Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
DIREÇÕES GERAIS:
Qualquer
um dos cultos deste livro pode começar com um cântico, Salmo ou Hino, durante o
qual o ministro e o povo se levantam. Em qualquer outra parte dos cultos o povo
se levanta durante os cânticos, e senta durante um salmo. Os cânticos podem ser
lidos ou cantados. A parte de um Cântico, Salmo ou Hino, pode ser usada em vez
do todo. No final das várias orações, o povo responde: AMÉM.
No
culto matutino, além dos Dez Mandamentos de Êxodo XX. 1-17, com o sumário da
Lei de St. Mateus XXII. 37 - 40, haverá duas lições da Escritura. A primeira
deve ser tirada de qualquer parte do Antigo Testamento, de Gênesis a Ester
inclusive, sendo os Livros Históricos; ou dos livros Proféticos do Antigo
Testamento. A segunda Leitura deve ser tirada dos Evangelhos ou Atos dos Apóstolos,
sendo os livros históricos do Novo Testamento. No Culto da Tarde, a primeira
lição será tirada dos Livros de Sabedoria do Antigo Testamento, de Jó a
Eclesiastes; e a Segunda Leitura das Epístolas, ou do Apocalipse, no Novo
Testamento.
Nos
Dias Santos, as Lições podem ser as da Mesa de Leituras. Durante a leitura dos
Dez Mandamentos e o resumo da Lei, o ministro e as pessoas se levantam. Durante
a leitura das outras lições da Escritura, o ministro permanece em pé e as
pessoas sentam. Nos dias santos e outras ocasiões especiais de adoração pública
ocorrendo nos dias da semana, os cultos para o Dia do Senhor podem ser
utilizados, em vez de qualquer um dos outros serviços, estando sob o critério do
ministro.
A LITURGIA DA CEIA DO
SENHOR
O ministro iniciará o culto nesta ordem:
INVOCAÇÃO.
Aqui
o povo se levanta;
Em
nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.
Aqui, no final de diversas orações, o povo dirá:
Amém.
Então o Ministro dirá:
Oremos.
Ó eterno e Todo-Poderoso Deus! Aquele que todas as criaturas adoram e
glorificam como seu Criador e Soberano Senhor; nós te buscamos, já que estamos
reunidos para participar na Santa Ceia do teu Filho, nosso Salvador Jesus
Cristo, como ele ordenou que celebrássemos em lembrança de sua morte, que tu
nos dê graça para celebrar este sagrado dever, de maneira aceitável a ti; pelo
mesmo Jesus Cristo. Amém.
Então o ministro dirá:
Escutem,
meus irmãos, a instituição da Santa Ceia, como é descrita pelo apóstolo São
Paulo, no capítulo onze, da primeira epístola aos Coríntios. Aqui a congregação
se levanta.
Porque
eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em
que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai,
comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é
o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em
memória de mim.
Porque
todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte
do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o
cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação,
não discernindo o corpo do Senhor. (1 Coríntios 11:23-29).
A congregação assentada, o Ministro continuará:
Vós
agora ouvistes em que forma o nosso Senhor Jesus Cristo instituiu a sua Santa
Ceia; e com que pureza e reverência ela deve ser celebrada, até a consumação
dos séculos, por todos os crentes. Nós aprendemos pela Sagrada Escritura, que
somente verdadeiros Cristãos devem achegar-se a esta mesa. E que não façam parte,
dos que comem e bebem indignamente, estes que são: ímpios, incrédulos,
profanos, blasfemos, os que vivem dominados pelo ódio, impuros, homens carnais
e sensuais, beberrões, injustos, ladrões, cobiçadores, orgulhosos, maldizentes,
ou seja, todos em que o amor do mundo e os desejos malignos reinam, nos quais a
ira de Deus repousa.
Mas
a vós, irmandade Cristã, que desejais vir a esta Santa Comunhão, deveis
considerar, cuidadosamente, a solenidade do que estais a fazer, para que não
comam deste pão e bebam deste cálice indignamente. Julgai a vós mesmos, para não
serdes julgados pelo Senhor. E em todas as coisas que o tendes ofendido, sejam
em palavras ou práticas, pensamentos ou desejos, façais a seguinte confissão, com
uma humilde confiança em sua misericórdia, e um verdadeiro desejo de viver, de
agora em diante uma vida justa e piedosa. Sede cheios do sincero amor pelo
vosso próximo; se fizeste mal a quem quer que seja, busque a reparação, e
perdoem uns aos outros, assim como vós desejais o perdão do vosso Deus pelos
vossos pecados. Se fordes diligentes, e vossa consciência testemunha diante de Deus,
o que conhece os vossos corações, vós deveis vir a esta santa mesa, e não
deveis duvidar que o Senhor Jesus vos fareis participantes dos frutos de sua
paixão e morte.
