segunda-feira, 22 de agosto de 2022

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Uma sinopse histórica do presbiterianismo.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.

Primórdios do Movimento Reformado no Brasil

Por: Alderi Souza de Matos.

Fonte: //www.mackenzie.br/7061.html?&L=0

1. Conceitos Introdutórios:

Uma das coisas mais importantes para todo grupo é ter uma consciência clara da sua identidade e objetivos. A identidade tem a ver com as raízes, a história, os fundamentos, as características distintivas. Os objetivos são uma decorrência disso: à luz das raízes, da identidade, das convicções básicas, serão traçados os alvos, as prioridades, as maneiras de ser e viver no mundo. Isto se aplica perfeitamente aos presbiterianos.

Todavia, ocorre que muitos deles ignoram a sua identidade, não sabem exatamente quem são, como indivíduos e como igreja. Não conhecendo as suas raízes – históricas, teológicas, denominacionais – eles têm dificuldade de posicionar-se quanto a uma série de questões e de definir com clareza os seus rumos, as suas prioridades. Muitas vezes, quando questionados por outras pessoas quanto a suas convicções e práticas, sentem-se frustrados com a sua incapacidade de expor de modo coerente e convincente as suas posições.

O presente texto visa proporcionar, ainda que resumidamente, informações sobre os principais elementos que constituem a identidade reformada. Iniciaremos com o estudo da vida, obra e pensamento do grande reformador do século 16 ao qual estamos ligados, João Calvino. Prosseguiremos acompanhando a expansão do movimento reformado através da Europa até chegar aos Estados Unidos, de onde, principalmente, o movimento veio para o Brasil.

Ao lado das muitas informações históricas que serão transmitidas, veremos também as principais características teológicas, estruturais e práticas da tradição reformada. Ao lado do pensamento de Calvino, também consideraremos os padrões doutrinários da Assembleia de Westminster e outros documentos representativos. As últimas seções serão dedicadas à análise dos principais aspectos práticos que devem caracterizar a nossa vida como presbiterianos nos dias atuais.

Principiaremos o nosso estudo com a análise de três termos importantes cujo significado precisa ser corretamente compreendido: reformado, calvinista e presbiteriano. Esses nomes do nosso movimento são sinônimos em alguns aspectos e diferentes em outros.

1.1 Reformados:

Tendo sido o monge alemão Martinho Lutero (1483-1546) o primeiro dos reformadores protestantes do século XVI, os seus seguidores logo passaram a ser conhecidos como “luteranos”. Eventualmente, no país vizinho ao sul da Alemanha, a Suíça, surgiu um novo movimento protestante, independente do movimento de Lutero, que, para distinguir-se do mesmo, passou a ser denominado de “reformado”. Inicialmente, o movimento reformado esteve mais ligado à pessoa de Ulrico Zuínglio (1484-1531). Porém, com a morte prematura deste, o movimento veio a associar-se com o seu maior teólogo e articulador, que foi o francês João Calvino (1509-1564). A propósito, os “protestantes”, fossem eles luteranos ou reformados, só passaram a ter essa designação a partir da Dieta de Spira, em 1529.

Portanto, o movimento reformado é o ramo do protestantismo que surgiu na Suíça do século dezesseis, tendo como líderes originais Ulrico Zuínglio, em Zurique, e especialmente João Calvino, em Genebra. Esse movimento veio a caracterizar-se por certas concepções teológicas e formas de organização eclesiástica que o distinguiram de todos os outros grupos protestantes (luteranos, anabatistas e anglicanos). A tradição reformada foi preservada e desenvolvida pelos sucessores imediatos e mais remotos dos líderes iniciais, tais como João Henrique Bullinger (1504-1575), Teodoro Beza (1519-1605), os puritanos ingleses e outros.

Até hoje, as igrejas ligadas a essa tradição no continente europeu são conhecidas como Igrejas Reformadas (da Suíça, França, Holanda, Hungria, Romênia e outros países). Porém, o termo reformado é mais que a designação de uma tradição teológica ou eclesiástica. É um conceito abrangente que inclui todo um modo de encarar a vida e o mundo a partir de uma série de pressupostos, dentre os quais destaca-se a soberania de Deus.

1.2 Calvinistas:

O calvinismo, como o nome indica, é o sistema de teologia elaborado pelo mais articulado e profundo dentre os reformadores, João Calvino. Esse sistema, contido especialmente na obra maior de Calvino, a Instituição da Religião Cristã ou Institutas, resulta de uma interpretação cuidadosa e sistemática das Escrituras, e tem como um de seus principais fundamentos a noção da absoluta soberania de Deus como criador, preservador e redentor. O calvinismo não é somente um conjunto de doutrinas, mas inclui concepções específicas a respeito do culto, da liturgia, do ministério, da evangelização e do governo da igreja.

Normalmente, todos os reformados deveriam ser calvinistas, mas isso nem sempre ocorre na prática. Muitos herdeiros de Calvino, embora se considerem reformados, não mais se designam ou podem ser designados como calvinistas, por terem abandonado certas convicções e princípios básicos defendidos pelo reformador. Portanto, todo calvinista é reformado, mas nem sempre a recíproca é verdadeira.

1.3 Presbiterianos:

O termo presbiteriano foi adotado pelos reformados nas Ilhas Britânicas (Escócia, Inglaterra e Irlanda). Isso se deve ao contexto político-religioso em que o protestantismo foi introduzido naquela região, no qual a forma de governo da igreja teve uma importância preponderante. Os reis ingleses e escoceses preferiam o sistema episcopal, ou seja, uma igreja governada por bispos e arcebispos, o que permitia um maior controle da igreja pelo estado. Já o sistema presbiteriano, isto é, o governo da igreja por presbíteros eleitos pela comunidade e reunidos em concílios, significava um governo mais democrático e autônomo em relação aos governantes civis. Das Ilhas Britânicas, o presbiterianismo foi para os Estados Unidos e dali para muitas partes do mundo, inclusive o Brasil.

Daí resulta outra distinção importante. Todo presbiteriano é, por definição, reformado e, em teoria, calvinista. Porém, nem todos os calvinistas são presbiterianos. Um bom exemplo é a Inglaterra dos séculos XVI e XVII. Quase todos os protestantes ingleses daquela época eram calvinistas, mas muitos deles não aceitavam o sistema de governo presbiteriano. Entre eles estavam muitos anglicanos e os congregacionais, além de outros grupos.

Ao dizermos que somos reformados, calvinistas e presbiterianos, ficam implícitos outros dois elementos igualmente importantes da nossa identidade, que nos lembram que não estamos sozinhos na caminhada: somos cristãos e somos evangélicos. Se de um lado devemos valorizar a nossa herança, de outro lado não devemos nos tornar exclusivistas, lembrando que o corpo de Cristo é maior que o movimento ao qual estamos ligados.

2. João Calvino:

O movimento reformado ou presbiterianismo surgiu no contexto da Reforma Religiosa do Século 16. A Reforma começou na Alemanha, com Martinho Lutero (1517), mas o movimento reformado propriamente dito teve origem no país vizinho, a Suíça, primeiro com Ulrico Zuínglio (†1531) e depois com João Calvino. Sendo Calvino o maior líder e teólogo do movimento, ele foi o principal articulador das concepções doutrinárias e da forma de governo que vieram a caracterizar as igrejas reformadas ou presbiterianas.

·1509: João Calvino nasceu em Noyon, nordeste da França, no dia 10 de julho. Seu pai, Gérard Cauvin, era advogado dos religiosos e secretário do bispo local. Sua mãe, Jeanne Lefranc, faleceu quando ele tinha cinco ou seis anos de idade. Por alguns anos, o menino conviveu e estudou com os filhos das famílias aristocráticas locais. Aos 12 anos, recebeu um benefício eclesiástico, cuja renda serviu-lhe como bolsa de estudos.

·1523: Calvino foi residir em Paris, onde estudou latim e humanidades no Collège de la Marche e teologia no Collège de Montaigu. Em 1528, iniciou seus estudos jurídicos, primeiro em Orléans e depois em Bourges, onde também estudou grego com o erudito luterano Melchior Wolmar. Com a morte do pai em 1531, retornou a Paris e dedicou-se ao seu interesse predileto – a literatura clássica. No ano seguinte, publicou um comentário sobre o tratado de Lúcio Enéias Sêneca De Clementia.

·1533: converteu-se à fé evangélica, provavelmente sob a influência do seu primo Robert Olivétan. No final desse ano, teve de fugir de Paris sob acusação de ser o co-autor de um discurso simpático aos protestantes, proferido por Nicholas Cop, o novo reitor da universidade. Refugiou-se na casa de um amigo em Angoulême, onde começou a escrever a sua principal obra teológica. Em 1534, voltou a Noyon e renunciou ao benefício eclesiástico. Escreveu o prefácio do Novo Testamento traduzido para o francês por Olivétan (1535).

·1536: no mês de março foi publicada em Basiléia a primeira edição da Instituição da Religião Cristã (ou Institutas), introduzida por uma carta ao rei Francisco I da França contendo um apelo em favor dos evangélicos perseguidos. Alguns meses mais tarde, Calvino dirigia-se para Estrasburgo quando teve de fazer um desvio em virtude de manobras militares. Ao pernoitar em Genebra, o reformador suíço Guilherme Farel o convenceu a ajudá-lo naquela cidade, que apenas dois meses antes abraçara a Reforma Protestante (21-05). Logo, os dois líderes entraram em conflito com as autoridades civis de Genebra acerca de questões eclesiásticas (disciplina, adesão à confissão de fé e práticas litúrgicas), sendo expulsos da cidade.

·1538: Calvino foi para Estrasburgo, onde residia o reformador Martin Bucer, e ali passou os três aos mais felizes da sua vida (1538-41). Pastoreou uma pequena igreja de refugiados franceses; lecionou em uma escola que serviria de modelo para a futura Academia de Genebra; participou de conferências que visavam aproximar protestantes e católicos. Escreveu amplamente: uma edição inteiramente revista das Institutas (1539), sua primeira tradução francesa (1541), um comentário da Epístola aos Romanos, a Resposta a Sadoleto (uma apologia da fé reformada) e outras obras. Em 1540, Calvino casou-se com uma de suas paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Seu colega Farel oficiou a cerimônia.

·1541: por volta da ocasião em que Calvino escreveu a sua Resposta a Sadoleto, o governo municipal de Genebra passou a ser controlado por amigos seus, que o convidaram a voltar. Após alguns meses de relutância, Calvino retornou à cidade no dia 13 de setembro de 1541 e foi nomeado pastor da antiga catedral de Saint Pierre. Logo em seguida, escreveu uma constituição para a igreja reformada de Genebra (as célebres Ordenanças Eclesiásticas), uma nova liturgia e um novo catecismo, que foram logo aprovados pelas autoridades civis. Nas Ordenanças, Calvino prescreveu quatro ofícios para a igreja: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. Os dois primeiros constituíam a Venerável Companhia e os pastores e presbíteros formavam o controvertido Consistório.

· Por causa de seu esforço em fazer da dissoluta Genebra uma cidade cristã, durante catorze anos (1541-55) Calvino travou grandes lutas com as autoridades e algumas famílias influentes (os “libertinos”). Nesse período, ele também enfrentou alguns adversários teológicos, o mais famoso de todos sendo o médico espanhol Miguel Serveto, que negava a doutrina da Trindade. Depois da fugir da Inquisição, Serveto foi parar em Genebra, onde acabou julgado e executado na fogueira em 1553. A participação de Calvino nesse episódio, ainda que compreensível à luz das circunstâncias da época, é triste mancha na biografia do grande reformador, mais tarde lamentada por seus seguidores.

·1548: nesse ano ocorreu o falecimento de Idelette e Calvino nunca mais tornou a casar-se. O único filho que tiveram morreu ainda na infância. Não obstante, Calvino não ficou inteiramente só. Tinha muitos amigos, inclusive em outras regiões de Europa, com os quais trocava volumosa correspondência. Graças à sua liderança, Genebra tornou-se famosa e atraiu refugiados religiosos de todo o continente. Ao regressarem a seus países de origem, essas pessoas ampliaram ainda mais a influência de Calvino.

·1555: os partidários de Calvino finalmente derrotaram os “libertinos”. Os conselhos municipais passaram a ser constituídos de homens que o apoiavam. Embora não tenha ocupado nenhum cargo governamental, Calvino exerceu enorme influência sobre a comunidade, não somente no aspecto moral e eclesiástico, mas em outras áreas. Ele ajudou a tornar mais humanas as leis da cidade, contribuiu para a criação de um sistema educacional acessível a todos e incentivou a formação de importantes entidades assistenciais como um hospital para carentes e um fundo de assistência aos estrangeiros pobres.

·1559: nesse ano marcante, ocorreram vários eventos significativos. Calvino finalmente tornou-se um cidadão da sua cidade adotiva. Foi inaugurada a Academia de Genebra, embrião da futura universidade, destinada primordialmente à preparação de pastores reformados. No mesmo ano, Calvino publicou a última edição das Institutas. Ao longo desses anos, embora estivesse constantemente enfermo, desenvolveu intensa atividade como pastor, pregador, administrador, professor e escritor.

·1564: João Calvino faleceu com quase 55 anos em 27 de maio de 1564. A seu pedido, foi sepultado discretamente em um local desconhecido, pois não queria que nada, inclusive possíveis homenagens póstumas à sua pessoa, obscurecesse a glória de Deus. Um dos emblemas que aparecem nas obras do reformador mostram uma mão segurando um coração e as palavras latinas “Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero).

·Escritos: a vasta produção literária de Calvino preenche 59 grossos volumes da coleção conhecida como Corpus Reformatorum. As Institutas em suas várias edições ocupam quatro volumes. Cinco ou seis volumes contém os escritos ocasionais e outros onze a correspondência de Calvino. Do restante, nada menos de 35 volumes correspondem a suas obras bíblicas, que incluem comentários de quase todo o Novo Testamento (exceto 2 e 3 João e Apocalipse) e de boa parte do Antigo Testamento (Pentateuco, Josué, Salmos e Isaías), preleções sobre todos os Profetas e sermões expositivos de muitos livros da Bíblia.

3. Expansão – Europa Continental:

· A partir da Suíça, o calvinismo difundiu-se na França, no vale do Reno (da Alemanha até a Holanda), na Europa Oriental (Boêmia, Polônia, Hungria), e nas Ilhas Britânicas (Escócia, Inglaterra e Irlanda).

· A Academia de Genebra, fundada em 1559, foi muito importante para a difusão inicial do movimento reformado em toda a Europa. Ela preparou centenas de líderes que voltaram a seus países de origem, especialmente a França, e difundiram as novas idéias.

· As perseguições religiosas, particularmente na França, Itália e Países Baixos, também contribuíram para que a fé reformada fosse levada para outras partes da Europa.

3.1 França:

O movimento reformado experimentou enorme crescimento na década de 1550, apesar de intensas perseguições. Em 1559 reuniu-se o primeiro sínodo da Igreja Reformada da França, representando cerca de duas mil igrejas locais, que aprovou a Confissão Galicana. Pela primeira vez, o presbiterianismo foi organizado em âmbito nacional. Muitos dos reformados franceses, os huguenotes, eram artesãos, comerciantes e nobres, concentrando-se especialmente no oeste e sudoeste do país. Seus conflitos com o partido católico liderado pela família Guise-Lorraine levaram a um longo período de guerras religiosas (1562-1598), cujo episódio mais sangrento foi o massacre do Dia de São Bartolomeu (24-08-1572), em que milhares de huguenotes foram mortos à traição em Paris e no interior da França, entre eles o famoso Almirante Gaspard de Coligny. A paz só foi restaurada em 1598, quando o rei Henrique IV, um ex-huguenote, promulgou o Edito de Nantes, concedendo liberdade religiosa aos reformados. Esse edito foi revogado em 1685, fazendo com que 300 mil huguenotes abandonassem a França. Os remanescentes formaram o que ficou conhecido como “a igreja no deserto”.

3.2 Alemanha:

Desde cedo o movimento reformado penetrou no sul do país, procedente da vizinha Suíça. O movimento cresceu com a chegada de milhares de refugiados vindos de outras regiões (França, Países Baixos). Estrasburgo foi um importante centro reformado entre 1521 e 1549, tendo como grande líder o reformador Martin Bucer. Calvino ali esteve por três anos (1538-41). Em Heidelberg, o príncipe Frederico III criou uma grande universidade que se tornou o centro do pensamento reformado na Alemanha. Nessa cidade foi escrito o importante Catecismo de Heidelberg (1563). A Guerra dos Trinta Anos (1618-48) resultou no reconhecimento final das igrejas reformadas alemãs, que receberam o influxo de sessenta mil refugiados huguenotes após a revogação do Edito de Nantes.

3.3 Holanda:

Inicialmente, o calvinismo surgiu no sul dos Países Baixos (Antuérpia, 1555). Em dez anos, surgiram mais de trezentas igrejas, em parte devido à chegada de imigrantes huguenotes que fugiam das guerras religiosas em seu país. Essas igrejas adotaram como sua declaração de fé a Confissão Belga, escrita em 1561. O calvinismo foi implantado na Holanda no contexto da guerra de independência contra a Espanha, iniciada em 1566 sob a liderança de Guilherme de Orange. Como resultado do conflito, os Países Baixos dividiram-se em Bélgica e Luxemburgo (católicos) e Holanda (reformada). O primeiro sínodo nacional das igrejas reformadas holandesas reuniu-se em 1571 na cidade de Emden, na Alemanha, e adotou um sistema presbiterial de governo baseado no modelo francês. Eventualmente, a igreja reformada tornou-se oficial, embora nem toda a população tenha aderido ao movimento. No início do século XVII, uma disputa teológica resultou no Sínodo de Dort (1618-19), que rejeitou as idéias de Jacó Armínio acerca da predestinação e afirmou os chamados cinco pontos do calvinismo (depravação total, eleição incondicional, expiação limitada, graça irresistível e perseverança dos santos).

3.4 Europa Oriental:

Na década de 1540, graças a contatos com cidades suíças, surgiram igrejas reformadas na Polônia e Boêmia (Checoslováquia) e mais tarde também na Hungria. Na Boêmia, o movimento reformado associou-se aos Irmãos Boêmios, os sucessores do antigo movimento liderado pelo pré-reformador João Hus, morto na fogueira em 1415. Na Polônia e na Lituânia, as igrejas calvinistas experimentaram grande crescimento, mas eventualmente foram suprimidas pela Contra-Reforma. A fé reformada foi introduzida na Hungria em 1549, através de contatos com Zurique, mas as igrejas sofreram perseguições de 1677 a 1781. Em 1970, a igreja reformada húngara tinha cerca de um milhão e meio de membros. Também existe uma grande comunidade reformada na Romênia (700 mil membros em 1963).

4. Expansão – Ilhas Britânicas.

4.1 Escócia:

O protestantismo reformado foi levado para a Escócia por George Wishart, que estudara na Suíça e foi morto na fogueira em 1546. As primeiras igrejas reformadas surgiram no final da década seguinte. Os eventos se precipitaram com o retorno do líder John Knox (c. 1514-1572), que passou alguns anos em Genebra como refugiado, estudou aos pés de Calvino e retornou ao seu país em 1559. No ano seguinte, o Parlamento aboliu o catolicismo e adotou a fé reformada (Confissão Escocesa). Em dezembro de 1560, reuniu-se a primeira Assembleia geral da Igreja Presbiteriana escocesa, que elaborou o Livro de Disciplina. Todavia, o Parlamento não aceitou esse primeiro Livro de Disciplina – que prescrevia a forma presbiteriana de governo –, mas manteve o episcopado como instrumento de controle estatal da igreja. Ironicamente, entre 1561 e 1567 a Escócia foi governada por uma rainha católica, Maria Stuart. Após a morte de Knox, Andrew Melville (1545-1622), outro ex-exilado em Genebra, tornou-se o principal defensor do sistema presbiteriano e de uma igreja autônoma do estado. Os próximos quatro reis, especialmente Carlos II (1660-85), procuraram impor o anglicanismo e perseguiram os presbiterianos. Estes fizeram um pacto nacional para defender a sua fé e ficaram conhecidos como “covenanters” (pactuantes). Somente em 1689 o presbiterianismo foi estabelecido definitivamente, embora algumas modificações feitas pelo Parlamento, como a Lei do Patronato Leigo (1717), tenham produzido várias divisões na igreja. Em 1970, a Igreja da Escócia tinha cerca de 1 milhão e 155 mil membros comungantes.

