quinta-feira, 18 de agosto de 2022


Liturgia Huguenote - Ceia do Senhor.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

DIREÇÕES GERAIS:

Qualquer um dos cultos deste livro pode começar com um cântico, Salmo ou Hino, durante o qual o ministro e o povo se levantam. Em qualquer outra parte dos cultos o povo se levanta durante os cânticos, e senta durante um salmo. Os cânticos podem ser lidos ou cantados. A parte de um Cântico, Salmo ou Hino, pode ser usada em vez do todo. No final das várias orações, o povo responde: AMÉM.

 

No culto matutino, além dos Dez Mandamentos de Êxodo XX. 1-17, com o sumário da Lei de St. Mateus XXII. 37 - 40, haverá duas lições da Escritura. A primeira deve ser tirada de qualquer parte do Antigo Testamento, de Gênesis a Ester inclusive, sendo os Livros Históricos; ou dos livros Proféticos do Antigo Testamento. A segunda Leitura deve ser tirada dos Evangelhos ou Atos dos Apóstolos, sendo os livros históricos do Novo Testamento. No Culto da Tarde, a primeira lição será tirada dos Livros de Sabedoria do Antigo Testamento, de Jó a Eclesiastes; e a Segunda Leitura das Epístolas, ou do Apocalipse, no Novo Testamento.

 

Nos Dias Santos, as Lições podem ser as da Mesa de Leituras. Durante a leitura dos Dez Mandamentos e o resumo da Lei, o ministro e as pessoas se levantam. Durante a leitura das outras lições da Escritura, o ministro permanece em pé e as pessoas sentam. Nos dias santos e outras ocasiões especiais de adoração pública ocorrendo nos dias da semana, os cultos para o Dia do Senhor podem ser utilizados, em vez de qualquer um dos outros serviços, estando sob o critério do ministro.

 

A LITURGIA DA CEIA DO SENHOR

 

O ministro iniciará o culto nesta ordem:

 

INVOCAÇÃO.

 

Aqui o povo se levanta;

 

Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.

 

Aqui, no final de diversas orações, o povo dirá:

 

Amém.

 

Então o Ministro dirá:

 

Oremos. Ó eterno e Todo-Poderoso Deus! Aquele que todas as criaturas adoram e glorificam como seu Criador e Soberano Senhor; nós te buscamos, já que estamos reunidos para participar na Santa Ceia do teu Filho, nosso Salvador Jesus Cristo, como ele ordenou que celebrássemos em lembrança de sua morte, que tu nos dê graça para celebrar este sagrado dever, de maneira aceitável a ti; pelo mesmo Jesus Cristo. Amém.

 

Então o ministro dirá:

 

Escutem, meus irmãos, a instituição da Santa Ceia, como é descrita pelo apóstolo São Paulo, no capítulo onze, da primeira epístola aos Coríntios. Aqui a congregação se levanta.

 

Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

 

Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. (1 Coríntios 11:23-29).

 

A congregação assentada, o Ministro continuará:

 

Vós agora ouvistes em que forma o nosso Senhor Jesus Cristo instituiu a sua Santa Ceia; e com que pureza e reverência ela deve ser celebrada, até a consumação dos séculos, por todos os crentes. Nós aprendemos pela Sagrada Escritura, que somente verdadeiros Cristãos devem achegar-se a esta mesa. E que não façam parte, dos que comem e bebem indignamente, estes que são: ímpios, incrédulos, profanos, blasfemos, os que vivem dominados pelo ódio, impuros, homens carnais e sensuais, beberrões, injustos, ladrões, cobiçadores, orgulhosos, maldizentes, ou seja, todos em que o amor do mundo e os desejos malignos reinam, nos quais a ira de Deus repousa.


Mas a vós, irmandade Cristã, que desejais vir a esta Santa Comunhão, deveis considerar, cuidadosamente, a solenidade do que estais a fazer, para que não comam deste pão e bebam deste cálice indignamente. Julgai a vós mesmos, para não serdes julgados pelo Senhor. E em todas as coisas que o tendes ofendido, sejam em palavras ou práticas, pensamentos ou desejos, façais a seguinte confissão, com uma humilde confiança em sua misericórdia, e um verdadeiro desejo de viver, de agora em diante uma vida justa e piedosa. Sede cheios do sincero amor pelo vosso próximo; se fizeste mal a quem quer que seja, busque a reparação, e perdoem uns aos outros, assim como vós desejais o perdão do vosso Deus pelos vossos pecados. Se fordes diligentes, e vossa consciência testemunha diante de Deus, o que conhece os vossos corações, vós deveis vir a esta santa mesa, e não deveis duvidar que o Senhor Jesus vos fareis participantes dos frutos de sua paixão e morte.

