Sermão Expositivo – 36
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“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por
aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as
tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. E eu já não estou mais no
mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome
aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no
mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e
nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria
completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não
são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo,
mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os
na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo,
também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que
também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas
também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;” (João 17:9-20 -
ACF).
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Exegese e Hermenêutica Básica; de João 17:9-20 -
(ACF):
Antes de iniciarmos a exegese, é importante reafirmar que a doutrina Bíblica da
expiação limitada é uma das doutrinas fundamentais da teologia reformada. Essa
doutrina afirma que a obra redentora de Cristo na cruz foi destinada apenas
para os eleitos, ou seja, aqueles que foram escolhidos por Deus antes da
fundação do mundo para receberem a salvação. Portanto, a expiação não é
universal, mas sim limitada aos escolhidos de DEUS.
Com base nessa premissa, analisaremos
o texto de João 17:9-20, utilizando o texto grego da Bíblia ACF, que é a
tradução mais fiel aos manuscritos originais.
No verso 9, Jesus começa sua oração dizendo: "Eu rogo
por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são
teus". Aqui, Jesus deixa claro que sua intercessão é limitada aos
discípulos que foram dados a Ele pelo Pai. O termo grego utilizado para
"aqueles que me deste" é "τοὺς δεδωκότας μοι",
que denota uma ação passada e concluída. Isso significa que esses discípulos já
haviam sido escolhidos pelo Pai e dados a Jesus antes mesmo do início da
oração.
No verso 10, Jesus continua sua oração, afirmando: "E
todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou
glorificado". Aqui, Jesus enfatiza a unidade entre Ele e o Pai, e também a
sua glorificação através da obra redentora que Ele realizaria na cruz.
No verso 11, Jesus pede ao Pai que guarde os discípulos em
Seu nome, para que eles sejam um assim como Ele e o Pai são um. Novamente, o
termo grego utilizado para "os discípulos que me deste" é o mesmo do
verso 9, denotando uma ação passada e concluída.
No verso 12, Jesus volta a afirmar
que "enquanto eu estava com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho
guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da
perdição, para que a Escritura se cumprisse". Aqui, Jesus reforça que sua
missão era guardar os discípulos que foram dados a Ele pelo Pai, e que Ele
cumpriu essa missão com sucesso, exceto por Judas Iscariotes, que foi
predestinado para a perdição.
No verso 13, Jesus pede ao Pai que os
discípulos tenham a sua alegria completa.
No verso 14, Jesus afirma que os
discípulos não são do mundo, assim como Ele não é do mundo.
No verso 15, Jesus pede ao Pai que
não tire os discípulos do mundo, mas que os livre do mal.
No verso 16, Jesus afirma que os
discípulos não são do mundo, assim como Ele não é do mundo.
No verso 17, Jesus pede ao Pai que santifique os discípulos
na verdade, que é a Sua palavra.
No verso 18, Jesus envia os discípulos ao mundo, assim como
Ele foi enviado pelo Pai ao mundo.
No verso 19, Jesus se consagra a si mesmo pelos discípulos,
para que eles também sejam consagrados na verdade.
No verso 20, Jesus amplia sua oração
para incluir todos aqueles que creriam Nele através da mensagem dos discípulos.
Ele afirma que a sua oração é para que todos sejam um, assim como Ele e o Pai
são um.
Em resumo, podemos afirmar que o texto de João 17:9-20
reforça a doutrina da expiação limitada através da ênfase na escolha dos
discípulos pelo Pai e na missão de Jesus em guardá-los e consagrá-los. Além
disso, o texto destaca a unidade entre Jesus e o Pai, e a importância da
verdade para a
santificação dos discípulos e de todos aqueles que creriam Nele.
Como um convicto; presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e
supralapsariano, acreditamos que a expiação de Cristo é eficaz apenas para os
eleitos, aqueles que foram escolhidos por Deus antes da fundação do mundo. Essa
escolha não se baseia em mérito ou ação humana, mas sim na vontade soberana de
Deus. Portanto, o texto de João 17:9-20 reforça nossa crença na eleição
incondicional e na expiação limitada.
Além disso, a oração de Jesus pelos
discípulos e por aqueles que creriam Nele através da mensagem dos discípulos
mostra que a salvação é um ato divino completo, que inclui a escolha, a
santificação e a glorificação dos eleitos. Isso está em linha com nossa crença
na perseverança dos santos, ou seja, que os eleitos são guardados por Deus até
o fim e não podem perder a salvação.
Em suma, a exegese do texto de João 17:9-20 nos leva a reafirmar nossa crença na expiação limitada e na eleição incondicional, bem como na santificação completa dos eleitos e na perseverança dos santos.
Sermão Expositivo – 37
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“E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.” (Atos 18:9,10 - ACF). *******************************************
Exegese e
Hermenêutica Básica; de Atos 18:9,10 - (ACF):
Como um convicto; presbiteriano
ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, minha exegese do texto de Atos
18:9,10 deve ser fundamentada na doutrina da expiação limitada. Essa doutrina
afirma que a obra redentora de Cristo foi destinada apenas aos eleitos, ou
seja, aqueles que foram escolhidos por Deus desde a eternidade para serem
salvos. Dessa forma, a expiação de Cristo não foi universal, mas restrita a um
grupo específico de pessoas.