4.2 Inglaterra:

Desde o reinado de Eduardo VI (1547-1553) surgiram fortes influências reformadas neste país. Martin Bucer, o reformador de Estrasburgo, passou seus últimos anos na Inglaterra. Calvino correspondeu-se com o rei Eduardo, com Somerset, o lorde protetor, e com Thomas Cranmer, o arcebispo de Cantuária. O Livro de Oração Comum e os Trinta e Nove Artigos revelam clara influência reformada. Durante o reinado de Maria Tudor (1553-58), a Sanguinária, muitos protestantes ingleses refugiaram-se em Zurique e Genebra. Porém, a rainha Elizabete I (1558-1603) não apreciava os aspectos populares da forma presbiteriana de governo, preferindo uma estrutura episcopal que deixava o controle último da igreja nas mãos das autoridades civis. No seu reinado, surgiram os puritanos, alguns dos quais sustentavam princípios presbiterianos. Os reis Tiago I e Carlos I (1625-1649), que governavam a Inglaterra e a Escócia, continuaram a opor-se aos puritanos. Carlos fez guerra contra os escoceses presbiterianos e viu-se em dificuldades. Para isso, precisou convocar a eleição de um parlamento, que teve uma maioria puritana. Dissolvido o parlamento, houve nova eleição que resultou numa maioria puritana ainda maior. A consequência foi a guerra civil, que terminaria com a execução do rei. Esse parlamento puritano convocou a Assembleia de Westminster (1643-49), que produziu os “padrões presbiterianos” de culto, forma de governo e doutrina (Confissão de Fé e Catecismos). Quando tais padrões foram aprovados pelo parlamento, a Igreja da Inglaterra deixou de ser episcopal e tornou-se presbiteriana. Porém, depois que Carlos II tornou-se rei em 1660, houve a restauração do episcopado e seguiram-se vários anos de repressão contra os presbiterianos. A Igreja Presbiteriana da Inglaterra, criada em 1876, tinha 60 mil membros comungantes em 1970.

4.3 Irlanda:

A tradição reformada teve início na Irlanda com a “Colônia de Ulster”, a partir de 1606. O governo inglês, no esforço de “domesticar” os irlandeses, plantou comunidades inglesas e irlandesas nas regiões devastadas pela guerra ao norte da ilha. Aos imigrantes escoceses, que levaram consigo o seu presbiterianismo, uniram-se puritanos ingleses e huguenotes franceses. Houve uma rígida separação étnica entre os novos moradores e os irlandeses católicos do sul, e grande violência destes contra os presbiterianos. Graças aos capelães de um exército pacificador, um presbitério foi fundado no Ulster em 1642 e em 1660 já havia cinco deles. Os colonos alcançaram prosperidade na nova terra, mas também se viram sujeitos a restrições políticas, econômicas e religiosas impostas pelo governo inglês, além de calamidades naturais como a seca. Com isso, a partir de 1715, os “escoceses-irlandeses” começaram a sua grande migração para os Estados Unidos. Até 1775, pelo menos 250 mil cruzaram o Atlântico. Em 1970, a Igreja Presbiteriana da Irlanda tinha cerca de 140 mil membros comungantes.

5. A Assembleia de Westminster.

5.1 Antecedentes:

O rei Carlos I (1625-1649) queria impor o anglicanismo aos puritanos ingleses e aos presbiterianos escoceses. Porém, estes últimos se rebelaram e enfrentaram com êxito os exércitos reais. Precisando de mais tropas e dinheiro, Carlos viu-se forçado a promover a eleição de um parlamento. Para frustração do rei, os ingleses elegeram um parlamento puritano, que foi prontamente dissolvido. Feita nova eleição, a maioria puritana tornou-se ainda mais expressiva. Diante da recusa do parlamento em ser novamente dissolvido, resultou uma guerra civil.

5.2 A Assembleia:

Por setenta e cinco anos os puritanos vinham insistindo para que a Igreja da Inglaterra tivesse uma forma de governo, doutrinas e culto mais puros. Assim, o parlamento convocou a Assembleia de Westminster, composta de 121 dos mais capazes pastores da Inglaterra, 20 membros da Casa dos Comuns e 10 membros da Casa dos Lordes. Todos os 121 teólogos eram ministros da Igreja da Inglaterra e quase todos eram calvinistas. Quanto ao governo da igreja, a maioria era a favor da forma presbiteriana, muitos desejavam a forma congregacional e uns poucos defendiam a forma episcopal. Essa questão gerou os debates mais longos e acalorados da Assembleia, que se reuniu na Abadia de Westminster, em Londres, a partir de 1º de julho de 1643. Os trabalhos se estenderam por cinco anos e meio, durante os quais houve mais de mil reuniões do plenário e centenas de reuniões de comissões e subcomissões.

5.3 Os escoceses:

Tão logo a Assembleia iniciou os seus trabalhos, as forças parlamentares começaram a sofrer reveses na guerra. O parlamento buscou o auxílio da Escócia, que concordou em ajudar sob uma condição – que todos os membros da Assembleia de Westminster e do parlamento assinassem um pacto solene comprometendo-se a manter e defender a Igreja Presbiteriana da Escócia e a reformar a igreja da Inglaterra e da Irlanda em sua doutrina, governo, culto e disciplina, de acordo com a Palavra de Deus. Isso foi aceito. Os presbiterianos escoceses também puderam enviar representantes à Assembleia de Westminster, quatro pastores e dois presbíteros, que participaram dos trabalhos sem direito a voto. Eles exerceram uma influência desproporcional ao seu número. Logo que chegaram e foi assinado o pacto solene (setembro de 1643), houve uma mudança radical no trabalho da Assembleia. Até então, a idéia era revisar os Trinta e Nove Artigos da Igreja Anglicana. Agora, passou-se a fazer uma reforma completa da igreja.

5.4 Os documentos:

A Assembleia de Westminster caracterizou-se na somente pela erudição teológica, mas por uma profunda espiritualidade. Gastava-se muito tempo em oração e tudo era feito em um espírito de reverência. Cada documento produzido era encaminhado ao parlamento para aprovação, o que só acontecia após muita discussão e estudo. Os chamados “Padrões Presbiterianos” elaborados pela Assembleia foram os seguintes:

(a) Diretório do Culto Público: concluído em dezembro de 1644 e aprovado pelo parlamento no mês seguinte. Tomou o lugar do Livro de Oração Comum. Também foi preparado o Saltério: uma versão métrica dos Salmos para uso no culto (novembro de 1645).

(b)   Forma de Governo Eclesiástico: concluída em 1644 e aprovada pelo parlamento em 1648. Instituiu a forma de governo presbiteriana em lugar da episcopal, com seus bispos e arcebispos.

(c)   Confissão de Fé: concluída em dezembro de 1646 e sancionada pelo parlamento em março de 1648.

(d)   Catecismo Maior e Breve Catecismo: concluídos no final de 1647 e aprovados pelo parlamento em março de 1648.

5.5 Consequências:

Com o auxílio dos escoceses, as forças parlamentares derrotaram o rei Carlos I, que foi decapitado em 1649. O comandante vitorioso, Oliver Cromwell, assumiu o governo. Porém, em 1660, Carlos II subiu ao trono e restaurou o episcopado na Igreja da Inglaterra. Teve início uma nova era de perseguições contra os presbiterianos. Na Escócia, a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana adotou os Padrões de Westminster logo que foram aprovados, deixando de lado os seus próprios documentos de doutrina, liturgia e governo que vinham da época de John Knox. Isso é ainda mais surpreendente diante do fato de que somente quatro pastores escoceses participaram da Assembleia de Westminster (Alexander Henderson, Robert Baillie, George Gillespie e Samuel Rutherford). As razões para isso foram os méritos dos padrões de Westminster e o desejo de maior unidade entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas. Da Escócia, esses padrões foram levados para outras partes do mundo.

Fonte: Walter L. Lingle, Presbyterians: Their History and Beliefs (Richmond: John Knox Press, 1960).

6. O Presbiterianismo nos Estados Unidos:

6.1 Os puritanos:

O calvinismo chegou à América do Norte com os puritanos ingleses que se radicaram em Massachusetts no início do século XVII. O primeiro grupo fixou-se em Plymouth em 1620 e o segundo fundou as cidades de Salem e Boston em 1630. Nas décadas seguintes, mais de 20 mil puritanos cruzaram o Atlântico em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades. Todavia, esses calvinistas optaram pela forma de governo congregacional, não pelo sistema presbiteriano.

6.2 Grupos reformados:

Muitos calvinistas que aceitavam a forma de governo presbiteriana vieram do continente europeu. Dentre os primeiros estavam os holandeses que fundaram Nova Amsterdã (depois Nova York) em 1623. Os huguenotes franceses também foram em grande número para a América do Norte, fugindo da perseguição religiosa em sua pátria. Um numeroso contingente de reformados alemães igualmente emigrou para os Estados Unidos entre 1700 e 1770. Esses imigrantes formaram as suas próprias denominações e mais tarde muitos deles ingressaram na Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos.

6.3 Os escoceses:

Muitos presbiterianos escoceses foram diretamente da Escócia para os Estados Unidos nos primeiros tempos da colonização. Todavia, foram os escoceses-irlandeses os principais responsáveis pela introdução do presbiterianismo naquele país. Durante o século XVIII, pelo menos 300 mil cruzaram o Atlântico. Eles se radicaram principalmente em Nova Jersey, Pensilvânia, Maryland, Virgínia e nas Carolinas. No oeste da Pensilvânia, eles fundaram Pittsburgh, a cidade mais presbiteriana dos Estados Unidos. O Rev. Ashbel G. Simonton era descendente desses escoceses-irlandeses da Pensilvânia.

6.4 Francis Makemie:

No século XVII as comunidades presbiterianas dos Estados Unidos viviam dispersas. Foi só no início do século seguinte que elas começaram a unir-se em concílios. Nesse esforço, destacou-se o Rev. Francis Makemie (1658-1708), considerado o “pai do presbiterianismo americano”. Ordenado na Irlanda do Norte em 1683, ele foi logo em seguida para a América do Norte. Makemie fundou diversas igrejas em Maryland e viajou extensamente encorajando os presbiterianos. Como a Igreja Anglicana era a igreja oficial de várias colônias, ele sofreu muitas perseguições. Chegou mesmo a ser preso em Nova York em 1706.

6.5 Organização:

Sob a liderança de Makemie, foi organizado em 1706 o Presbitério de Filadélfia. Em 1717, organizou-se o Sínodo de Filadélfia, composto de quatro presbitérios. Ao todo, a denominação tinha apenas dezenove pastores, quarenta igrejas e cerca de três mil membros. Em 1729, foi aprovado o “Ato de Adoção”, que aprovou a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster como padrões doutrinários do Sínodo. De 1741 a 1758, os presbiterianos dividiram-se em dois grupos por causa de diferenças acerca do avivamento e da educação teológica: Ala Velha (Sínodo de Filadélfia) e Ala Nova (Sínodo de Nova York).

6.6 A Revolução:

Nesse período de divisão, vários evangelistas notáveis como Samuel Davies, Alexander Craighead e Hugh McAden trabalharam com grande êxito no sul do país, especialmente na Virgínia e nas Carolinas. Durante a Revolução Americana, os presbiterianos tiveram uma atuação destacada. O Rev. John Witherspoon (1723-1794), um escocês que foi presidente da Universidade de Princeton por vinte e cinco anos, foi o único pastor que assinou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 1776. Muitos presbiterianos lutaram na guerra da independência.

6.7 A Assembleia Geral:

Em 1788, o Sínodo de Nova York e Filadélfia dividiu-se em quatro (Nova York e Nova Jersey, Filadélfia, Virgínia e Carolinas). No dia 21 de maio de 1789, reuniu-se pela primeira vez a “Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América”. Naquela época, a Igreja Presbiteriana era a denominação mais influente do país. Em 1800, contava com 180 pastores, 450 igrejas e cerca de 20 mil membros.

6.8 Crescimento:

Em 1801, presbiterianos e congregacionais iniciaram um trabalho cooperativo conhecido como “Plano de União”. O objetivo era evangelizar com mais eficiência a população que estava indo para o oeste, a chamada “fronteira”. Foi esse o período do avivamento conhecido como Segundo Grande Despertamento. O resultado foi um avanço fenomenal. Em 1837, a Igreja Presbiteriana já contava com 2140 pastores, quase 3000 igrejas e 220 mil membros. O Seminário de Princeton foi fundado em 1812 (entre seus grandes professores estiveram Archibald Alexander, Charles Hodge, A.A. Hodge e Benjamin B. Warfield).

6.9 Divisões:

Devido a uma controvérsia sobre os requisitos para a ordenação de ministros, surgiu em 1810 a Igreja Presbiteriana de Cumberland, no Tennessee. Uma divisão mais séria ocorreu entre os grupos conhecidos como Velha Escola e Nova Escola, aquele sendo mais apegado aos padrões de Westminster do que este. Em 1837, a Velha Escola obteve a maioria na Assembleia Geral, cancelou o Plano de União de 1801 e excluiu quatro sínodos inteiros, dividindo ao meio a denominação. Foi criada a Junta de Missões Estrangeiras. Finalmente, em 1857 e 1861 ocorreram novas divisões, desta vez ocasionadas pelo problema da escravidão. As igrejas Nova Escola e Velha Escola do sul, favoráveis à escravidão, separaram-se das do norte. Eventualmente, foram criadas duas grandes denominações presbiterianas, a Igreja do Norte (PCUSA) e a Igreja do Sul (PCUS), que enviaram muitos missionários a todo o mundo, inclusive ao Brasil.

6.10 O Século XX:

Em 1903, a PCUSA alterou levemente três parágrafos da Confissão de Fé de Westminster e acrescentou-lhe dois novos capítulos: um sobre o Espírito Santo e outro sobre o amor de Deus e as missões. Mais controvertida foi uma declaração acrescentada à Confissão que atenuou as suas afirmações sobre os decretos de Deus. Nas décadas de 1920 e 1930, a PCUSA foi abalada pela controvérsia modernista-fundamentalista. Em 1936, J. Gresham Machen, o líder dos conservadores, fundou sua própria denominação – a Igreja Presbiteriana Ortodoxa. Em 1957, a PCUSA fundiu-se com uma pequena denominação presbiteriana, surgindo a Igreja Presbiteriana Unida dos E.U.A. Apesar das dificuldades, a igreja continuou a crescer. Entre 1900 e 1957, o número de membros passou de um milhão para três milhões. Finalmente, em 1983, após mais de um século de separação, as igrejas do norte e do sul uniram-se para formar a atual Igreja Presbiteriana (E.U.A.), de tendência liberal. Antes disso, muitos elementos conservadores haviam deixado as igrejas-mães e criado duas novas denominações: a Igreja Presbiteriana da América (PCA, 1973) e a Igreja Presbiteriana Evangélica (EPC, 1981).

7. Primórdios do Calvinismo no Brasil:

·Antes da chegada do pioneiro Rev. Ashbel Green Simonton, alguns grupos e indivíduos reformados estiveram no Brasil.

7.1 Os franceses na Guanabara (1555-1567):

No final de 1555, chegou à Baía da Guanabara uma expedição francesa comandada pelo vice-almirante Nicolas Durand de Villegaignon, para fundar a “França Antártica”. Esse empreendimento teve o apoio do almirante huguenote Gaspard de Coligny, que seria morto no massacre do dia de São Bartolomeu (24-08-1572).

·Em resposta a uma carta de Villegaignon, Calvino e a igreja de Genebra enviaram um grupo de crentes reformados, sob a liderança dos pastores Pierre Richier e Guillaume Chartier (1557). Fazia parte do grupo o sapateiro Jean de Léry, que mais tarde estudou na Academia de Genebra e tornou-se pastor (†1611). Ele escreveria um relato da expedição, História de uma Viagem à Terra do Brasil, publicado em Paris em 1578.

·Em 10 de março de 1557, esses reformados celebraram o primeiro culto evangélico do Brasil e talvez das Américas. Todavia, pouco tempo depois Villegaignon entrou em conflito com as calvinistas acerca dos sacramentos e os expulsou da pequena ilha em que se encontravam.

·Alguns meses depois, os colonos reformados embarcaram para a França. Quando o navio ameaçou naufragar, cinco deles voltaram e foram presos: Jean du Bordel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon e Jacques le Balleur. Pressionados por Villegaignon, escreveram uma bela declaração de suas convicções, a “Confissão de Fé da Guanabara” (1558). Em seguida, os três primeiros foram mortos e Lafon, o único alfaiate da colônia, teve a vida poupada. Balleur fugiu para São Vicente, foi preso e levado para Salvador (1559-67), sendo mais tarde enforcado no Rio de Janeiro, quando os últimos franceses foram expulsos.

· A França Antártica é considerada como a primeira tentativa de estabelecer tanto uma igreja quanto um trabalho missionário protestante na América Latina.

7.2 Os holandeses no Nordeste (1630-1654):

Depois de uma árdua guerra contra a Espanha, a Holanda calvinista conquistou a sua independência em 1568 e começou a tornar-se uma das nações mais prósperas da Europa. Pouco tempo depois, Portugal caiu sob o controle da Espanha por sessenta anos – a chamada “União Ibérica” (1580-1640).

·Em 1621, os holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de conquistar e colonizar territórios da Espanha nas Américas, especialmente uma rica região açucareira: o nordeste do Brasil. Em 1624, os holandeses tomaram Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. Finalmente, em 1630 eles tomaram Recife e Olinda e depois boa parte do Nordeste.

·O maior líder do Brasil holandês foi o príncipe João Maurício de Nassau-Siegen, que governou o nordeste de 1637 a 1644. Nassau foi um notável administrador, promoveu a cultura, as artes e as ciências, e concedeu uma boa medida de liberdade religiosa aos residentes católicos e judeus.

·Sob os holandeses, a Igreja Reformada era oficial. Foram criadas vinte e duas igrejas locais e congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do Brasil (1642-1646). Mais de cinqüenta pastores ou “predicantes” serviram essas comunidades.

·A Igreja Reformada realizou uma admirável obra missionária junto aos indígenas. Além de pregação, ensino e beneficência, foi preparado um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução da Bíblia e a futura ordenação de pastores indígenas.

·Em 1654, após quase dez anos de luta, os holandeses foram expulsos, transferindo-se para o Caribe. Os judeus que os acompanhavam foram para Nova Amsterdã, a futura Nova York.

7.3 Eventos posteriores:

Após a expulsão dos holandeses, o Brasil fechou as portas aos protestantes por mais de 150 anos. Foi só no início do século XIX, com a vinda da família real portuguesa, que essa situação começou a se alterar. Em 1810, Portugal e Inglaterra firmaram um Tratado de Comércio e Navegação, cujo artigo XII concedeu tolerância religiosa aos imigrantes protestantes. Logo, muitos começaram a chegar, entre eles um bom número de reformados.

·Após a independência, a Constituição Imperial (1824) reafirmou esses direitos, com algumas restrições. Em 1827 foi fundada no Rio de Janeiro a Comunidade Protestante Alemã-Francesa, que veio a congregar, ao lado de luteranos, reformados alemães, franceses e suíços.

·Um dos primeiros pastores presbiterianos a visitar o Brasil foi o Rev. James Cooley Fletcher (1823-1901), que aqui chegou em 1851. Fletcher foi capelão dos marinheiros que aportavam no Rio de Janeiro e deu assistência religiosa a imigrantes europeus. Ele manteve contatos com D. Pedro II e outros membros destacados da sociedade; lutou em favor da liberdade religiosa, da emancipação dos escravos e da imigração protestante. Ele escreveu o livro O Brasil e os Brasileiros (1857), que foi muito apreciado nos Estados Unidos.

·Fletcher não fez nenhum trabalho missionário junto aos brasileiros, mas contribuiu para que isso acontecesse. Foi ele quem influenciou o Rev. Robert Reid Kalley e sua esposa Sarah P. Kalley a virem para o Brasil, o que ocorreu em 1855. Kalley fundou a Igreja Evangélica Fluminense em 1858. No ano seguinte, chegou ao Rio de Janeiro o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, o Rev. Ashbel G. Simonton.

8. História da Igreja Presbiteriana do Brasil:

Atualmente, existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Presbiteriana Conservadora e algumas igrejas criadas por imigrantes vindos da Europa continental, como suíços, holandeses e húngaros. Todavia, a maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Sua história divide-se em alguns períodos bem definidos:

8.1. Implantação (1859-1869):

O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Alcançado por um reavivamento em 1855, fez sua profissão de fé e pouco depois ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.

Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português; em janeiro de 1862, recebeu os primeiros membros, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. No breve período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns colegas, fundou o primeiro jornal evangélico do país (Imprensa Evangélica, 1864), criou o primeiro presbitério (1865) e organizou um seminário (1867). O Rev. Simonton morreu vitimado pela febre amarela aos 34 anos, em 1867 (sua esposa, Helen Murdoch, havia falecido três anos antes).

Os principais colaboradores de Simonton nesse período foram: seu cunhado Alexander L. Blackford, que em 1865 organizou as igrejas de São Paulo e Brotas; Francis J. C. Schneider, que trabalhou entre os imigrantes alemães em Rio Claro, lecionou no seminário do Rio e foi missionário na Bahia; George W. Chamberlain, grande evangelista e operoso pastor da Igreja de São Paulo. Os quatro únicos estudantes do “seminário primitivo” foram também grandes obreiros: Antonio B. Trajano, Miguel G. Torres, Modesto P. B. Carvalhosa e Antonio Pedro de Cerqueira Leite.

Outras poucas igrejas organizadas no primeiro decênio foram as de Lorena, Borda da Mata (Pouso Alegre) e Sorocaba. O homem que mais contribuiu para a criação dessas e outras igrejas foi o notável Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), um ex-sacerdote que tornou-se o primeiro brasileiro a ser ordenado ministro do evangelho (1865). Visitou incansavelmente dezenas de vilas e cidades no interior de São Paulo, Vale do Paraíba e sul de Minas, pregando o evangelho da graça.