CONTUDO,
acima de qualquer coisa, vós deveis dar neste tempo, a vossa sincera e humilde
gratidão a Deus, pela redenção do mundo por Jesus Cristo, seu Filho; que se
humilhou a si mesmo até a morte de Cruz, por nós, pecadores miseráveis, para
que nos tornássemos filhos de Deus, e exaltar-nos para a vida eterna; e que
devemos sempre lembrar o seu excelente e mui grande amor, por isso instituiu
este santo sacramento, para ser para nós um penhor do seu amor e um memorial
perpétuo de sua morte, para o nosso eterno conforto. A este misericordioso
Redentor, tal como o Pai e o Espírito Santo, ofereçamos agora e sempre o nosso
dever de adoração e louvores.
Então o ministro dirá:
Oremos.
É verdadeiramente digno e justo, e nosso dever que em todos os tempos e lugares
rendamos graças, ó Senhor, santo Pai, Onipotente e Eterno Deus. Por Jesus Cristo
nosso Senhor; que por nós foi feito verdadeiramente homem, contudo sem pecado;
que morreu por nossas ofensas, e ressuscitou por nossa justificação; que por
sua morte destruiu a morte, e por sua ressurreição nos deu vida eterna; que
ascendeu ao alto, acima dos céus, onde ele vive por nossa intercessão; que
também, de acordo com sua maravilhosa promessa, enviou o Espírito Santo sobre
os apóstolos, para guia-los em toda a verdade, e deu-lhes o dom de línguas,
para que pregassem o evangelho em todas as nações; trazendo-nos das trevas para
a luz e o conhecimento de Ti; que também nos deus o Espírito de Adoção, e a
bendita esperança de perdão e paz, até o dia de sua gloriosa aparição: PORTANTO, com os anjos e arcanjos, e com toda a companhia
celeste, louvamos e magnificamos teu santo Nome dizendo: Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus dos exércitos, os céus e a terra estão cheios da tua glória, ó Deus
altíssimo! E desde que, ó Senhor, ofereceste Jesus Cristo, teu filho, como
sacrifício na cruz, para redimir a humanidade, nós te pedimos, em consideração
a este sacrifício, que recebas as súplicas que oferecemos à tua Majestade
Divina, pela paz de todo o mundo, e pela salvação de todos os povos.
ORAMOS
para que abençoes a Igreja no mundo, com o espírito da verdade, unidade e
concordância, e dar a graça a todos que professam o teu nome, para andarem em
unidade na tua Palavra, e viver em harmonia e amor sincero. CONCEDAS, ó Deus que és a fonte de todo o poder, que
abençoes e defendas todos os governadores Cristãos
e magistrados. Capacite-os com a graça do teu Santo Espírito, que eles cumpram
os seus deveres com fidelidade, que tua religião floresça e a justiça avance em
nosso meio.
DERRAME
a tua graça, Soberano Pastor de nossas almas! Sobre os ministros de tua Igreja,
que eles venham anunciar a verdade da tua santa palavra, pelos seus exemplos de
vida e doutrina; que eles administrem os santos sacramentos e diligentemente cuidem
do rebanho sob sua autoridade. Nós te buscamos, por tua bondade, para socorrer
todas as pessoas que, nesta vida transitória, acham-se em aflições,
necessidades, doenças ou qualquer outra tribulação. FINALMENTE,
ó Senhor, oramos por esta congregação presente, por todos os teus servos que
desejam participar da tua mesa, e por todos que participam da morte do Senhor e
aguardam o seu glorioso retorno; que em comunhão na morte do teu Filho, e pela
eficácia do seu precioso sangue, que foi vertido na cruz, que sejamos libertos
da ira vindoura, e sejamos encontrados dignos de sermos recebidos com todos os
teus eleitos, na glória do teu Reino.
Ouça-nos, ó Deus e nosso Pai! Em nome de Jesus
Cristo, nosso Salvador e Intercessor, que nos ensinou a orar, dizendo:
PAI nosso,
que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu Reino; seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá
hoje: e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos os nossos
devedores; e não nos deixe cair em tentação; mas livra-nos do mal; pois teu é o
reino, o poder, e a glória para todo sempre. Amém.
TODO-PODEROSO
Deus! Pai de nosso Senhor Jesus Cristo; antes que comamos o sacramento da morte
do teu Filho; graciosamente, ouça a confissão dos nossos pecados. Nós
reconhecemos, ó Senhor, a nossa indignidade; o grande número de pecados que
cometemos contra ti, e nós não ousamos vir a esta sagrada mesa, ó bondoso
Senhor, confiando em nossa própria justiça, mas em tua grande compaixão.
Tenha
misericórdia de nós, ó Pai de Misericórdia! Tende piedade de nós. Perdoe-nos,
por amor de Jesus Cristo; e conceda-nos a graça neste dia, para receber estes
sagrados mistérios do pão e vinho, que unindo-nos com o teu Santo Filho, pela
fé, possamos viver Nele e Ele em nós. Buscamos-te para que nos ouça, pelos méritos
do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
O ministro fará o seguinte convite:
VÓS
que vos arrependestes dos vossos pecados, e dependem confiantemente da
misericórdia de Deus; e estão em sincera caridade com o vosso próximo; e
decididos a conformar as vossas vidas com os mandamentos de Deus; aproximem-se
com fé e participem desta santa comunhão do corpo e sangue do nosso Senhor. O
povo deverá vir à mesa. O ministro então dirá: Oremos.
