Pacto de Lausanne de 1974
O Pacto de Lausanne é amplamente considerado como um dos documentos mais significativos da história moderna da igreja. Emergindo do Primeiro Congresso de Lausanne em 1974, com John Stott como Arquiteto Chefe, serviu como um grande despertar à Igreja evangélica em todo o mundo. Ele definiu o que significa ser evangélico e desafiou os cristãos a trabalharem juntos para tornar Jesus Cristo conhecido em todo o mundo.
Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
INTRODUÇÃO:
Nós,
membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes
do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a
Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça
dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente
tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por
nossos fracassos e desafiados pela tarefa inacabada da evangelização.
Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por
sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda
a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto,
reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.
1. O PROPÓSITO
DE DEUS.
Afirmamos
a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e
Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade.
Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como
seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de
Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos, envergonhados, que
muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa missão, em razão de
nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo,
regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o
evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro
conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.
2. A AUTORIDADE E O PODER DA BÍBLIA.
Afirmamos
a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Velho
como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra de Deus escrita,
sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível de fé e prática.
Também afirmamos o poder da Palavra de Deus para cumprir o seu propósito de
salvação. A mensagem da Bíblia destina-se a toda a humanidade, pois a revelação
de Deus em Cristo e na Escritura é imutável. Através dela o Espírito Santo fala
ainda hoje. Ele ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo a perceberem
a sua verdade, de maneira sempre nova, com os próprios olhos, e assim revela a
toda a igreja uma porção cada vez maior da multiforme sabedoria de Deus.
3. A UNICIDADE E A UNIVERSALIDADE DE CRISTO.
Afirmamos
que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de
maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os
homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na
natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por
sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de
Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo
pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões
e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se deu
uma só vez em resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e o homem.
Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os
homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens,
desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que
rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de
Deus. Proclamar Jesus como "o Salvador do mundo" não é afirmar que todos
os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos
que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar
o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se
entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de
arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos
pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará
como Senhor.
4. A NATUREZA DA EVANGELIZAÇÃO.
Evangelizar
é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou
segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão
dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e
creem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o
mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade,
a fim de compreender.
Mas
a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico
como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele
pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho,
não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida
todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e
identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização
incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço
responsável no mundo.
5. A RESPONSABILIDADE SOCIAL CRISTÃ.
Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambas são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo.
A
mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de
alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar
o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo,
nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar, mas também
divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos
possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades
pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.
6. A IGREJA E A EVANGELIZAÇÃO.
Afirmamos
que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que
isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar
os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de
serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial.
A
evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao
mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o
mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja
que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz.
Ela
torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou
quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma
honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A
igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode
ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema
social ou político, nem com ideologias humanas.
7. COOPERAÇÃO NA EVANGELIZAÇÃO.
Afirmamos
que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento
quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um
só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o
nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade
organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização.
Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente
unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que
o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso
individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por
encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na
missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional
e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento
estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos
e de experiências.
8. ESFORÇO CONJUGADO DE IGREJAS NA EVANGELIZAÇÃO.
Regozijamo-nos
com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais
está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um
grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a
responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo.
Todas
as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam
estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar
missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de
reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um
crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter
universal da igreja de Cristo.
Também
agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da
Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na
literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em
outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante autoexame
que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da
igreja.
9. URGÊNCIA DA TAREFA EVANGELÍSTICA.
Mais
de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços
da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver
tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a
igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade
sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a
ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com
seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para
realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de
dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para
facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar
recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais
livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e
prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios
possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de
ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir
esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões
de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que
vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de
vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os
necessitados como para a evangelização deles.
10. EVANGELIZAÇÃO E CULTURA.
O
desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia
nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas
profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura
local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o
homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade;
porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado,
e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma
cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de
verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas
as culturas. As missões, muitas vezes
têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas,
por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de
às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar
esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos
dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura;
tudo para a glória de Deus.
11. EDUCAÇÃO E LIDERANÇA.
Confessamos
que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja
em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos
crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito
remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas
responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação
de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja
tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em
termos de domínio, mas
de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a
educação teológica, especialmente para líderes eclesiásticos. Em toda nação e
em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e
leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço.
Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve
se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os
padrões bíblicos.
12. CONFLITO ESPIRITUAL.
Cremos
que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e
potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de
evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de
Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração.
Pois
percebemos a atividade do nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora
da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras
e colocam o homem no lugar de Deus.
Precisamos
tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho
bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos
ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem
preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico
como espiritual, às vezes não as temos utilizado.
Por
outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para
o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos
ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com
as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que
estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.
13. LIBERDADE E PERSEGUIÇÃO.
É
dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições
de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir
a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos
líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de
pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião,
de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
Também
expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente
encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do
seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles.
Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de
Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao
evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos preveniu
de que a perseguição é inevitável.
14. O PODER DO ESPÍRITO SANTO.
Cremos
no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do
seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé
em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito
Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir
espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária
contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará
realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé,
na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para
que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto
todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de
Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas
mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.
15. O RETORNO DE CRISTO.
Cremos
que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar
a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à
evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser
primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai
desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do
povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos
da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como
precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da
vaidade humana a ideia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na
terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos
ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e
Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e
dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.
CONCLUSÃO:
Portanto,
à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como
uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de
todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude
por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia! [Lausanne,
Suíça, 1974].
Este pacto de evangelicalismo arminiano! não reflete
os valores e nem a cosmovisão reformada; aqui aprendemos, que as doutrinas da
graça são infinitamente bíblicas e soberanamente submissas ao plano de salvação
do Deus todo poderoso; que elegeu os seus no amado Jesus Cristo Antes da
fundação do mundo! Diferentemente deste pacto, centrado no homem caído,
depravado e nas suas obras de barganha; imundas e perversas. (Crivo nosso)!!!
“Nada é mais solicitamente intentado por satanás do
que impregnar nossas mentes, com dúvidas, ou com menosprezo pelo verdadeiro
evangelho de Jesus Cristo”. Reformador: João Calvino.
Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.