No texto de Atos 18:9,10, vemos que o
Senhor aparece a Paulo em uma visão e lhe diz: "Não temas, mas fala e não
te cales; porque eu estou contigo, e ninguém te acometerá para te fazer mal,
pois tenho muito povo nesta cidade." Essa afirmação de que Deus tem
"muito povo nesta cidade" pode ser interpretada como
uma referência aos eleitos que habitavam
Corinto.
O termo grego usado para "povo" nesse versículo é "laos",
que pode ser traduzido como "povo" ou "nação". No contexto
da doutrina da expiação limitada, podemos entender que Deus está se referindo
aos eleitos que formam uma nação espiritual, um povo escolhido por Ele para ser
salvo. Dessa forma, essa afirmação de Deus a Paulo reforça a ideia de que a
expiação de Cristo foi destinada apenas aos eleitos.
Além disso, a escolha divina dos eleitos é enfatizada
no texto quando o Senhor diz a Paulo: "Eu estou contigo". Essa
afirmação pode ser entendida como uma promessa de que Deus estará com Paulo em
sua missão de pregar o evangelho aos eleitos em Corinto.
Em suma, a exegese de Atos 18:9,10 à luz da doutrina da
expiação limitada reforça a ideia de que a obra redentora de Cristo foi
destinada apenas aos eleitos escolhidos por Deus desde a eternidade. A
afirmação de que Deus tem "muito povo nesta cidade" pode ser
entendida como uma referência aos eleitos em Corinto, enquanto a promessa de
que Deus estará com Paulo em sua missão de pregar o evangelho reforça a ideia
da escolha divina dos eleitos.
Portanto, como hiper-calvinista e supralapsariano,
podemos afirmar que a expiação de Cristo foi eficaz apenas para aqueles que
foram predestinados por Deus para a salvação, e que essa escolha divina é uma
graça irresistível que não depende da vontade humana. A exegese de Atos 18:9,10 nos leva a essa
conclusão, reforçando a soberania de Deus na salvação e a centralidade
da obra redentora de Cristo para os eleitos.
Sermão Expositivo – 38
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“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (Atos 20:28 - ACF).
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Exegese e
Hermenêutica Básica; de Atos 20:28 - (ACF):
Hoje vamos realizar uma exegese do texto de Atos
20:28, de acordo com a doutrina da expiação limitada.
Primeiro, é importante lembrar que a expiação limitada é uma
das cinco doutrinas da graça, também conhecidas como os cinco pontos do
calvinismo. Essa doutrina afirma que a obra redentora de Cristo foi limitada
apenas aos eleitos, ou seja, aqueles que Deus escolheu desde a eternidade para
a salvação. Isso significa que a morte de Cristo não foi para todos, mas apenas
para aqueles que foram predestinados para a salvação.
Agora, vamos observar o texto de Atos
20:28: "Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito
Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu
próprio sangue". Nesse texto, Paulo está falando aos presbíteros
de Éfeso, exortando-os a cuidar
do rebanho de Deus que foi comprado com o próprio sangue de Cristo.
Essa expressão "resgatou com seu
próprio sangue" é muito significativa para a doutrina da expiação
limitada. A palavra grega traduzida como "resgatar" é "lutroō",
que significa "libertar mediante um preço". Esse preço, segundo a
doutrina da expiação limitada, foi pago apenas pelos eleitos, aqueles que foram
escolhidos por Deus desde a eternidade. Esse mesmo verbo é utilizado em Tito
2:14, quando Paulo diz que Cristo "se deu a si mesmo por nós, para nos
remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de
boas obras".
Além disso, a expressão "com seu próprio sangue"
indica que a morte de Cristo foi uma morte vicária, ou seja, ele morreu em
lugar dos seus eleitos. Essa ideia é reforçada em outros textos bíblicos, como
em João 10:15, quando Jesus diz: "Eu sou o bom Pastor, o bom Pastor dá a
sua vida pelas ovelhas". E em Efésios 5:25, quando Paulo diz que Cristo
"amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela".
Portanto, podemos concluir que o texto de Atos 20:28 está em perfeita harmonia com a doutrina da
expiação limitada. A morte
de Cristo foi um resgate, um pagamento pelo pecado dos eleitos, e esse resgate
foi realizado com o próprio sangue de Cristo. Que essa
verdade nos leve a uma maior adoração e gratidão ao nosso Salvador, que nos
amou e se entregou por nós!
Como um convicto; presbiteriano
ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, é importante destacar que a
salvação é obra exclusiva de Deus, que escolheu desde a eternidade aqueles que
seriam salvos. A expiação limitada é uma expressão da soberania de Deus na
salvação, e não uma limitação da sua graça ou amor. Pelo contrário, é uma
demonstração do seu amor incondicional por aqueles que ele escolheu para a
salvação.
