sábado, 20 de agosto de 2022

 

A Conversão de Calvino e a Mudança De Chamado / Dr. J. H. Merle D’Aubigné.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Jean Henri Merle D'Aubigné (Harper's Engraving). 

Um artigo sobre como: O Ilustre Reformador João Calvino se converteu.

O reino de Cristo é fortalecido e estabelecido mais pelo sangue dos mártires do que pela força das armas, disse um dia o doutor de Noyon. Nesse período ele teve a ocasião de experimentar a verdade dessa afirmação. Um dia no ano de 1527, um homem de trinta e oito anos, de boa família (ele era parente de M. de Lude), protonotário [1] na hierarquia eclesial e seguro de algumas crenças, de nome Nicholas Doullon, tendo sido acusado de heresia, permaneceu à frente da Catedral de Notre Dame enquanto a imensa multidão de cidadãos, sacerdotes e pessoas comuns olhavam. O carrasco havia ido a prisão pela manhã, despido o protonotário de seu manto oficial e, tendo passado a corda ao redor de seu pescoço e atando suas mãos, o tinha conduzido desse modo à frente da igreja da Virgem. O pobre coitado já tinha visto dias melhores: ele tinha algumas vezes ido aos palácios de Louvre, São Germain e Fontainebleau, e se misturado com os nobres, na presença do rei, de sua mãe, de sua irmã; ele tinha também sido um dos oficiais de Clemente VII. As pessoas de bem de Paris, as quais essa execução haviam desenhado, diziam umas às outras, como se fossem testemunhas de um triste espetáculo: “Ele frequentava a corte do rei e tinha vivido em Roma a serviço do papa.” Doullon foi acusado de ter proferido uma grande blasfêmia contra a gloriosa mãe de nosso Senhor e contra o próprio Senhor: ele tinha negado que a hóstia era realmente Cristo.

 

O clero tinha tomado vantagem da ausência do rei e usou uma celeridade sem precedentes no julgamento. “Ele foi pego na quinta-feira passada”, e quatro dias mais tarde estava em pé, careca e descalço, com a corda ao redor do pescoço, na frente da igreja metropolitana de Paris. Todos estavam esperando ouvir dele um pedido de perdão à Virgem; mas eles esperaram em vão; Doullon permaneceu, até o fim, firme em sua fé. Adequadamente, o carrasco novamente colocou as mãos sobre ele, e o protonatário, guardado pelos sargentos, e precedido e seguido pela multidão, foi guiado até Greve, onde foi atado a uma estaca e queimado vivo.

 

A execução de um sacerdote de alguma importância na Igreja criou comoção em Paris, especialmente nas escolas e entre os discípulos da Reforma. “Ah”, disse Calvino subsequentemente, “os tormentos dos santos, os quais a mão do Senhor torna invencível, deve nos dar ousadia; por ela nós temos, antecipadamente, a promessa de nossa vitória através de nossos irmãos”.

 

Enquanto a morte estava afinando as fileiras do exército evangélico, novos soldados estavam tomando o lugar daqueles os quais tinha desaparecido. Calvino tinha andado por algum tempo na escuridão, pelo caminho do papa, desesperado por salvação, e não sabendo do caminho de Jesus Cristo. Um dia (nós não podemos dizer quando) ele viu uma luz invadindo a escuridão e um pensamento consolador entrou em seu coração. “Uma nova forma de doutrina surgiu” ele disse. “Se eu estiver errado... se Olivetan, se meus amigos próximos, se aqueles que dão suas vidas para preservar a fé estiverem certos.... se eles encontraram nesse caminho a paz que a doutrina dos sacerdotes me nega?”

 

Ele começou a prestar atenção as coisas que eram ditas a ele; ele começou a examinar o estado de sua alma. Um raio de luz brilhou nela e expôs seu pecado. Seu coração estava aflito: para ele, parecia que cada palavra de Deus que ele encontrou nas Escrituras rasgou o véu e o repreendeu em suas ofensas. Ele verteu rios de lágrimas. “Certamente”, ele disse, “esses novos pregadores sabem como penetrar a consciência. Agora que estou preparado para realmente atentar, começo a ver, graças à luz que tem sido trazida a mim, em que tipo de erro eu tenho até agora chafurdado; com quantas manchas eu tenho me desfigurado... e acima de tudo, o que é a eterna morte que me ameaça”. Um grande temor veio sob ele; ele andou em seu quarto como Lutero uma vez andou em sua cela em Erfurth. Ele proferiu (ele nos diz) gemidos profundos e verteu rios de lágrimas. Ele foi esmagado sob o peso de seu pecado. Atemorizado pela santidade divina, como uma folha levada pelo vento; como um homem assustado por uma violenta tempestade de raios, ele exclamou: “Oh Deus! Tu me manténs curvado, como se teus raios estivessem caindo em minha cabeça” ... Então ele caiu aos pés do Todo Poderoso, exclamando: “Eu condeno com lágrimas o meu estilo de vida passado, e me transfiro totalmente e incondicionalmente para ti.