8.2. Consolidação (1869-1888):

Simonton e seus companheiros eram todos da igreja presbiteriana do norte dos Estados Unidos (PCUSA). Em 1869 chegaram os primeiros missionários da igreja do sul (PCUS): George N. Morton e Edward Lane. Eles fixaram-se em Campinas, região onde havia muitas famílias norte-americanas que vieram para o Brasil após a Guerra Civil no seu país (1861-65). Em 1870, Morton e Lane fundaram a igreja de Campinas e em 1873 o famoso, porém efêmero, Colégio Internacional. Os missionários da PCUS evangelizaram a região da Mogiana, o oeste de Minas, o Triângulo Mineiro e o sul de Goiás. O pioneiro em várias dessas regiões foi o incansável Rev. John Boyle.

Os obreiros da PCUS também foram os pioneiros presbiterianos no nordeste e norte do Brasil (de Alagoas até a Amazônia). Os principais foram John Rockwell Smith, fundador da igreja do Recife (1878); DeLacey Wardlaw, pioneiro em Fortaleza; e o Dr. George W. Butler, o “médico amado” de Pernambuco. O mais conhecido dentre os primeiros pastores brasileiros do nordeste foi o Rev. Belmiro de Araújo César, patriarca de uma grande família presbiteriana.

Enquanto isso, os missionários da igreja do norte dos Estados Unidos também continuavam o seu trabalho, auxiliados por novos colegas. Seus principais campos eram Bahia e Sergipe, onde atuou, além de Schneider e Blackford, o Rev. John Benjamin Kolb; Rio de Janeiro, que inaugurou seu templo em 1874, e Nova Friburgo, onde trabalhou o Rev. John M. Kyle; Paraná, cujos pioneiros foram Robert Lenington e George A. Landes; e especialmente São Paulo. Na capital paulista, o casal Chamberlain fundou em 1870 a Escola Americana, que mais tarde veio a ser o Mackenzie College, dirigido pelo educador Horace Manley Lane. No interior da província destacou-se o Rev. João Fernandes Dagama, português da Ilha da Madeira. No Rio Grande do Sul, trabalhou por algum tempo o Rev. Emanuel Vanorden, um judeu holandês.

Entre os novos pastores “nacionais” desse período estavam Eduardo Carlos Pereira, José Zacarias de Miranda, Manuel Antônio de Menezes, Delfino dos Anjos Teixeira, João Ribeiro de Carvalho Braga e Caetano Nogueira Júnior. As duas igrejas norte-americanas também enviaram notáveis missionárias educadoras: Mary P. Dascomb, Elmira Kuhl, Nannie Henderson e Charlotte Kemper.

8.3. Dissensão (1888-1903):

Em setembro de 1888 foi organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil, que assim tornou-se autônoma, desligando-se das igrejas-mães norte-americanas. O Sínodo compunha-se de três presbitérios (Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco) e tinha vinte missionários, doze pastores nacionais e 59 igrejas. O primeiro moderador foi o veterano Rev. Blackford. O Sínodo criou o Seminário Presbiteriano, elegeu seus dois primeiros professores e dividiu o Presbitério de Campinas e Oeste de Minas em dois: São Paulo e Minas.

Nesse período a denominação expandiu-se grandemente, com muitos novos missionários, pastores brasileiros e igrejas locais. O Seminário começou a funcionar em Nova Friburgo no final de 1892 e no início de 1895 transferiu-se para São Paulo, tendo à frente o Rev. John Rockwell Smith. O Mackenzie College ou Colégio Protestante foi criado em 1891, sendo seu primeiro presidente o Dr. Horace M. Lane. Por causa da febre amarela, o Colégio Internacional foi transferido de Campinas para Lavras, e mais tarde veio a chamar-se Instituto Gammon, numa homenagem ao seu grande líder, o Rev. Samuel R. Gammon (1865-1928).

A primeira escola evangélica do nordeste foi o Colégio Americano de Natal (1895), fundado por Katherine H. Porter, esposa do Rev. William C. Porter. Na mesma época, a cidade de Garanhuns começou a tornar-se um grande centro da obra presbiteriana. Além do trabalho evangelístico, foram lançadas as bases de duas importantes instituições educacionais: o Colégio Quinze de Novembro e o Seminário do Norte, hoje sediado em Recife. No final desse período, além de estar presente em todos os estados do nordeste, a Igreja Presbiteriana chegou ao Pará e ao Amazonas.

No sul, foi iniciada a obra presbiteriana em Santa Catarina (São Francisco do Sul e Florianópolis). A igreja também iniciou a sua marcha vitoriosa no leste de Minas. O primeiro obreiro a residir em Alto Jequitibá foi o Rev. Matatias Gomes dos Santos (1901). As igrejas de São Paulo e do Rio de Janeiro passaram a ser pastoreadas por dois grandes líderes, respectivamente Eduardo Carlos Pereira (1888) e Álvaro Emídio G. dos Reis (1897).

Infelizmente, os progressos desse período foram em parte ofuscados por uma grave crise que se abateu sobre a vida da igreja. Inicialmente, surgiu uma diferença de prioridades entre o Sínodo e a Junta de Missões de Nova York. O Sínodo queria apoio para a obra evangelística e para instalar o Seminário, ao passo que a Junta preferiu dar ênfase à obra educacional, principalmente através do Mackenzie. Paralelamente, surgiram desentendimentos entre o pastor da Igreja Presbiteriana de São Paulo, Rev. Eduardo Carlos Pereira, e os líderes do Mackenzie, Horace M. Lane e William A. Waddell.

Com o passar do tempo, o Rev. Eduardo C. Pereira passou a tornar-se mais radical em suas posições, perdendo o apoio até mesmo de muitos dos seus colegas brasileiros. Como uma alternativa ao jornal de Eduardo, O Estandarte, o Rev. Álvaro Reis criou O Puritano em 1899. Em 1900 foi criada a Igreja Presbiteriana Unida, que resultou da fusão de duas igrejas formadas por pessoas que haviam saído da igreja do Rev. Eduardo. Na mesma época, um novo problema veio complicar ainda mais a situação: o debate acerca da maçonaria.

Em março de 1902, Eduardo C. Pereira e seus partidários começaram a divulgar a sua Plataforma, com cinco tópicos sobre as questões missionária, educativa e maçônica. Após pouco mais de um ano de debates acalorados, a crise chegou ao seu triste desfecho em 31 de julho de 1903, durante a reunião do Sínodo. Após serem derrotados em suas propostas, Eduardo e seus colegas desligaram-se do Sínodo e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.

8.4. Reconstituição (1903-1917):

No início de agosto de 1903, os independentes organizaram o seu presbitério, com quinze presbíteros e sete pastores (Eduardo C. Pereira, Caetano Nogueira Jr., Bento Ferraz, Ernesto Luiz de Oliveira, Otoniel Mota, Alfredo Borges Teixeira e Vicente Temudo Lessa). Seguiu-se um triste período de divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades, litígios judiciais. Uma pastoral do Presbitério Independente chegou a vedar aos sinodais a Ceia do Senhor. O período mais conflitivo estendeu-se até 1906. Nessa época, o Sínodo contava com 77 igrejas e cerca de 6500 membros; em 1907, os independentes tinham 56 igrejas e 4200 comungantes.

O prédio do seminário, no Higienópolis, foi ocupado sem solenidade em setembro de 1899. Os principais professores eram os Revs. John R. Smith e Erasmo Braga (este a partir de 1901); o principal membro da diretoria era o Rev. Álvaro Reis. Em fevereiro de 1907, o seminário foi transferido para Campinas, ocupando a antiga propriedade do Colégio Internacional. A primeira turma de Campinas só se formou em 1912. Entre os formandos estavam Tancredo Costa, Herculano de Gouvêa Jr., Miguel Rizzo Jr. e Paschoal Luiz Pitta. Mais tarde viriam Guilherme Kerr, Jorge T. Goulart, Galdino Moreira e José Carlos Nogueira.

A obra presbiteriana crescia em muitos lugares. A primeira cidade atingida no Leste de Minas foi Alto Jequitibá (Manhuaçu) e no Espírito Santo, São José do Calçado. Os primeiros pastores daqueles campos foram Matatias Gomes dos Santos, Aníbal Nora, Constâncio Omero Omegna e Samuel Barbosa. No Vale do Ribeira, o evangelista Willes R. Banks continuava em atividade; a família Vassão daria grandes contribuições à igreja.

Em 1907, o Sínodo dividiu-se em dois (Norte e Sul) e em 1910 foi organizada a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil. O moderador do último sínodo e instalador da Assembleia Geral foi o veterano Modesto Carvalhosa, ordenado 40 anos antes. A Assembleia Geral foi instalada na Igreja do Rio e o Rev. Álvaro Reis foi eleito seu primeiro moderador. Os conciliares visitaram a Ilha de Villegaignon para lembrar os mártires calvinistas e comemorar o 4º centenário do nascimento de Calvino. Na época, a Igreja Presbiteriana do Brasil tinha 10 mil membros comungantes, outro tanto de menores e cerca de 150 igrejas em sete presbitérios. As demais denominações tinham os seguintes números: metodistas – 6 mil membros; independentes – 5 mil; batistas – 5 mil; episcopais – cerca de mil. Em 1911, a IPB enviou o seu primeiro missionário a Portugal, Rev. João da Mota Sobrinho, que lá ficou até 1922.

Os missionários americanos continuam em plena atividade. A Missão Sul da PCUS dividiu-se em Missão Leste (Lavras) e Missão Oeste (Campinas) devido a divergências quanto ao lugar da educação na obra missionária. O Rev. William Waddell fundou uma influente escola em Ponte Nova, Bahia. Pierce Chamberlain trabalhou na Bahia de 1899 a 1909. A obra presbiteriana no Mato Grosso começou nesse período: os pioneiros foram os missionários Franklin Graham (1913) e Philippe Landes (1915).

Em 1917, foi aprovado o Modus Operandi, um acordo entre a igreja e as missões norte-americanas pelo qual os missionários desligaram-se dos concílios da IPB, separando-se os campos nacionais (presbitérios) dos campos das missões. Em 1924, pela primeira reuniu-se a Assembleia Geral sem nenhum missionário como delegado de presbitério.

8.5. Cooperação (1917-1932):

O maior líder presbiteriano desse período foi o Rev. Erasmo Braga (1877-1932), professor do seminário e secretário da Assembleia Geral. Em 1916, participou com dois colegas do Congresso de Ação Cristã na América Latina, no Panamá. Poucos anos depois, tornou-se o dinâmico secretário da Comissão Brasileira de Cooperação, entidade que liderou um grande esforço cooperativo entre as igrejas evangélicas do Brasil na década de 1920. As principais áreas de cooperação foram literatura, educação cristã e educação teológica. Foi fundado o Seminário Unido no Rio de Janeiro, que existiu até 1932.

Outros esforços cooperativos desse período foram: (1) Instituto José Manoel da Conceição, fundado pelo Rev. William A. Waddell na cidade de Jandira, perto de São Paulo (1928); visava preparar os jovens que depois seguiriam para o seminário. (2) Associação Evangélica de Catequese dos Índios (1928), depois Missão Evangélica Caiuá: idealizada pelo Rev. Albert S. Maxwell e instalada em Dourados, Mato Grosso; esforço cooperativo das igrejas presbiteriana, independente, metodista e episcopal.

O Seminário de Campinas correu o risco de ser extinto por causa do Seminário Unido, mas finalmente superou a crise. Em 1921, o Seminário do Norte foi transferido para o Recife. As principais instituições educacionais das missões eram o Colégio Agnes Erskine, em Recife; Colégio 15 de Novembro (Garanhuns); Escola de Ponte Nova (Bahia); Colégio 2 de Julho (Salvador); Instituto Gammon (Lavras); Instituto Cristão (Castro) e principalmente o Mackenzie. Os principais periódicos presbiterianos eram O Puritano e o Norte Evangélico.

Em 1924, a Assembleia Geral encerrou o trabalho missionário em Lisboa. No mesmo ano, Erasmo Braga e alguns amigos fundaram a Sociedade Missionária Brasileira de Evangelização em Portugal, que enviou para aquele país o Rev. Paschoal L. Pitta e sua esposa Odete. O casal ali esteve por quinze anos (1925-1940), regressando ao Brasil devido à constante falta de recursos.

Em 1921, morreu o Rev. Antonio Bandeira Trajano. Com ele desapareceu a primeira geração de obreiros presbiterianos no Brasil, os da década de 1860. Outros obreiros falecidos nesse período foram: Eduardo Carlos Pereira (1923), Álvaro Reis (1925), Carlota Kemper (1927), Samuel Gammon (1928) e Erasmo Braga (1932).

8.6. Organização (1932-1959):

·Neste período a IPB continuou a crescer e a aperfeiçoar a sua estrutura, criando entidades voltadas para o trabalho feminino, mocidade, missões nacionais e estrangeiras, literatura e ação social. O período terminou com a comemoração do centenário do presbiterianismo no Brasil.

·A igreja era constituída dos seguintes sínodos: (1) Setentrional: estendia-se de Alagoas até a Amazônia, estando o maior número de igrejas no Estado de Pernambuco; (2) Bahia-Sergipe: criado em 1950, quando o Presbitério Bahia-Sergipe, antigo campo da Missão Central, dividiu-se nos presbitérios de Salvador, Campo Formoso e Itabuna; (3) Minas-Espírito Santo: surgiu em 1946, abrangendo o leste de Minas e o Espírito Santo, a região de maior crescimento da igreja; (4) Central: formado em 1928, incluía o Estado do Rio de Janeiro, bem como o sul e o oeste de Minas Gerais; (5) Meridional: sínodo histórico (1910-47), abrangia São Paulo, Paraná e Santa Catarina; (6) Oeste do Brasil: foi formado em 1947, abrangendo todo o norte e oeste de São Paulo. No final da década de 50, foram entregues pelas missões os Presbitérios do Triângulo Mineiro, Goiás e Cuiabá.

·Nesse período, as missões norte-americanas continuaram o seu trabalho: (1) PCUS: (a) Missão Norte: atuou no nordeste, onde o principal obreiro foi o Rev. William Calvin Porter (†1939); o campo mais importante era o de Garanhuns, onde estavam o Colégio 15 de Novembro e o jornal Norte Evangélico; (b) Missão Leste: atuou no oeste de Minas e depois em Dourados, Mato Grosso, cuja igreja foi organizada em 1951. (c) Missão Oeste: concentrou-se mais no Triângulo Mineiro, onde o casal Edward e Mary Lane fundou em 1933 o Instituto Bíblico de Patrocínio. (2) PCUSA: (a) Missão Central: seus principais campos eram Ponte Nova/Itacira, a bacia do Rio São Francisco, o sul da Bahia e o norte de Minas.; (b) Missão Sul: atuou no Paraná e Santa Catarina, fundindo-se com a Missão Central por volta de 1937. O Rev. Filipe Landes foi grande evangelista no Mato Grosso (norte e sul). Em Rio Verde, Goiás, atuou o Rev. Dr. Donald Gordon.

·Trabalho feminino: as primeiras sociedades de senhoras surgiram em 1884-85 e as primeiras federações, na década de 1920. Os primeiros secretários gerais do trabalho feminino foram o Rev. Jorge T. Goulart e as sras. Genoveva Marchant, Blanche Lício, Cecília Siqueira e Nady Werner. O primeiro congresso nacional reuniu-se na I. P. Riachuelo, no Rio, em 1941; o segundo congresso realizou-se também no Rio em 1954. A SAF em Revista foi criada em 1954.

·Mocidade: algumas entidades precursoras foram a Associação Cristã de Moços (Myron Clark), o Esforço Cristão (Clara Hough) e a União Cristã de Estudantes de Brasil (Eduardo P. Magalhães). Benjamim Moraes Filho foi o primeiro secretário do trabalho da mocidade (1938). O primeiro congresso nacional reuniu-se em Jacarepaguá em 1946, quando foi criada a confederação. Entre os líderes da época estavam Francisco Alves, Jorge César Mota, Paulo César, Waldo César, Tércio Emerique, Gutemberg de Campos, Paulo Rizzo e Billy Gammon.

·Missões Nacionais: em 1940 foi organizada na I. P. Unida a Junta Mista de Missões Nacionais, com representantes da IPB e das missões norte-americanas. Entre os primeiros líderes estavam Coriolano de Assunção, Guilherme Kerr, Filipe Landes, Eduardo Lane, José Carlos Nogueira e Wilson N. Lício. Até 1958, a Junta ocupou quinze regiões em todo o Brasil, com cerca de 150 locais de pregação. Em 1950 foi criada a Missão Presbiteriana da Amazônia.

·Missão em Portugal: os primeiros obreiros foram João da Mota Sobrinho (1911-1922) e Paschoal Luiz Pitta (1925-1940). Em 1944 a IPB assumiu o trabalho e foi criada a Junta de Missões Estrangeiras, com o apoio das igrejas norte-americanas. Os primeiros missionários foram Natanael Emerique, Aureliano Lino Pires, Natanael Beuttenmuller e Teófilo Carnier.

·Outras organizações: (a) Casa Editora: começou a ser organizada em 1945, no início da Campanha do Centenário, sob a liderança do Rev. Boanerges Ribeiro. A primeira sede foi instalada em dependências cedidas pela I. P. Unida, na Rua Helvetia. (b) Orfanatos: em 1910, a Assembleia Geral planejou um orfanato para Lavras; em 1919, passou a funcionar em Valença, e em 1929 veio a ocupar uma propriedade da I. P. de Copacabana em Jacarepaguá. O orfanato foi denominado Instituto Álvaro Reis. (c) Conselho Interpresbiteriano (CIP): foi criado em 1955 para superintender as relações da IPB com as missões e as juntas missionárias dos Estados Unidos. Tinha mais autoridade que o “modus operandi” de 1917.

·Outras igrejas: (a) Igreja Presbiteriana Independente: em 1957, foi criado o Supremo Concílio, com três sínodos, dez presbitérios, 189 igrejas, 105 pastores e cerca de 30 mil membros comungantes; O Estandarte continuava a ser o jornal oficial. No final dos anos 30 houve um conflito teológico. Em 1942, um grupo de intelectuais liberais (entre os quais o Rev. Eduardo P. Magalhães) retirou-se da IPI e formou a Igreja Cristã de São Paulo. (b) Igreja Presbiteriana Conservadora: foi fundada em 1940 pelos membros da Liga Conservadora da IPI. Em 1957, contava com mais de vinte igrejas em quatro estados e tinha um seminário. Seu órgão oficial é O Presbiteriano Conservador. (c) Igreja Presbiteriana Fundamentalista: foi fundada em 1956 pelo Rev. Israel Gueiros, pastor da 1ª I. P. de Recife e ligado ao Concílio Internacional de Igrejas Cristãs (do fundamentalista americano Carl McIntire).

·Neste período, a IPB participou de vários movimentos cooperativos: Associação Evangélica Beneficente (fundada por Otoniel Mota em 1928), Associação Cristã de Beneficência Ebenézer (dirigida pelo Dr. Benjamin Hunnicutt), Missão Evangélica Caiuá, Instituto José Manoel da Conceição, Confederação Evangélica do Brasil (fundada em 1934), Sociedade Bíblica do Brasil, Centro Áudio-Visual Evangélico (CAVE, fundado em 1951) e Universidade Mackenzie, transferida à IPB no início dos anos 60.

·Constituição da IPB: em 1924, foram aprovadas pequenas modificações no antigo Livro de Ordem adotado quando da criação do Sínodo, em 1888. Em 1937, entrou em vigor a nova Constituição da Igreja (os independentes haviam aprovado a sua três anos antes), sendo criado o Supremo Concílio. Houve protestos do norte contra alguns pontos: diaconato para ambos os sexos, “confirmação” em vez de “profissão de fé” e o nome “Igreja Cristã Presbiteriana”. Em 1950, foi promulgada um nova Constituição e no ano seguinte o Código de Disciplina e os Princípios de Liturgia.

·Estatística: em 1957, a IPB contava com seis sínodos, 41 presbitérios, 489 igrejas, 883 congregações, 369 ministros, 127 candidatos ao ministério, 89.741 membros comungantes e 71.650 não-comungantes. Os primeiros presidentes do Supremo Concílio foram os Revs. Guilherme Kerr, José Carlos Nogueira, Natanael Cortez, Benjamim Moraes Filho e José Borges dos Santos Júnior.

·A Campanha do Centenário: foi lançada em 1946, tendo como objetivos: avivamento espiritual, expansão numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da fé reformada e homenagem aos pioneiros. A Comissão Central do Centenário, organizada em 1948, enfrentou muitas dificuldades. Após 1950, a campanha ganhou ímpeto. A Comissão Unida do Centenário (IPB, IPI e I. Reformada Húngara) planejou uma grande campanha evangelística (Edwyn Orr e William Dunlap) que se estendeu por todo o país em 1952. Outras medidas: criação do Museu Presbiteriano, Seminário do Centenário e jornal Brasil Presbiteriano, resultante da fusão de O Puritano e Norte Evangélico (1958). A 18ª Assembleia da Aliança Presbiteriana Mundial reuniu-se em São Paulo de 27-07 a 06-08 de 1959. O lema do centenário foi: “Um ano de gratidão por um século de bênçãos”.

9. Identidade:

A fé reformada tem uma série de características e ênfases que conferem aos presbiterianos uma identidade bem definida. Cinco áreas são especialmente importantes:

9.1. Doutrina:

Os presbiterianos creem que uma teologia correta, equilibrada e bíblica é essencial para a vida do cristão. Todo crente, mesmo sem o saber, tem concepções teológicas e essas concepções irão influenciar todos os aspectos da sua vida cristã. Os reformados não valorizam a teologia pela teologia, mas como um instrumento para nos proporcionar um melhor conhecimento de Deus e do nosso relacionamento com ele.

