sábado, 26 de abril de 2025

 


Sermão Expositivo – 56.02 

******************************************* 

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” (Efésios 2:8,9 - ACF). 

************************************************** 

Exegese e Hermenêutica Básica; de Efésios 2:8,9 - (ACF):

Efésios 2:8,9 diz: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie."

Este texto é uma afirmação clara da doutrina da salvação pela graça através da fé em Cristo. A palavra "graça" (χάρις) no grego significa "favor imerecido" e fala da bondade e amor de Deus para conosco, mesmo sem merecimento. A palavra "fé" (πίστις) significa confiança, crença e adesão a algo ou alguém. A fé é um dom de Deus, concedido por sua graça, e é através dela que somos salvos.

O apóstolo Paulo enfatiza que a salvação não vem das obras, mas é um dom gratuito de Deus. A palavra "obras" (ἔργα) no grego refere-se a qualquer ação que alguém possa fazer para tentar merecer a salvação. Mas Paulo é claro em afirmar que a salvação é um dom de Deus e não pode ser conquistada por nossas próprias ações. Isso é importante porque, se a salvação dependesse de nossas obras, poderíamos nos orgulhar e nos gloriar em nossa própria justiça, o que seria um erro terrível.

A doutrina da salvação pela graça através da fé é uma das principais doutrinas da fé reformada e é central na teologia da aliança. A salvação é uma aliança de Deus com seu povo, baseada em sua graça e amor, e é recebida pela fé. Como hiper-calvinistas e supralapsarianos, acreditamos que a salvação é completamente obra de Deus desde antes da fundação do mundo, e que a fé é um dom concedido por Deus aos eleitos. Portanto, não há nada que possamos fazer para merecer ou conquistar nossa salvação, mas somos totalmente dependentes da graça de Deus em Cristo.

Sermão Expositivo – 57,02 

******************************************* 

“Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:28 - ACF). 

*******************************************

Exegese e Hermenêutica Básica; de Gálatas 3:28 - (ACF):

Gálatas 3:28 na ACF diz: "Não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus". Esse versículo é uma declaração poderosa da unidade em Cristo, que transcende as diferenças culturais, étnicas e sociais.

A palavra grega traduzida como "judeu" é Ἰουδαῖος (Ioudaios), que se refere a alguém da tribo de Judá ou alguém que segue a religião judaica. A palavra grega traduzida como "grego" é Ἕλλην (Hellen), que se refere a alguém que é grego ou que segue a cultura grega.

Essas duas palavras representam diferenças culturais e étnicas que eram muito importantes na época em que Paulo escreveu a carta aos Gálatas. Os judeus e gregos tinham histórias, tradições e crenças diferentes, que muitas vezes os separavam e criavam barreiras entre eles. Mas em Cristo, essas diferenças são superadas e todos se tornam um povo de Deus.

A palavra grega traduzida como "servo" é δοῦλος (doulos), que se refere a um escravo ou servo. A palavra grega traduzida como "livre" é ἐλεύθερος (eleutheros), que se refere a alguém que é livre ou independente. Essas duas palavras representam diferenças sociais que também eram muito importantes na época de Paulo. Mas em Cristo, essas diferenças são superadas e todos são iguais diante de Deus.

A palavra grega traduzida como "macho" é ἄρσην (arsen), que se refere a um homem ou macho. A palavra grega traduzida como "fêmea" é θῆλυς (thelys), que se refere a uma mulher ou fêmea. Essas duas palavras representam diferenças de sexo que são muito evidentes em nossa sociedade e cultura. Mas em Cristo, essas diferenças também são superadas e homens e mulheres são igualmente amados e valorizados por Deus.

Em resumo, Gálatas 3:28 é uma declaração poderosa da unidade em Cristo que transcende todas as diferenças culturais, étnicas e sociais. Em Cristo, todos são um povo de Deus, igualmente amados e valorizados por Ele. Como presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, afirmo que essa unidade é um resultado da Aliança da Graça, na qual Deus escolheu um povo para Si mesmo, não com base em suas diferenças ou méritos, mas somente por Sua graça eletiva. Em Cristo, todos os eleitos são um em sua salvação e pertencem a uma mesma comunhão de santos.

Sermão Expositivo – 58.02 

******************************************* 

“E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.” (Hebreus 9:15 - ACF). 

**************************************************

Exegese e Hermenêutica Básica; de Hebreus 9:15 - (ACF):

Hebreus 9:15 diz: "E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna".

Este versículo apresenta a doutrina Bíblica da Aliança Eterna, pois fala sobre o papel de Cristo como o Mediador de um novo testamento, que é superior ao primeiro. A palavra grega para "mediador" é "μεσίτης" (mesitēs) que significa aquele que intercede em nome de outros. Cristo, como Mediador, intercede em nosso favor diante de Deus, garantindo-nos a salvação.

