A Conversão de Calvino e a Mudança De Chamado / Dr. J. H. Merle D’Aubigné.
Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
Um artigo sobre como: O Ilustre
Reformador João Calvino se converteu.
O
reino de Cristo é fortalecido e estabelecido mais pelo sangue dos mártires do
que pela força das armas, disse um dia o doutor de Noyon. Nesse período ele
teve a ocasião de experimentar a verdade dessa afirmação. Um dia no ano de 1527,
um homem de trinta e oito anos, de boa família (ele era parente de M. de Lude),
protonotário [1] na hierarquia eclesial e seguro de algumas crenças, de nome
Nicholas Doullon, tendo sido acusado de heresia, permaneceu à frente da
Catedral de Notre Dame enquanto a imensa multidão de cidadãos, sacerdotes e
pessoas comuns olhavam. O carrasco havia ido a prisão pela manhã, despido o
protonotário de seu manto oficial e, tendo passado a corda ao redor de seu
pescoço e atando suas mãos, o tinha conduzido desse modo à frente da igreja da
Virgem. O pobre coitado já tinha visto dias melhores: ele tinha algumas vezes
ido aos palácios de Louvre, São Germain e Fontainebleau, e se misturado com os
nobres, na presença do rei, de sua mãe, de sua irmã; ele tinha também sido um
dos oficiais de Clemente VII. As pessoas de bem de Paris, as quais essa
execução haviam desenhado, diziam umas às outras, como se fossem testemunhas de
um triste espetáculo: “Ele frequentava a corte do rei e tinha vivido em Roma a
serviço do papa.” Doullon foi acusado de ter proferido uma grande blasfêmia
contra a gloriosa mãe de nosso Senhor e contra o próprio Senhor: ele tinha
negado que a hóstia era realmente Cristo.
O
clero tinha tomado vantagem da ausência do rei e usou uma celeridade sem
precedentes no julgamento. “Ele foi pego na quinta-feira passada”, e quatro
dias mais tarde estava em pé, careca e descalço, com a corda ao redor do
pescoço, na frente da igreja metropolitana de Paris. Todos estavam esperando
ouvir dele um pedido de perdão à Virgem; mas eles esperaram em vão; Doullon
permaneceu, até o fim, firme em sua fé. Adequadamente, o carrasco novamente colocou
as mãos sobre ele, e o protonatário, guardado pelos sargentos, e precedido e
seguido pela multidão, foi guiado até Greve, onde foi atado a uma estaca e
queimado vivo.
A
execução de um sacerdote de alguma importância na Igreja criou comoção em Paris,
especialmente nas escolas e entre os discípulos da Reforma. “Ah”, disse Calvino
subsequentemente, “os tormentos dos santos, os quais a mão do Senhor torna
invencível, deve nos dar ousadia; por ela nós temos, antecipadamente, a
promessa de nossa vitória através de nossos irmãos”.
Enquanto
a morte estava afinando as fileiras do exército evangélico, novos soldados
estavam tomando o lugar daqueles os quais tinha desaparecido. Calvino tinha
andado por algum tempo na escuridão, pelo caminho do papa, desesperado por
salvação, e não sabendo do caminho de Jesus Cristo. Um dia (nós não podemos
dizer quando) ele viu uma luz invadindo a escuridão e um pensamento consolador
entrou em seu coração. “Uma nova forma de doutrina surgiu” ele disse. “Se eu
estiver errado... se Olivetan, se meus amigos próximos, se aqueles que dão suas
vidas para preservar a fé estiverem certos.... se eles encontraram nesse
caminho a paz que a doutrina dos sacerdotes me nega?”
Ele
começou a prestar atenção as coisas que eram ditas a ele; ele começou a
examinar o estado de sua alma. Um raio de luz brilhou nela e expôs seu pecado.
Seu coração estava aflito: para ele, parecia que cada palavra de Deus que ele
encontrou nas Escrituras rasgou o véu e o repreendeu em suas ofensas. Ele
verteu rios de lágrimas. “Certamente”, ele disse, “esses novos pregadores sabem
como penetrar a consciência. Agora que estou preparado para realmente atentar,
começo a ver, graças à luz que tem sido trazida a mim, em que tipo de erro eu tenho
até agora chafurdado; com quantas manchas eu tenho me desfigurado... e acima de
tudo, o que é a eterna morte que me ameaça”. Um grande temor veio sob ele; ele
andou em seu quarto como Lutero uma vez andou em sua cela em Erfurth. Ele
proferiu (ele nos diz) gemidos profundos e verteu rios de lágrimas. Ele foi
esmagado sob o peso de seu pecado. Atemorizado pela santidade divina, como uma
folha levada pelo vento; como um homem assustado por uma violenta tempestade de
raios, ele exclamou: “Oh Deus! Tu me manténs curvado, como se teus raios
estivessem caindo em minha cabeça” ... Então ele caiu aos pés do Todo Poderoso,
exclamando: “Eu condeno com lágrimas o meu estilo de vida passado, e me
transfiro totalmente e incondicionalmente para ti.