·O fundamento maior da fé reformada são as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, nossa única regra de fé e prática. Os documentos de Westminster (Confissão de Fé e Catecismos) não tem a mesma autoridade que a Bíblia. Eles são aceitos pelos presbiterianos como expressão histórica do seu entendimento da fé cristã e como um roteiro ou auxílio para o estudo das Escrituras.

·A fé reformada abraça três categorias de doutrinas: (a) algumas delas são aceitas por todos os cristãos, como a trindade, o caráter divino-humano de Jesus Cristo, a sua ressurreição, sua morte expiatória, a segunda vinda, etc. – essencialmente, as verdades afirmadas pelos grandes concílios da igreja antiga, nos séculos IV e V; (b) outras doutrinas são as que temos em comum com as demais igrejas protestantes ou evangélicas: as Escrituras como única regra de fé e prática, a suficiência da obra redentora de Cristo, a salvação exclusivamente pela graça mediante a fé, o sacerdócio universal dos crentes, os sacramentos do batismo e da santa ceia, etc.; (c) finalmente, existem aquelas doutrinas e práticas mais específicas dos presbiterianos, como a ênfase na absoluta soberania de Deus, a consequente crença na eleição ou predestinação, o batismo por “aspersão” e o batismo infantil, e a forma de governo presbiterial.

·Por causa da sua ênfase nas Escrituras e na boa teologia, os reformados têm dado grande valor à educação, tanto para as pessoas em geral, quanto para os seus pastores – os ministros da Palavra. Essa preocupação intelectual nunca deve ocorrer às expensas da vida espiritual (estudo + devoção).

9.2. Culto:

O reconhecimento da soberania do Senhor e a preocupação com a sua glória devem ter reflexos sobre o culto, a expressão mais visível e central da vida coletiva da igreja. Calvino acentuou os seguintes princípios para o culto: integridade bíblica e teológica (lex orandi, lex credendi), equilíbrio entre estrutura/forma e essência, inteligibilidade, edificação, simplicidade (sem pompa, teatralismo), flexibilidade (por ex., frequência da Ceia do Senhor), participação congregacional (cânticos, salmos metrificados).

·O objetivo principal do culto é exaltar e glorificar a Deus, e não agradar os participantes. Daí a necessidade de reverência. O culto também visa suprir necessidades legítimas da congregação. Disso decorre a importância da pregação no culto reformado. A pregação autêntica deve ser bíblica, doutrinária e prática, isto é, relacionada com a vida. O culto deve refletir um saudável equilíbrio entre intelecto e sentimento, mente e coração. Um belo exemplo desse equilíbrio foi a vida do pastor e teólogo reformado Jonathan Edwards (1703-1758).

9.3. Vida Comunitária:

A identidade presbiteriana também deve manifestar-se na maneira como os irmãos vivem e se relacionam na comunidade da fé. Os reformados crêem firmemente no sacerdócio de todos os fiéis, ou seja, todos os crentes são iguais em sua dignidade e direitos. Não existe distinção entre clero e leigos: todo crente é um ministro de Deus. Os ofícios instituídos na igreja (pastor, presbítero, diácono) visam apenas dar maior ordem e estabilidade ao trabalho e suprir necessidades nas áreas de liderança, assistência espiritual e beneficência.

·O sistema presbiteriano é democrático e representativo. Todos os membros comungantes da igreja têm o direito e o dever de envolver-se nas atividades e decisões da comunidade, participando das Assembleias, elegendo oficiais, contribuindo para o sustento da igreja e seus programas, servindo em diferentes áreas conforme os dons e capacidades de cada um. O conceito do pacto tem muitas implicações para a vida familiar e eclesial.

·A tradição reformada também dá grande valor à participação do crente na comunidade mais ampla, a sociedade. Calvino, a partir das suas convicções teológicas e da sua experiência em Genebra, insistiu que o cristão deve viver responsavelmente no mundo, como cidadão, como profissional e em outras capacidades. Deus é o senhor de todas as coisas; portanto, todas as esferas da vida devem refletir os valores do seu reino.

9.4. Missão:

Os presbiterianos reconhecem que Deus chama os seus filhos e filhas para uma missão junto à sociedade e ao mundo. Essa missão tem duas dimensões primordiais:

·Evangelização: desde o princípio, os calvinistas tiveram uma forte preocupação missionária, primeiramente na Europa e mais tarde em outras partes do mundo. Foi graças a essa preocupação que nasceu a Igreja Presbiteriana do Brasil. No que diz respeito ao mundo, a missão maior da igreja é compartilhar o evangelho da graça e da glória de Deus com aqueles carentes de reconciliação, perdão e vida eterna. A crença na eleição não é um empecilho, mas um incentivo para a evangelização. Alguns dos maiores evangelistas e missionários do mundo foram calvinistas, como os pregadores ingleses George Whitefield (1714-1770) e Charles H. Spurgeon (1834-1892), o pioneiro das Novas Hébridas John Paton (1824-1907), a missionária em Calabar, África Ocidental, Mary Slessor (1848-1915) e o missionário aos muçulmanos Samuel M. Zwemer (1867-1952).

·Serviço: Calvino e seus herdeiros sempre deram muita importância ao serviço cristão ou diaconia. Seguindo o exemplo de Cristo, o crente deve ser instrumento de Deus para ministrar a todos os tipos de necessidades humanas, ao ser humano integral: corpo, mente e espírito. Isso é tão importante que as igrejas reformadas têm uma classe de oficiais dedicados especificamente às atividades beneficentes: os diáconos. Todavia, o serviço cristão é dever de todo crente. Historicamente, os reformados têm se envolvido em muitas iniciativas de socorro aos sofredores e carentes, e têm se mobilizado para transformar situações de injustiça e opressão.

9.5. Ética:

Uma outra área importante para a vida reformada diz respeito aos valores. O cristão é chamado para uma vida de santidade e integridade na sua relação com Deus, com a igreja e com a sociedade, naquilo que ele é e faz. Não se pode dissociar a ética pessoal da ética social. Se um crente não é íntegro individualmente, dificilmente poderá lutar pela justiça, honestidade e transparência na vida política, econômica e social do país. Esse é outro elemento importante para a identidade presbiteriana, em um mundo cada vez mais carente de padrões firmes e seguros. Mais uma vez, o fundamento de tudo está na soberania e na graça de Deus.

Leituras recomendadas:

Biéler, André. O pensamento econômico e social de Calvino. Trad. Waldyr Carvalho Luz. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990.

Biéler, André. El humanismo social de Calvino. Buenos Aires: Editorial Escaton, 1973.

Calvino, João. As Institutas ou Tratado da Religião Cristã. 4 vols. Trad. Waldyr Carvalho Luz. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1985-1989.

Calvino, João. As Institutas – edição clássica. 2ª ed. 4 vols. Trad. Waldyr Carvalho Luz. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2006.

Calvino, João. As Institutas – edição especial com notas para estudo e pesquisa. 4 vols. Trad. Odair Olivetti. Revisão e notas Hermisten M. P. Costa. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. Baseada na edição francesa de 1541.

Carlson, Paul. Our Presbyterian heritage. Elgin, Illinois: David C. Cook, 1973.

Ferreira, Wilson Castro. Calvino: vida, influência e teologia. Campinas: Luz Para o Caminho, 1985.

George, Timothy. Teologia dos reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1994.

Lingle, Walter L. Presbyterians: their history and beliefs. Richmond: John Knox, 1960.

Lopes, Augustus Nicodemus. Calvino e a responsabilidade social da igreja. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas.

McGrath, Alister. A vida de João Calvino. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.

Parker, T.H.L. Calvin: an introduction to his thought. Louisville: Westminster/ John Knox, 1995.

Reid, W. Stanford. Calvino e sua influência no mundo ocidental. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990.

Wallace, Ronald. Calvino, Genebra e a Reforma. São Paulo: Cultura Cristã, 2003.

Visite o canal institucional da IPOB no YouTube.
Órgãos de gestão eclesiástica da IPOB.

Conforme a constituição-eclesiástico-ortodoxa da CCJR. Comunidade Cristã Jesus é a Resposta, nossa mantenedora oficial no Brasil; CNPJ. 17.450.386-0001-36 adotamos a forma Eclesiástica de Governo Episcopal. 

* Sistema de governo eclesiástico episcopal da IPOB:

O governo episcopal é uma forma de governo eclesiástico que tem sido praticada por séculos. É uma forma de governo eficiente e unificador.

No Brasil, as igrejas presbiterianas ortodoxas; adotam o governo episcopal. Portanto, são organizadas em uma estrutura hierárquica. No topo da estrutura está o reverendo primaz, que é o líder máximo da igreja abaixo de Jesus Cristo. O Rev. primaz é auxiliado por um conselho de reverendos, que é responsável por tomar decisões importantes para a igreja em nível nacional.

Abaixo do Rev. primaz estão os Rev. regionais, que são responsáveis por supervisionar um grupo de igrejas em uma região específica. Os Rev. regionais são auxiliados por um conselho de presbíteros, que é responsável por tomar decisões importantes para as igrejas da região em nível estadual.

Abaixo dos Rev. regionais estão os Rev. locais, que são responsáveis por liderar uma igreja local. Os Rev. locais, são auxiliados por um conselho de presbíteros e diáconos locais, que é responsável por tomar decisões importantes para a igreja local em nível municipal.

Este sistema de governo permite que as igrejas presbiterianas ortodoxas, sejam administradas de forma eficiente e unificada.

*Vantagens do governo eclesiástico episcopal:

*Eficiência: O governo episcopal é uma forma de governo eficiente, pois permite que as decisões sejam tomadas rapidamente.

*União: O governo episcopal promove a unidade da igreja, pois todos os Oficiais Eclesiásticos estão unidos sob uma única autoridade.

*Continuidade: O governo episcopal garante a continuidade da igreja, pois a autoridade eclesiástica primaz, é transmitida de geração em geração.

*A IPOB é mantenedora da OMPOB. Ordem dos Ministros Presbiterianos Ortodoxos do Brasil que por sua vez, é uma instituição, sem fins lucrativos, criada com o propósito de congregar Ministros Presbiterianos Ortodoxos, de caráter instritamente denominacional, Exclusivo para nossos: Obreiros, Diáconos, Presbíteros, Reverendos e Seminaristas. Com a finalidade de:

* Promover a unidade, e fraternidade entre seus membros;

* Programar, coordenar e divulgar atividades de interesse das IPOB,s Igrejas Presbiterianas Ortodoxas do Brasil;

* Defender a dignidade ministerial e eclesiástica de nossos filiados; junto à sociedade, aos poderes públicos e meios de comunicação;

* Defender os interesses do segmento Presbiteriano Ortodoxo, dentro dos princípios Bíblicos e Legais, junto à sociedade, aos poderes constituídos e os meios de comunicação;

* Representar seus Associados e, dentro de sua competência, falar por eles junto aos poderes constituídos;

* Promover encontros de caráter eclesiástico, através de conferências, seminários, congressos e convênios com Instituições Teológicas Reformadas e Ortodoxas;

* Prestar aos seus membros, dentro das suas possibilidades, assistência social, jurídica, teológica e ministerial;

* Incentivar Ministros e Igrejas a uma melhor identificação com a Constituição Federal;

* Promover Seminários sobre Aconselhamento Pastoral;

* Assessoramento aos Ministros para solução de diversos problemas junto as Administrações Regionais;

* Assessoramento Jurídico aos Ministros e em muitos casos as Igrejas que estejam ligados;

* Expedição de Credencial Eclesiástica de Membros de cada estado da federação;

* Acompanhamentos junto a Câmara Federal ao Senado da República, de projetos que tratem de questões que envolvam o segmento Presbiteriano Ortodoxo.

Portanto, a OMPOB. (Ordem dos Ministros Presbiterianos Ortodoxos do Brasil); é uma entidade instritamente, presbiteriana ortodoxa; cuidando apenas e tão somente, dos interesses eclesiásticos da IPOB. Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil. 

*A IPOB, é mantenedora do SPOB. Seminário Presbiteriano Ortodoxo do Brasil, o SPOB. É uma instituição de ensino teológico de cosmovisão bíblico-reformada-ortodoxa com foco 100% eclesiástico. Tendo por missão principal o preparo e formação de membros da IPOB para o serviço do ministério eclesiástico e afins. Capacitar oficiais eclesiásticos alicerçados numa cosmovisão 100% Ortodoxa e Reformada em suas respectivas vocações.

De acordo com seus pressupostos e objetivos, o SPOB. Busca promover um melhor ambiente para a formação acadêmica e a reflexão teológica dentro das linhas da fé reformada ortodoxa. Assim, o SPOB não busca credenciamento junto às autoridades que regulam a educação do governo brasileiro (MEC), pois, isso limitaria o escopo de nossa missão eclesiástica.

Nossos cursos são de cunho 100% eclesiásticos. Em nossa grade de formação constam os seguintes cursos:

* Curso Reformado Ortodoxo de Formação de Obreiros;

* Bacharel em Teologia Reformada Ortodoxa; 

*Pós-Graduações em Teologia Reformada Ortodoxa; 

*Mestrado em Teologia Reformada Ortodoxa; 

*Doutorado em Teologia Reformada Ortodoxa. 

Estes cursos são pré-requisitos para a ordenação de oficiais eclesiásticos como: Obreiros, Diáconos, Presbíteros, Reverendos, Mestres e Doutores da Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil.

Desta forma, o SPOB faz saber que os cursos reconhecidos pelo MEC não podem ser confessionais, não podendo estes, ter nenhum vínculo de compromisso com a teologia estritamente cristã, reformada e ortodoxa. Portanto, estes cursos sob o reconhecimento do MEC são cursos voltados para as “ciências da religião”, e por isso, não podem ser o critério para a formação eclesiástica ministerial, visto que, não há, por parte do MEC, qualquer interesse em chancelar cursos de teologia com grade distintivamente reformada, confessional e 100% Ortodoxa. Parecer CNE/CES 118/2009.

Links úteis:

FATERGE. Faculdade Teológica Reformada Genebra

O Estandarte de Cristo; O Portal Reformado do Brasil

Centro de Pós-graduação Andrew Jumper

Instituto Reformado de São Paulo

Academia Espanhola de Teologia Reformada

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.

Ao utilizar este texto! observe as normas acadêmicas, ou seja, cite o autor e o tradutor, bem como, o link de sua fonte original.

O Fundador da IPOA. Igreja Presbiteriana Ortodoxa Americana:

J. GRESHAM MACHEN. 

J (John) Gresham Machen (1881-1937) foi uma importante figura evangélica nas primeiras décadas do século 20, servindo como professor de estudos do Novo Testamento no Seminário de Princeton entre 1906 e 1929 e, posteriormente, no Seminário Teológico de Westminster, uma instituição que ele ajudou a fundar. Ele foi ativo nas controvérsias do chamado Fundamentalismo versus Modernismo da época, especialmente em seus esforços para manter a teologia protestante conservadora (reformada) tanto em Princeton quanto nas organizações da Igreja Presbiteriana. Como tal, seu papel na apologética e na defesa da ortodoxia protestante, fez dele uma espécie de herói para muitos evangélicos de hoje.

Machen estava envolvido no estabelecimento e promoção de organizações missionárias e também tinha um grande interesse no desenvolvimento da educação cristã na igreja local e na escola. Mais conhecido como teólogo e apologista, foi antes de tudo um comentarista e exegeta do Novo Testamento. De fato, sua gramática introdutória do grego do Novo Testamento continua a ser admirada e usada nos seminários de hoje.

Seu legado, inclui dez obras publicadas por Machen, mostrando a gama de seus interesses e experiência. Seu trabalho como professor de estudos do Novo Testamento é mostrado em The Literature and History of New Testament Times (1915) e The Origin of Paul's Religion (1921). A preocupação que ele demonstrou com a educação cristã também é evidente no manual de ensino Teaching the Teacher: A First Book in Teacher Training (1921), que oferece insights ainda valiosos para igrejas e escolas cristãs de hoje. Claro, Machen é mais famoso por seus esforços no campo da apologética, em defesa da ortodoxia reformada e da fé cristã ortodoxa. O conflito com as visões "teológicas" liberais e o "Modernismo" está bem representado em suas obras marcantes: Cristianismo e Liberalismo (1923), A Fé Cristã no Mundo Moderno (1936), e nas várias palestras e discursos como "O que é a fé?", "O que é o cristianismo?", "Deus Transcendente", e muitos outros. De especial interesse são os artigos que ele publicou para a Princeton Theological Review entre 1905 e 1927 com o título: Cristianismo e Cultura) – especialmente aqueles sobre o nascimento de Jesus, que formariam o núcleo de seu clássico posterior O Nascimento Virginal de Cristo publicado em 1930, ainda não disponível. 

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"E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;" "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar." (Atos 2:38,39 - ACF).
*Doutrina Nº 1: Os cinco solas da reforma protestante.

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(Autor: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D. )
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A IPOB. Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil, Se identifica 100% com os valores da reforma e com a tradição hiper-calvinista supralapsariana; portanto, não somos "evangélicos ou evangelicalistas" somos cristãos reformados e sobretudo; 100% Cristocêntricos!!!

Vamos agora, expor os cinco solas da reforma:

A Reforma Protestante, ocorrida no século XVI, foi um movimento cristão reformado que trouxe mudanças significativas para o "cristianismo". Uma das principais ideias que surgiram durante esse período são as "cinco solas", que são princípios fundamentais da fé cristã  reformada. 

1. Sola Scriptura (Somente a Escritura): Esse princípio defende  que a Bíblia (Textos Massoréticos VT e Textus Receptus NT); é a autoridade final e suprema em questões de fé e prática. Ela deve ser uma base para todas as crenças e ensinamentos cristãos reformados.

2. Sola Fide (Somente a Fé): A salvação é alcançada somente pela fé em Jesus Cristo, e não pelas obras humanas. Acredita-se que a graça de Deus é recebida pela fé, e não por meio de qualquer mérito próprio.

3. Sola Gratia (Somente a Graça): Seguindo o princípio anterior, a salvação é um presente gratuito de Deus, concedido pela Sua graça. Nenhuma pessoa pode merecer a salvação, ela é dada somente por misericórdia divina.

4. Solus Christus (Somente Cristo): Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e o homem. Ele é o único caminho para a salvação, e nenhuma outra pessoa ou instituição pode desempenhar esse papel.

5. Soli Deo Gloria (Somente a Deus a Glória): Todas as coisas são feitas para a glória de Deus. A Reforma enfatizou a importância de adorar e servir somente a Deus, confirmando que Ele é o centro de tudo.

Essas cinco solas da Reforma Protestante foram elementos-chave na busca por uma reformulação da igreja cristã. Eles ressaltam a importância da Bíblia como autoridade suprema, da fé em Jesus Cristo como único caminho para a salvação, da graça de Deus como o fundamento da salvação, do papel exclusivo de Cristo como mediador e da centralidade da glória de Deus.

Através desses princípios, a Reforma Protestante redefiniu a compreensão do cristianismo reformado, afirmando a necessidade de um relacionamento pessoal com Deus, baseado na fé e não nas obras humanas. Essas solas continuam a influenciar a teologia reformada e a prática do cristianismo reformado até os dias de hoje.

Outro lema caríssimo; aos cristãos reformados é a frase da reforma: “Ecclesia Reformata et Sempre Reformanda Est”, ou seja, “Igreja reformada, sempre se reformando”.

Vamos agora, expor em 14 parágrafos, o significado da frase para os cristão reformados:

1. A frase “Ecclesia Reformata et Sempre Reformanda Est” reflete a ideia de que a igreja deve estar em constante reforma e renovação.

2. A Reforma Protestante do século XVI foi um exemplo marcante desse princípio, pois buscou reformar a igreja em resposta às práticas e doutrinas consideradas errôneas.

3. A frase também nos lembra que a igreja não deve se acomodar ou se contentar com o status quo, mas sempre buscar melhorias e crescimento em sua teologia, práticas e missão.

4. A reforma contínua é importante para evitar a estagnação e a fossilização da igreja, permitindo que ela se adapte a novos desafios e contextos culturais.

5. Essa abordagem de "sempre se reformar" também incentiva a igreja a refletir sobre suas próprias falhas e buscar constantemente ser uma comunidade mais fiel e autêntica.

6. A reforma não se limita apenas aos aspectos doutrinários, mas também pode incluir mudanças estruturais, litúrgicas e sociais, de acordo com as necessidades e demandas de cada época.

7. A frase destaca que a igreja não é uma instituição estática, mas um organismo vivo, em constante crescimento e desenvolvimento espiritual.

8. A busca pela reforma também exige humildade e disposição para reconhecer erros e corrigi-los, reconhecendo que somente Deus é perfeito.

9. Essa mentalidade de reforma contínua nos encoraja a buscar uma abordagem mais inclusiva, acolhendo diferentes perspectivas e experiências dentro da igreja.

10. A frase nos lembra que a igreja é formada por pessoas imperfeitas, sujeitas a erros, mas que podem se comprometer com a busca pela verdade e a vida em comunidade.

11. A reforma também envolve um senso de responsabilidade social e justiça, encorajando a igreja a se envolver na transformação da sociedade.

12. Ao considerar a necessidade de reforma constante, a igreja se mantém relevante e capaz de responder aos desafios contemporâneos, sem comprometer seus princípios fundamentais.

13. A frase aponta para a importância da educação teológica reformada e do estudo constante da Palavra de Deus (ACF); para fundamentar a reforma da igreja.