Por isso, é importante que os
presbíteros ortodoxos; cuidem com zelo do rebanho que foi comprado com o sangue
de Cristo. Esse cuidado pastoral deve ser orientado pela Palavra de Deus e pela
vontade de Deus para a vida dos seus eleitos. É um privilégio e uma
responsabilidade ser escolhido por Deus para pastorear as suas ovelhas.
Por fim, é importante lembrar que a
expiação limitada não é uma doutrina que divide os crentes, mas sim uma verdade
bíblica que deve ser proclamada e crida por todos os que confessam a Cristo
como Senhor e Salvador. Que o Espírito Santo nos ilumine e nos conduza a uma
maior compreensão e apreciação da obra redentora de Cristo, que nos resgatou do
pecado e da morte, para a glória de Deus.
Sermão Expositivo – 39
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“O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.” (Romanos 4:25 - ACF).
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Exegese e
Hermenêutica Básica; de Romanos 4:25 - (ACF):
Hoje faremos uma exegese de Romanos 4:25, à luz da doutrina Bíblica
da Expiação Limitada. Como presbiterianos ortodoxos, hiper-calvinistas e
supralapsarianos, acreditamos que a salvação é um dom de Deus concedido apenas
aos eleitos, aqueles que foram predestinados desde antes da fundação do mundo
para a vida eterna.
Nesse sentido, a Expiação Limitada afirma que a morte de
Cristo na cruz foi efetiva apenas para os eleitos, ou seja, aqueles que foram
escolhidos por Deus para a salvação. Essa doutrina se baseia em passagens
bíblicas que falam da morte de Cristo como um sacrifício pelos pecados de um
povo específico, e não por toda a humanidade.
Em Romanos 4:25, lemos que Jesus "foi entregue
por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa
justificação". Aqui, a palavra "entregue" no grego da ACF é: (παραδίδωμι
- paradidomi); significa que Jesus foi entregue ou entregou-se
voluntariamente para ser crucificado, como um sacrifício pelos pecados do Seu
povo eleito. Esse termo também é usado em 1 Coríntios 11:23, quando Paulo fala
da instituição da Ceia do Senhor, e em Mateus 26:26, quando Jesus institui a
Ceia com os discípulos.
Já a palavra "ressuscitou" (ἐγείρω
- egeiro) indica a vitória de Cristo sobre a morte e a
confirmação da justificação dos eleitos. Essa palavra é
usada outras vezes no Novo Testamento para descrever a ressurreição de Cristo
(Mateus 28:6, Marcos 16:6, Lucas 24:6, entre outros).
Portanto, podemos concluir que a morte e ressurreição de Cristo foram efetivas apenas para os eleitos, aqueles que foram escolhidos por Deus para a salvação. Essa é a doutrina Bíblica da Expiação Limitada, que se baseia em passagens bíblicas como Romanos 4:25 e em outras que falam da morte de Cristo como um sacrifício pelos pecados de um povo específico (João 10:11, 15:13, Efésios 5:25, entre outros). Que possamos glorificar a Deus por essa maravilhosa obra de salvação que Ele realizou em favor dos Seus eleitos. Amém!
Sermão Expositivo – 40
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“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8 - ACF).
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Exegese e
Hermenêutica Básica; de Romanos 5:8 - (ACF):
A expiação limitada é uma doutrina Bíblica central do
calvinismo; que afirma que a morte de Cristo na cruz foi efetiva apenas para a
salvação dos eleitos, ou seja, aqueles que Deus predestinou para a salvação
desde a eternidade. Essa doutrina é fundamentada na soberania exaustiva e
absoluta de Deus e na sua eleição incondicional dos eleitos.
No texto de Romanos 5:8, encontramos uma clara referência à
expiação limitada. O apóstolo Paulo escreve: "Mas Deus prova o seu amor
para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". A
expressão "por nós" refere-se àqueles que são eleitos de Deus, os
quais foram escolhidos para a salvação desde antes da fundação do mundo.
O termo grego usado na ACF; para "por nós" é ὑπὲρ
ἡμῶν (hyper hēmōn), que tem um sentido de substituição ou representação.
Isso significa que Cristo morreu em nosso lugar, como nosso substituto, para
que pudéssemos receber o perdão dos nossos pecados e a vida eterna. No entanto,
essa substituição não se aplica a todos os seres humanos, mas apenas aos
eleitos de Deus.
Essa doutrina é ainda mais reforçada
pela afirmação de que Cristo morreu por nós "sendo nós ainda
pecadores". Isso significa que não foi a nossa bondade ou mérito que nos
tornou dignos da salvação, mas a graça de Deus em Cristo Jesus. Essa graça é
dada apenas aos eleitos de Deus, aqueles que foram predestinados para a
salvação.
Portanto, a expiação limitada é uma
doutrina bíblica que encontra base no texto de Romanos 5:8. Ela nos lembra da
soberania de Deus na salvação e da sua graça que é dada apenas aos seus
eleitos. Como presbiterianos ortodoxos, hiper-calvinistas e supralapsarianos,
devemos sempre nos lembrar da importância dessa doutrina e proclamá-la com
firmeza e clareza em nossa pregação e ensino.
“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”
Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:
Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.