sábado, 20 de agosto de 2022

 

A Heresia Romana da Invocação dos Santos / Church Association.

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

Adoration of the Golden Calf, oil on canvas by Nicolas Poussin, c. 1634.

A Invocação dos Santos 422º Tratado da Associação da Igreja.

A Igreja de Roma ensina, no Credo do Papa Pio IV, que “Os Santos reinando juntamente com Cristo são para ser adorados e invocados”, isto é, “chamados” em oração. A Igreja da Inglaterra diz que “A doutrina Católica concernente a... Invocação do Santos... é uma coisa fútil que foi criada em vão, sem base na Escritura e repugnante à Palavra de Deus. Qual Igreja está certa? Com certeza a Igreja da Inglaterra.

 

I. Invocação dos Santos é uma “coisa vã (ou fútil).” Os Santos não são mais do que criaturas, é, portanto, impossível que eles possam escutar e responder orações. Veja o caso da Virgem Maria. É dito que existem 250.000.000* de Católicos no mundo. Suponha que somente um a cada dez deles orem uma vez ao dia para ela; isso significa vinte e cinco milhões de orações por dia, ou melhor, mais de um milhão de orações por hora. Nenhuma criatura poderia escutar e responder a todas essas petições. Ainda mais, para escutar e responder oração implica poder (1) para ler o coração do adorador e, então, julgar a sinceridade de sua oração; (2) para saber se é melhor conceder ou negar sua petição, pois, nós sempre temos de agradecer a Deus por não consentir aos nossos pedidos. Certamente, então, é “fútil” orar aos Santos.


II. Invocação dos Santos é “inventada em vão”. O artigo diz que a doutrina é “incrivelmente inventada” (inaniter conficta); e assim é. Nós podemos obter todas as coisas por ir simplesmente a Deus através do nosso Senhor Jesus Cristo; nós não conseguimos obter nada a não ser nEle e através dEle. Nenhum Santo nos ama tão ternamente como o nosso Gracioso Salvador que morreu por nós “enquanto ainda éramos pecadores” (Romanos 5:8-11; João 3:16). Nenhum Santo tem todo o poder nos Céus e na terra; mas Ele tem (Mateus 28:18). Que “insanidade” então é buscar através dos Santos as coisas que nós podemos obter sem dúvida (quando elas são oportunas para nós) pedindo ao Próprio Deus que as conceda pelo amor do Salvador (Mateus 7:7-11; Lucas 9:9-13; João 14:13-14, João 15:16; João 17:23-4).


III. Invocação dos Santos é “sem base na Escritura.”. Não há na Bíblia um só mandamento nos obrigando a orar aos Santos; nem um exemplo nos encorajando a fazer tal coisa; nenhuma promessa que nos leve a esperar algo bom de tal procedimento. Sentimentalistas nos dizem que é um “anseio natural” do coração humano invocar as orações dos nossos entes queridos que partiram dessa vida; contudo, nossos desejos naturais estão frequentemente errados, e sentimentos à flor da pele não são argumentos dos quais podemos construir práticas religiosas. Quanto mais sentimos esse “anseio natural”, mais decisivo se torna o silêncio da Escritura da qual foi escrita outrora para nossa instrução, pela Inspiração do Deus que nos fez, que conhece nossa estrutura, que teve compaixão de Seus filhos, e que é O Próprio Amor. Ele conhece todos os nossos fervorosos anseios em relação a isso, e nós podemos descansar que Ele tem o melhor para nós. O Seu silêncio é eloquente em relação aos perigos dos quais os “anseios” indisciplinados do “homem natural” pode nos guiar, a não ser que eles sejam coibidos por um cuidado reverente aos ensinos de Sua Santa Palavra. "Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso. “(Provérbios 30:6; Deuteronômio 4:2; Apocalipse 22:18-19).

 

IV. Invocação dos Santos é "repugnante a luz da Palavra de Deus". Nós somos chamados pela Palavra de Deus para tratar diretamente com Ele através de Cristo nosso Redentor. "Vinde então, e argui-me", "Ó VÓS, todos os que tendes sede", Tal é a linguagem do Velho Testamento. "Vinde a Mim" é o chamado do Novo Testamento. É desobedecer, se quando Deus nos chama para Ele, nós procuramos mediadores humanos para que nos aproximemos Dele. Adoradores de Santos dizem que é "mais humilde" se aproximar da Majestade indiretamente; mas São Pedro nos alerta contra a "humildade voluntária" ou “adoração de anjos”. Tem uma "aparência de sabedoria" como um reconhecimento aparente de nossa indignidade de se aproximar de Deus, porém, é na realidade o nascimento do orgulho e da vontade própria "veneração", sendo a substituição dos ditames da nossa "mente carnal" pelo ensino de Deus que nos convida a manter contato com Ele Próprio (Colossenses 2:18-23; Apocalipse 19:10; Apocalipse 22:8-9). O mesmo Apóstolo diz distintivamente que como há "um só Deus" há também "um só Mediador entre Deus e os homens" (1 Timóteo 2:5).

 

O Próprio mestre declara em inconfundíveis termos, "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai, senão por Mim."; enquanto Seus Apóstolos nos dão certeza que "não há outro nome "além do dEle" do qual podemos ser salvos" (João 14:6; Atos 4:12). "Como” pergunta a epístola aos Romanos, "invocarão aquele em quem não creram?" (Romanos 10:14); e, podemos adicionar, “Como devemos acreditar nos” Santos, quando o Credo Cristão nos obriga a 'acreditar em' Deus somente e a Bíblia amaldiçoa aquele que coloca sua confiança no homem (Jeremias 17:5) sem nenhuma abertura para aqueles que confiam em homens mortos?

 

Criaturas pecaminosas como nós, são, de fato, necessitadas de um Mediador, e nisso como em tudo mais, nossa necessidade é suprida pelo Senhor Jesus, que, quando esteve na terra, recebeu os pecadores e comeu com eles, dai então o nome Amigo dos Pecadores, chamando os cansados e oprimidos a vir a Ele, tendo prometido que de maneira alguma lançaria fora aquele que fosse até Ele (Filipenses 4:19; Lucas 15:2; Mateus 11:19; Mateus 28-30; João 6:37). A Sua exaltação celestial não mudou Sua graciosa misericórdia: Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus.13:8). Ele — apesar de sem pecado — pode simpatizar com nossa enfermidade e é capaz de salvar ao extremo aqueles que vem a Deus por Ele (Hebreus 4: 14 - 16; Hebreus 6: 24 - 25). Não há necessidade de nenhum outro intermediário no Trono da Graça, se colocarmos todo o nosso coração no Redentor, que é (de acordo com o ensino das Escrituras da Igreja da Inglaterra em comunhão com todas as outras Igrejas Protestantes), "NOSSO ÚNICO MEDIADOR E ADVOGADO É JESUS CRISTO O UNIGENITO; FILHO DE DEUS".

Pesquisador, Tradutor, Editor e Organizador: Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C.

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