14. A ideia de "Ecclesia Reformata et Sempre Reformanda Est" nos lembra que a igreja é chamada de ser um agente de mudança em um mundo em constante transformação.

15. Por fim, essa frase nos motiva a sempre buscar um relacionamento mais profundo com Deus e a viver de acordo com Sua vontade, pois a verdadeira reforma começa no coração de cada cristão reformado.

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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” 
(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.).
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*Doutrina Nº 2: 
O Pacto (Aliança Eterna); de Deus com o Seu Povo Eleito.
Duas breves considerações da teologia do pacto:  A e B.

A - UM POVO SÓ:

Existe, e sempre tem existido, apenas um povo de Deus. Israel era a Igreja do Velho Testamento, e a Igreja é Israel no Novo Testamento. Apenas um povo escolhido e sua formação histórica.

B - DOIS PACTOS:

Deus projetou a história da salvação em dois pactos.

1 - O pacto das obras.

O pacto das obras prometia a vida, se eles fossem obedientes. Porém punia com a morte se desobedecessem. Adão quebrou sua aliança com Deus ao transgredir o único mandamento que havia recebido. Este foi o primeiro pacto.

E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.(Gênesis 2:16,17 - ACF).

2 - O pacto da Graça.

Jesus nasceu, obedeceu integralmente ao Deus Pai e instaura o novo pacto. O pacto que salva pela graça mediante a fé.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; (Efésios 2:8,9 - ACF).

Vamos aprofundar um pouco mais, para que fique bem clara; a relevância de compreendermos o pacto (aliança eterna); de Deus com seus eleitos e eleitas e o que isso representa para nós (igreja de Cristo) nos dias de hoje!!!

A Teologia do Pacto goza de inteira aceitação entre a grande maioria dos teólogos desde muito cedo na história cristã, ela não é uma invenção moderna. O primeiro pensador a tratar sobre isso foi Agostinho de Hipona. Ele que esclareceu biblicamente o que seria o pacto de Deus com o homem. Desde então há muitos documentos da história da Igreja que comentam sobre esse ensino. A doutrina pactual é usada na CFW. (Confissão de Fé de Westminster) (1646), na Declaração de Savoy (1658), de Londres, e na Confissão Batista Particular de 1689. Esta doutrina ensina que Deus administra a Aliança da graça de diferentes formas durante a história. Vamos olhar agora a CFW. Confissão de Fé de Westminster.

DO PACTO DE DEUS COM O HOMEM:

- Confissão de Fé de Westminster capítulo VII:

I. Tão grande é a distância entre Deus e a criatura, que, embora as criaturas racionais lhe devam obediência como seu Criador, nunca poderiam fruir nada dele, como bem-aventurança e recompensa, senão por alguma voluntária condescendência da parte de Deus, a qual agradou-lhe expressar por meio de um pacto.

II. O primeiro pacto feito com o homem era um pacto de obras; nesse pacto foi a vida prometida a Adão e, nele, à sua posteridade, sob a condição de perfeita e pessoal obediência.

III. Tendo-se o homem tornado, pela sua queda, incapaz de ter vida por meio deste pacto, o Senhor dignou-se a fazer um segundo pacto, geralmente chamado o pacto da graça; neste pacto da graça ele livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação através de Jesus Cristo, exigindo deles a fé, para que sejam salvos, e prometendo o seu Santo Espírito a todos os que estão ordenados para a vida, a fim de dispô-los e habilitá-los a crer.

Se a primeira aliança se constituía numa relação entre Deus e o homem na qual Adão deveria cumprir uma única regra: não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, sendo que o descumprimento traria a morte para si. A bênção estava na obediência e a maldição na desobediência.

A aliança com Adão falhou, mas a aliança da Graça é infalível. Cristo morreu para tornar nossa Salvação uma realidade incontestável, uma aliança eterna. Ele foi capaz de cumprir o pacto por mim e por você, nos ligando novamente a Deus e nos fazendo dignos de sermos chamados filhos de Deus.

Depois da falha de Adão e Eva não resta mais nenhum meio de salvação a não ser a confiança nos méritos de Jesus, o Filho de Deus, como nosso Salvador. Desta forma, em Cristo a Igreja torna-se o novo Israel e o Povo Santo no Novo testamento, pois não há mais divisão entre gentio e judeu. Como lemos:

Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (Gálatas 3:28 – ACF).

O pacto das obras, estava embasado no princípio de "cumpra sua parte no contrato e viverás". A única condição a ser satisfeita era a obediência simples de uma ordem simples: "não coma da árvore proibida".  No caso, o primeiro pacto é considerado como um trabalho, um esforço. Então se Adão houvesse mantido a ordem, e não desobedecesse, seria mérito dele, era seu esforço adquirindo a promessa, seu trabalho sendo recompensado. De fato, Adão falhou miseravelmente, advindo daí a necessidade de um novo pacto.

Então temos o sublime Pacto da Graça, ele é progressivo e podemos enxergar dentro dele alianças. Vamos vê-las surgindo gradativamente das Escrituras. Estas alianças são modos de Deus administrar sua graça salvadora, são formas diferentes do mesmo grande Pacto da Graça. Percebemos primeiramente 4 Alianças dentro do Pacto da Graça, três no Antigo Testamento e uma no Novo Aliança com Noé, Aliança com Abraão, Aliança da Lei. Percebemos que depois destas se dará a conhecer uma aliança permanente, preparada desde a eternidade. Esta última chamar-se-á Aliança da Graça e confirmada no Novo Testamento.

O Senhor nos provê salvação sob a forma de uma aliança que procede exclusivamente da graça incondicional de Deus. Esta aliança alcança os salvos depois do advento de Cristo, como os que nasceram antes, como Noé, Abraão e Moisés. Todo homem que foi, é ou será salvo, o será mediante a graça divina.

E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. (Hebreus 9:15 – ACF).

AS TRÊS ALIANÇAS:

Voltando a Gênesis tomamos conhecimento de três alianças: a primeira feita com Adão, chamada de aliança Adâmica em Gn. 3.14-19, promete um redentor que nasceria do ventre da mulher. Outra feita com Noé, Aliança Noética, registrada em Gn. 6.17-22; Gn. 8.20-22; Gn. 9.1-7 e Gn. 9.8-17. Aliança Abraâmica, registrada em Gn. 15.18 e Gn. 17.2, ligadas com a promessa de Gn. 12.1-3. Todas as três primeiras registradas em Gênesis. Nos livros de Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio percebemos mais uma aliança, a quarta: a Aliança do Sinai. Falaremos dela logo adiante.

É importante notar que essas 4 alianças são em essência participantes do mesmo Pacto da Graça que estamos estudando. Elas são apenas um modo de Deus reafirmar o Pacto de Gênesis com Adão e Eva.

E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gênesis 3:15 – ACF).

Embora não compreendessem perfeitamente, os santos do AT. (Antigo Testamento); eram salvos pelo Sangue do Cordeiro que havia sido morto antes da fundação do mundo (I Pedro 1.20). Este cordeiro (o filho de Deus, Jesus Cristo); havia sido profetizado em Gênesis 3.15.

Mais adiante veremos que Noé fora salvo pela graça, por meio da fé (Hebreus 11.7). Abraão também fora salvo mediante a sua fé, que lhe havia sido imputada por justiça (Gênesis 15.6). A justificação pela fé é o cerne do pacto da nova aliança; vamos agora a aliança Sinaítica.

ALIANÇA DO SINAI:

Este foi um pacto instituído por Deus com Moisés no Monte Sinai, quando Deus entregou-lhe a Lei. A Lei já existia, ou seja, seu princípio já estava vigorando desde a criação de Adão e Eva. Não matar, não roubar, não blasfemar, o dia do descanso, tudo isso foi posto na relação entre Deus e o homem. Porém no Sinai a Lei veio para marcar o território do pecado, para que ele pudesse mostrar toda a sua malignidade e também para mostrar ao homem a sua total incapacidade de salvar-se a si mesmo.

Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. (Romanos 3:20 – ACF).

A Confissão de Fé de Westminster, no capítulo 18, divide esses aspectos em lei moral, civil e cerimonial.

1 - Lei Civil ou Judicial –

Representa a legislação dada à sociedade israelita ou à nação de Israel; por exemplo, define os crimes contra a propriedade e suas respectivas punições.

2 - Lei Religiosa ou Cerimonial –

Representa a legislação levítica do Velho Testamento; por exemplo, prescreve os sacrifícios e todo o simbolismo cerimonial; inclusive o DÍZIMO!!!

3 - Lei Moral –

Representa a vontade de Deus para o ser humano, no que diz respeito ao seu comportamento e aos seus principais deveres.

A NOVA ALIANÇA:

A “Nova Aliança”, é representada pela palavra grega “kainós” é usada para "nova", cujo sentido é de renovado. Desta forma o Novo Testamento renova o pacto de maneira perfeita e definitiva. Todos os pactos do Antigo Testamento estão total e cabalmente incluídos e cumpridos pela Nova Aliança.

Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados. (Jeremias 31:31-34 – ACF).

A Nova Aliança (Jeremias 31.31-34) é um pacto que abrange toda a humanidade, mas que primeiro foi pronunciado para um povo, o povo de Israel. Na Nova Aliança, Deus promete perdoar os pecados, e nos livrar da morte eterna. Agora que estamos sob a Nova Aliança, tanto os judeus quanto os gentios podem ser livres da condenação.

Podemos dizer que Cristo resume e cumpre todas as alianças em si mesmo, fazendo tudo aquilo que Adão nunca pode fazer. A doutrina do Pacto abrange, amarra e explica todo o projeto de Deus para o homem e sua graça e bondade em nos salvar de nossos pecados. Ela une Antigo e Novo Testamento num único e magnífico bloco sagrado. Precisamos manter esta doutrina em nossa mente e coração, para sermos gratos a Deus por tão grande e imerecida salvação.

Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, Silvano e Timóteo, não foi sim e não; mas nele houve sim. Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós.  (2 Coríntios 1:19,20 – ACF).

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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” 
(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.).
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*Doutrina Nº 3: Sacramento do Batismo da Aliança.
Sacramento do Batismo da Aliança; Ministrado na IPOB. Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil (batismo infantil e adulto, Principais considerações):

O que diz o Catecismo Maior de Westminster:

Pergunta 165 – O que é Batismo?
Resposta: Batismo é um sacramento do Novo Testamento no qual Cristo ordenou a lavagem com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para ser um sinal e selo de nos unir a si mesmo, da remissão de pecados pelo seu sangue e da regeneração pelo seu Espírito; da adoção e ressurreição para a vida eterna; e por ele os batizando são solenemente admitidos à Igreja visível e entram em um comprometimento público, professando pertencer inteira e unicamente ao Senhor (Mt 28:19; Gl 3:26 e 27; At 2:41; Rm 6:4).

Pergunta 166 – A quem deve ser administrado o Batismo?
Resposta: O Batismo não deve ser administrado aos que estão fora da igreja visível, e assim estranhos aos pactos da promessa, enquanto não professarem a sua fé em Cristo e obediência a Ele; porém as crianças, cujos pais, ou um só deles, professarem fé em Cristo e obediência a ele, estão, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas (At 2:38 e 39; 1 Co 7:14; Lc 18:16; Cl 2;11 e 12).

O que o apóstolo Pedro nos ensina?
³⁸ "E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;"

³⁹ "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar."

(Atos 2:38,39 - ACF. Almeida Corrigida Fiel).


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(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.).
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*Doutrina Nº 4: Sacramento da Santíssima Ceia do Nosso Senhor Jesus Cristo; (Mesa da Aliança).
Uso correto do Sacramento da Santa Ceia do Senhor na IPOB:

É comum encontrarmos entre nós quem desconheça o que significa a Santa Ceia ou os proveitos de participar da mesa do Senhor. João Calvino define Sacramento como: “um sinal externo pelo qual o Senhor nos apresenta e testifica a sua boa vontade para conosco, a fim de nos sustentar na fraqueza de nossa fé. [...] um testemunho da graça de Deus declarada através de um sinal externo.”

Então, a partir de uma visão correta do que são os sacramentos, é possível perceber que a participação neles exige graça e fé dos participantes. Portanto, os sacramentos são exercícios da fé, diante de nosso Pai celestial e dos homens, confirmando as promessas de Deus. Essas promessas são declaradas pela Palavra de Deus, daí a necessidade de que esses Sacramentos sejam precedidos pela pregação da Palavra, a fim de que sejam conhecidas as promessas e aplicadas a nossas vidas pelo Espírito Santo. Quando recebemos as promessas pela pregação, somos incitados a dar altos louvores a Deus e testemunho diante dos homens. Ao participar da Ceia, pense em um programa de aprendizado com a Ceia.

1º Exercício: Memória – Lembre-se dos atos redentivos de Deus. (Leia o Salmo 78 antes de participar do culto de Santa Ceia Assim, você poderá considerar os atos redentivos de Deus na história de seu povo escolhido). A história da redenção encontra seu ápice na encarnação, morte e ressureição de Cristo. Portanto, para uma participação correta no Sacramento da Ceia, é importante que o cristão tenha em mente, de forma clara, o significado da morte e ressureição de Cristo, bem como a compreensão do calvário como o resultado dela.

2º Exercício: Perdão – Na pergunta 171 do Catecismo Maior de Westminster, encontramos diretrizes sobre como proceder perdoando na Ceia. “171. Os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor, como devem preparar-se para o receber? Os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor devem preparar-se para o receber, examinando-se a si mesmos, se estão em Cristo, a respeito de seus pecados e necessidades, da verdade e medida de seu conhecimento, fé, arrependimento e amor para com Deus e para com os irmãos; da caridade para com todos os homens, perdoando aos que lhes têm feito mal; de seus desejos de ter Cristo e de sua nova obediência, renovando o exercício destas graças pela meditação séria e pela oração fervorosa.” Ou seja, devemos exercer o perdão, a exemplo de como fomos perdoados em Cristo. Isso porque, além de recebermos o perdão de nossos pecados, somos instruídos a perdoar.

3º Exercício: Gratidão – Dar graças deve ser a atitude do coração restaurado por Deus. Quando experimentamos o amor de Deus em Cristo, somos inundados de verdadeira gratidão, e podemos declarar da mesma maneira que o salmista: “Como é bom render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo,” Salmos 92:1. Fomos criados para louvar a Deus, assim, as ações de graças devem permear nossa vida, e a Ceia é um momento de louvor ao nosso Deus.

4º Exercício: Fortalecimento – Como Trinitarianos, cremos que na Santa Ceia a fé do comungante é alimentada de maneira espiritual. Desse modo, a fé é um elemento indispensável para aqueles que desejam ser verdadeiramente alimentados por esse sacramento, que devem fazê-lo se apropriando das promessas nas Escrituras.

5º Exercício: Capacitação – A Santa Ceia aponta nossa união mística com Cristo e, portanto, com seu “corpo” - a igreja. Na Ceia somos chamados a exercer a edificação do corpo, desempenhando nossos talentos e dons para o crescimento uns dos outros, em Cristo. Quando compreendemos que estamos ligados ao corpo por meio da obra redentiva de Cristo, tomamos consciência do nosso papel para o desempenho do corpo, deixamos de ser inertes, e passamos a agir para a edificação uns dos outros.

6º Exercício: Esperança – Ao participarmos da Ceia, devemos nos lembrar que nosso Senhor ressurreto está à destra de Deus Pai, que há de vir para julgar os vivos e os mortos. Por isso é que aguardamos esse retorno. E que na celebração da Ceia experimentamos um vislumbre do que haveremos de experimentar “Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram.”1 Tessalonicenses 4:14.

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*Doutrina Nº 5: A Ordem dos Decretos de Deus, Supralapsarianismo ou Infralapsarianismo???
Os Presbiterianos Ortodoxos são 100% Supralapsarianos; Por: Rafael Gabas.

Poderíamos declarar que Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil ‘antes de Cristo', ‘anteriormente' ao nascimento de Moisés, e ‘antes' que houvesse algum homem na terra? Poderíamos dizer que a bomba atômica foi jogada sobre o Japão ‘antes da criação do mundo', e que você, leitor, esteve lendo este artigo ‘desde a eternidade'? Essas perguntas parecem ridículas, mas, seguindo o raciocínio dos que ensinam a predestinação calvinista nos dias atuais, elas deveriam ser respondidas da seguinte forma: “Sim, tudo o que existiu e existirá já ocorreu eternamente diante de Deus, que decretou todos estes eventos. Porém, não devemos esquecer que tais decretos mantém uma lógica entre si, de modo que os decretos da criação do mundo e do nascimento de Pedro Álvares Cabral vieram antes do decreto do Descobrimento do Brasil. Todas as coisas são conhecidas perfeitamente por Deus desde todo o sempre, mas Ele as vê entrelaçadas numa cadeia racional de acontecimentos.” É assim que a maioria dos reformados (Infralapsarianos); entendem que Deus destinou as pessoas à salvação:

(1) Ele decretou a demonstração de Sua glória na criação;

(2) A formação de Adão;

(3) A queda espiritual deste;

(4) A escolha de alguns para serem salvos;

(5) A destinação dos outros ao castigo de seu (s) pecado (s);

(6) O envio de Cristo para morrer pelos escolhidos;

(7) A chamada eficaz destes, levando-os à conversão.

Para os calvinistas atuais, (Infralapsarianos); a Bíblia afirma que Deus elegeu Seu povo “antes da criação do mundo” (Ef 1.4), “de antemão” (Rm 8.29) e “antes dos tempos dos séculos” (2Tm 1.9; Tt 1.1), porque, apesar da eleição ocorrer logicamente após a criação e a queda, atingindo um grupo de indivíduos já existentes, manchados com o pecado de Adão, ela foi decretada desde a eternidade. Essa é uma falácia tão grotesca, que me assusta como pude aceitá-la por tanto tempo, crendo que esse era um calvinismo bíblico e sadio. Seria o mesmo que afirmar que o mundo foi criado ‘antes dos tempos eternos', ou que Adão pecou ‘antes da criação do mundo'. Se os decretos da criação e da queda vieram antes do decreto da eleição e da reprovação, qual o sentido de a Bíblia enfatizar, repetidamente, uma anterioridade nestes últimos atos (marcada pelo termo “pré”), que só seria real para Deus? A eleição e a reprovação não ocorreram após a primeira transgressão, quando a humanidade se tornou uma massa condenada, mas “antes da criação do mundo”, “antes dos tempos dos séculos”; essas expressões seriam supérfluas, se Deus houvesse escolhido os Seus após decretar a criação e a queda, pois, nesse caso, se deveria dizer que a eleição ocorreu após a entrada do pecado.

Para a maior parte dos calvinistas, Deus amou os Seus filhos desde a eternidade, no mesmo sentido em que Ele curou a Ezequias desde a eternidade, inspirou as cartas de Paulo desde a eternidade, e criou o mundo desde a eternidade – ou seja: apesar dessas coisas acontecerem no tempo, em função de decretos prévios, elas foram arquitetadas fora do tempo, antes da criação do mundo, sendo consideradas certas por Deus.

Isso é um jogo de palavras para fugir da realidade em que a Bíblia apresenta a verdade da predestinação: como a decisão inicial de Deus, o Pai, para revelar Sua glória através de Seu Filho, elegendo alguns homens para serem livrados do castigo e revestidos de Sua glória, e lançando os outros na destruição eterna. A ordem correta dos decretos segundo os calvinistas supralapsarianos, é esta:

(1) Revelar a glória de Deus na morte e ressurreição do Filho encarnado, em favor dos pecadores (Jo 17.25; Rm 11.36; Cl 1.16; 1Pe 1.20; Ap 13.8);

(2) Escolher alguns indivíduos para serem livrados da condenação (Ef 1.4);

(3) Rejeitar os outros, para servirem para demonstrar Sua ira;

(4) Tornar todos, eleitos e reprovados, em culpáveis;

(5) Criar o homem;

(6) Criar o Universo;

(7) Fazer o homem pecar;

(8) Enviar o Filho para sofrer os pecados dos eleitos;

(9) Chamá-los à vida eterna pelo Espírito Santo.

Essa ordem, à primeira vista, pode parecer ilógica, pois coloca o decreto da queda vindo antes do decreto da criação. Contudo, partindo do primeiro ponto, fica fácil enxergar que os outros são consequências do propósito original de Deus, para exibir Seu amor libertador e Sua ira vindicativa em (e através de) Cristo, como o Salvador ressuscitado. Porém, não havia mundo para Ele se encarnar, e nenhum indivíduo que pudesse ser amado ou odiado, razão pela qual Deus imaginou a humanidade que formaria e selecionou alguns de seus membros para serem atingidos pela obra de Cristo, destinando o restante à destruição;

Isso deixa claro que a eleição e a reprovação foram incondicionais, sem observar nenhuma condição preenchida pelos homens, pois nenhuma pessoa possuía qualquer característica, boa ou má, nem Adão havia quebrado a aliança, nem o Universo havia sido criado; ao contrário: tudo isso foi projetado para cumprir a eleição e a reprovação.

A Bíblia ensina que a criação e a queda foram decretadas para que Deus enviasse Seu Filho como Salvador do mundo, demonstrando Seu amor eterno (que não começou com a queda) sobre os eleitos, e demonstrar o poder de Sua ira sobre os reprovados. Após eleger Seus filhos e odiar os outros, Deus deveria torná-los, todos, em seres culpáveis, dignos da condenação eterna, a fim de que houvesse um estado de miséria do qual os eleitos fossem removidos, e os reprovados fossem castigados.