Pobre
e quebrantado, jogo-me na piedade na qual tu mostraste a nós em Jesus Cristo:
Eu entro nesse único porto de salvação... Oh Deus, não julgue contra mim aquela
terrível deserção e repulsa da tua Palavra, da qual tua recompensa maravilhosa
me resgatou.” Seguindo o conselho de Olivetan, Calvino aplicou-se ao estudo da
Escritura, e em todo lugar ele encontrava Cristo. “Oh pai” ele disse, “seu
sacrifício apeteceu tua ira; seu sangue lavou as minhas impurezas; sua cruz
suportou minha maldição; sua morte expiou por mim... Tínhamos inventado para
nós muitas loucuras inúteis... mas tu puseste a tua Palavra diante de mim como
uma tocha, e tu tocastes o meu coração, de maneira que eu devo manter em
abominação todos os outros méritos, salvo este de Jesus”. De qualquer modo,
Calvino tinha que passar a luta final. Para ele, como para Lutero, a grande
objeção era a questão da Igreja. Ele sempre tinha respeitado a autoridade da
Igreja a qual ele acreditava que tinha sido fundada pelos apóstolos e
comissionada a manter a humanidade ao redor de Jesus Cristo; e esses
pensamentos as vezes o perturbavam. “Existe uma coisa” ele falou aos
evangélicos “que previne minha crença em vocês; isto é, o respeito para com a
Igreja. A majestade da Igreja não deve ser diminuída... Eu não posso me separar
disso”.
Os
amigos de Calvino em Paris, e depois talvez Wolmar e outros em Orleans e Bourges,
não hesitavam em responder a ele. “Existe uma grande diferença entre separação
da Igreja e tentar corrigir os vícios com os quais ela está manchada... Quantos
anticristos ocuparam o lugar em seu seio que pertence apenas aos pastores!”
Calvino entendeu, ao menos, que a unidade da Igreja não poderia e não deveria
existir exceto na verdade. Seus amigos, percebendo isso, falaram abertamente
para ele contra o Papa de Roma – “Homem toma-se por vigário de Cristo, sucessor
de Pedro e cabeça da Igreja... mas esses títulos são meros espantalhos. Longe
de permitir serem deslumbrados por estas longas palavras, os fiéis devem
discriminar o assunto verdadeiramente. Se o papa ascendeu a tal altura e
magnificência é porque o mundo foi mergulhado em ignorância e ferido pela cegueira.
Nem pela voz de Deus, nem pelo legítimo chamado da Igreja, foi o papa
constituído seu príncipe e cabeça; é por sua própria autoridade e por sua
própria vontade... Ele se elege. Para que o reino de Cristo possa permanecer, a
tirania com qual o papa oprime as nações deve chegar a um fim”. Os amigos de
Calvino, como eles nos diz, “demoliram pela Palavra de Deus a soberania do papa
e sua elevação excessiva”.
Calvino,
não contente em ouvir os argumentos de seus amigos, “procurou nas Escrituras cuidadosamente”,
e encontrou inúmeras evidências corroborando as coisas que foram ditas a ele.
Ele foi convencido. “Eu vejo nitidamente”, ele disse, “que a verdadeira ordem
da Igreja foi perdida; que as chaves que deveriam preservar a disciplina foram
falsificadas; que a liberdade cristã foi subjugada; e que quando a soberania do
papa foi estabelecida, o reino de Cristo foi derrubado”. Assim caiu o papado na
mente do futuro reformador; e Cristo tornou-se para ele o único rei e todo
poderoso cabeça da igreja. Então, o que fez Calvino? O convertido usualmente
acredita que foram chamados para permanecer na Igreja que eles podem trabalhar
na purificação; ele separou-se de Roma? Theodore Beza, seu amigo mais íntimo,
disse: “Calvino tendo sido ensinado sobre a verdadeira religião por um de seus
amigos chamado Pierre Robert Olivetan, e tendo cuidadosamente lido os livros
sagrados, começou a considerar os ensinamentos da Igreja Romana com horror, e
tinha a intenção de renunciar sua comunhão”. Esse testemunho é positivo, ainda
que Beza apenas diga nessa parte que ele “tinha a intenção”. A separação ainda
não tinha sido decidida de forma absoluta.
