada do dom de línguas. Destes grupos pentecostais
e neopentecostais africanos se formaram seitas com crescimento rápido que,
sob liderança de “profetas” e “apóstolos” nativos praticam a
magia negra africana, misturada com elementos pentecostais e neopentecostais,
tais como a “cura divina”, “profecias” e o dom de línguas.
Examinando
todos estes frutos heréticos do “espírito” dos movimentos pentecostal,
neopentecostal e carismático, fica evidente que neles não age o Espírito de
Deus, mas sim, um espírito enganador das trevas. Esta percepção já foi
registrada na Declaração de Berlím no ano 1909, onde servos de Deus de
renome daquela época formaram um texto analisando o pentecostalismo
recém-nascido pelos seus frutos.
Como livrar-se do espírito enganador?
Quando um
filho de Deus percebe que pecou entregando-se a um espírito enganador,
recebendo-o talvez até por imposição de mãos, a pergunta urgente é esta: Como
posso me livrar desta força maligna? A resposta é simples: Por meio de um
arrependimento sincero, confissão deste pecado na presença de Deus e renúncia
total e irrestrita (inclusive o abandono e fim de contato com o grupo herético).
Procure com urgência; uma Igreja Presbiteriana Ortodoxa, Trinitariana ou
Batista Reformada!!! Fuja das “teologias” Pentecostais, Neopentecostais, Carismáticas
e aquelas que se intitulam: “Renovadas Sabatistas...”.
Não é
indicado fazer uma expulsão, uma vez que não se trata de possessão, e sim, de
um acompanhamento do poder das trevas. Lembre-se de que um verdadeiro filho
eleito de Deus não pode ficar possesso! Ele já foi tirado da potestade das
trevas e transportado para o Reino do Filho (veja Colossenses 1;13).
Às vezes, o
inimigo tenta recuperar a posição perdida na vida do crente, mas se ele
continua se apoiando firmemente no sacrifício de Cristo, no Sangue derramado na
cruz, ele terá a vitória completa. Esta libertação representa um ponto de
transição importante; lembrando que o Espírito Santo ficou entristecido e
apagado, enquanto o espírito enganador dominava aquela vida. Mas agora Ele voltará
a agir e curar a vida espiritual do crente. Vale reprisar que um profundo
arrependimento (mudança de atitude) com respeito às doutrinas enganosas,
práticas e pensamentos mágicos, exorcismos etc. é fundamental neste processo.
Junto com o
estudo profundo da sã doutrina bíblica (Doutrinas da Graça) e de uma
nova entrega consciente e decidida ao verdadeiro Cristo, o crente terá uma
recuperação completa.
4) Conclusão: Precisamos de um Despertamento Verdadeiro e de uma Vida
que reflita a Plenitude do Espírito Santo!
Muitos representantes
dos heréticos; movimentos: Pentecostais, Neopentecostais e da RCC;
acusam os críticos do movimento, de defender uma igreja fria, formal e
engessada, sem poder nem amor divino, que rejeite a obra do Espírito de Deus.
Esta é uma acusação sem fundamento, principalmente no que se refere ao autor
deste trabalho. A esmagadora maioria dos líderes e crentes fiéis à sã doutrina
confessará que, em geral, nas suas igrejas locais faz falta uma entrega e dedicação
mais completa a Cristo e uma vida que reflita realmente a plenitude do Espírito
Santo.
Nós temos
necessidade de nos humilhar e confessar que carecemos de poder, pureza, obediência
e amor. Fazemos concessões carnais, entristecendo o Espírito Santo. Sim, nós
queremos buscar um verdadeiro despertamento espiritual, orando e traçando o
caminho para tornar-nos cheios do Espírito. E este caminho se chama
arrependimento e auto humilhação. Precisamos aprender a fazer verdadeiras
súplicas pelo povo de Deus, da mesma forma que Daniel, Esdras e Neemias fizeram
(veja Dan. 9, Esdr.9, Neem. 1 e 9). Nestes tempos finais que vivemos, o verdadeiro despertamento espiritual
não se manifestará em “conversões de multidões”, mas sim, em primeiro
plano, no próprio povo de Deus que acorda da sua fé morna e da conformidade com
o mundo, para se dedicar nova e inteiramente a Cristo. Quando nós rejeitamos as
famosas palavras de ordem como “despertamento de massas” e “batismo
de espírito pentecostal”, o fazemos lembrando que tais manifestações
enganosas representam um dos maiores obstáculos para o verdadeiro despertamento
espiritual entre o povo de Deus. Nada impede mais o agir do Espírito Santo nas
igrejas, do que esta corrente espiritual herética e enganosa, com seu despertamento
falsificado e diabólico.
Nos tempos finais existirá um pequeno remanescente que continuará sendo fiel ao Senhor e à Sua Palavra (confira Apoc. 3;7-13). Oremos irmãos, para que este remanescente se humilhe, se arrependa e se purifique, e que assim seja renovado e fortificado com a plenitude espiritual restaurada para servir ao Senhor até que Ele volte em poder e glória!
Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
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