 

Pobre e quebrantado, jogo-me na piedade na qual tu mostraste a nós em Jesus Cristo: Eu entro nesse único porto de salvação... Oh Deus, não julgue contra mim aquela terrível deserção e repulsa da tua Palavra, da qual tua recompensa maravilhosa me resgatou.” Seguindo o conselho de Olivetan, Calvino aplicou-se ao estudo da Escritura, e em todo lugar ele encontrava Cristo. “Oh pai” ele disse, “seu sacrifício apeteceu tua ira; seu sangue lavou as minhas impurezas; sua cruz suportou minha maldição; sua morte expiou por mim... Tínhamos inventado para nós muitas loucuras inúteis... mas tu puseste a tua Palavra diante de mim como uma tocha, e tu tocastes o meu coração, de maneira que eu devo manter em abominação todos os outros méritos, salvo este de Jesus”. De qualquer modo, Calvino tinha que passar a luta final. Para ele, como para Lutero, a grande objeção era a questão da Igreja. Ele sempre tinha respeitado a autoridade da Igreja a qual ele acreditava que tinha sido fundada pelos apóstolos e comissionada a manter a humanidade ao redor de Jesus Cristo; e esses pensamentos as vezes o perturbavam. “Existe uma coisa” ele falou aos evangélicos “que previne minha crença em vocês; isto é, o respeito para com a Igreja. A majestade da Igreja não deve ser diminuída... Eu não posso me separar disso”.

 

Os amigos de Calvino em Paris, e depois talvez Wolmar e outros em Orleans e Bourges, não hesitavam em responder a ele. “Existe uma grande diferença entre separação da Igreja e tentar corrigir os vícios com os quais ela está manchada... Quantos anticristos ocuparam o lugar em seu seio que pertence apenas aos pastores!” Calvino entendeu, ao menos, que a unidade da Igreja não poderia e não deveria existir exceto na verdade. Seus amigos, percebendo isso, falaram abertamente para ele contra o Papa de Roma – “Homem toma-se por vigário de Cristo, sucessor de Pedro e cabeça da Igreja... mas esses títulos são meros espantalhos. Longe de permitir serem deslumbrados por estas longas palavras, os fiéis devem discriminar o assunto verdadeiramente. Se o papa ascendeu a tal altura e magnificência é porque o mundo foi mergulhado em ignorância e ferido pela cegueira. Nem pela voz de Deus, nem pelo legítimo chamado da Igreja, foi o papa constituído seu príncipe e cabeça; é por sua própria autoridade e por sua própria vontade... Ele se elege. Para que o reino de Cristo possa permanecer, a tirania com qual o papa oprime as nações deve chegar a um fim”. Os amigos de Calvino, como eles nos diz, “demoliram pela Palavra de Deus a soberania do papa e sua elevação excessiva”.


Calvino, não contente em ouvir os argumentos de seus amigos, “procurou nas Escrituras cuidadosamente”, e encontrou inúmeras evidências corroborando as coisas que foram ditas a ele. Ele foi convencido. “Eu vejo nitidamente”, ele disse, “que a verdadeira ordem da Igreja foi perdida; que as chaves que deveriam preservar a disciplina foram falsificadas; que a liberdade cristã foi subjugada; e que quando a soberania do papa foi estabelecida, o reino de Cristo foi derrubado”. Assim caiu o papado na mente do futuro reformador; e Cristo tornou-se para ele o único rei e todo poderoso cabeça da igreja. Então, o que fez Calvino? O convertido usualmente acredita que foram chamados para permanecer na Igreja que eles podem trabalhar na purificação; ele separou-se de Roma? Theodore Beza, seu amigo mais íntimo, disse: “Calvino tendo sido ensinado sobre a verdadeira religião por um de seus amigos chamado Pierre Robert Olivetan, e tendo cuidadosamente lido os livros sagrados, começou a considerar os ensinamentos da Igreja Romana com horror, e tinha a intenção de renunciar sua comunhão”. Esse testemunho é positivo, ainda que Beza apenas diga nessa parte que ele “tinha a intenção”. A separação ainda não tinha sido decidida de forma absoluta.