Calvino
sentiu a imensa importância desse passo. Ainda assim, ele resolveu romper com o
catolicismo, se necessário, a fim de possuir a verdade. “Eu desejo concordância
e unidade, O Senhor”, ele disse; “mas a unidade da Igreja que eu desejo é a que
tem o começo e o final em ti. Se, para ter paz com aqueles que se gabam de serem
os primeiros da Igreja, devo compra-la negando a verdade... Então prefiro me
submeter a qualquer coisa, do que condescender com tal associação abominável!”
Os personagens da reforma, sua fé, sua decisão, sua vida inteira, são encontradas
nessas palavras. Ele vai se esforçar para permanecer na Igreja, mas.... com a
verdade.
A
conversão de Calvino tinha sido longa e amadureceu lentamente; e ainda, por um
ângulo, a mudança foi instantânea. “Quando eu era um escravo obstinado das
superstições do papado” ele diz, “e isso parecia impossível de ser tirado do
fundo da lama, Deus, por uma conversão repentina, subjugo-me, e fez meu coração
obediente a Palavra DELE”.
Quando
uma cidade é tomada, é em um dia e por um único assalto que os conquistadores
entram e plantão a sua bandeira sobe as muralhas; e ainda por meses, talvez por
anos, eles permaneçam batendo nas paredes. Então foi realizada essa memorável
conversão, na qual pela salvação de uma alma tornou-se para a Igreja, e nós
podemos dizer que para a humanidade, o princípio de uma grande transformação.
Então, foi apenas um pobre estudante convertido na faculdade; agora, a luz que
esse erudito colocou no candelabro se espalhou para os confins do mundo, e
almas eleitas, separadas entre todas as nações, tomaram do conhecimento da sua
conversão, a origem das delas mesmas.
Foi
em Paris, como nós vimos, que Calvino recebeu um novo nascimento; não poderia
ser mais tarde, como alguns desejavam, sem contradizer o mais positivo
testemunho. Calvino, de acordo com Theodore Beza, foi instruído na verdadeira
religião por Olivetan, antes dele ir para Orleans; nós sabemos, além disso, que
Calvino, tanto em Bourgues ou em Orleans, “maravilhosamente avançou o reino de
Deus”. Como ele poderia fazer tanto se ele não tivesse conhecimento desse
reino? Calvino aos dezenove anos, presenteado com uma alma profunda e
consciente, cercado de relações e amigos zelosos pelo Evangelho, vivendo em Paris
em meio a um movimento religioso de grade poder, foi ele mesmo tocado pelo
Espírito de Deus. Então, certamente não estava tudo feito; alguns dos traços,
que indicamos depois do próprio reformador, podem, como já reparamos, pertencem
a sua residência em Orleans e em Bourges; mas o trabalho essencial foi feito em
1527. Essa é a conclusão que chegamos depois de cuidadoso estudo. Existem homens
em nosso tempo que olham para a conversão como um fato imaginário, e
simplesmente dizem que um homem mudou sua opinião. Eles admitem livremente que
Deus pode criar um ser moral uma vez, mas não pode conceder a ele a liberdade
de criá-lo uma segunda vez – de transformá-lo.
Conversão
é sempre obra de Deus. Existem forças trabalhando na natureza que fazem com que
a terra produza seus frutos; e ainda alguns continuando sustentando que Deus
não pode agir no coração do homem para criar um novo fruto! Vontade humana não
é suficiente para explicar as mudanças manifestas no homem; lá, se houver, é
encontrado algo misterioso e divino. O jovem não fez, de imediato, sua
confissão sabidamente pública; eram apenas um ou dois de seus superiores que
tinham algum conhecimento de suas batalhas, e eles se esforçavam para esconder
isso de seus pupilos. Eles imaginaram que era apenas um mero ataque de febre
sob a qual muitas pessoas estavam sofrendo, e acreditavam que o filho do secretário
episcopal mais uma vez, obedientemente, se colocaria sob a cúpula da Igreja. Um
professor espanhol, que veio de um país onde paixões ardentes eclodem sob um
céu ardente, e onde fanatismo religioso demanda suas vítimas, teve, indubitavelmente,
uma implacável guerra contra as novas convicções do estudante; mas informações
a este respeito são escassas. Calvino cuidadosamente escondeu seu tesouro; ele
evitou seus companheiros, retirou-se para algum canto, e buscou comunhão
sozinho com Deus. “Sendo naturalmente bastante reservado e arredio”. Ele nos
diz “Eu sempre amei a paz e a tranquilidade; portanto, consequentemente,
comecei a procurar um esconderijo e os meios para me retirar do centro das
atenções, para algum lugar afastado”. Essa reserva da parte de Calvino pode
levar a crença que essa conversão não tinha acontecido até mais tarde.
