sexta-feira, 19 de agosto de 2022

A Depravação Total na Teologia Reformada Inglesa - Rev. John Hunter.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Depiction of the sin of Adam and Eve by Jan Brueghel the Elder and Pieter Paul Rubens.

A corrupção da natureza humana 

Os formulários da Igreja 

39 Artigos de Religião:

“Pecado original. . . é a culpa e a corrupção da natureza de todo homem; ... pelo que o homem está muito longe da justiça original e é, de sua própria natureza, inclinado ao mal; de sorte que a carne sempre contraria o espírito e, portanto, toda pessoa nascida neste mundo merece a Ira e a maldição de Deus ". Artigo IX.


Livro de Oração Comum:

 

“Não há bem em nós.” - Confissão Geral. “Pela Tua graça especial, que a nós concedes, colocas em nossas mentes bons desejos.” – Coleta para o dia de Páscoa. “Na fraqueza de nossa natureza mortal nada podemos fazer de bom sem Seu auxílio.” - Coleta para o Primeiro Domingo após Trindade. “Limpe os pensamentos de nossos corações pela inspiração do teu Espírito Santo.” – Liturgia da Comunhão. “Miseráveis pecadores, que jazem na escuridão e na sombra da morte.” -  Liturgia da Comunhão. “Todos os homens são concebidos e nascidos em pecado.” - Liturgia Batismal.

 

Livro das Homilias:

 

“O apóstolo São Paulo, em muitos lugares, nos retrata com as cores que nos são próprias, chamando-nos filhos da ira de Deus desde quando nascemos. Afirma também que não podemos pensar bem algum de nós mesmos, e que muito menos podemos sequer pensar ou fazer o bem a nós mesmos.” - Sobre a miséria do homem. Parte I.

 

“(...) no quinto capítulo da Carta aos Romanos, São Paulo diz que, pela ofensa de um, Adão, todos os homens se fizeram culpados para condenação, e que pela desobediência de um homem, muitos foram feitos pecadores. Por estas palavras aprendemos de que forma, em Adão, todos os homens pecaram universalmente; assim, em Adão todos os homens receberam universalmente a recompensa do pecado - isto é, tornaram-se mortais e sujeitos à morte, tendo em si nada mais do que a perdição eterna do corpo e da alma. Eles se tornaram, como diz Davi, corruptos e abomináveis; todos se extraviaram do caminho; não há quem faça o bem, nem um sequer” - Sermão da Natividade.

 

“Aconteceu que por esta razão [a saber, pela queda], como antes ele [Adão] foi abençoado, agora é amaldiçoado; como antes fora amado, é agora desprezado; como antes fora o mais belo e precioso, é agora o mais vil e desprezível aos olhos do seu Senhor e Criador: em vez da imagem de Deus, se tornou a imagem do Diabo; em vez de cidadão do céu, se tornou escravo do inferno, tendo agora, em si mesmo, parte alguma de sua antiga pureza e retidão, estando totalmente manchado, de modo que não se assemelha a  nada mais que pecado e, portanto, pelo justo julgamento de Deus, foi condenado à morte eterna. Essa praga, tão grande e miserável, se sobrevinda somente a Adão, que primeiro ofendeu, tanto mais fácil e melhor poderia ser suportada. No entanto, recaiu não só sobre ele, mas também sobre sua posteridade para sempre.” -  Ibidem.

 

“O homem, por sua própria natureza é carne e carnal, corrupto e inútil, pecador e desobediente a Deus, sem qualquer centelha de bondade em si mesmo, sem qualquer motivação virtuosa ou piedosa, somente dado a maus pensamentos e atos iníquos.” -  Sermão para o Domingo de Pentecostes.

 

Reformadores Ingleses:

 

Cranmer: “Adão e Eva tiveram uma grande queda. Caíram da bênção, do favor e do amor de Deus para a maldição, ira e desagrado de Deus: da justiça original para o pecado original, pelo que perderam todas as forças e os poderes de seus corpos e almas, agora em estado de dor e corrupção. E como nossos primeiros pais, sendo Adão e Eva infectados e corrompidos, assim também nós, seus filhos... De modo que todos nós devemos ser eternamente amaldiçoados, se Cristo por sua morte não nos redimir”. CRANMER. Catechism of 1548. Fathers of the English Church, vol. iii., p. 223.

 

Latimer: “Devo reconhecer a mim mesmo que transgredi as leis e os mandamentos mais santos de Deus. Devo confessar ser falho e culpado. Devo lamentar profundamente por isso, abominar a mim e minha maldade. Enquanto estiver neste estado, não verei nada além de inferno e condenação eterna diante de mim, visto que contemplo o que sou perante a lei de Deus.” LATIMER- Sermons, in F. of E. C., vol. ii., p. 670.

 

Ridley: “Tu sabes, Senhor, que somos de nós mesmos apenas carne; onde não habita nada que seja bom.” RIDLEY- F. E. C. vol. iv., p. 176.

 

Hooper: “Creio que todos os que nasceram, e também aqueles que virão da linhagem de Adão, são todos concebidos e nascidos em iniquidade e corrupção (exceto por Jesus Cristo somente); e que todos eles são pecadores, transgressores e violadores da lei e da vontade do Senhor, e, segundo a sua natureza, são corruptos, filhos da ira, dignos do juízo de Deus, da condenação e da morte eterna; todos carecem da graça, da misericórdia de Deus e do derramamento do sangue de Cristo. Porque Deus envolveu a todos os que estão debaixo do pecado, para que tivesse misericórdia de todos por meio de Jesus Cristo, Senhor nosso.” HOOPER - Confession of Christian Faith. F. E. C., vol. v., p. 477.

 

Bradford: “Digo que Adão, tendo sido feito segundo a imagem de Deus, o que ele recebeu e transmitiu a todos através da geração natural, pela transgressão dos mandamentos a corrompeu e mutilou, em si mesmo e em todos nós, de modo que para a imortalidade veio a morte; para sabedoria veio loucura; para justiça, a injustiça, para a santidade, a corrupção.” BRADFORD - Treatise of Election. F. E. C., vol. vi., p. 387.

 

Jewel: “O que somos senão escravos do pecado por natureza? Não somos capazes de levantar nossos olhos para o céu, nem de acreditar em Deus, nem de louvá-lo, nem de invocar seu Nome; não somos suficientes em nós mesmos para pensar em qualquer coisa de nós mesmos. A menos que Ele abra nossos lábios, não podemos lhe render louvor; a menos que cure nossa surdez, não podemos dar ouvidos à sua palavra; a menos que nos dê entendimento, não podemos tomar conhecimento de sua vontade.” JEWEL - On the Thessalonians. F. E. C., vol. vii., p. 288.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

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