O texto também fala sobre a morte de Cristo como um evento que possibilitou a remissão das transgressões cometidas sob o primeiro testamento. A palavra grega para "remissão" é "ἄφεσις" (aphesis), que significa perdão ou libertação. A morte de Cristo trouxe a libertação do pecado e a possibilidade de recebermos a promessa da herança eterna.

Esse novo testamento é superior ao primeiro porque é baseado em melhores promessas e foi selado com o sangue de Cristo (Hebreus 8:6-7). A palavra grega para "testamento" é "διαθήκη" (diathēkē), que também pode ser traduzido como "aliança". A aliança que Cristo estabeleceu é superior à antiga aliança, pois é eterna e não depende mais da obediência humana para ser cumprida.

Portanto, podemos ver que Hebreus 9:15 nos ensina sobre a obra redentora de Cristo como Mediador da nova e eterna aliança, que nos garante o perdão dos pecados e a promessa da herança eterna. Como presbiteriano ortodoxo, hiper-calvinista e supralapsariano, creio que a salvação é obra exclusiva de Deus e que a obra de Cristo é suficiente para nos salvar.

Sermão Expositivo – 59.02

*******************************************

“Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará. Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão. Das aves conforme a sua espécie, e dos animais conforme a sua espécie, de todo o réptil da terra conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para os conservar em vida. E leva contigo de toda a comida que se come e ajunta-a para ti; e te será para mantimento, a ti e a eles. Assim fez Noé; conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez.” (Gênesis 6:17-22 - ACF).

*******************************************

Exegese e Hermenêutica Básica; de Gênesis 6:17-22 - (ACF):

O texto de Gênesis 6:17-22 é parte da narrativa do dilúvio, um evento que representa a ira de Deus contra a pecaminosidade da humanidade e sua obra corrompida. Nesse evento, a justiça divina se manifesta em meio a um mundo destruído pelo pecado, mas também há espaço para a graça e a misericórdia divinas, como veremos pela doutrina da Aliança.

A palavra chave nesse texto é "aliança", que aparece cinco vezes em Gênesis 6:18-22. A Aliança é uma estrutura teológica que une a Bíblia, desde o Gênesis até o Apocalipse, e é a forma como Deus se relaciona com o seu povo. Uma aliança é um acordo solene entre duas partes, com obrigações e benefícios mútuos.

No texto em questão, Deus estabelece uma aliança com Noé, após dar-lhe instruções detalhadas sobre a construção da arca. Essa aliança é unilateral, ou seja, é Deus quem estabelece as condições e promete cumprir sua parte, sem exigir nada da parte de Noé. Essa é a essência da doutrina da graça soberana, que é central para o calvinismo.

O termo hebraico usado para "aliança" é berith e ocorre cinco vezes nesse trecho: em Gênesis 6:18, 9:9, 9:11, 9:12 e 9:13. O termo grego correspondente é diatheke, que é usado no Novo Testamento para falar da aliança em Jesus Cristo. Isso mostra a continuidade da doutrina da Aliança desde o Antigo até o Novo Testamento.

Noé é descrito como "um varão justo e perfeito em suas gerações" (Gênesis 6: 9), o que é importante para entendermos a razão pela qual Deus escolheu estabelecer uma aliança com ele. Noé é um exemplo de justiça e obediência, que são características dos eleitos de Deus. É evidente que a salvação de Noé foi pela graça e não por mérito próprio, mas a justiça que ele demonstrou foi um fruto da sua fé.

Deus estabelece os termos da aliança com Noé: ele promete preservar a vida de Noé e sua família, bem como de todas as criaturas que entrarem na arca. Ele também promete que nunca mais haverá um dilúvio para destruir toda a carne, como havia acontecido. Deus estabelece um sinal da aliança, que é o arco-íris, que será um lembrete perpétuo da promessa divina.

Essa aliança é uma ilustração da salvação em Jesus Cristo, que é baseada na graça e na justiça divinas. Assim como Noé foi salvo da ira divina pelo dilúvio, os eleitos são salvos da ira divina pelo sacrifício de Jesus na cruz. Essa salvação é uma obra soberana de Deus, que escolheu salvar alguns para a glória eterna.

Em suma, a doutrina da Aliança é central para entendermos o texto de Gênesis 6:17-22 e a narrativa do dilúvio como um todo. Deus estabelece uma aliança com Noé, baseada na graça e na justiça divinas, para preservar a vida em meio à destruição causada pelo pecado. Essa aliança é um modelo para a salvação em Jesus Cristo, que é um ato soberano de Deus, baseado em sua graça e justiça.

Sermão Expositivo – 60.02 

*******************************************

“E abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra. E o temor de vós e o pavor de vós virão sobre todo o animal da terra, e sobre toda a ave dos céus; tudo o que se move sobre a terra, e todos os peixes do mar, nas vossas mãos são entregues.  Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde. A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; como também da mão do homem, e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem. Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem. Mas vós frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra, e multiplicai-vos nela.” (Gênesis 9:1-7 - ACF).