Num próximo artigo, analisaremos as bases bíblicas dessas coisas, comentando as passagens de Rm 8.28-9.24, versículo por versículo. Aqui, pretendi apenas esclarecer a mecânica do sistema que defendo.

Ilustres, Supralapsarianos: Lucidus, Gottschalk, Thomas Bradwardine, Pedro Valdo, Wycliffe, Huss, Jerônimo Zanchi, Teodoro de Beza, Francis Gomarus, Willian Twisse, Louis Berkhof, Gordon Clark, Robert L. Reymond, W. Gary Crampton, Vincent Cheung e o Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Nós, os Trinitarianos Reformados, confessamos que, Deus “tudo criou por meio de Jesus Cristo; Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor” (Ef 3.9-11).

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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” 
(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.).
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Clique na imagem para ler nossa gloriosa e 100% Bíblica; CFW. Confissão de Fé de Westminster.
Clique na imagem para ler nosso glorioso e 100% Bíblico; CBW. Catecismo Breve de Westminster.
Clique na imagem para ler nosso glorioso e 100% Bíblico; CMW. Catecismo Maior de Westminster.
Clique na imagem para ler nossas gloriosas e 100% Bíblicas; Doutrinas da Graça de Deus.
Clique na imagem para ler nossos gloriosos e 100% Bíblicos; Cânones do Sínodo de Dort 1618-1619.
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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” 
(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.).
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Colarinho Clerical: Uso e Origem!!! Católico Romano; ou Protestante Reformado???

Vestes Litúrgicas na IPOB. Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil: Veste litúrgica ou Paramento Litúrgico refere-se a todas as roupas prescritas, obrigatórias ou facultativas, para a celebração de qualquer liturgia ou culto. Trata-se, portanto, de uma roupagem cerimonial, de caráter eclesiástico e dedicado ao sagrado. Colarinho Clerical: Uso e Origem (católico ou protestante?): O colarinho clerical é uma invenção bastante moderna criada em 1827 na Escócia (século 19). O responsável por essa invenção foi Donald McLeod, um Reverendo Presbiteriano (há quem pense que era anglicano). 

Foi desenvolvido para ser usado no trabalho cotidiano do ministro (mais prático que a batina). Hoje é usado por reverendos e padres em diversas denominações cristãs como presbiteriana, luterana, metodista, nova vida, IPOB e etc... O colarinho clerical foi elaborado com a finalidade do uso eclesiástico por parte do ministro de fé reformada, e posteriormente copiado pela igreja católica apostólica romana a partir do Concílio Vaticano II, por influência dos jesuítas. Hoje, podemos encontrar um forte preconceito em muitas igrejas e "crentes", principalmente porque associam o uso desta camisa ao Catolicismo Romano. Portanto, encontramos muitas pessoas que, sem saber da origem e do significado, tem uma reação fortemente emocional e contrária ao uso do colarinho clerical. 

Recentemente, temos visto um número crescente de pastores e igrejas que tem começado a entender a importância do uso da camisa no meio da comunidade onde trabalham. Em sua simbologia, o colarinho clerical possui um significado muito forte. O uso de símbolos é um sinal e um testemunho vivo de Deus no mundo secularizado. Pois uma das características do movimento da secularização é o desprezo por sinais e símbolos religiosos. Para as pessoas o fato de ver um ministro com o colarinho clerical já é um testemunho de fé. Assim como vendo um militar lembramo-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. São muitos os profissionais que usam um uniforme especifico para serem identificados na sua função, como os policiais, juízes, entre outros. 

Portanto, não deveria ser uma surpresa o uso de vestes cristãs. Assim como no Mundo Antigo os servos (escravos) possuíam um colar de ferro em volta do pescoço, os ministros evangélicos que utilizam o colarinho clerical estão declarando publicamente que são servos do Senhor Jesus Cristo e de Sua Sagrada Escritura (Novo e Velho Testamentos). Por essa razão o colarinho clerical é branco, porque fala da santidade do Senhor Jesus Cristo e de Sua Palavra na garganta de seu servo. Essa é a essência do colarinho, falar que aquele que o usa não é dono de si mesmo e que seu Senhor é santo. Tradicionalmente, o cristianismo tem ensinado que aqueles que têm participação direta na condução do culto estejam trajados de forma que sejam identificados como servos imbuídos dessa tarefa. 

Isso não ocorre apenas no catolicismo, como alguns desejam argumentar, mas no meio evangélico reformado também. Enquanto algumas denominações evangélicas optaram pelo uso do terno e gravata, outras optaram pelo uso do colarinho clerical, que é aquela peça branca de plástico. Por isso e devido à falta de informação, existe muito preconceito quanto ao uso do colarinho clerical; a afirmação da gravata como indumentária espiritual, não possui base sólida e nem tampouco bíblica (pasmem os preconceituosos!!!). O “símbolo” é um elemento essencial no processo de comunicação. 

Em outras palavras, quando um ministro cristão veste uma camisa clerical, qualquer que seja o lugar onde ele se encontre as pessoas são conscientes da sua presença, sendo assim uma proclamação visível da presença de Deus no meio da sociedade. Assim como vendo um militar lembramo-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. A IPOB, optou pelo uso eclesiástico do colarinho clerical; usa-se o colarinho clerical na IPOB porque, entendemos que, o reverendo, ministro do Evangelho é assim reconhecido aonde quer que vá como Embaixador do Evangelho de Jesus Cristo.

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Dízimos e ofertas; cobrados de forma obrigatória, É falsa doutrina; Charlatanismo e estelionato religioso!!!
Por que, não cobramos dízimos e ofertas de forma obrigatória (“Mandamento de Deus”) na IPOB? 

Definindo o dízimo, conforme o termo é usado hoje, eu somente estabelecerei aqui o que eu, como um Rev. Presbiteriano Ortodoxo, tenho percebido ser a visão distorcida e herética ensinada, principalmente, nas Américas Latina, do Sul e no Continente Africano! tem 20 anos em que eu sou cristão e 8 que me dedico á expor a verdade das escrituras sobre este tema. De acordo com a visão popular e da tabula rasa do senso comum, (falsa e deturpada); dízimo é dar 10% de seu rendimento (pré-fixado ou pós-fixado – as opiniões são diferentes) para a organização da igreja a que você seja afiliado (a irmandade da igreja que você provavelmente assiste aos domingos). Este dinheiro então é usado para dar sustentação ao orçamento da igreja (aluguel, contas, salário de pessoal, missões, etc.). Para muitos, não dar o dízimo é considerado um pecado. Muitas vezes você ouvirá as pessoas recitarem Malaquias 3:8-12, que diz:

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.”

Muitos usam estes versículos para dizer que não trazer os “dízimos e ofertas” para a causa de Deus (conceito que eles tomam para significar a construção da igreja local) é um pecado e retira o povo de suas “bênçãos”. O problema de usar a passagem acima, assim como outras passagens semelhantes do Velho Testamento, para dar sustentação à aplicação do dízimo é que esta passagem e a lei mosaica em que esta passagem é baseada eram válidas quando isto foi escrito e pertence ao Velho Testamento. O Velho Testamento é maravilhoso e é parte das Escrituras Sagradas inspiradas por Deus. Conforme Paulo diz em Romanos 15:3-4

“Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam. Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.”

O que quer que esteja escrito na Escritura foi escrito para o nosso aprendizado. Nós podemos aprender pela leitura do Deuteronômio. Nós podemos aprender pela leitura de Malaquias ou qualquer outro livro do Velho Testamento. Contudo, embora tudo estivesse escrito para o nosso aprendizado, nem tudo está escrito para a nossa aplicação. O Velho Testamento é endereçado aos judeus que estavam vivendo sob a lei mosaica. Jesus Cristo não havia chegado ainda. O preço pela indenização de nossos pecados ainda não tinha sido pago. O sumo sacerdote ainda não havia chegado. Como Paulo diz em Gálatas 3:23-26:

“Mas antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.”

Houve o tempo antes do sacrifício e ressurreição de nosso Senhor. Este era o tempo da lei. E houve o tempo após o sacrifício e ressurreição do Senhor. Este é o tempo em que nós vivemos agora. Há vastas diferenças entre estes dois períodos, pela simples razão de que o que era válido no primeiro período, a lei, não é mais válido no segundo período. E o que é válido no segundo período – a graça e ser criança de Deus através da fé em Jesus Cristo – não estava disponível no primeiro período. Nós podemos aprender do que foi válido no primeiro período? Definitivamente sim. Isso se aplica a nós? Não necessariamente. Você pode ler os Salmos e os Provérbios e obter guia para sua vida hoje. É a sabedoria eterna de Deus que atravessa o tempo. Por outro lado, você pode ir para as passagens específicas da lei, tais como as passagens sobre o dízimo, ou as passagens sobre o sacrifício de touros, ou a celebração que eles tinham em Israel. Embora você possa aprender destas passagens, elas não se aplicam diretamente a nós. O mesmo é válido para tudo o que se refira à lei mosaica, pela simples razão de que esta lei foi abolida com o sacrifício de Cristo. É como ler os códigos de leis que não têm mais validade. Você pode aprender por eles, mas eles não serão aplicados, porque estão obsoletos. Conforme diz Colossenses 2:13-14:

“E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”

E novamente em Efésios 2:14-15

“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz”.

Agora se a lei é abolida, vamos aplicá-la novamente? Nós podemos aprender disto, mas não é mais uma lei que é para nossa aplicação. Ele está abolido! E o dízimo é parte desta lei também. O dízimo é uma palavra que ocorre muito em tais livros da lei, como os Levíticos, Números e Deuteronômio. Aqui estão algumas referências:

Levítico 27:30-34

“Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são do Senhor. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisas, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor. Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão resgatados. Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai.”

Note no último versículo que dízimo é parte dos mandamentos, parte da lei que Deus deu a Moisés para as crianças de Israel no monte Sinai. Esta era a lei que foi abolida pelo sacrifício de Cristo. E o dízimo, sendo parte desta lei, foi dado não para a aplicação geral, mas para as crianças de Israel, até seu cancelamento pelo sacrifício e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Aqui estão mais algumas passagens sobre o dízimo:

Número 18:20-32

“Disse também o senhor a Arão: na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles, nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel. E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação. E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. Mas os levitas executarão o ministério da tenda da congregação, e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão, Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao Senhor em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão. Então o Senhor falou a Moisés, dizendo: também falarás aos levitas, e dir-lhes-ás: quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado por vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor, os dízimos dos dízimos. E contar-se-vos-á a vossa oferta alçada, como grão da eira, e com plenitude do lagar. Assim também oferecereis ao Senhor uma oferta alçada de todos os vossos dízimos, que receberdes dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote. De todas as vossas dádivas oferecereis toda a oferta alçada do Senhor; de tudo o melhor deles, a sua santa parte. Dir-lhes-ás pois: quando oferecerdes o melhor deles, como novidade da eira, e como novidade do lagar, se contará aos levitas. E o comereis em todo lugar, vós e as vossas famílias, porque vosso galardão é pelo vosso ministério na tenda da congregação. Assim, não levareis sobre vós o pecado, quando deles oferecerdes o melhor; e não profanareis as coisas santas dos filhos de Israel, para que não morrais.”

A passagem de Levítico nós lemos anteriormente aliada com o mandamento às crianças de Israel para o dízimo. Onde se supõe que estes dízimos iriam e para que eles seriam usados? Isto é respondido pela passagem acima de Números: Conforme o versículo 21 nos diz:

Número 18:21

E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação.”

O dízimo seria para as crianças de Levi, os levitas, que estavam formando a tribo sacerdotal de Israel, 1/12 dela. Isto deveria ser sua recompensa pelo serviço do tabernáculo e depois do templo. Números 18:31 diz isso claramente: “porque vosso galardão é pelo vosso ministério na tenda da congregação”. Isto seria contado por eles conforme “como novidade da eira, e como novidade do lagar” (Números 18:30). De fato os levitas tinham que dar seu próprio dízimo deste. Isto foi dado a Arão e era para ser a oferta alçada do Senhor. Muitos pegam a passagem acima e erradamente tentam aplicá-la à era do Novo Testamento, em nossa era, dizendo que nós devemos continuar a dar o dízimo para pagar os salários dos padres, pastores e todo o clero em geral. Mas esta visão não pode ser correta como no Novo Testamento não há simplesmente nenhuma classe de cleros e padres. Como Pedro e João nos dizem, falando para nós, os crentes no Senhor Jesus Cristo:

I Pedro 2:5

“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.”

I Pedro 2:9

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido”

Revelação 1:5-6

“Aquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.”

Também conforme o Senhor disse aos discípulos:

Mateus 23:8-12

“Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a Saber Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém chamais vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado."

Estas passagens não se referem a alguma classe especial de pessoas, mas a todos os crentes. Todos os crentes são feitos padres pelo Senhor Jesus Cristo para Seu Deus e Pai. Isto significa agora que nós não devemos sustentar financeiramente os crentes que se movem por exemplo de cidade a cidade estabelecendo igrejas e servindo o Senhor como missionários? Não significa isto e nós veremos isso mais tarde neste estudo. O que quer dizer é que sustentar e dar presentes no Novo Testamento não são mais regulamentados pela lei do dízimo. Em vez disso, não há outros princípios no local para os presentes do Novo Testamento e a doação e nós veremos estes conforme formos nos aprofundando neste estudo. Esta parte do estudo dá ênfase no que a Bíblia NÃO diz para nós em relação à doação - ainda que as pessoas possam dizer isso. Conforme vamos continuando, daremos enfoque ao que a Bíblia diz por nós.

De volta ao dízimo; era o acima – o dízimo para os levitas – o único dízimo? Parece que não é, como em Deuteronômio 14:22-29 nós vemos novamente o dízimo mencionado, mas em outro contexto e para o que parece ser outro propósito. Conforme lemos nesta passagem, todo ano os israelitas deviam comer “os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas”(Deuteronômio 14:23) e ir ao local que Deus definiria e lá: “Come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa” (Deuteronômio 14:26). Se eles estivessem distantes era permitido que eles vendessem os vários itens, conseguissem dinheiro e “darás por tudo o que deseja a tua alma: por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma”(Deuteronômio 14:26). Isto parece ser um dízimo festivo. As pessoas teriam este dízimo e usar-no-iam para comer e beber diante do Senhor no lugar em que ele definiria. Note que este dízimo é usado pelas pessoas mesmas. É diferente do que nós lemos em Levítico e em Números anteriormente, onde o dízimo estava destinado aos levitas. Isso é, portanto, um dízimo diferente. De fato, todo terceiro ano este dízimo era para ser usado de forma diferente: no final daquele ano este dízimo devia ser coletado “então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão ” (Deuteronômio 14:29). Além do mais a cada sete anos deveria ter o Sabbath, no qual nada era semeado nem colhido pelo proprietário da terra (Levítico 25:1-5), mas todas as pessoas eram chamadas para comer o que a terra trouxesse de si mesma (Levítico 25:6-7), assim como do grande excedente do sexto ano que Deus havia prometido dar (Levítico 25: 20-22).

Conclusão:

Vamos resumir o que aprendemos até agora. Como vimos, o dízimo era parte da lei do Velho Testamento, parte das ordenanças que Deus deu às crianças de Israel através de Moisés. Conforme parece para mim, havia dois dízimos. O primeiro dízimo seria para os levitas, enquanto o segundo era usado pelo povo mesmo, em regozijo, diante do Senhor ou no terceiro ano era colhido para os pobres e (novamente) para os levitas. O dízimo é parte da lei e como tal ele pertence à mesma categoria como sacrifícios animais e as muitas e várias regulamentações que esta lei ditou. Nós também vimos que o Novo Testamento dá ênfase clara que a lei com suas ordenanças foi abolida pelo sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo. Por causa disto nós não estamos mais sacrificando animais hoje. Se alguém pergunta por que nós não fazemos isto, nós corretamente dizemos “porque isto é parte da lei mosaica e esta lei não tem mais valor. Jesus Cristo, através de Seu sacrifício na cruz, aboliu em sua carne a inimizade, a lei dos mandamentos contidos nas ordenanças. Nós não mais estamos sob a lei”. A mesma razão que nós usamos para não sacrificar animais é também verdadeira para o dízimo. O dízimo era, juntamente com o sacrifício animal, assim como outras ordenanças, parte da lei mosaica. O que quer que seja válido para um é válido também para o outro. A lei mosaica tornou-se obsoleta a aproximadamente 2.000 anos atrás, com o sacrifício de Cristo. Junto a isto, os sacrifícios de animais, o dízimo e as outras ordenanças da lei também se tornaram obsoletas! Nós podemos aprender delas, mas isso não significa que elas sejam para nossa aplicação direta. É, portanto, o dízimo bíblico? Sim, é. Ele é bíblico como ele está na Bíblia. No entanto, o dízimo é relevante e válido para o cristão? Aqui a resposta é não! O que é para nossa aplicação direta em relação à doação é o que nós vemos escrito no Novo Testamento. E o que nós vimos lá não é dízimo e contribuintes, mas doação alegre de coração, de acordo com a capacidade de cada um. Agora vamos atentar para isto; Amém e graças a DEUS.

2 Coríntios 3:14: Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; (ACF).

Autor: Rev. Prof. Dr. Anastasios Kioulachoglou. 
Tradutor: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.
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Na IPOB. Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil, Só aceitamos a Bíblia na versão ACF. Almeida Corrigida Fiel; Impressa no Brasil pela SBTB. Sociedade Bíblica Trinitáriana do Brasil.
A Bíblia na versão: Almeida Corrigida Fiel (ACF) é o texto Bíblico oficial da SBTB (Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil), a grande responsável por sua produção em nosso país. Esta tradução tem como base o trabalho original e oficial de João Ferreira de Almeida e adota os mesmos textos utilizados por ele, bem como a metodologia de tradução formal em sua tradução; o texto original de Almeida é composto de: Texto Massorético Hebraico para o Antigo Testamento e o Textus Receptus (ou Texto Recebido) para o Novo Testamento. Uma informação importante: O Texto Recebido (grego) serviu de base para diversas traduções dos séculos XVI ao XIX, (Ou seja, foi este texto que nos proporcionou a gloriosa reforma protestante); como a Bíblia de Lutero, a Bíblia King James (Rei Thiago) e para a maioria das traduções do Novo Testamento da Reforma Protestante. Um aviso importante; Todas ás outras "bíblias" que usam o nome de Almeida, sem ser a ACF! são usurpadoras do bom nome de Almeida e portanto, não merecem respeito, credibilidade ou aceitação por parte dos Cristãos Reformados; Tratam-se de textos críticos minoritários que almeida nuca conheceu!!! Assista ao vídeo abaixo e entenda; porque, só aceitamos a ACF como sendo o texto 100% original da Bíblia Sagrada na versão de João Ferreira de Almeida.

SBTB. Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (Oficial).
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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” 
(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.).
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Como surgiu a heresia pentecostal no Brasil.

Vejam o relato abaixo. Trata-se de uma carta escrita por um líder da Primeira Igreja Batista em Belém do Pará e publicada em O Jornal Batista de 20 de julho de 1911. A carta mostra os danos que dois falsos mestres pentecostais, (Daniel Berg e Gunnar Vingren); causaram àquela igreja há mais de cem anos.

Prezado irmão e relator, como sabeis pela correspondência do irmão João Jorge de Oliveira, inserida no número de 20 de abril do corrente, na ausência de nosso mui estimado irmão missionário Eurico A. Nelson, ficou o abaixo assinado como encarregado do trabalho de evangelização desta igreja e da do Castanhal.

Devo dizer-vos que os cultos internos e externos desta igreja iam sempre em progresso, pois eram bem frequentados e com bastante atenção; e sem que houvesse oposição de pessoa alguma, a igreja trabalhava em perfeita paz com Deus. Porém, pela experiência de dezoito séculos pela qual tem passado a igreja do Senhor, sabemos que exatamente quando elas vão mais prósperas é que Satanás se introduz manhosa e sorrateiramente dentro delas procurando aniquilá-las.

Deveras o último assalto que Satanás fez à igreja do Senhor aqui foi o mais astuto e perigoso de todos. O caso é que há uns cinco meses, chegaram aqui, da América do Norte, dois homens suecos (Daniel Berg e Gunnar Vingren); que se diziam mensageiros do evangelho; e antes de bem conhecermos tais pessoas conseguiram elas captar a simpatia dos irmãos J. J. de Oliveira e Eurico A. Nelson, apresentando-se-lhes muito desejosos de trabalharem para o progresso da causa do Senhor neste lugar. 

Na sua boa-fé, os ditos irmãos Oliveira e Nelson apresentaram os tais indivíduos à igreja que, naturalmente, com tão boa apresentação, logo os recebeu sob a condição de eles trazerem as cartas demissórias das igrejas a que pertenciam, cartas que, afinal, nunca chegaram. 

(Os mesmos haviam sido expulsos da Igreja Batista dos Estados Unidos); logo que estes homens começaram a falar o nosso idioma, começaram a vender Bíblias e, de casa em casa dos crentes, iam fazendo “orações”, lendo alguns trechos da Bíblia concernentes ao dia de Pentecostes, a Cornélio, etc... 

Pediam também que os crentes se unissem em “oração” com eles assim que acabava o culto público, etc... Com estas e outras artimanhas foram ganhando os corações de muitos crentes, como fizera o príncipe Absalão (2Sm 15). 