 

Calvino sentiu a imensa importância desse passo. Ainda assim, ele resolveu romper com o catolicismo, se necessário, a fim de possuir a verdade. “Eu desejo concordância e unidade, O Senhor”, ele disse; “mas a unidade da Igreja que eu desejo é a que tem o começo e o final em ti. Se, para ter paz com aqueles que se gabam de serem os primeiros da Igreja, devo compra-la negando a verdade... Então prefiro me submeter a qualquer coisa, do que condescender com tal associação abominável!” Os personagens da reforma, sua fé, sua decisão, sua vida inteira, são encontradas nessas palavras. Ele vai se esforçar para permanecer na Igreja, mas.... com a verdade.

 

A conversão de Calvino tinha sido longa e amadureceu lentamente; e ainda, por um ângulo, a mudança foi instantânea. “Quando eu era um escravo obstinado das superstições do papado” ele diz, “e isso parecia impossível de ser tirado do fundo da lama, Deus, por uma conversão repentina, subjugo-me, e fez meu coração obediente a Palavra DELE”.

 

Quando uma cidade é tomada, é em um dia e por um único assalto que os conquistadores entram e plantão a sua bandeira sobe as muralhas; e ainda por meses, talvez por anos, eles permaneçam batendo nas paredes. Então foi realizada essa memorável conversão, na qual pela salvação de uma alma tornou-se para a Igreja, e nós podemos dizer que para a humanidade, o princípio de uma grande transformação. Então, foi apenas um pobre estudante convertido na faculdade; agora, a luz que esse erudito colocou no candelabro se espalhou para os confins do mundo, e almas eleitas, separadas entre todas as nações, tomaram do conhecimento da sua conversão, a origem das delas mesmas.

 

Foi em Paris, como nós vimos, que Calvino recebeu um novo nascimento; não poderia ser mais tarde, como alguns desejavam, sem contradizer o mais positivo testemunho. Calvino, de acordo com Theodore Beza, foi instruído na verdadeira religião por Olivetan, antes dele ir para Orleans; nós sabemos, além disso, que Calvino, tanto em Bourgues ou em Orleans, “maravilhosamente avançou o reino de Deus”. Como ele poderia fazer tanto se ele não tivesse conhecimento desse reino? Calvino aos dezenove anos, presenteado com uma alma profunda e consciente, cercado de relações e amigos zelosos pelo Evangelho, vivendo em Paris em meio a um movimento religioso de grade poder, foi ele mesmo tocado pelo Espírito de Deus. Então, certamente não estava tudo feito; alguns dos traços, que indicamos depois do próprio reformador, podem, como já reparamos, pertencem a sua residência em Orleans e em Bourges; mas o trabalho essencial foi feito em 1527. Essa é a conclusão que chegamos depois de cuidadoso estudo. Existem homens em nosso tempo que olham para a conversão como um fato imaginário, e simplesmente dizem que um homem mudou sua opinião. Eles admitem livremente que Deus pode criar um ser moral uma vez, mas não pode conceder a ele a liberdade de criá-lo uma segunda vez – de transformá-lo.

 

Conversão é sempre obra de Deus. Existem forças trabalhando na natureza que fazem com que a terra produza seus frutos; e ainda alguns continuando sustentando que Deus não pode agir no coração do homem para criar um novo fruto! Vontade humana não é suficiente para explicar as mudanças manifestas no homem; lá, se houver, é encontrado algo misterioso e divino. O jovem não fez, de imediato, sua confissão sabidamente pública; eram apenas um ou dois de seus superiores que tinham algum conhecimento de suas batalhas, e eles se esforçavam para esconder isso de seus pupilos. Eles imaginaram que era apenas um mero ataque de febre sob a qual muitas pessoas estavam sofrendo, e acreditavam que o filho do secretário episcopal mais uma vez, obedientemente, se colocaria sob a cúpula da Igreja. Um professor espanhol, que veio de um país onde paixões ardentes eclodem sob um céu ardente, e onde fanatismo religioso demanda suas vítimas, teve, indubitavelmente, uma implacável guerra contra as novas convicções do estudante; mas informações a este respeito são escassas. Calvino cuidadosamente escondeu seu tesouro; ele evitou seus companheiros, retirou-se para algum canto, e buscou comunhão sozinho com Deus. “Sendo naturalmente bastante reservado e arredio”. Ele nos diz “Eu sempre amei a paz e a tranquilidade; portanto, consequentemente, comecei a procurar um esconderijo e os meios para me retirar do centro das atenções, para algum lugar afastado”. Essa reserva da parte de Calvino pode levar a crença que essa conversão não tinha acontecido até mais tarde.