Ó TODO-PODEROSO Deus e Pai Celestial, que por sua grande misericórdia,
deu o seu Filho para sofrer a morte sobre a cruz por nossa redenção; nós
proclamamos a ti a nossa adoração e louvor, por Jesus Cristo nosso Senhor; que
ofereceu o seu próprio corpo como um sacrifício pelos pecados de todo o mundo,
e ordenou que um memorial perpétuo de sua morte fosse mantido em sua Igreja,
até o seu retorno no último dia:
Porque
na noite que ele foi traído, tomou o pão [1];
e tendo dado graças a Ti, ó Eterno Pai, ele o partiu e deu aos seus discípulos,
dizendo: Tomai, comei: isto é o meu corpo que foi partido por vós, fazei isto
em memória de mim [2]. Do mesmo modo depois de cear, tomou o cálice [3];
e tendo dado graças ele deu a eles dizendo: Tomai-o e reparti-o entre vós, pois
este é o meu sangue do Novo Testamento, que foi vertido por muitos, pela
remissão dos pecados, fazei isto, enquanto bebei, em memória de mim [4].
[1]
- Aqui o ministro toma o pão em suas mãos.
[2]
- Aqui o ministro deve partir o pão e dar aos demais ministros, que possam estar
na mesa com ele.
[3]
- Aqui ele segura o cálice.
[4]
- Aqui ele serve o cálice aos demais ministros.
Então
o ministro distribuirá a Comunhão ao povo; dizendo:
Quando
der o pão.
LEMBRA-TE
que Jesus Cristo, teu Salvador, morreu por ti e seja grato.
Quando
der o cálice.
LEMBRA-TE
que Jesus Cristo, teu Salvador, derramou seu sangue por ti, e seja grato.
Os comungantes retornarão aos bancos, um hino será cantado; durante o mesmo será recolhido as ofertas para os pobres. Após o ministro dirá, Oremos.
PAI CELESTE,
nós te louvamos porque a ti agradou-se de dar favor a nós, miseráveis
pecadores, para receber a comunhão do teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor;
que de Deus é a nossa Sabedoria, Justiça, Santificação e Redenção. Adoramos-te
por nos dar o Pão da Vida Eterna.
Dê-nos a graça para nunca esquecer os teus benefícios, mas tendo eles gravados nas tábuas dos nossos corações, possamos crescer constantemente em fé, e sermos frutíferos em toda boa obra; que nossas vidas sejam devotadas ao avanço da tua glória, e para a edificação do nosso próximo; pelo mesmo Jesus Cristo, que vive e reina contigo, louvado para todo o sempre. Amém. Então será cantada a seguinte doxologia, todos em pé.
GLÓRIA
a Deus nas alturas, e na terra paz, boa vontade para com os homens. Nós te
louvamos, te bendizemos, te adoramos, te glorificamos, te damos graças por tua
grande glória, Senhor Deus, Rei dos Céus, Deus Pai Onipotente. Ó Senhor,
Unigênito Filho de Deus, Jesus Cristo. Ó Senhor Deus, cordeiro de Deus, Filho
do Pai, que tirais os pecados do mundo, tende compaixão de nós. Tu que tirais
os pecados do mundo, tende misericórdia de nós. Tu que tirais os pecados do
mundo, recebe a nossa oração. Tu que estás assentado à direita do Pai, tende
compaixão de nós. Porque só tu és santo, só tu és o Senhor, só tu és ó Jesus
Cristo, com o Espírito Santo o Altíssimo na glória de Deus Pai. Amém.
Então
o ministro dará a seguinte Exortação aos que receberam a comunhão: O povo
permanecerá em pé. AGORA vos exorto, meus amados irmãos, pelas
misericórdias de Deus, e pelo amor do Senhor Jesus Cristo, que considerem o que
fizestes, o santo rito que celebramos.
Nós
somos, solenemente, lembrados por este ato de gratidão, e confissão pública de
fé, que fomos lavados dos nossos pecados e livres da condenação eterna, pela
morte de Jesus Cristo. Nós testificamos que toda esta irmandade é membro de um
corpo, e que temos amor sincero uns pelos outros. Nós também prometemos glorificar
a Deus com a nossa mente e corpo, por uma vida de santidade e digna de nossa
vocação. Que Deus nos conceda graça para lembrar destas promessas, e
praticá-las religiosamente, e ter a morte do nosso amado Redentor tão
profundamente gravada em nossos corações, e que morramos diariamente, mais e
mais para o pecado, e que andemos nos caminhos de santidade, para a glória de
Deus, e nossa mútua edificação. Amém.
Então o ministro terminará o culto com as seguintes bênçãos:
ORA,
o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a
nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a
boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é
agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém! (Hb
13. 20,21).
O
SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti
e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a
paz. Amém! (Nm 6.24-26).
A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém! (2 Co 13. 14).
Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.
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