Começaram também a reunir-se em casa de uma irmã cujo marido é marítimo, não se achando em casa. Depois de cinco dias de orações e jejuns correu rapidamente a notícia de que aquela irmã havia sido batizada com o Espírito Santo e com fogo do céu e que, como prova, lhe tinha sido concedido o dom de falar diversas línguas. 

Sendo isto para nós muito estranho, logo depois do nosso culto de quinta-feira, 8 do corrente, dirigimo-nos, eu e diversos irmãos, para o bairro da cidade velha onde mora a referida irmã e, ao entrarmos em sua casa, fiquei deveras surpreendido como em tempo nenhum! Vi aquela irmã, que é brasileira, tendo os joelhos no soalho, as mãos postas na fronte bem erguida e olhos fechados, articulando com rapidez sons que ninguém podia harmonizar e entender, nem sabemos se aquilo era qualquer linguagem. 

Na mesma ocasião, muitos outros de joelhos, choravam uns, outros oravam, outros cantavam e outros liam. De repente uma irmã começou a tremer, como se sofresse de maleitas, a gemer até que ficou sem sentidos; seguindo-se a esta crise outra, na qual ora cantava hinos, ora modinhas, inclusive o tango.

A este momento diziam, suscitara-se um debate entre os dois espíritos que tomavam conta das pessoas; a primeira pessoa que tinha o espírito dizia que tinha o dom de discernir espíritos e por isso conhecia que o outro espírito era o de Belzebu; enquanto a outra respondia, ora dizendo que era mesmo o espírito de Lúcifer, ora que era de Cristo. Esta cena revoltante durou três horas; depois do que cada um foi para sua casa. Creio que, como eu, muitos do que comigo a presenciaram não dormiram naquela noite.

No dia seguinte houve um culto externo, onde por mandado de um dos tais doutrinadores, um espírito se manifestou numa das duas pessoas mencionadas. Fiquei deveras envergonhado de semelhante escândalo público; mas não me achei com coragem de me opor para não fazer ainda maior confusão aos incrédulos. Logo que o culto findou eles convidaram uns crentes para o templo de nossa igreja. O que então se deu é indescritível. 

As quatro pessoas possuídas cantavam, riam, choravam. Todos os outros irmãos que se achavam presentes sofriam uma agonia terrível. Até que não pude suportar mais; levantei-me e fiz sinal de silêncio e comecei a falar aos crentes sobre os falsos sinais que haveria nos últimos tempos; porém as pessoas possuídas fizeram uma balbúrdia tamanha em cima de mim que por mais que eu gritasse elas mais gritavam; e como não me fosse possível fazer sobressair a minha voz, fui forçado a calar-me e aconselhar aos crentes a se retirarem, no que alguns me atenderam. 

No dia seguinte, eu e outro irmão, como não sabíamos notícias do irmão Nelson, passamos telegrama para o irmão J. J. de Oliveira e para o irmão pastor do Maranhão, pedindo providências urgentes. Fui nesse mesmo dia à tarde fazer a pregação na igreja do Castanhal; e voltei no domingo de manhã para pregar aqui na igreja; e tanto na pregação da manhã como na da noite fui rebatido por um adepto da tal heresia pentecostal. 

Esta doutrina diabólica ia se alastrando rapidamente e vi que em poucos dias, se não tomássemos posição de verdadeiros crentes batistas, ficaríamos sem igreja batista na capital. Terça-feira 13 do corrente, depois do culto de oração, convoquei a igreja em sessão extraordinária, na qual foram cortados todos quantos se manifestaram adeptos da heresia pentecostal, sendo o número total dos eliminados 17.

Como estamos em tempos trabalhosos, combinei com a igreja termos uma série de conferências e orações que terminaram ontem, as quais, embora pouco concorridas, deram bons resultados. Os crentes se acham novamente prontos para o trabalho.

Sem outro assunto peço a todos os amados do Senhor as suas orações por nós aqui. Vosso irmão na fé, Raymundo P. Nobre. Belém, 19-6-1911. Caixa 361.

Devemos ter muito cuidado com os falsos mestres (pentecostais, neopentecostais, católicos carismáticos); como os dois hereges apresentados na carta do pastor batista, muitos em nossos dias, adentram às igrejas (Bíblicas); reformadas se dizendo mestres e doutores! E logo buscam lugar nos púlpitos e no coração de nossos irmãos, afim de colocarem o fardo de satanás sobre os ombros da noiva imaculada de Cristo, ou seja, tentam a todo custo impregnar às falsas doutrinas pentecostais, neopentecostais, arminianas, pelagianas, semi-pelagianas, amiraldianas, sabelianas, gnósticas e outras desgraças de mesma ordem, nas igrejas reformadas e Bíblicas.

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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” 
(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.).
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Artigo Teológico de um ilustre, Hiper-calvinista-Supralapsariano: Três Razões Pelas Quais Arminianos, Não São Salvos!!! (Título original: Three Reasons Why Arminians Are Not Saved); Autor: Christopher Adams, Tradutor: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.

Uma das questões mais importantes enfrentadas por aqueles que professam crer nas doutrinas da graça (comumente chamado de "calvinismo" TULIP, Cristãos Reformados Fundamentalistas); é como se relacionar com os cristãos evangelicalistas professos que rejeitam as doutrinas da graça. Deverão ser abordados como irmãos em Cristo? Deveremos tomar o relato de suas “experiências de conversão” como tendo o valor que alegam ter? Para responder a estas questões, o autor desta obra extraordinária; gostaria de apresentar as seguintes Três Razões Pelas Quais Os Arminianos Não São Salvos. – Como arminianos, entendemos o que se segue: Além das óbvias seitas não cristãs (pagãs, como o animismo africano); e seitas pseudocristãs (como o Romanismo, o Adventismo do Sétimo Dia, o Mormonismo, os Testemunhas de Jeová, os Pentecostais Unicistas, Igreja Pentecostal Unida do Brasil, IPUB; os Batistas Renovados), também são arminianas as pseudo-reformadas igreja Metodistas, todas as igrejas Pentecostais e Neopentecostais, bem como a maioria das igrejas do ramo chamado de “Batistas do Livre Arbítrio”, inclusive as igrejas Anabatistas Remanescentes, as Menonitas, CCB, Congregação Cristã no Brasil e etc...).

Motivo número um:

Os arminianos não, estão salvos porque eles adoram um ídolo. Por um ídolo, quero dizer "um deus que não pode salvar." Mas espere um minuto, você diz, eles adoram Jesus? Não, por uma questão de fato, não. Eles podem dizer que adoram Jesus, mas o Jesus que eles adoram simplesmente não pode salvar. Os fariseus disseram que acreditavam em Deus e até mesmo convenceram a si mesmos de que eles acreditavam em Deus, mas sua fé estava realmente em um deus que não poderia salvá-los, a sua fé não estava no único, verdadeiro, absoluto e exaustivamente soberano, Deus de Israel.

Isto é evidente pelo fato de que, quando o verdadeiro Deus veio para viver entre eles, blasfemavam dele e O fizeram ser executado. Os fariseus fizeram um ídolo de sua ideia (uma imagem mental fraudulenta); de Deus, portanto, eles estavam tão perdidos quanto aqueles que adoravam um ídolo esculpido chamado Moloch. Formarmos uma imagem no nosso cérebro e chamando-o de "Jesus" não é mais uma evidência da salvação do que esculpir um ídolo de madeira e chamá-lo de "Deus".

De ambos os modos, o indivíduo está em idolatria grosseira. E o fim daqueles que adoram ídolos é tornar-se como seus ídolos (Salmos 115:8). Arminianos têm um deus que não é capaz de transformar a vontade do homem que agrada a ele [o deus]. Podem firmemente crer que ele é capaz de mover montanhas, causar o trovão e o relâmpago, e ordenar as estrelas em seus cursos, mas ele é impotente perante o Todo-Poderoso Livre-Arbítrio do Homem, e o sangue do seu único filho gerado é derramado por aqueles que estão sob o controle de suas próprias vontades, em uma expiação impotente. Este não é o Deus da Bíblia (Salmo 115:3, Provérbios 1:21).

Esse "deus" não é um Deus justo, nem um Salvador (Isaías 45:21). Esse "deus" simplesmente não pode salvar (Isaías 45:20). Esse "deus" é um caniço quebrado, perfurando a mão de todo aquele que se apoia sobre ele. Esse "deus" é uma mentira do inferno e está destinado a voltar para lá. E aqueles que o seguirem até o fim estão destinados a retornar para lá juntamente com ele. Qual foi a queixa que Deus fez ao apóstata Israel? “... pensavas que Eu era tal como tu ...” (SL. 50:21 ACF) Arminianos têm forjado um deus em sua própria mente. Eles não são mais salvos do que os judeus que fizeram exatamente a mesma coisa ao adorarem um ídolo de ouro no deserto.

Motivo número dois:

Os arminianos não estão salvos porque eles não acreditam na verdade. Isso está relacionado ao motivo anterior, mas tem mais a ver com a evidência da salvação de uma pessoa.

Qualquer calvinista que defende a salvação de arminianos devem explicar 2 Tessalonicenses 2:12, que diz: “Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” (2Ts 2:12 ACF) alguns usam a desculpa de que os arminianos acreditam nas mais importantes, nas doutrinas fundamentais da Escritura. Mas será que eles acreditam mesmo?

Cada membro da Trindade está associado com a verdade (Salmo 31:5, João 14:6,17). Aqueles que são salvos amam a verdade (Tito 1:1, João 3:21), porque foi o instrumento de seu segundo nascimento (Tiago 1:18, Efésios 1:13). Mais relevante e especificamente, eles amam a verdade, porque Deus os predestinou para amá-la (2 Tessalonicenses 2:13), portanto as ovelhas eleitas conhecem a voz de seu Pastor (João 10:14) e que, inevitavelmente, O seguem. Na verdade, aqueles que não ouvem a voz do Pastor simplesmente não são ovelhas (v. 26)! Por que Deus predestina as Suas ovelhas a amarem a Sua verdade e a seguir somente a Ele? A razão é dada em Isaías 48, versículos 9-11:

“Por amor do meu nome retardarei a minha ira, e por amor do meu louvor me refrearei para contigo, para que te não venha a cortar... Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem.” (Is 48:9-11 ACF).

A glória de Deus é a única razão pela qual Ele faz todas as coisas. É a razão pela qual Jesus veio à terra (João 12:27-28), é a razão pela qual Ele salvou a Sua igreja (Efésios 1:12), e é a razão pela qual Ele irá retornar algum dia para levar a igreja para a casa dEle (2 Tessalonicenses 1:10). É a razão para a existência da criação (Romanos 9:23).

Agora, se a vontade de Deus é que Ele seja glorificado por Sua igreja, que possível motivo poderia ter Ele para permitir aos homens atribuírem a fonte da sua fé às suas próprias vontades? Isso despojaria Deus de Sua glória de direito e não compartilhada, glória que Lhe cabe na salvação. Ele não deixa os Seus [redimidos] na ignorância mais do que Ele os deixa chafurdar nos seus pecados (I João. 3:9). Portanto, a glória de Deus absolutamente exige que consideremos os arminianos 100% perdidos.

O ensinamento de que um Deus soberano! não poderia, ou não quereria, irresistivelmente conduzir Seu povo a crer e confessar o verdadeiro Evangelho é um ensino que apresenta Deus como sendo tão frágil e impotente como o deus arminiano. Na verdade, essa linha de pensamento é realmente o resultado de uma forma muito sutil de santificação baseada em obras de homens. Ela tacitamente assume que Deus faz o trabalho inicial de mudar o coração de pedra em carne, mas depois permite   aquele coração mudado a escolher seu próprio caminho!!! Se isso fosse verdade, significaria que "o livre arbítrio" ajudaria na salvação dos pecadores perdidos; tais como ídolos e imagens, seriam muito úteis, mesmo necessárias. Pelo contrário, Deus não permite uma pessoa regenerada desenvolver livremente sua teologia mais do que ele permite que uma pessoa regenerada livremente persista no pecado. Em vez disso, ele coloca o seu Espírito Santo dentro dessa pessoa, e o Espírito soberanamente conduz a pessoa a toda a verdade de Deus (João 16:13).

Além disso, existem três verdades absolutas; que o Espírito Santo nos esclarece especificamente: pecado, justiça e juízo (João 16:8-11). Examinemos cada uma dessas verdades com mais detalhes.

Primeiro, porque Ele vai nos ensinar sobre o pecado? A resposta é dada no versículo 9: “... porque não creem em mim;” esta é obviamente a doutrina da depravação total. Todo pecador regenerado tem sido ensinado por Deus Espírito Santo que ele é um vil, miserável, desamparado pecador, totalmente vazio de justiça e absolutamente incapaz de chegar à fé salvadora por si mesmos. Todo pecador regenerado tem sido ensinado por Deus Espírito Santo que amenos, que o próprio Deus intervenha para salvá-lo, o pecador virá a ser eternamente perdido (Salmo 130:3, João 6:45).

O pecador salvo pode não usar a expressão "depravação total", mas eles sempre vão entender sua inata incapacidade de agradar a Deus e nunca acreditará que foram seus próprios esforços e decisões que foram interpostas em favor dele junto a Deus. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que Deus salva um pecador com base nas ações ou decisões do pecador (João 1:12, Romanos 9:16), ou quando proclamam que Deus vai salvar com base em Sua presciência do que o pecador vai fazer.

Em segundo lugar, porque Ele vai nos ensinar sobre a Justiça? A resposta é dada no versículo 10: “... porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;” (Jo 16:10 ACF) Aqui, Jesus está ensinando que o Espírito Santo ensinará a cada crente que Cristo, pela Sua morte sangrenta na cruz, produziu uma justiça que satisfaz a justa ira do Pai contra todos a quem Cristo representou. O Espírito Santo ensina a cada pecador regenerado sobre a doutrina da Expiação Limitada. O pecador salvo pode não usar as palavras "Expiação Limitada" ou "Redenção Particular", mas ele sempre vai entender que Jesus tem efetivamente estabelecido a paz entre ele e Deus, e nunca vai crer que alguém por quem Cristo morreu poderá vir a novamente ficar sob a ira de Deus. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que Jesus derramou Seu precioso sangue mesmo por aqueles que eternamente sofrem a ira e a rejeição do Pai (Jeremias 6:14, Gálatas 1:8-9).

Terceiro, porque Ele vai nos ensinar sobre o julgamento? A resposta é dada no versículo 11: “... porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Aqui, Jesus está ensinando que o Espírito Santo ensinará a cada crente que Jesus desfez as obras do Diabo e com mão forte libertou os que eram cativos do Diabo (Lucas 11:21-22; 1 João 3:8, 5:19). Nenhum crente nunca poderá voltar às mentiras e laços de Satanás (João 10:5).

O Espírito Santo ensina a cada pecador regenerado sobre as doutrinas da Graça Irresistível e da Perseverança dos Santos. O pecador salvo pode não usar a expressão "Graça Irresistível" ou "Perseverança dos Santos", mas ele sempre vai entender que a sua conversão e perseverança vêm do Espírito Santo, e ele nunca vai acreditar que a sua conversão e perseverança vêm da sua própria força. Arminianos ensinam exatamente o oposto quando proclamam que um filho de Deus pode novamente se tornar um filho do Diabo (Mateus 13:11-17).

Novamente, um pecador salvo pode não utilizar todas as mesmas palavras que eu usei aqui, mas ele nunca vai acreditar o contrário dessas doutrinas, nem jamais ele irá se opor a elas quando por elas confrontados (I Coríntios 2:12).

Razão Número Três:

Os arminianos não estão salvos porque eles odeiam a verdade {*} Este motivo também tem mais a ver com a evidência da salvação de uma pessoa.

Olhe novamente para (II Tessalonicenses 2:12), especialmente a última parte do verso. “Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” (II Ts 2:12 ACF) Arminianos certamente têm prazer na iniquidade. Eles acreditam que Jesus derramou o Seu sangue para resgatar milhões de pessoas a quem Deus enviará para o inferno de qualquer maneira. E os arminianos certamente têm prazer no que é falso. O nefasto e pervertido, Arminianismo, é o cumprimento da mais antiga mentira em existência: “Você vai se tornar semelhante a Deus.” Ou, o que o homem natural realmente quer ouvir: “Você vai se tornar mais poderoso do que Deus.” Quando os arminianos proclamam um Deus que é impotente diante da vontade humana, proclamam a mesma velha mentira que é tão agradável aos ouvidos não regenerados.

E este é exatamente o ponto: aquele que odeia a verdade é o homem natural, não regenerado. Por natureza, os homens amam as trevas (João 3:19), por natureza, os homens odeiam a luz (João 3:20), apenas aqueles que tiveram sua natureza mudada vêm para a luz (João 3:21). Uma vez que arminianos odeiam a luz da verdade e amam as mentiras, somos forçados a concluir que eles de fato, não são regenerados. O homem natural (o arminiano); odeia a verdade da soberania de Deus (Salmo 15:03, Romanos 9:20).

"Mas", pode-se argumentar, "se somos salvos porque somos ortodoxos, isto não faz com que a salvação seja o resultado das obras?" Esse argumento é realmente uma sutil distorção do que foi dito aqui. Ninguém está sugerindo que nós somos salvos por causa da nossa doutrina ortodoxa (TULIP). Pelo contrário, o que estamos sugerindo é que a doutrina ortodoxa é uma consequência inevitável de sermos salvos. Afirmar o contrário seria negar a soberania do Espírito Santo, mesmo sobre os pensamentos dos homens. A salvação não depende mais da [nossa] ortodoxia do que depende das [nossas] boas obras, mas ambas [estas coisas] certamente virão a ser manifestadas em cada filho de Deus, somos salvos, para as boas obras e não, pelas boas obras!!! A salvação é uma obra completa de Deus e não nossa; (Romanos 8:9).

Novamente, o autor desta obra, tem muitas vezes ouvido a afirmação de que "uma pessoa não tem que ser ortodoxa [adepto 100% da sã doutrina] para ser salva, porque até mesmo os demônios creem em Deus." Mas vamos comparar Escritura com Escritura. "Ora, sem fé é impossível agradar [a DEUS], porque aquele que vem a Deus deve crer que ele existe e [que] ele é galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6). Repare como este verso é construído: ele (quem tem fé) tem que crer - e, em seguida, há duas coisas para serem cridas. Observe também que o que se segue é um par dos fatos: a existência de Deus e sua benevolência para com os eleitos e eleitas.

Tiago 2:19 diz que os demônios creem na existência de Deus, e este é um dos elementos necessários de acordo com (Hebreus 11:6); Mas desde que eles não creem que ele é um Deus misericordioso, eles tremem ao pensar em Sua ira divina que deve um dia cair sobre eles. São os demônios realmente ortodoxos? Eles acreditam em algumas coisas sobre Deus, mas não as coisas certas. Eles acreditam em algumas das verdades sobre Deus, mas não em toda a verdade. E, sem toda a verdade, eles não são realmente ortodoxos. Assim, vemos que a ortodoxia é um resultado necessário da salvação, afinal, não somos salvos pela ortodoxia, somos salvos para a ortodoxia!!!

Novamente, é objetado que nenhum mero ser humano pode compreender plenamente a Deus, porque somos finitos e Ele é infinito (Isaías 55:9). Essa objeção é facilmente satisfeita quando lembramos que os eleitos e eleitas de Deus são aqueles que são habitados pelo Espírito Santo. Desta forma, um ser humano finito é capaz de compreender verdadeiramente a Deus infinito, porque o infinito Espírito Santo os está ensinando.

Finalmente, é muitas vezes argumentado que os arminianos têm que ser salvos, porque eles executam tamanhas boas obras. Poucos calvinistas séria e abertamente insistiriam que somos salvos por causa de nossas obras, mas quando a salvação dos arminianos é questionada, a resposta típica é a de apontar para as suas boas obras. Eles são fervorosos na oração, jubilantes na adoração, e zelosos de boas obras. E, acima de tudo, eles são determinados ganhadores de almas, sempre falando de Deus e ocupados em fazer pessoas serem convertidas. Mas afirmar que uma pessoa é salva por causa de qualquer uma dessas ações é a negação do plano de salvação pela graça somente. A justificação é um dom, ela nunca pode ser ganha por merecimento (Romanos 4:24, Tito 3:5). Mas, pela mesma razão, estas boas obras nunca podem ser usadas como prova da nossa salvação. Os fariseus também foram fervorosos na oração (Lucas 18:11-12), jubilosos na adoração (Mateus 6:05), e zeloso de boas obras (Mateus 23:23,27,29; veja também Romanos 10:2-3).

Acima de tudo, eles eram exímios e determinados ganhadores de almas, atravessando a terra e o mar para fazerem uma conversão. E, ainda assim, qual foi o resultado da atividade deles de "ganhar almas"? “... o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.” (Mt 23:15 ACF). Uma vez que os fariseus eram, obviamente, não salvos, tudo isto tem que decorrer do fato que a carne é muito boa em reproduzir [imitar] as boas obras, sem nunca ser agradável a Deus. No entanto, as obras que são feitas na carne ainda são uma abominação para Deus, não importa como elas aparecem aos homens. O contexto de (II Tessalonicenses 2:12); é ainda mais explícito sobre esse ponto. “E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;” (2Ts 2:10-11 ACF); Observe que aqueles que são salvos amam a verdade e os incrédulos não. Observe também que Deus faz com que eles acreditem que uma mentira, com a intenção de justamente enviá-los para longe de Sua presença, para sempre. Deus os odeia, como ele odiou Esaú. Ousamos nós dizer que aqueles a quem Deus odeia são salvos?