*******************************************

Exegese e Hermenêutica Básica; de Gênesis 9:1-7 - (ACF):

Gênesis 9:1-7 é um texto que trata da aliança que Deus estabelece com Noé e seus descendentes após o dilúvio. Através desta aliança, Deus dá a Noé e seus descendentes o mandato para encher a terra e governá-la, bem como a promessa de que nunca mais destruirá toda a vida na terra com um dilúvio.

No versículo 1, o texto começa com a bênção de Deus a Noé e seus filhos, dizendo: "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra". A palavra hebraica traduzida como "frutificai" é "parah", que significa "ser frutífero, ser fecundo". Isso mostra que Deus deseja que a humanidade seja produtiva e cresça em número. A palavra hebraica traduzida como "multiplicai-vos" é "raba", que significa "ser numeroso, aumentar em número". Isso enfatiza a importância da procriação e do aumento da população.

No versículo 2, Deus dá a Noé e seus filhos autoridade sobre os animais e os peixes. Ele diz: "E tomei e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra". A palavra hebraica traduzida como "dominai" é "radah", que significa "governar, reinar". Isso mostra que Deus deu a Noé e seus descendentes a responsabilidade de governar e cuidar da criação.

No versículo 3, Deus permite que a humanidade coma carne, mas com uma condição: "Tudo o que se move e vive vos será para mantimento; como as ervas verdes, vos tenho dado tudo". A palavra hebraica traduzida como "mantimento" é "oklah", que significa "comida, alimento". Isso indica que Deus quer que a humanidade se alimente com uma variedade de alimentos, incluindo carne.

No versículo 4, Deus proíbe a humanidade de comer carne com sangue: "Porém a carne com a sua vida, isto é, com o seu sangue, não comereis". A palavra hebraica traduzida como "vida" é "nephesh", que se refere à vida ou alma de um ser vivo. Isso mostra que Deus valoriza a vida e não permite que a humanidade trate os animais de forma cruel ou desrespeitosa.

No versículo 5, Deus institui a pena de morte para aquele que derrama o sangue de outro ser humano: "Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; como também da mão do homem, e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem". A palavra hebraica traduzida como "requererei" é "sha'ol", que significa "exigir, buscar, demandar". Isso mostra que Deus leva a vida humana muito a sério e exige justiça para aqueles que a tiram.

No versículo 6, Deus reitera a importância da vida humana ao afirmar: "Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem". A palavra hebraica traduzida como "imagem" é "tselem", que se refere a uma imagem ou representação de alguém ou algo. Isso indica que Deus valoriza a humanidade como seus representantes na terra e que a vida humana é sagrada.

No versículo 7, Deus abençoa Noé e seus filhos novamente e reitera o mandato de encher a terra: "Frutificai e multiplicai-vos, e povoai abundantemente a terra, e multiplicai-vos nela". A palavra hebraica traduzida como "povoai" é "male", que significa "encher, preencher". Isso mostra que Deus quer que a humanidade habite e preencha a terra com sua presença.

Gênesis 9:1-7 apresenta a aliança de Deus com Noé e seus descendentes após o dilúvio. Através desta aliança, Deus dá a humanidade o mandato de governar e cuidar da criação, a permissão para comer carne e a proibição de comer carne com sangue, e a exigência de justiça para aqueles que tiram a vida humana. O texto ressalta a importância da vida humana e a responsabilidade da humanidade em encher e governar a terra de forma justa e piedosa.

Como um convicto; Presbiteriano Ortodoxo, Hiper-calvinista e Supralapsariano, entendemos que a aliança estabelecida por Deus com Noé e seus descendentes é uma das várias alianças que Deus faz com a humanidade ao longo da história bíblica. Essas alianças são baseadas na graça de Deus e destinadas a cumprir seu propósito eterno de redimir um povo para si mesmo.

Além disso, como Supralapsarianos, entendemos que a vontade de Deus é a causa primária de todas as coisas, incluindo a salvação e a condenação dos homens. Isso significa que a aliança com Noé e seus descendentes é parte do plano eterno de Deus para redimir seu povo e cumprir seus propósitos.

Em conclusão, a aliança de Gênesis 9:1-7 é um testemunho da graça e da justiça de Deus para com a humanidade. Ele dá a humanidade a responsabilidade de governar e cuidar da criação, permitindo-lhe comer carne, mas proibindo que comam carne com sangue, e exige justiça para aqueles que tiram a vida humana. Como Presbiterianos Ortodoxos, Hiper-calvinistas e Supralapsarianos, entendemos que essa aliança é parte do plano eterno de Deus para salvar seu povo e cumprir seus propósitos divinos.


“Todos, nascem arminianos, é a graça de Deus que vai tornar alguns e apenas alguns; hiper-calvinistas supralapsarianos!!!”


Atenciosamente, respeitosamente e fraternalmente:

Rev. Prof. Dr. Albuquerque G. C. Ph.D. Th.D.