 

CONTUDO, acima de qualquer coisa, vós deveis dar neste tempo, a vossa sincera e humilde gratidão a Deus, pela redenção do mundo por Jesus Cristo, seu Filho; que se humilhou a si mesmo até a morte de Cruz, por nós, pecadores miseráveis, para que nos tornássemos filhos de Deus, e exaltar-nos para a vida eterna; e que devemos sempre lembrar o seu excelente e mui grande amor, por isso instituiu este santo sacramento, para ser para nós um penhor do seu amor e um memorial perpétuo de sua morte, para o nosso eterno conforto. A este misericordioso Redentor, tal como o Pai e o Espírito Santo, ofereçamos agora e sempre o nosso dever de adoração e louvores.

 

Então o ministro dirá:

 

Oremos. É verdadeiramente digno e justo, e nosso dever que em todos os tempos e lugares rendamos graças, ó Senhor, santo Pai, Onipotente e Eterno Deus. Por Jesus Cristo nosso Senhor; que por nós foi feito verdadeiramente homem, contudo sem pecado; que morreu por nossas ofensas, e ressuscitou por nossa justificação; que por sua morte destruiu a morte, e por sua ressurreição nos deu vida eterna; que ascendeu ao alto, acima dos céus, onde ele vive por nossa intercessão; que também, de acordo com sua maravilhosa promessa, enviou o Espírito Santo sobre os apóstolos, para guia-los em toda a verdade, e deu-lhes o dom de línguas, para que pregassem o evangelho em todas as nações; trazendo-nos das trevas para a luz e o conhecimento de Ti; que também nos deus o Espírito de Adoção, e a bendita esperança de perdão e paz, até o dia de sua gloriosa aparição: PORTANTO, com os anjos e arcanjos, e com toda a companhia celeste, louvamos e magnificamos teu santo Nome dizendo: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos, os céus e a terra estão cheios da tua glória, ó Deus altíssimo! E desde que, ó Senhor, ofereceste Jesus Cristo, teu filho, como sacrifício na cruz, para redimir a humanidade, nós te pedimos, em consideração a este sacrifício, que recebas as súplicas que oferecemos à tua Majestade Divina, pela paz de todo o mundo, e pela salvação de todos os povos.

 

ORAMOS para que abençoes a Igreja no mundo, com o espírito da verdade, unidade e concordância, e dar a graça a todos que professam o teu nome, para andarem em unidade na tua Palavra, e viver em harmonia e amor sincero.  CONCEDAS, ó Deus que és a fonte de todo o poder, que abençoes e defendas todos os governadores Cristãos e magistrados. Capacite-os com a graça do teu Santo Espírito, que eles cumpram os seus deveres com fidelidade, que tua religião floresça e a justiça avance em nosso meio.

 

DERRAME a tua graça, Soberano Pastor de nossas almas! Sobre os ministros de tua Igreja, que eles venham anunciar a verdade da tua santa palavra, pelos seus exemplos de vida e doutrina; que eles administrem os santos sacramentos e diligentemente cuidem do rebanho sob sua autoridade. Nós te buscamos, por tua bondade, para socorrer todas as pessoas que, nesta vida transitória, acham-se em aflições, necessidades, doenças ou qualquer outra tribulação. FINALMENTE, ó Senhor, oramos por esta congregação presente, por todos os teus servos que desejam participar da tua mesa, e por todos que participam da morte do Senhor e aguardam o seu glorioso retorno; que em comunhão na morte do teu Filho, e pela eficácia do seu precioso sangue, que foi vertido na cruz, que sejamos libertos da ira vindoura, e sejamos encontrados dignos de sermos recebidos com todos os teus eleitos, na glória do teu Reino.

 

Ouça-nos, ó Deus e nosso Pai! Em nome de Jesus Cristo, nosso Salvador e Intercessor, que nos ensinou a orar, dizendo:

 

PAI nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje: e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos os nossos devedores; e não nos deixe cair em tentação; mas livra-nos do mal; pois teu é o reino, o poder, e a glória para todo sempre. Amém.

 

TODO-PODEROSO Deus! Pai de nosso Senhor Jesus Cristo; antes que comamos o sacramento da morte do teu Filho; graciosamente, ouça a confissão dos nossos pecados. Nós reconhecemos, ó Senhor, a nossa indignidade; o grande número de pecados que cometemos contra ti, e nós não ousamos vir a esta sagrada mesa, ó bondoso Senhor, confiando em nossa própria justiça, mas em tua grande compaixão.

 

Tenha misericórdia de nós, ó Pai de Misericórdia! Tende piedade de nós. Perdoe-nos, por amor de Jesus Cristo; e conceda-nos a graça neste dia, para receber estes sagrados mistérios do pão e vinho, que unindo-nos com o teu Santo Filho, pela fé, possamos viver Nele e Ele em nós. Buscamos-te para que nos ouça, pelos méritos do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

O ministro fará o seguinte convite:

 

VÓS que vos arrependestes dos vossos pecados, e dependem confiantemente da misericórdia de Deus; e estão em sincera caridade com o vosso próximo; e decididos a conformar as vossas vidas com os mandamentos de Deus; aproximem-se com fé e participem desta santa comunhão do corpo e sangue do nosso Senhor. O povo deverá vir à mesa. O ministro então dirá: Oremos.