O próprio fato de que não existe qualquer debate sobre esta questão indica que a maioria das igrejas calvinistas professas não são igrejas verdadeiras em tudo. Frequentemente é ouvido o apelo para a tolerância, baseada na equivocada noção de que a doutrina é de pouca importância. (Tenho aprendido muito com os reverendos presbiterianos, Augustos Nicodemus, Hernandes Dias Lopes e outros reformados... porém, não posso negar que os mesmos demonstram ter algum tipo de acordo com os falsos profetas pentecostais e neopentecostais do Brasil); ao contrário – a pureza da doutrina do evangelho (a doutrina da salvação, ou soteriologia) é um fruto essencial da salvação. Ser capaz de definir "soteriologia" não é necessário; ser capaz de declarar os cinco pontos do Calvinismo não é necessário; mas amar a verdade e dar toda a glória ao único, absoluto, soberano e verdadeiro DEUS é necessário. Arminianos fazem exatamente o oposto quando eles tentam reservar algumas dessas glórias para si mesmos; isto não é uma "sincera, mesmo que errônea, compreensão da doutrina do evangelho", mas, sim, uma resoluta e determinada rebelião contra o único e verdadeiro Deus, e um fedor para as Suas narinas, baste ver os tipos de cultos que eles fazem, Culto da Prosperidade do milagre urgente dos empresários da libertação e etc...

O fato, de que os arminianos não são salvos também nos leva a algumas conclusões:

1. Não devemos ter comunhão com os arminianos. Eles são membros da igreja prostituta e, se não [nos separarmos e] sairmos do meio deles, nós compartilharemos de seus pecados (Apocalipse 18:4). Naturalmente, isto não apenas significa que algumas amizades preciosas serão perdidas, mas que [algumas] famílias serão semelhantemente divididas. Mas não é esse exatamente o efeito que o evangelho é suposto ter? “34 Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; 35 Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; 36 E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.” (Mt 10:34-36 ACF).

2. Devemos tratá-los de acordo com o que eles são; 100% perdidos. Não faz nenhum bem [a ninguém] deixar um arminiano prosseguir no pensamento de que tem a verdade, quando ele não a tem. Devemos dar a eles testemunho do verdadeiro evangelho da graça. Deus é glorificado quando nós falamos a verdade em amor (Efésios 4:15), mas não quando suprimimos a verdade em prol da harmonia do grupo, afim de termos algum tipo de comunhão com eles.

3. Devemos estar dispostos a exercer a disciplina eclesiástica sobre aqueles [dentre nós] que finalmente se revelam ser arminianos ou [firmemente] consideram que arminianos são seus irmãos em Cristo. Parte da razão pela qual a maior parte da igreja professa apostatou é que geralmente não está disposta a disciplinar os seus membros por razões doutrinárias. Naturalmente, isso exige bom senso da parte dos ministros, mas permitir a heresia permanecer em uma igreja em prol de expandir a lista de membros é indesculpável e imperdoável.

Os Calvinistas precisam aprender que o poder de Deus não repousará sobre [nossos] relacionamentos [comunhão] com os arminianos e com ministérios arminianos. O poder de Deus está no Evangelho e somente no Evangelho. Mas o verdadeiro poder do Evangelho não se manifestará a menos que seja pregado em toda a sua plenitude, como um cheiro de vida para a vida e como um cheiro de morte para a morte. O Evangelho condena os arminianos como inimigos de Deus, inimigos da cruz, e inimigos do Evangelho. Desvie-se para longe deles, para que você não compartilhe da condenação deles; lembremo-nos sempre do Sínodo de Dort na Holanda 1618-1619!!! (2 João 11, Ap 18:4).

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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” 
(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.).
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O "cristo com c, minúsculo" do arminianismo é o mesmo CRISTO da Bíblia Sagrada??? – Arminianos e Calvinistas são de fato, irmãos na fé???
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Autor: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G.C. Ph.D. Th.D.
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Antes de começar, devo lembrar o leitor de que quando falo de “Calvinismo e Arminianismo” eu estou me limitando ao seu sentido original e histórico, isto é, apenas ao que diz respeito à doutrina da salvação (soteriologia) e como ela funciona nos desígnios de Deus. Refiro-me ao Calvinismo tendo em vista somente os Cinco Pontos do Calvinismo, e não a tradição conhecida como “Reforma Protestante”, a qual engloba não somente a questão soteriológica, como também traz conceitos denominacionais espúrios!!! Que não estão de acordo com a Bíblia Sagrada. Esses termos técnicos são inevitáveis para tratar do assunto “Predestinação Vs. Livre Arbítrio”, e, portanto, é a única forma de ensinar ao leitor como Deus predestina Seus santos escolhidos à salvação e os perdidos à condenação.

A LÓGICA NOS DIZ QUE ARMINIANOS E CALVINISTAS NÃO SÃO IRMÃOS NA FÉ!!!

Existe um princípio imutável chamado Lógica. Esse princípio tem me acompanhado desde que conheci a Palavra de Deus, e tem sido meu escudo contra o sincretismo e ecumenismo religioso até aqui. A Lógica é, por definição, um gatilho bíblico que nos protege de proposições contraditórias e sofismas religiosos. Em suma, a Lógica se trata do raciocínio que se pauta na dedução, e este raciocínio é composto basicamente por duas premissas ou proposições (maior e menor), a partir das quais se alcança uma conclusão. Por exemplo: "Todos os homens são mortais. Frederico é homem. Logo, Frederico é mortal”. Se eu mudar uma das duas premissas que concluem que Frederico é mortal, a conclusão da mortalidade de Frederico estará errada. Ou seja, segundo a lógica, para que se afirme que Frederico é mortal em conformidade com uma premissa maior e menor, é obrigatoriamente necessário que (1) todos os homens sejam mortais e que (2) Frederico seja homem. Conclusão: Frederico é mortal.

Uma premissa errada leva a conclusões obviamente errôneas. Não se pode elaborar um silogismo básico e coerente quando as premissas de um determinado conceito não coadunam com a conclusão final. E é por isso que hoje eu irei dar uma breve explicação sobre a razão pela qual arminianos e calvinistas não são irmãos na fé e jamais poderiam ser. Quando quero dar uma resposta rápida, eu simplesmente digo que os arminianos servem a um deus estranho à Bíblia, e não ao Deus das Escrituras. Simples assim! Mas, a mera afirmação da minha parte não é o bastante para provar uma premissa e estabelecer uma conclusão. Isso é típico de analfabetos funcionais quando querem provar alguma ideia por meio da mera repetição de uma ideologia.

Portanto, tecerei abaixo dois princípios básicos, porém distintos, fáceis de se entender. Minha intenção neste artigo é mostrar o quanto a Igreja necessita de uma atenção urgente em relação ao “Jugo Desigual”, onde arminianos e calvinistas têm andado de mãos dadas e se ajuntado numa perversão doutrinária em massa, invalidando a Palavra de Deus e provocando danos irreversíveis à ortodoxia cristã.

1. O CRISTO DO ARMINIANISMO:

● O Cristo do Arminianismo ama a todas as pessoas do mundo e deseja que todas elas sejam salvas.

● Ele pagou pelos pecados de todos os homens, sem exceção, e faz tudo que está ao seu alcance a fim de convencer os ímpios a se converterem. Todavia, sua oferta aos pecadores e seu poder de salvar são, na maioria das vezes, frustrados. Por que? Porque a maioria dos ímpios dizem “Não” ao seu chamado e se negam a vir até ele.

● Seu poder é limitado e seu sacrifício na cruz foi em vão, pois os pecadores receberam desse "deus" um dom chamado “livre arbítrio”, com o qual o homem decide, por si mesmo, ir ou não em direção a Cristo para se entregar a ele. O “livre arbítrio” do homem não pode ser violado por Cristo e o homem é quem decide se aceita ou não servir a ele.

● O Cristo do Arminianismo morreu na cruz por todo o mundo, isto é, por cada indivíduo da humanidade, sem exceção. Com isso, ele estabeleceu a possibilidade de salvação para todos, dando a oportunidade do homem escolher ser salvo ou não pelo sangue derramado no madeiro. Sua morte na cruz não fora suficiente para salvar os escolhidos de Deus. Seu sacrifício depende inteiramente da escolha do homem em se converter de seus pecados ou não. Sendo assim, muitos homens pelos quais Cristo morreu irão para o inferno.

● Esse Cristo débil, impotente e frustrado perde a muitos pelos quais ele morreu e “salvou”, visto que os tais abandonam a “fé” por si mesmos. Deste modo, quando Cristo os convence de que são verdadeiramente “salvos” e lhes implanta a “certeza da salvação”, esta segurança não está alicerçada na vontade soberana de Deus ou em Seu poder inesgotável, mas na escolha humana, quando o homem aceita Jesus em seu coração (e haja apelos carismáticos para convencer um pecador a “aceitar” esse falso cristo).

2. O CRISTO DA BÍBLIA:

● Esse é o Cristo do Calvinismo (Pesquisar sobre os Cinco Pontos do Calvinismo). Ele veementemente ama somente aos que lhe pertencem, os quais Deus escolheu incondicionalmente para a vida eterna, antes mesmo da fundação do mundo (Ef 1.4). Ele jamais sequer orou pelos réprobos e deixou isso muito bem registrado (Jo 17.9), visto que o amor do Pai não recai, em nenhum nível ou aspecto, sobre os que foram predestinados à perdição. Antes, Sua ira sobre os tais permanece eternamente (Sl 5.5; 11.5; 73.17-20; Sl 92.5-7; Pv 3.33; Pv 24.16; Ml 1.2-4; Hc 1.13; Jo 17.9; Jo 3.36; 13.1; Rm 9.13; 1Pe 3.12; Ef 1.4,9,11; Rm 8.30; 2Tm 1.9; 1Ts 5.9; Rm 9.11-16; Ef. 1.19; 2.8-9; Jd 1).

● Deus, por meio do Espírito Santo, eficazmente chama os Seus eleitos de modo que, por meio da vocação a eles concedida, não podem resistir por si mesmos e certamente se converterão.  Antes que o mundo fosse criado, Deus escolheu e predestinou os Seus à salvação. Ele não fez qualquer uma dessas escolhas com base em Sua onisciência ou porque previu fé em tais homens, mas os escolheu segundo o Seu eterno e imutável propósito, conforme Seu santo conselho e beneplácito de Sua vontade, de acordo com Sua graça única [e não múltipla]. Esse Deus, o único Deus, não se baseou em nenhuma fé prevista ou em alguma boa obra humana para salvar os Seus escolhidos, nem por qualquer outra característica na criatura que pudesse movê-Lo como condição para salvá-los (Ef 1.4, 9, 11; Rm 8.30; 2Tm. 1.9; 1Ts, 5.9; Rm 9.11-16; Ef 1.19: e 2.8-9).

● Ele não somente ama Seus escolhidos incondicionalmente, como também os “leva pela orelha”, não importando se eles querem ou não ser salvos. Ele os preserva por meio da disciplina, de modo que nenhuma de Suas ovelhas podem decair da graça que uma vez foi dada aos santos. Nenhuma de Suas ovelhas pode se perder ou ser arrebatada de Suas mãos (Jo 10.28). Ainda que cometam pecados no curso de suas vidas, tais escolhidos de Cristo serão preservados pelo poder do Espírito Santo e perseverarão na genuína fé e doutrina até o fim. Pelo eterno e mui livre propósito da Sua vontade, Deus preordenou todos os meios conducentes a esse fim glorioso. Ou seja, os santos eleitos, tendo nascido escravos do pecado de Adão, são remidos por Cristo e presenteados pela verdadeira fé, por meio do Espírito e no devido tempo determinado por Deus. Por esta razão, os santos escolhidos de Deus são justificados, adotados, santificados e guardados por Cristo nesta fé imutável e eterna. Não há absolutamente ninguém além dos eleitos que seja remido, chamado de forma eficaz, justificado nos céus, adotado, santificado e glorificado por causa da salvação conquistada por Cristo na cruz do calvário (1Pe 1.2; Ef 1.4 e 2.10; 2Ts 2.13; 1Ts. 5.9-10; Tt 2.14; Rm 8.30; Ef 1.5; 1Pe 1.5; Jo 6.64-65; 17.9; Rm 8.28; 1Jo 2.19).

● Contrariando radicalmente o falso Cristo do Arminianismo, o Cristo da Bíblia soberanamente regenera o pecador eleito à margem de sua aceitação ou rejeição temporária. Visto que, sem a regeneração espiritual, o pecador está morto espiritualmente (Rm 3), o pecador jamais pode escolher a Cristo por si mesmo (Jo 6.65). A fé não é uma contribuição do homem para sua salvação. A fé não provém do coração do homem, mas é um dom recebido do alto. Não há nenhuma participação do homem nesse processo salifico. A salvação, bem como todos os frutos que dela procedem, é uma dádiva exclusiva de Deus, não do homem (Jo 3.3; 6.44,65; 15.16; Rm 9.16; Ef 2.1,8-10; Fp 1.29; Hb 12.2).

● O Deus da Bíblia concede misericórdia a quem Ele quer e a recusa a quem Ele quer. Cristo morreu somente pelos eleitos, conquistando eficazmente a salvação para todos aqueles por quem Ele morreu. Sua morte foi uma satisfação vicária, que poderosamente quitou a dívida de Seu povo eleito. Ele escolhe ou recusa Sua bondade como Lhe apraz, para a glória do Seu soberano poder sobre as suas criaturas. Com isto, o restante dos homens foi predestinado à perdição eterna, para louvor da gloriosa justiça de Deus, que não tem a obrigação de salvar ninguém, mas o fez por pura graça. Sem a Sua graça, nenhum homem seria salvo e todos caminhariam segundo sua própria inclinação para o mal (Rm 1.18-32; 3). A justiça de Deus requer que Ele não contemple os réprobos e os lance no inferno por causa de seus pecados (Mt 11.25-26; Rm 9.17-22; 2Tm. 2.20; Jd 1.4; 1Pe 2.8).

PREMISSA MAIOR:

Um é o Cristo do Arminianismo e o outro é o Cristo da Bíblia. Um é falso e o outro é verdadeiro. São dois cristos avaliados aqui, e ambos são completamente opostos. Se você está assustado com isso, saiba que a Bíblia diz que existem milhares deles (Mt 24.24; 1Co 8.5) e não somente dois ou três. Se, conforme apresentado pelo artigo, os dois cristos são tão radicalmente distintos, um deles tem de ser o verdadeiro: ou aquele que não possui sequer uma base bíblica sólida, ou Aquele que testifica cada uma das passagens da Escritura Sagrada, as quais foram aqui supracitadas.

PREMISSA MENOR:

A Bíblia expressamente diz que não se pode servir e amar a dois senhores. A Bíblia é enfática em dizer que você deve amar um e odiar o outro (Mt 6.24). Você certamente pode ter dois amigos, dois irmãos, dois carros, dois hobbies e até dois empregos. Mas a Escritura o proíbe categoricamente de servir a dois cristos. Ou você ama e serve a um, ou você ama e serve a outro. A palavra “Servo”, muitas vezes empregada de forma romantizada em nossas traduções bíblicas, significa literalmente “Escravo”. Ou você é escravo do verdadeiro Cristo ou é escravo do falso. A escravidão é absoluta e não permite sociedade com outros senhores. A escravidão exige tudo aquilo que lhe pertence — todo o seu tempo, toda a sua lealdade, todo o seu trabalho, todo o seu coração, toda a sua alma. Os cristãos professos dos nossos dias insistem em acreditar que estão servindo ao genuíno Cristo dando as mãos para os que servem ao falso cristo. E não somente isto: Os que insistem em servir a dois cristos chamam os seguidores do falso cristo de irmãos! O fato é que você pode até pensar que está sendo um cristão agindo assim; você pode achar que ama a Jesus porque “vai à igreja” regularmente e porque é apaixonado pelo evangelho que você criou com a sua própria mente; mas a sua prostituição não será ignorada no dia do juízo, visto que você pensa que pode andar com o Cristo da Bíblia e ter um pequeno caso com outro cristo – o falso cristo.

A Diferença entre Calvinismo e Arminianismo é ainda mais profunda que se pode parecer à primeira vista. Não é simplesmente questão de ênfase, mas de conteúdo. O calvinista crê em um Deus que realmente salva; enquanto o arminiano crê em um Deus que possibilita que o homem se salve. O calvinista crê em um Deus Pai que elege de fato; o arminiano crê em um Deus Pai que apenas ratifica a eleição que os homens farão sobre si mesmos. O calvinista crê em um Redentor que objetivamente redime pecadores; o arminiano crê em um redentor em potencial, que apenas viabiliza a redenção dos salvos. O calvinista crê em um Espírito Santo que chama soberana e eficazmente indivíduos; o arminiano crê em um Espírito Santo que apenas “persuade moralmente”, mas que pode ser resistido. O lema do calvinista é: “Seja feita a Tua vontade”. O lema central da seita arminiana é: "Levante-se e caminhe comigo, ó Criador; vou lhe mostrar o que eu quero".

CONCLUSÃO LÓGICA:

Arminianos e calvinistas não são irmãos. Jamais o poderiam ser. Eles não possuem a mesma fé. Eles não servem ao mesmo Cristo. Não há qualquer vínculo entre o "cristo" das seitas arminianas e o Cristo da Bíblia. Eu poderia falar sobre o cristo do Catolicismo Romano, do Espiritismo e de muitos outros milhares de cristos espalhados pelo mundo religioso. Todavia, não há, no atual século, um falso cristo que tenha enganado tanta gente como o cristo do arminianismo, com seu evangelho ardiloso e sagaz. Tenho plena convicção e afirmo com propriedade que, sem explanações como essas do artigo em voga, a maioria das pessoas passariam a vida inteira sem notar a diferença entre um Cristo e outro. Tudo isso é resultado do sincretismo e ecumenismo religiosos que reinam soberanos em todo o mundo, em especial nas seitas denominacionais, onde o intento é adquirir membros para encherem seus templos luxuosos e cheios de adornos judaicos, bem como, eleger candidatos pentecas, neopentecas e católicos romanos. 

UM CHAMADO URGENTE À SEPARAÇÃO: 

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso" (2 Coríntios 6.14-18).

Essa passagem se aplica – veementemente – a membros de seitas arminianas. Um “jugo” é tudo aquilo que os une. Aqueles que pertencem a uma seita arminiana ou pentecostal estão unidos em um compromisso oficial e em uma aliança com seus membros “irmãos”. Muitos de seus membros/irmãos não dão nenhuma evidência de terem nascido de novo. Eles podem acreditar em um “deus soberano com d e s minúsculos”, mas qual o amor que eles têm pela soberania exaustiva do verdadeiro Deus da Bíblia Sagrada? Qual é a sua relação com os eternos decretos de Deus? Eles simplesmente os negam. “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3.3).

Pode aqueles que devem o seu tudo a Cristo, tanto para o tempo presente quanto para a eternidade, ter comunhão com aqueles que desprezam e rejeitam ao Deus da Palavra? Portanto, que todo e qualquer leitor cristão que esteja em jugo desigual com arminianos saia debaixo dele sem demora.

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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” 
(Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.).
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No Final desta página, existe um tesouro imensurável!!!
Precisamos de um novo grito de libertação; Post Tenebras Lux!!! Depois das trevas da religião romana (Igreja Católica Apostólica Romana); pelagiana-semipelagiana na idade média, hoje nos países do terceiro mundo, agora e neste exato momento! no Continente Africano e nas Américas Latina e do Sul, experimentamos as trevas do arminianismo e da pentecostalização do presbiterianismo mundial, por Influência dos movimentos pentecostais e neopentecostais; ambos defensores ferrenhos da ideologia sionistas (estão judaizando a Igreja de Cristo); instrumentalizados com seus suntuosos aparelhos ideológicos religiosos que eles chamam de "igrejas e templos" e seus "líderes" charlatães e estelionatários da fé; instrumentalizados com sua filosofia sofistica; suas técnicas psicológicas de PNL e neuroliguisticas, indução e hipnose coletiva, bem como, ajudados pelo espírito de engano do final dos tempos!!! cercaram e atacaram, com suas ideologias e fabulas arminianas; o presbiterianismo nacional e internacional! até que o mesmo foi finalmente seduzido, laçado e capturado; pelas heresias arminianas, abriu mão assim, dos quase 500 anos de história (Os huguenotes franceses chegaram à Guanabara em 1555, enviados por João Calvino. Em 2023, são 468 anos desde a chegada dos huguenotes ao Rio de Janeiro); da fé reformada no Brasil, da sã doutrina, da ortodoxia reformada, dos símbolos de Westminster e dos Santíssimos e Sagradíssimos Cânones de Dort 1618-1619; tudo isto, visando o lucro financeiro fácil, o poder e a influência política, bem como, o prestigio religioso entre os réprobos!!! agora, mais do que nunca; precisamos de um grito agudo de Post Tenebras Lux, ou seja, Luz depois das trevas arminianas que colonizam com os movimentos pentecostais e neopentecostais os países do terceiro mundo; a IPOB. Igreja Presbiteriana Ortodoxa do Brasil, não se furtará em denunciar este falso evangelho e seus falsos mestres! seguiremos firmes com Cristo e com a ortodoxia reformada.

Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente: 
  Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.
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“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!” Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.

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