 

As notícias do que estava se passando em Paris chegaram a pequena cidade de Picardie, onde Calvino nasceu. Seria inestimável possuir as cartas que ele escreveu ao seu pai durante o tempo dessa batalha, e ainda aquelas de Olivetan; mas não temos ambas. A relação de John com Olivetan foi conhecida em Noyon, ali não havia mais nenhuma dúvida sobre as opiniões heréticas do jovem candidato a clérigo de Saint Martin de Motteville... Que problema para a sua família, e especialmente para o notário episcopal [2]! Renunciar a esperança de um dia ver seu filho como vigário-geral, bispo, e talvez cardial, era angustiante para o pai ambicioso. No entanto, ele decidiu prontamente, e como era importante para ele que Calvino fosse alguma coisa, ele deu outra direção a sua sede imoderada por honra. Ele disse a si mesmo que fazendo seu filho estudar Direito, talvez pudesse ajudá-lo a abolir essas novas ideias; e a despeito disso, a atividade do Direito seria um bom caminho, e ainda mais certeiro, de alcançar riquezas e ascensão. Ele pensou em Duprat [3], no começo um advogado raso, e depois presidente do parlamento, e agora chanceler da França, e primeiro personagem na corte após o rei. Gérard, cuja mente foi fértil em esquemas de sucesso para ele e para outros, continuou a construir seu castelo dos sonhos na honra de seu filho; ele apenas mudou a sua esfera, e ao invés de colocá-lo no domínio da Igreja, ele o erigiu no domínio do Estado.

 

Então, enquanto o filho tinha uma nova fé e uma nova vida, o pai tinha um novo plano. Theodore Beza apontou essa coincidência. Depois de falar da vocação de Calvino para a profissão eclesial, ele acrescenta que uma dupla mudança, que aconteceu naquele momento nas mentes de ambos pai e filho, levou à retirada desta resolução em favor de outra? A coincidência atingiu o próprio Calvino, e foi ele sem dúvida quem apontou isso para seus amigos de Genebra. Não foi, portanto, a resolução de Gérard Calvino que decidiu o chamado de seu filho, como alguns supõem. Á primeira vista, as duas decisões parecem independentes uma da outra; mas parece provável para mim que foi a mudança no filho que levou à do pai, e não a mudança do pai que levou à do filho. O jovem homem submeteu-se com alegria à ordem que recebeu. Gérard, pretendia tirar seu filho dos estudos teológicos, desejando retirá-lo de sua heresia; mas ele estava enganado. Não tinha Lutero primeiro estudo Direito em Erfurth? Não teria Calvino por esse mesmo estudo se preparado melhor para a carreira de reformador do que o sacerdócio o faria? Conversão é o ato fundamental do Evangelho e da Reforma. Pelos efeitos da transformação individual, a transformação do mundo é destinada a acontecer.

 

Esse ato, que em alguns é de duração muito curta e leva prontamente a fé, é uma longa operação em outros; o poder do pecado é continuamente retomado neles; nem o novo homem nem o velho homem são capazes, por um tempo, de obter a vitória decisiva. Nós temos aqui uma imagem do Cristianismo. É uma luta do novo homem contra o velho homem – uma luta que tem durado por séculos [4]. O novo homem tem continuamente ganhado terreno; o velho homem reaparece fraco e desiste; mas a hora do triunfo ainda não chegou. Ainda que a hora seja certa. A Reforma do século dezesseis, como o evangelho do primeiro (para empregar as palavras de Cristo), “o reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado” (Mateus 13:33). As três grandes nações na terra já provaram desse fermento celestial. Está fermentando, e logo toda a massa estará levedada.         

 

Notas dos Editores:

 

[1] Protonotário apostólico (latim: protonotarius apostolicus) é o título de membro do mais alto colégio não episcopal de autoridades eclesiásticas da Cúria Romana ou um prelado (autoridade com primazia, posição de honra, cargo com privilégios particulares) a quem o papa conferiu este título com seus privilégios especiais.

 

[2] Responsável pela administração secular e registros públicos referente aos negócios da igreja, seria um tabelião eclesiástico dotado de mandato para cuidar dos interesses temporais da igreja e representar a mesma em questões seculares; corresponderia hoje a um procurador eclesiástico, secretário ou chanceler diocesano. O pai de Calvino, Gérard, fez carreira em Noyon como secretário da chancelaria, representante e advogado do bispado e, por fim, procurador diocesano.

 

[3] Antoine Duprat (1463 - 1535) foi político francês e, após a morte de sua esposa, também se tornou cardeal; seu aguçado senso político e forte ortodoxia católico-romana fez dele um dos maiores defensores do absolutismo do rei e exerceu forte influência no governo e na política francesa. Foi nomeado chanceler (primeiro ministro) da França durante o reinado de Francisco I, Rei da França.

 

[4] No original: ‘mil e oitocentos anos’ – adaptação dos editores.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

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