 

Ó TODO-PODEROSO Deus e Pai Celestial, que por sua grande misericórdia, deu o seu Filho para sofrer a morte sobre a cruz por nossa redenção; nós proclamamos a ti a nossa adoração e louvor, por Jesus Cristo nosso Senhor; que ofereceu o seu próprio corpo como um sacrifício pelos pecados de todo o mundo, e ordenou que um memorial perpétuo de sua morte fosse mantido em sua Igreja, até o seu retorno no último dia:


 

Porque na noite que ele foi traído, tomou o pão [1]; e tendo dado graças a Ti, ó Eterno Pai, ele o partiu e deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai, comei: isto é o meu corpo que foi partido por vós, fazei isto em memória de mim [2]. Do mesmo modo depois de cear, tomou o cálice [3]; e tendo dado graças ele deu a eles dizendo: Tomai-o e reparti-o entre vós, pois este é o meu sangue do Novo Testamento, que foi vertido por muitos, pela remissão dos pecados, fazei isto, enquanto bebei, em memória de mim [4].

 

[1] - Aqui o ministro toma o pão em suas mãos.

 

[2] - Aqui o ministro deve partir o pão e dar aos demais ministros, que possam estar na mesa com ele.

 

[3] - Aqui ele segura o cálice.

 

[4] - Aqui ele serve o cálice aos demais ministros.

 

Então o ministro distribuirá a Comunhão ao povo; dizendo:


Quando der o pão.

 

LEMBRA-TE que Jesus Cristo, teu Salvador, morreu por ti e seja grato.

 

Quando der o cálice.

 

LEMBRA-TE que Jesus Cristo, teu Salvador, derramou seu sangue por ti, e seja grato.

 

Os comungantes retornarão aos bancos, um hino será cantado; durante o mesmo será recolhido as ofertas para os pobresApós o ministro dirá, Oremos.

 

PAI CELESTE, nós te louvamos porque a ti agradou-se de dar favor a nós, miseráveis pecadores, para receber a comunhão do teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor; que de Deus é a nossa Sabedoria, Justiça, Santificação e Redenção. Adoramos-te por nos dar o Pão da Vida Eterna.

 

Dê-nos a graça para nunca esquecer os teus benefícios, mas tendo eles gravados nas tábuas dos nossos corações, possamos crescer constantemente em fé, e sermos frutíferos em toda boa obra; que nossas vidas sejam devotadas ao avanço da tua glória, e para a edificação do nosso próximo; pelo mesmo Jesus Cristo, que vive e reina contigo, louvado para todo o sempre. Amém. Então será cantada a seguinte doxologia, todos em pé.

 

GLÓRIA a Deus nas alturas, e na terra paz, boa vontade para com os homens. Nós te louvamos, te bendizemos, te adoramos, te glorificamos, te damos graças por tua grande glória, Senhor Deus, Rei dos Céus, Deus Pai Onipotente. Ó Senhor, Unigênito Filho de Deus, Jesus Cristo. Ó Senhor Deus, cordeiro de Deus, Filho do Pai, que tirais os pecados do mundo, tende compaixão de nós. Tu que tirais os pecados do mundo, tende misericórdia de nós. Tu que tirais os pecados do mundo, recebe a nossa oração. Tu que estás assentado à direita do Pai, tende compaixão de nós. Porque só tu és santo, só tu és o Senhor, só tu és ó Jesus Cristo, com o Espírito Santo o Altíssimo na glória de Deus Pai. Amém.

 

Então o ministro dará a seguinte Exortação aos que receberam a comunhão: O povo permanecerá em pé. AGORA vos exorto, meus amados irmãos, pelas misericórdias de Deus, e pelo amor do Senhor Jesus Cristo, que considerem o que fizestes, o santo rito que celebramos.

 

Nós somos, solenemente, lembrados por este ato de gratidão, e confissão pública de fé, que fomos lavados dos nossos pecados e livres da condenação eterna, pela morte de Jesus Cristo. Nós testificamos que toda esta irmandade é membro de um corpo, e que temos amor sincero uns pelos outros. Nós também prometemos glorificar a Deus com a nossa mente e corpo, por uma vida de santidade e digna de nossa vocação. Que Deus nos conceda graça para lembrar destas promessas, e praticá-las religiosamente, e ter a morte do nosso amado Redentor tão profundamente gravada em nossos corações, e que morramos diariamente, mais e mais para o pecado, e que andemos nos caminhos de santidade, para a glória de Deus, e nossa mútua edificação. Amém.

 

Então o ministro terminará o culto com as seguintes bênçãos:

 

ORA, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém! (Hb 13. 20,21).

 

O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. Amém! (Nm 6.24-26).

 

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém! (2 Co 13. 14).

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

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