As
notícias do que estava se passando em Paris chegaram a pequena cidade de
Picardie, onde Calvino nasceu. Seria inestimável possuir as cartas que ele
escreveu ao seu pai durante o tempo dessa batalha, e ainda aquelas de Olivetan;
mas não temos ambas. A relação de John com Olivetan foi conhecida em Noyon, ali
não havia mais nenhuma dúvida sobre as opiniões heréticas do jovem candidato a
clérigo de Saint Martin de Motteville... Que problema para a sua família, e
especialmente para o notário episcopal [2]! Renunciar a esperança de um dia ver
seu filho como vigário-geral, bispo, e talvez cardial, era angustiante para o
pai ambicioso. No entanto, ele decidiu prontamente, e como era importante para
ele que Calvino fosse alguma coisa, ele deu outra direção a sua sede imoderada
por honra. Ele disse a si mesmo que fazendo seu filho estudar Direito, talvez
pudesse ajudá-lo a abolir essas novas ideias; e a despeito disso, a atividade
do Direito seria um bom caminho, e ainda mais certeiro, de alcançar riquezas e
ascensão. Ele pensou em Duprat [3], no começo um advogado raso, e depois presidente
do parlamento, e agora chanceler da França, e primeiro personagem na corte após
o rei. Gérard, cuja mente foi fértil em esquemas de sucesso para ele e para
outros, continuou a construir seu castelo dos sonhos na honra de seu filho; ele
apenas mudou a sua esfera, e ao invés de colocá-lo no domínio da Igreja, ele o
erigiu no domínio do Estado.
Então,
enquanto o filho tinha uma nova fé e uma nova vida, o pai tinha um novo plano.
Theodore Beza apontou essa coincidência. Depois de falar da vocação de Calvino
para a profissão eclesial, ele acrescenta que uma dupla mudança, que aconteceu
naquele momento nas mentes de ambos pai e filho, levou à retirada desta resolução
em favor de outra? A coincidência atingiu o próprio Calvino, e foi ele sem
dúvida quem apontou isso para seus amigos de Genebra. Não foi, portanto, a
resolução de Gérard Calvino que decidiu o chamado de seu filho, como alguns
supõem. Á primeira vista, as duas decisões parecem independentes uma da outra;
mas parece provável para mim que foi a mudança no filho que levou à do pai, e
não a mudança do pai que levou à do filho. O jovem homem submeteu-se com
alegria à ordem que recebeu. Gérard, pretendia tirar seu filho dos estudos
teológicos, desejando retirá-lo de sua heresia; mas ele estava enganado. Não
tinha Lutero primeiro estudo Direito em Erfurth? Não teria Calvino por esse
mesmo estudo se preparado melhor para a carreira de reformador do que o sacerdócio
o faria? Conversão é o ato fundamental do Evangelho e da Reforma. Pelos efeitos
da transformação individual, a transformação do mundo é destinada a acontecer.
Esse
ato, que em alguns é de duração muito curta e leva prontamente a fé, é uma longa
operação em outros; o poder do pecado é continuamente retomado neles; nem o
novo homem nem o velho homem são capazes, por um tempo, de obter a vitória
decisiva. Nós temos aqui uma imagem do Cristianismo. É uma luta do novo homem
contra o velho homem – uma luta que tem durado por séculos [4]. O novo homem
tem continuamente ganhado terreno; o velho homem reaparece fraco e desiste; mas
a hora do triunfo ainda não chegou. Ainda que a hora seja certa. A Reforma do
século dezesseis, como o evangelho do primeiro (para empregar as palavras de
Cristo), “o reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz
em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado” (Mateus 13:33). As três
grandes nações na terra já provaram desse fermento celestial. Está fermentando,
e logo toda a massa estará levedada.
Notas dos Editores:
[1] Protonotário apostólico (latim: protonotarius
apostolicus) é o título de membro do mais alto colégio não episcopal de
autoridades eclesiásticas da Cúria Romana ou um prelado (autoridade com primazia,
posição de honra, cargo com privilégios particulares) a quem o papa conferiu este
título com seus privilégios especiais.
[2] Responsável pela administração secular e
registros públicos referente aos negócios da igreja, seria um tabelião
eclesiástico dotado de mandato para cuidar dos interesses temporais da igreja e
representar a mesma em questões seculares; corresponderia hoje a um procurador
eclesiástico, secretário ou chanceler diocesano. O pai de Calvino, Gérard, fez
carreira em Noyon como secretário da chancelaria, representante e advogado do
bispado e, por fim, procurador diocesano.
[3] Antoine Duprat (1463 - 1535) foi político
francês e, após a morte de sua esposa, também se tornou cardeal; seu aguçado
senso político e forte ortodoxia católico-romana fez dele um dos maiores
defensores do absolutismo do rei e exerceu forte influência no governo e na política
francesa. Foi nomeado chanceler (primeiro ministro) da França durante o reinado
de Francisco I, Rei da França.
[4] No original: ‘mil e oitocentos anos’ – adaptação dos editores.
Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
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